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Introdução
O Eberick é um sistema computacional em ambiente Windows para auxílio ao projeto de estruturas
de edifícios de múltiplos pisos em concreto armado.

A utilização de um programa de computador em situações reais de projeto de estruturas implica em


muita responsabilidade e experiência por parte do usuário. Este sistema deverá ser utilizado somente
por profissionais habilitados e competentes, apenas como ferramenta de auxílio ao projeto e não
como uma solução fechada. Nenhum programa de computador, por mais sofisticado que seja, é
capaz de substituir totalmente o trabalho, as considerações e o julgamento do engenheiro. Este
programa e o computador não têm inteligência, sendo a responsabilidade pelo projeto correto da
estrutura assumida pelo usuário, o qual deverá verificar todos os dados de entrada e os resultados
apresentados pelo programa.

Para a utilização adequada do sistema, o usuário deverá fazer um julgamento prévio a fim de
verificar se a estrutura, que irá projetar para o seu edifício, pode ser analisada pelo modelo utilizado
pelo programa, com todas as suas restrições, ficando ao encargo do usuário todos os cálculos,
verificações e detalhamentos de armaduras complementares, que forem necessários para
complementar o projeto.

Os resultados obtidos dependem diretamente dos dados introduzidos pelo usuário, portanto dados de
entrada incorretos irão produzir invariavelmente resultados errados.

Este capítulo dedica-se a explicar alguns conceitos básicos assumidos pelo programa. A explanação
é sucinta e não pretende abranger todas as hipóteses de cálculo nem tornar-se um curso de Concreto
Armado, mas apenas esclarecer ao usuário certas limitações e características que não devem ser
esquecidas, quando da elaboração de um projeto profissional. Alguns tópicos aqui contidos estão
repetidos em outros pontos desta documentação, estando reunidos por praticidade.

Pilares
Os pilares são elementos lineares verticais, com eixo reto e considerados com seção constante ao
longo da altura. São dimensionados a esforços de flexo-compressão reta ou oblíqua. As situações de
tração (tirantes) são detectadas e o pilar será calculado caso a opção "Permitir carga negativa" esteja
habilitada. Nessas circunstâncias, será emitido o Aviso 21, caso contrário, o pilar não será calculado
e o programa emitirá o Erro D03 - Pilar com carga negativa.

Como condição básica, os pilares são calculados sem a consideração das cargas aplicadas ao longo
da barra. A maior dimensão dos pilares em planta não deve ser superior a cinco vezes a menor
dimensão. Caso contrário, trata-se de um pilar parede para o qual algumas verificações adicionais ao
programa deverão ser feitas pelo usuário, tais como concentrações de tensão, devidas a cargas em
área reduzida ou mudanças bruscas na seção dos pilares de um pavimento para o outro, por exemplo.

Comprimento de flambagem
Os pilares são considerados como elementos de uma estrutura de nós indeslocavéis, para os quais o
comprimento de flambagem deverá ser o valor recomendado no item 15.8.2 da NBR 6118:2003, ou
seja, igual a distância entre os eixos das vigas entre os quais ele se situa com contraventamento nas
duas direções.

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No caso de uma estrutura com nós deslocáveis, o comprimento de flambagem poderá ser maior que a
distância recomendada acima e uma análise mais rigorosa dos efeitos globais de segunda ordem
deverá ser considerada. Por outro lado, a estrutura pode ser enrijecida, através de um sistema de
contraventamento dimensionado para que os pilares façam parte de uma estrutura de nós
indeslocáveis. A verificação de deslocabilidade de estrutura é feita juntamente com a análise estática.

Vigas
Elementos lineares horizontais, pertencentes ao plano do pavimento, com eixo reto e seção constante
em cada tramo. A flexão é o esforço preponderante, sendo também dimensionadas a esforço cortante,
torção, flexo-compressão reta e flexo-tração reta.

No caso de haver uma laje adjacente a um trecho de viga, a hipótese de diafragma rígido, utilizada
pelo programa na análise da estrutura, anulará os esforços axiais neste trecho (supõe-se que sejam
absorvidos pela laje). Nos casos em que esta hipótese não for válida, uma análise deverá ser feita
pelo usuário em separado.

Os momentos fletores e esforços cortantes fora do plano perpendicular ao pavimento não são
considerados no dimensionamento, devendo ser calculados separadamente. Usualmente, estes
esforços são absorvidos pelas lajes.

Nos casos nos quais estes esforços sejam relevantes (por exemplo, no caso de cargas aplicadas no
plano do pavimento), uma análise deverá ser feita pelo usuário em separado.

O comprimento das vigas não deverá ser inferior a duas vezes a sua altura no caso de viga de um só
vão e três vezes inferior a sua altura quando forem vigas continuas, caso contrário trata-se de uma
viga parede para as quais as hipóteses básicas de dimensionamento não se aplicam. Na hipótese de
vigas curtas em balanço, com altura superior à dimensão do balanço, estas deverão ser calculadas
como consolos curtos.

z Figura

Lajes
As lajes de concreto são elementos de superfície plana, nas quais a dimensão denominada espessura
é relativamente pequena em relação as demais e são representadas pelo seu plano médio. São
consideradas horizontais, no plano do pavimento, sujeitas apenas a ações perpendiculares ao seu
plano. As cargas distribuídas atuam uniformemente em toda a superfície.

No caso de cargas lineares, como cargas de paredes, o cálculo será feito com a aplicação dos
esforços diretamente sobre os nós da grelha.

Tipos de lajes
O programa permite a utilização de tipos distintos de lajes:

z Lajes maciças: Lajes formadas unicamente por concreto armado, com armadura disposta em
duas direções ortogonais.

z Lajes nervuradas: Lajes com nervuras nas duas direções, moldadas no local, onde a zona de
tração é formada por nervuras entre as quais é colocado material inerte de enchimento. Uma

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capa de concreto forma a “mesa” de compressão. A resistência do enchimento é desprezada no


dimensionamento.

z Lajes pré-moldadas: Lajes formadas por vigotas pré-moldadas, dispostas em uma única
direção, entre as quais é colocado material inerte de enchimento. Uma capa de concreto forma
a “mesa” de compressão. A resistência do enchimento é desprezada no dimensionamento.

z Figura

z Lajes treliçadas: Lajes formadas por vigotas pré-moldadas armadas com treliças. Além de
constituirem um sistema construtivo alternativo, podem ser armadas em uma ou duas direções.
Saiba mais...

Escadas
Escadas são elementos destinados a permitir o acesso entre dois ou mais pavimentos. São formadas
por uma série de pequenos planos horizontais, distantes poucos centímetros uns dos outros. Esse
pequenos planos horizontais são chamados pisos. O plano vertical que liga dois pisos consecutivos
chama-se espelho e o conjunto formado por piso e espelho chama-se degrau. Para sustentação do
degrau, têm-se uma Rampa (laje inclinada) com espessura tal para responder às cargas impostas à
escada. Após um certo número de degraus comuns, dispõe-se um plano de maior largura,
denominado Patamar. A série de degraus intercalados entre o pavimento e o patamar ou entre dois
patamares ou pavimentos consecutivos chama-se Lance.

O Módulo Escadas permite lançar Patamares e Lances, sendo que esses elementos se diferenciam por
estarem agrupados em Escadas. As Escadas são, portanto, agrupamentos de Patamares e Lances que
são detalhados de forma conjunta em vista lateral (cortes).

Apesar de todos os carregamentos serem expressos em projeção horizontal, internamente as ações


são decompostas ao plano do Lance, para consideração de seus efeitos. Para os patamares, a
consideração é análoga à das Lajes.

No processamento dos painéis de lajes, os pavimentos que contêm Escadas serão analisados em duas
partes: um modelo (uma grelha) para as lajes e rampas do pavimento e outro modelo para os
Patamares e Lances do pavimento. Este modelo inclui as vigas do croqui principal, as vigas dos
níveis intermediários e as do pavimento inferior, em um modelo tridimensional, mais os lances e
patamares, mas não as lajes e rampas, que estão contidas no outro modelo.

z Figura

Rampas
Rampas são planos inclinados destinados a permitir o acesso entre dois pavimentos situados em
níveis diferentes.

Com o Módulo Escadas, o modelo da estrutura inclui um tipo diferente da laje: a Rampa. A Rampa é
uma laje inclinada, analisada e detalhada em vista superior, juntamente com as lajes do pavimento,
que serve para modelar rampas de acesso de veículos, coberturas, entre outros.

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As rampas lançadas são visualizadas tanto no croqui onde foram lançadas como no croqui inferior,
ao qual se ligam, mas podem ser editadas apenas no croqui original (superior).

Apesar de todos os carregamentos serem expressos em projeção horizontal, internamente as ações


são decompostas ao plano da rampa, para consideração dos efeitos destas.

A montagem do modelo de grelha do pavimento possui duas possibilidades:

z Quando o croqui não tem rampas ou níveis intermediários: o modelo contém as vigas e lajes
do pavimento, semelhante ao modelo de grelha anterior, mas incluindo os pilares como barras
verticais, para cima e para baixo, conforme recomenda a NBR 6118:2003.

z Quando tem rampas ou níveis intermediários: o modelo inclui, além do croqui principal, as
rampas, as vigas dos níveis intermediários e as do pavimento inferior, em um modelo
tridimensional.

Armadura
O Eberick obtém a maior armadura entre flexão, flexo-compressão e flexo-tração (como feito nas
vigas), e dispõe uma armadura uniforme em toda a rampa, dimensionada para o ponto de esforço
máximo.

O detalhamento das rampas junto com as lajes do pavimento. Como o desenho é feito em vista
superior, o desenho dos ferros é modificado para representar a inclinação.

z Figura

Descrição geral
O Módulo Muros é usado para analisar, dimensionar e detalhar muros de arrimo por gravidade
(alvenaria de pedra, ciclópicos, etc) e muros de arrimo de concreto armado do tipo engastado
(cantilever), projetados para conter maciços de terra.

Os muros podem ser inseridos isoladamente em um novo arquivo de projeto ou em um arquivo de


projeto de uma estrutura existente, previamente lançada.

Os muros não são incluídos no modelo de pórtico espacial da estrutura do edifício. Portanto não há
nenhuma interação estrutural entre eles.

O Módulo Muros realiza a análise por métodos clássicos, assumindo que o muro se comporta como
um corpo rígido em conjunto com o solo no qual ele é apoiado.

O programa verifica a estabilidade global do muro considerando o equilíbrio estático e assume que o
empuxo ativo, devido ao solo arrimado, se desenvolve plenamente. O empuxo passivo de reação na
base e na frente do muro pode ser considerado plenamente de acordo com uma configuração do
projetista.

O programa não considera o dimensionamento de muros submetidos ao empuxo de solo neutro,


denominado também de empuxo em repouso. Este tipo de empuxo ocorre em muros muito rígidos e
indeslocáveis em rotação e translação, no qual não é possível nenhuma deformação do solo

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arrimado. Neste caso, nenhum empuxo ativo é desenvolvido e o empuxo atuante, de valor bem mais
elevado é governado pelas condições do terreno em repouso.

Características
As principais características do Módulo Muros são:

z Tipos de muros: diversos tipos de muros podem ser projetados, por Gravidade (concreto
ciclópico e alvenaria de pedra) e em Concreto armado , com diferentes paramentos e
disposições de bases;

z Perfil do solo: o programa permite a consideração de apenas um tipo de solo no projeto do


muro;

z Características geotécnicas do solo: diferentes parâmetros podem ser utilizados na


configuração do solo a ser arrimado e para o solo da fundação do muro;

z Nível d'água no solo: o empuxo hidrostático devido a presença de um lençol freático pode ser
considerado através da definição de um nível d'água;

z Cargas aplicadas: cargas verticais lineares podem ser aplicadas no topo do muro;

z Sobrecarga no terreno arrimado: cargas uniformes e concentradas lineares podem ser aplicadas
no solo arrimado atrás do muro;

z Reforço para segurança ao deslizamento: nos muros de concreto armado, do tipo engastado, é
possível projetar um reforço para aumentar a resistência ao deslizamento com um "dente" de
concreto armado na base.

Métodos de análise
O Módulo Muros realiza a análise por métodos clássicos, assumindo que o muro se comporta como
um corpo rígido em conjunto com o solo no qual ele é apoiado. O dimensionamento é feito com
base nos seguintes critérios:

z Verificação da segurança ao estado limite último por perda de equilíbrio do muro, considerado
como corpo rígido. Neste critério são verificadas as seguranças ao tombamento e ao
deslizamento;

z Verificação da resistência e recalque excessivo do solo de fundação sob a base do muro, feita
pelo método das tensões admissíveis;

z Verificação do esgotamento da capacidade resistente dos elementos do muro, devido às


solicitações normais e tangenciais nas seções de concreto armado e nos muros por gravidade;

z Verificação ao estado limite de serviço por deslocamento excessivo do topo do muro, somente
para os muros de concreto armado.

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Obs: O engenheiro responsável pelo projeto do muro deverá realizar todas as verificações adicionais
que sejam necessárias em todos os casos, inclusive a verificação da estabilidade global do talude.

Verificação do equilíbrio do muro


Os muros de arrimo são dimensionados com uma adequada segurança ao estado limite último por
perda de equilíbrio ao tombamento e ao deslizamento. Nesta verificação, o muro é considerado como
corpo rígido bem como o solo em volta dele.

Esquema verificação do equilíbrio do muro

As distribuições de pressões devidas ao empuxo do solo são obtidas a partir da definição de limites
virtuais na parte da frente e atrás do muro.

A magnitude e distribuição destas pressões é função dos deslocamentos do muro e do estado de


deformação do solo e geralmente é um problema indeterminado. O problema tem sido resolvido por
métodos clássicos, como por exemplo, pela Teoria de Empuxos de Coulomb e Rankine,
considerando o solo em um estado de equilíbrio plástico.

No caso de muros rígidos que podem se mover levemente para frente, um empuxo ativo é despertado
no solo na parte detrás do muro e um empuxo passivo se desenvolve na parte da frente. A relação
entre o deslocamento no topo do muro e a sua altura determina a quantidade de rotação em relação à
base. A magnitude das pressões ativas e passivas depende do valor dessa rotação, O empuxo ativo
diminui com o aumento da rotação e o empuxo passivo na frente do muro, ao contrário, aumenta.
Uma rotação pequena, da ordem de 0,001, já é suficiente para despertar o empuxo ativo máximo.

É importante em situações de projeto determinar previamente o tipo de movimento do muro e a


magnitude da rotação. Para muros de arrimo em que a rotação pode ser considerada desprezível a
pressão de empuxo em repouso deve ser utilizada.

A verificação da segurança ao equilíbrio do muro por tombamento e deslizamento é calculada com a


consideração de todos os esforços envolvidos, que são os seguintes:

Forças verticais

z Forças devidas ao peso próprio do muro;

z Forças devidas ao peso de solo sobre a base do muro;

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z Forças externas aplicadas no topo do muro e no solo;

z Forças devidas à pressão no solo sob a base do muro;

z Forças devidas à pressão hidrostática na base do muro.

Forças horizontais

z Empuxo ativo devido ao solo arrimado;

z Empuxo passivo devido à resistência do solo na frente do muro e no dente;

z Empuxo hidrostático.

A verificação da estabilidade do muro ao tombamento, como corpo rígido, é feita pelo equilíbrio de
todos os momentos das forças verticais e horizontais envolvidas, em relação ao ponto de intersecção
entre o limite do modelo na frente do muro e o plano que passa pela base do muro.

A verificação da estabilidade do muro ao deslizamento, como corpo rígido, é feita pelo equilíbrio de
todas as forças horizontais envolvidas.

Esquema verificação do muro ao deslizamento

Verificação das pressões no solo


A verificação da resistência e recalque excessivo do solo de fundação sob a base do muro é feita pelo
método das tensões admissíveis. A pressão máxima no solo na base do muro é comparada com uma
pressão admissível, sendo de responsabilidade do usuário a definição desse valor.

O valor correto a ser adotado para a pressão admissível deve ser em função do tipo de solo a partir da
tabela de tensões básicas da NBR 6122, outras tabelas de correlações entre pressões admissíveis no
solo e tipos de solo ou a partir de ensaios e estudos geotécnicos específicos.

Verificação da resistência dos elementos do muro

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Os momentos fletores, esforços normais e esforços cortantes são calculados em seções nas quais os
valores são máximos ou a combinação dos esforços for mais desfavorável, para a verificação das
tensões últimas e dimensionamento das armaduras no caso de muros de concreto armado.

No caso de muros por gravidade, a verificação é feita para o comportamento de concreto simples e
alvenaria não armada.

Dados de entrada
O Módulo Muros permite lançar, dimensionar e detalhar muros de arrimo em concreto armado e de
gravidade. Eles são lançados graficamente no croqui, conjuntamente com a estrutura.

Definição dos carregamentos atuantes


Através do diálogo de lançamento dos muros, o usuário define os parâmetros do solo (propriedades
físicas e geométricas), acessando a Guia "Empuxo". Além disso, é possível incluir no
dimensionamento a presença de água.

Além dos parâmetros do solo, o usuário poderá definir outros carregamentos que terão influência
direta no empuxo solicitante. Para tanto, é necessário acessar a Guia "Cargas", podendo-se definir os
seguintes itens: sobrecargas totais e parciais e carga concentrada linear no terreno.

Através da Guia "Cargas", é possível definir também uma carga concentrada linear no topo do muro.
No entanto, ela não gera empuxo ativo. Pelo contrário, contribui para estabilizar a estrutura de
arrimo.

Definição da geometria
Uma vez definidas convenientemente as propriedades e a altura do solo e os carregamentos atuantes
no muro, é necessário definir também a geometria da parede, a citar: altura (h) , largura do topo (do)
e da base (di) e as respectivas inclinações (qi e qe).

Nos muros em concreto armado que possuem dente, define-se ainda a largura desse elemento e nos
muros por gravidade escalonados, é necessário definir também a largura e altura do escalonamento.

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Definição da geometria dos muros

A geometria do muro é definida através da Guia "Geometria" do diálogo de lançamento.

Com base nos valores configurados pelo usuário para o solo e os carregamentos, o Eberick calcula
iterativamente as dimensões da base interna e externa do muro como também a altura do dente
(quando houver), para que a condições de estabilidade (verificação ao tombamento e deslizamento) e
pressões na base sejam atendidas.

O processo iterativo utilizado pelo Eberick tem início em um valor mínimo e encerra em um valor
máximo, arbitrados pelo usuário em menu Configurações - Dimensionamento - Muros, grupos
"Dimensões máximas" e "Dimensões mínimas".

Metodologia do processo iterativo para cálculo das dimensões na base

Caso o Eberick não consiga satisfazer as condições de estabilidade do muro com as dimensões
máximas configuradas pelo usuário para a base, será emitido o Erro D44 - Lado da sapata maior que
o permitido pela configuração e o elemento não poderá ser dimensionado nem detalhado.

As modificações realizadas na geometria do muro podem ser facilmente visualizadas no próprio


diálogo de lançamento do elemento, o qual possui um desenho que é atualizado a cada alteração.

Integração ao Eberick
O Módulo Muros permite que os muros de arrimo sejam inseridos em uma estrutura previamente
lançada no Eberick, definindo dois pontos no croqui. A integração se dá na geração dos desenhos
finais de projeto, nos quais permite-se a representação do muro na planta de formas, no pórtico 3D,
na planta de locação e na geração de cortes automáticos.

Para ser possível a geração da planta de formas, da planta de locação e de cortes automáticos na
estrutura, é necessário que o Módulo Formas também esteja ativo.

Através do diálogo de lançamento dos muros, define-se o tipo de muro (concreto armado ou por
gravidade) como também o formato. É necessário definir também a altura total da estrutura de
arrimo.

O lançamento do muro deverá ser realizado sobre um pavimento da estrutura, devendo-se saber
inicialmente em qual nível da estrutura o muro de arrimo deverá ser inserido. O posicionamento
correto poderá ser ajustado através de elevações, cuja convenção adotada pelo programa é a seguinte:

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z Elevações positivas: o muro como um todo se desloca para cima do nível do pavimento;

z Elevações negativas: o muro como um todo se desloca para baixo do nível do pavimento.

Nesse contexto, a altura do solo e da água também seguem a mesma filosofia.

Esquema de lançamento do muro

Na figura acima tem-se um corte da estrutura, no qual foi inserido um muro no pavimento Tipo 1.
Nesse exemplo, o muro possui altura total de 4,20 metros, cuja cota máxima está no nível altura 320
cm. Como o pavimento Tipo 1 está na cota 280 cm, utilizou-se as elevações para a inserção correta
da geometria do muro, altura do solo e da água.

As modificações nas alturas do muro, solo e água podem ser visualizadas no próprio diálogo de
lançamento do elemento, o qual possui um desenho que é atualizado a cada alteração.

Não necessariamente o muro de arrimo deve ser inserido sobre uma estrutura previamente lançada e
dimensionada. Ele poderá ser incluído isoladamente, em um novo arquivo.

Análises e resultados
Empuxos ativos
Com o Módulo Muros, o Eberick calcula os empuxos atuantes em um muro de arrimo com base na
altura de terra e nos carregamentos configurados pelo usuário, a citar: sobrecarga, sobrecarga
distribuída em uma região e carga concentrada linear no terreno. Além disso, permite também
adicionar ao empuxo final a parcela referente ao nível d´água elevado, caso houver.

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A seguir serão explicados detalhadamente os efeitos isolados de cada ação apresentada no parágrafo
acima, sendo que, quando atuam concomitantemente, formam o diagrama de empuxo total no muro
de arrimo.

Empuxo somente devido ao solo

A partir da altura de solo a ser arrimada pelo muro de arrimo, o programa calcula o empuxo devido
ao solo. O diagrama de empuxo nesse caso tem uma variação linear, com o valor mínimo no nível do
solo e máximo na base do muro.

Gráfico do empuxo devido ao solo

É possível adotar uma inclinação para o solo adjacente ao muro, dependendo do perfil do terreno.
Para tanto, é necessário informar o valor no item "Inclinação" da Guia "Empuxo" do diiálogo de
edição de um muro.

Empuxo devido somente à sobrecarga + solo

A ação da sobrecarga adicionada sobre o terreno aumenta o empuxo atuante no muro. Pode-se tratar
a sobrecarga como qualquer ação distribuída por unidade de área que esteja atuante junto ao solo
(ex.: estacionamento de veículos).

Sobrecarga total

A influência da sobrecarga no empuxo é tanto maior quanto maior for seu valor. O gráfico é análogo
ao apresentado no item anterior, para o solo (carregamento triangular). A diferença está no valor do
empuxo inicial, que é diferente de zero, cujo efeito aumenta linearmente o empuxo máximo na base
do muro.

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Gráfico do empuxo devido ao solo + sobrecarga

Empuxo devido somente à sobrecarga distribuída em uma região

Com o Módulo Muros, é possível adicionar uma sobrecarga distribuída em uma área específica do
terreno (sobrecarga parcial). Para tanto, é necessário informar uma distância de aplicação e a
extensão do carregamento. Trata-se, portanto, de uma carga distribuída parcialmente por unidade de
área no solo.

Sobrecarga parcial

A ação devido a uma sobrecarga parcial têm influência direta no empuxo final atuante, cujo
diagrama é mostrado a seguir:

Gráfico do empuxo devido a sobrecarga distribuída em uma região

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Empuxo devido somente ao carregamento concentrado linear no terreno

Pode-se adicionar ao solo, além das sobrecargas totais e parciais, um carregamento concentrado
linearmente distribuído sobre o terreno a uma determinada distância do topo do muro.

Carga concentrada linear no terreno

O gráfico devido a essa ação tem o aspecto mostrado na figura a seguir:

Gráfico do empuxo devido ao carregamento concentrado linear

Assim como ocorre para uma sobrecarga parcial, o empuxo máximo nem sempre ocorrerá na base do
muro de arrimo. A influência desse carregamento na estrutura de arrimo será tanto menor quanto
mais longe ele estiver do elemento.

Empuxo devido somente a presença da água

A presença do lençol freático não drenado gera um empuxo hidrostático sobre o muro. O diagrama
de empuxo nesse caso tem uma variação linear, com o valor mínimo no nível da água e máximo na
base do muro.

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Gráfico do empuxo devido a água

A presença do lençol freático não drenado gera um aumento na inclinação do diagrama de empuxo
final, o que poderá ser visualizado no gráfico de empuxo final.

Pressão hidrostática na base

A presença do lençol freático não elevado gera também uma pressão hidrostática sob a base do muro,
proporcional ao nível d´água. Esse efeito aumenta o momento de tombamento do muro e será tanto
maior quanto maior for as dimensões da base.

Empuxo devido a pressão hidrostática na base

Empuxo total atuante (solo + carregamentos + água)

O diagrama de empuxo final no modelo adotado será obtido com a soma dos empuxos atuantes
descritos anteriormente, conforme mostrado na figura a seguir:

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Gráfico do empuxo total

Pode-se notar que o gráfico de empuxo total assume a configuração de todas as parcelas isoladas
agindo em conjunto. Quanto maior for a influência de cada carregamento, mais facilmente ele será
notado no gráfico.

A parcela devido a pressão hidrostática na base não está inclusa no gráfico acima, cujo efeito será
somado para se obter o momento total de tombamento.

O diagrama de empuxo final, apresentado no item acima, pode ser visualizado no Eberick através da
área de CAD da janela de dimensionamento dos muros, desde que esteja selecionado o ícone .
Além disso, os dados podem ser visualizados na forma de relatórios, conforme apresentado no
Relatório Detalhado.

Verificação da segurança ao tombamento e ao deslizamento


A verificação da segurança ao estado limite último por perda de equilíbrio do muro, considerado
como corpo rígido é feita ao tombamento e ao deslizamento.

As forças resistentes são obtidas através das cargas verticais e ao empuxo passivo. As cargas
verticais são: o peso próprio do muro, a carga concentrada linear no topo do muro, o peso da terra
sobre a base externa e o peso de terra sobre a base interna.

A denominação "base externa" se refere ao lado que contém o solo e vice-versa.

Para o cálculo dos momentos resistentes, todas as cargas verticais são consideradas atuando em
relação ao ponto de giro do muro, conforme mostrado na figura a seguir:

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Esquema das cargas verticais estabilizantes

Além das cargas verticas, o empuxo passivo também contribui para o equilíbrio do muro, conforme
apresentado na figura a seguir:

Empuxo passivo

Para desenvolver o empuxo passivo completamente é necessário um deslocamento compatível com a


compressão total do solo na frente do muro. Como este deslocamento pode ser relativamente grande,
geralmente a contribuição do empuxo passivo não é considerada em projeto.

A seguir, serão apresentados detalhadamente a ação das cargas verticais e do empuxo passivo.

Cargas verticais

Conforme já informado, as cargas verticais que equilibram o muro são: o peso próprio do muro, a
carga concentrada linear no topo do muro, o peso da terra sobre a base externa e o peso de terra sobre
base interna. Elas serão descritas isoladamente:

Peso próprio do muro

O momento resistente devido ao peso próprio do muro é calculado com o peso total do muro em
relação ao ponto de giro da base.

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Geometria do muro

Carga concentrada linear no topo do muro

A partir do valor da carga configurada pelo usuário e do ponto de aplicação (no centro da largura do
topo da parede), pode-se encontrar a parcela do momento resistente devido a essa ação.

Carga concentrada linear no topo do muro

Terra sobre a base externa

Através da área de solo localizada acima da base externa e do seu ponto de aplicação, pode-se
calcular a parcela de momento resistente devido ao peso do solo sobre a base externa.

Peso de terra sobre a base externa

O peso de terra considerado no cálculo é equivalente à área sobre a base externa. Em muros de
concreto armado com a denominação interno, e em muros por gravidade, a parcela de terra sobre a

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base externa não é considerada.

Terra sobre a base interna

É possível adotar, além da terra sobre a base externa, uma altura de terra sobre a base interna. Para
tanto, é necessário configurar corretamente o item "Altura lado interno" na guia "Empuxo" do
diálogo de edição dos muros.

O valor da altura configurada pelo usuário é considerada a partir da altura maior da base do muro
(H1), conforme figura a seguir:

Peso de terra sobre a base interna

Analogamente, em muros de concreto armado com a denominação "externo" e em muros por


gravidade, a contribuição do peso de terra sobre a base interna para o cálculo dos momentos
resistentes não é considerada.

Empuxo passivo
O empuxo passivo somente será considerado no cálculo do muro caso o item "Considerar empuxo
passivo" em menu Configurações - Dimensionamento - Muros estiver habilitado.

Empuxo passivo: solo da base do muro

Conforme já informado, para se desenvolver completamente o empuxo passivo é necessário um


deslocamento compatível com a compressão total do solo na frente do muro.

O empuxo passivo pode ter seu efeito aumentado quando houver altura de solo sobre o lado interno,
cujo valor é configurado pelo usuário através do item "Altura lado interno" na guia "Empuxo" do
diálogo de edição dos muros. Dessa maneira, tem-se o diagrama a seguir:

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Empuxo passivo: solo da base do muro + altura de solo interna

O efeito do empuxo passivo poderá ser ainda maior caso se tenha, além de uma altura de terra sobre
a base interna, um formato de muro com dente. Nesse caso, o diagrama será:

Empuxo passivo: solo da base do muro + altura de solo interna + dente

A opção de adotar muros de arrimo com dente é disponível somente em elementos de concreto
armado.

É possível definir valores negativos para o item "Altura lado interno" na guia "Empuxo" do diálogo
de edição dos muros. Caso se utilize o valor negativo igual a altura maior da base do muro, o
empuxo passivo ocorrerá somente no dente.

Caso o item "Considerar empuxo passivo" em menu Configurações - Dimensionamento - Muros


estiver desabilitado, a opção de muros em concreto armado com dente não ficará disponível, ficando
apenas três tipos para a escolha: Base interna, Base externa e Base total.

Os resultados apresentados pelo programa poderão ser visualizados na forma de relatórios, conforme
apresentado no Relatório Detalhado.

Como resultado, tem-se um momento total resistente (devido às cargas verticais + empuxo passivo),
uma força vertical total (somatório de todas as cargas verticais) e uma força horizontal devida ao
empuxo passivo.

Com os empuxos atuantes e os esforços resistentes, são feitas as verificações da estrutura de arrimo:
tombamento, deslizamento, pressões e flechas.

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Verificação ao Tombamento

A verificação ao tombamento consiste em avaliar se os momentos resistentes são superiores aos


momentos de tombamento.

A razão entre o momento resistente e o momento de tombamento determina um fator de segurança


(FS) ao tombamento, o qual deverá ser superior ao valor arbitrado em menu Configurações -
Dimensionamento - Muros, grupo "Coeficiente de segurança".

Resumindo, tem-se:

e1 >= FS

Onde:

z e1 = Mresistente/Mtombamento

z
FS - fator de segurança

O fator de segurança recomendado, para muros considerados como estrutura permanente, varia de
1,5 para solos arenosos até 2 para solos coesivos.

Verificação ao Deslizamento

A verificação ao deslizamento consiste em avaliar se a resultante das forças horizontais atuantes são
resistidos pelo muro.

Para o cálculo da força horizontal resistente, é necessário configurar inicialmente o tipo de solo,
acessando o menu Configurações - Dimensionamento - Sapatas. Solos coesivos levarão em conta o
parâmetro "coesão" e solos arenosos o "ângulo de atrito interno".

O empuxo passivo também contribui para a força resistente do muro, caso seu efeito for considerado
no cálculo.

Assim como ocorre para a verificação ao tombamento, a razão entre a força horizontal total
resistente e a atuante determina um fator de segurança "FS", o qual deverá ser superior ao arbitrado
pelo usuário em menu Configurações - Dimensionamento - Muros, grupo "Coeficiente de
segurança".

Resumindo, tem-se:

e2 >= FS

Onde:

z e2 = Fresistente/Fatuante

z
FS - fator de segurança

O fator de segurança recomendado contra o deslizamento, para muros considerados como estrutura
permanente, é de 1,5.

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Verificação das pressões na fundação

A verificação da resistência e recalque excessivo do solo de fundação sob a base do muro é feita pelo
método das tensões admissíveis.

Como regra geral, a pressão máxima que solicitará o solo não poderá ser superior ao valor admissível
arbitrado pelo usuário, acessando o menu Configurações - Dimensionamento - Sapatas.

O programa calcula duas pressões, uma máxima e uma mínima em função da carga vertical total
atuante na base, dos momentos resistentes, momentos atuantes e da área da base do muro.

Se a pressão mínima for negativa, ou seja, se houver tração em qualquer parte da base, essa parcela
será desprezada, o que conseqüentemente aumenta a pressão máxima, conforme mostrado na figura
a seguir:

Esquema de verificação da pressão na base

Resumindo, tem-se:

Sigmax >= Sigadmissível

Conforme já informado, o comprimento da base do muro é calculado automaticamente pelo Eberick,


através de um processo iterativo, que considera os valores mínimos e máximos configurados pelo
usuário em menu Configurações - Dimensionamento - Muros. Caso não seja possível encontrar uma
dimensão em que a pressão no solo seja menor ou igual à admisível, o programa apresentará o Erro
D44 - Lado da sapata maior que o permitido pela configuração ao tentar detalhar o elemento.

Deslocamento

Além de garantir a estabilidade do muro e o dimensionamento ao Estado Limite Último, o Módulo


Muros verifica as condições em serviço por um processo simplificado, avaliando o valor da flecha
final no topo do muro. Esse valor é a soma das parcelas referente ao deslocamento da parede e do
giro da base, conforme apresentado na figura a seguir:

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Deslocamento final no topo do muro

Deslocamento da parede

O programa considera o muro como uma barra engastada na base, e calcula o deslocamento elástico,
imediato (considerando a fissuração) e diferido (considerando o efeito da fluência), sendo esse
último o valor da flecha teórico final.

O deslocamento da parede é calculado somente para muros em concreto armado.

Giro da base

Além do deslocamento da parede, o programa calcula também a parcela devido ao giro da base,
função do coeficiente de recalque vertical (configurado através da Guia "Empuxo" do diálogo de
edição do muro) e do tipo de solo (coesivo ou arenoso).

O valor final para o deslocamento no topo do muro é a soma das parcelas referente ao giro da base e
do deslocamento diferido da parede.

O comportamento do muro em serviço pode ser visualizado no Eberick através da área de CAD da
janela de dimensionamento dos muros, desde que esteja selecionado o ícone .

A verificação ao deslocamento do muro é feita tendo como base o limite de deslocamento previsto
em projeto, configurado pelo usuário através do item "Avisar para flecha > L/" em menu
Configurações - Dimensionamento - Muros. Caso o valor do deslocamento no topo do muro seja
superior ao limite imposto, o programa emitirá o Aviso 30 - Deslocamento excessivo no topo ao
detalhar o elemento.

Mesmo que o muro tenha deslocamento excessivo, o programa dimensionará e detalhará o elemento.
Será apresentado um aviso e o engenheiro do projeto poderá, a seu critério, aceitar ou não as
condições em serviço da estrutura.

Dimensionamento dos componentes estruturais do muro


Muro em concreto armado

No caso dos muros de concreto armado, o programa realiza o dimensionamento dos elementos

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estruturais, que são a parede, a base do muro e o reforço para a resistência ao deslizamento (dente).
As seções consideradas no dimensionamento destes elementos são mostradas na figura a seguir:

Pontos de verificação da resistência do muro

Parede

A parede vertical é dimensionada como um elemento em balanço, engastado na base e livre no topo.

A armadura é obtida com base nos diagramas de esforços que solicitam a parede do muro (obtidos
pelo diagrama de empuxo), o qual está engastado na base e livre no topo. O programa faz diversas
verificações a longo da altura da parede, adotando a pior situação, a qual resultará na maior área de
aço.

Base

O Eberick adota o critério de rigidez proposto por BOWLES (1968), no cálculo da altura da base do
muro, para garantir que a sapata seja rígida. Este critério depende do coeficiente de recalque vertical
(configurado através da Guia "Empuxo" do Diálogo de edição de um muro), da base da sapata e do
módulo de elasticidade do muro.

A altura maior (h1) da base do muro será o maior valor entre a largura da base do muro (di), o valor
mínimo configurado pelo usuário no item "Altura maior (h1)" em menu Configurações -
Dimensionamento - Muros, grupo "Dimensões mínimas" e o valor calculado conforme explicação do
parágrafo anterior.

A armadura é calculada por flexão, verificando-se o momento máximo que solicita a base do muro.
A verificação ao cisalhamento também é realizada conforme definido pelo item 19.5.3.1 da NBR
6118:2003.

Dente

A armadura do dente também é calculada a partir dos esforços que solicitam o elemento (obtidos

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pelo diagrama de empuxo passivo), sendo um elemento engastado na base do muro e livre no topo.

O usuário define uma altura mínima e máxima para o dente, acessando o menu Configurações -
Dimensionamento - Muros. A partir desses valores, o Eberick calcula automaticamente a altura do
dente através de um procedimento iterativo, no qual inicia na altura mínima configurada, e encerra
quando as condições de estabilidade (verificação ao deslizamento e tombamento) forem atendidas.

Caso a altura calculada para o dente para estabilizar o muro seja maior que o valor máximo
configurado, o programa continuará a emitir o Erro D44 - Lado da sapata maior que o permitido
pela configuração

Gravidade

No caso dos muros por Gravidade, as verificações ao tombamento e ao deslizamento também são
feitas ao longo da altura do muro, fazendo-se seções do muro em espaçamentos (S) pré-determinadas
pelo usuário, como mostrado na figura a seguir:

Seções intermediárias dos muros por gravidade (liso e com dente)

O valor do espaçamento (S) é determinado pelo usuário, acessando o menu Configurações -


Dimensionamento - Muros, grupo "Muro de gravidade", item "Verificação das juntas", definindo-se
um espaçamento máximo. Em função do espaçamento (S), o programa calcula automaticamente o
número das seções intermediárias.

O critério de verificação das seções intermediárias é diferente para muros por gravidade lisos ou com
dente, a citar:

z Muros com dente: as seções serão feitas em cada degrau. O Eberick considerará juntas
adicionais entre a base e o primeiro degrau e em cada degrau, quando a altura for maior que o
espaçamento máximo definido.

z Muros lisos: o cálculo do número de seções será feito considerando o espaçamento máximo
definido nessa configuração.

Se o tem "Altura interna solo" da guia Empuxo do diálogo de edição de um muro for maior que zero,
uma seção sempre será nessa altura, dividindo o muro em duas partes.

Se, em alguma seção do muro, as verificações ao tombamento ou ao deslizamento não passarem, o


programa emitirá o Erro D44 - Lado da sapata maior que o permitido pela configuração ao detalhar o
elemento. Os valores numéricos poderão ser consultados através do Relatório Detalhado, acessado
pela janela de dimensionamento de muros, menu Relatórios.

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Cuidados especiais
Alguns cuidados adicionais devem ser levados em consideração no dimensionamento de um muro
através do Eberick, a citar:

Parâmetros geotécnicos do solo


Todos os parâmetros referente ao solo deverão ser cuidadosamente analisados pelo usuário, seja
através de um projeto geotécnico ou através de laudos de sondagens. Eles representam para o
Eberick dados de entrada, e como tais serão um dos fatores responsáveis pelo dimensionamento da
estrutura de arrimo.

Os parâmetros do solo devem ser configurados pelo usuário através da Guia "Empuxo" do Diálogo
de edição de um muro. O tipo de solo (coesivo ou arenoso) é configurado através do menu
Configurações - Dimensionamento - Sapatas.

Os valores default apresentados pelo Eberick não representam recomendações do programa, nem
necessariamente valores típicos, usuais ou recomendados. Portanto, não significam que devem ser
necessariamente utilizados pelo usuário, sem que sejam verificados com as condições reais do
projeto e da obra.

Sistema de drenagem
O programa não dimensiona a drenagem inerente ao muro de arrimo. A indicação apresentada no
detalhamento dos muros por gravidade é apenas um valor mínimo e que não dispensa um projeto de
drenagem específico para cada caso.

Interação entre os muros


Apesar de ser possível o lançamento de muros ligados entre si, o programa os considera como
isolados, não avaliando a influência que um transmite ao outro. Cita-se como exemplo:

z Caso de muros com diferentes alturas, lançados justapostos ao longo do terreno;

z Lançamento de muros nas extremidades do terreno, perpendiculares entre si, etc.

Influência do muro na estrutura


Apesar do muro poder ser inserido no Eberick em um contexto que inclui uma estrutura previamente
lançada, com seus pavimentos e alturas correspondentes, o muro não adiciona qualquer tipo de
influência no modelo estrutural. Isso pode acarretar alguns problemas do dimensionamento dos
elementos componentes da estrutura, incluindo mas não se limitando aos exemplos a seguir:

z Casos em que houver pavimentos em subsolo e o muro for inserido logo acima deles.
Dependendo da localização do muro, a pressão que ele exercerá no solo poderá ter influência
direta na edificação, aumentando os esforços solicitantes nos elementos componentes da
estrutura.

z O mesmo exemplo do item acima pode ser estendido para as fundações. Dependendo da

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localização do muro, ele terá influência direta nos esforços solicitantes das sapatas e/ou blocos,
o que trará implicações no dimensionamento desses elementos.

Os dois itens acima são apenas alguns exemplos da influência do muro na estrutura e que o Eberick
não leva em consideração. Qualquer ação extra produzida pelo muro na edificação, deverá ser
cuidadosamente avaliada pelo engenheiro projetista e devidamente incluída no modelo estrutural.

Referências bibliográficas
a
z MOLITERNO, Antônio. Carderno de muros de arrimo. 2 edição revista. Editora Edgard
Blücher LTDA: São Paulo, 1998.

z MORAES, Mardello da Cunha. Estruturas de fundações. Editora McGraw-Hill do Brasil


LTDA: São Paulo, 1976.

z GUERRIN, A. Tratado de concreto armado. Vol. 6. Editora Hemus limitada: São Paulo.

z PINTO, Carlos de souza. Curso básico de mecânica dos solos. Oficina de textos: São Paulo,
2000.

z REIMBERT, Marcel André. Muros de contención: tratado teórico y práctico. Segunda edicion.
Editores técnicos asociados, S. A.: Barcelona, 1972.

Entrada de dados
Para se fazer o cálculo de qualquer estrutura, deve-se montar um modelo desta, tentando representá-
la da forma mais real possível. Esta representação tem um nível variável de complexidade, cada qual
requerendo uma quantidade diferente de tempo e esforço computacional.

A estrutura de um edifício de múltiplos pisos é basicamente composta por uma série de pavimentos
ou pisos apoiados em intervalos por pilares. Os pavimentos são compostos de lajes enrijecidas por
vigas, sendo que o conjunto vigas-pilares forma o “esqueleto” resistente da estrutura.

A entrada de dados é orientada por pavimentos, ou seja, é criada a estrutura para cada pavimento (de
forma plana, 2-D), posteriormente ligados uns aos outros pelos pilares. A sistemática a ser adotada é:

z inserir a planta arquitetônica (caso exista);

z informar as posições dos pilares no pavimento. Estes são representados por suas seções. Essa
projeção da seção pode representar tanto um pilar acima, abaixo ou passante por este
pavimento;

z informar as vigas do pavimento, as quais são representadas por uma seqüência de barras
apoiadas em pilares ou em nós livres. Estas linhas representam o eixo da viga, que sempre
estará centrado em relação ao centro da seção;

z informar barras adicionais necessárias, que representam apenas contornos e não vigas, sendo
utilizados para delimitar bordos livres das lajes;

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z informar as lajes, representadas por contornos de barras.

z Figura

Ligação dos pilares


Uma vez informados os dados para cada pavimento, o programa irá montar a estrutura obtida. Neste
ponto, será feita a verificação dos pilares informados, de forma a criar os pilares de ligação entre os
pavimentos. Com isto, obtém-se uma estrutura na forma de pórtico espacial.

Critério de montagem dos pilares

A figura acima exemplifica o critério utilizado para informar os pilares: quando informa-se um
pavimento, deve-se incluir um pilar tanto se ele estiver acima como abaixo do pavimento. Com isto,
é possível criar as seguintes situações, supondo que informou-se um pilar “P1” no pavimento atual:

z Caso se informe pilares “P1” no pavimento logo abaixo e também no logo acima, tem-se uma
situação “normal”: o pilar passa por este pavimento.

z Caso se informe um pilar “P1” apenas no pavimento superior, tem-se uma situação de
“transição”: o pilar provavelmente se apóia em uma viga deste pavimento.

z Caso se informe um pilar “P1” apenas no pavimento inferior, tem-se um pilar “morrendo”
neste pavimento.

z Caso não se informe um pilar “P1” nem no pavimento acima nem no abaixo, tem-se uma
situação de erro: não será criado nenhum pilar.

Consideração da seção dos pilares


No esquema utilizado pelo Eberick, a partir da versão V5 Gold, os pilares são representados em cada
pavimento por suas seções transversais. O pilar é montado no pórtico espacial como uma barra
vertical, posicionada em seu centro de gravidade, que representa as características deste elemento.

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Deve-se, portanto, trabalhar direto com sua seção e todas as barras que chegam ao pilar são unidas
internamente a este centro de gravidade através de barras rígidas. Com isso:

z O pilar é montado no pórtico espacial sempre como uma barra com na posição do centro de
gravidade do pilar;

z É calculado o ponto de apoio da viga dentro do pilar, e criada uma barra rígida ligando este
ponto ao centro de gravidade do pilar. Este ponto de apoio é o menor dos seguintes valores:

z distância da face do pilar ao centro de gravidade do pilar, na direção paralela à viga;

z 0,3h, sendo h a altura da viga;

z Quando o trecho é extremo, simplesmente é unido o ponto de apoio ao centro de gravidade do


pilar;

d0 < 0,3 h d0 > 0,3 h

z Quando o trecho é intermediário, é calculado o ponto de apoio de cada trecho e verificado:

z Se os pontos coincidirem (com a distância ao centro de gravidade menor que 30% da altura da
viga), o nó em comum será ligado ao centro de gravidade do pilar;

d0 < 0,3 h

z Se os pontos não coincidirem, serão criados os dois pontos de apoio e as duas barras rígidas,
além de ser criado mais um trecho rígido entre as vigas, visando garantir a continuidade da
peça;

d0 > 0,3 h

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Barras rígidas
Estes elementos servem apenas para auxiliar no modelo de pilares de grandes dimensões, para
simular os nós da estrutura com dimensões finitas.

Isto é feito na hipótese de se ter pilares com dimensões grandes, geralmente quando o programa não
identifica automaticamente um contorno para as lajes, ou haveria ainda possibilidade de obter mais
de um contorno para os elementos envolvidos, não tendo sido possível efetuar o lançamento destas
com o comando Elementos-Lajes-Adicionar selecionando barras.

z Figura

Este tipo de elemento somente poderá ser utilizado na seção de um pilar e não faz a captura direta
(intersecção) com os pilares.

Controle de vinculações de pilares


O sistema se baseia na modelagem da estrutura através de um pórtico espacial composto por vigas e
pilares. Neste processo, os elementos são representados por barras ligadas umas às outras por nós.
Dessa maneira, permite-se definir como serão consideradas as ligações entre os nós das barras para a
modelagem da estrutura, através das vinculações entre os elementos, permitindo ao usuário controlar
de forma mais precisa o comportamento do modelo estrutural.

Permite-se definir a vinculação dos nós da barra diretamente na janela de edição do elemento, ao ser
adicionado um novo pilar, ou na edição do elemento no croqui, ou através dos comando Rotular e
Engastar pilares do menu Elementos.

No diálogo de edição dos pilares na entrada gráfica, o campo "Vínculo" pode assumir um dos
valores:

z Engastado: considera a continuidade entre os elementos sem modificação, considerados


rígidos (comportamento padrão).

z Rotulado: considera que tanto a ligação do topo do pilar no pavimento quando a da base do
pilar superior no mesmo ponto estão livres à rotação, ou seja, não ocorrerá momento fletor nos
pilares neste nó.

z Apenas MB: similar ao anterior, mas apenas um dos eixos do pilar fica livre à rotação,
resultando em momento nulo apenas no valor de "Mh topo" do pilar inferior e "Mh base" do
pilar superior.

z Apenas MH: idem, resultando em momento nulo apenas no valor de "Mb topo" do pilar
inferior e "Mb base" do pilar superior.

Os comandos Elementos-Pilares-Engastar e Elementos-Pilares-Rotular atribuem, respectivamente, os


vínculos "Engastado" ou "Rotulado" aos pilares. Considera-se que os vínculos "Apenas MB" e
"Apenas MH" são de uso mais restrito e podem ser atribuídos apenas na edição do pilar.

Com isso a representação da vinculação do pilar no croqui, reflete uma das seguintes possibilidades:

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z Engastado: sem modificação (comportamento padrão).

z Rotulado: representado com um desenho em forma de círculo.

z Apenas MB: representado com um desenho em forma de círculo com duas setas, indicando o
eixo no qual ocorre momento fletor.

z Apenas MH: representado com um desenho em forma de círculo com duas setas, indicando o
eixo no qual ocorre momento fletor.

Tipos de vinculações, em um pilar com ângulo 0°

Na montagem da estrutura, não é permitido ter um pilar rotulado modulado com barras rígidas se a
liberação (vínculos "Apenas MB" ou "Apenas MH") ocorrer no eixo paralelo à barra rígida.

Controle de vinculações de fundações


O sistema se baseia na modelagem da estrutura através de um pórtico espacial composto por vigas e
pilares. Neste processo, os elementos são representados por barras ligadas umas às outras por nós.
Dessa maneira, permite-se definir como serão consideradas as ligações entre os nós das barras para a
modelagem da estrutura, através das vinculações entre os elementos, permitindo ao usuário controlar
de forma mais precisa o comportamento do modelo estrutural.

Permite-se definir a vinculação dos nós da barra diretamente na janela de edição do elemento, ao ser
adicionado uma nova fundação, ou na edição do elemento no croqui, ou através dos comandos
Atribuir vínculos, Engastar todas e Rotular todas, no menu Elementos.

Para elementos de fundações, no diálogo de edição das fundações, na entrada gráfica, permite-se
representar a vinculação adotada para a barra através do campo "Vínculos-Apoio" e "Vínculos-
Pilar".

O "Apoio" representa a vinculação adotada para o nó inferior da fundação, ou seja, para o ponto de
apoio do pórtico espacial, e o "Pilar" tem significado conforme descrito em Controle de vinculações
de pilares.

O vínculo "Apoio" pode assumir um dos valores:

z Rotulado: o nó é restringido ao deslocamento em X, Y e Z, mas livre à rotação nos três eixos.


Na fundação, poderão ocorrer forças horizontais na base, mas não momentos fletores.

z Engastado: o nó é restringido tanto ao deslocamento como à rotação em X, Y e Z. Na


fundação, poderão ocorrer forças horizontais e momentos fletores na base.

z Deslizante: o nó é restringido apenas ao deslocamento em Z, mas livre à rotação e ao


deslocamento em X e Y, ou seja, é um apoio vertical mas desloca-se livremente na horizontal.

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Na fundação, não ocorrerão forças horizontais nem momentos fletores na base.

Se todas as fundações forem definidas como "deslizantes", a estrutura não terá nenhuma restrição ao
deslocamento horizontal e quase certamente gerará erro de inconsistência no processamento.

z Personalizado: pressionando o botão "...", tem-se acesso a um diálogo onde podem ser
definidas individualmente restrições a cada um dos graus de liberdade (deslocamento em X, Y
e Z, rotação em X, Y e Z). Pode-se escolher entre "Fixo", "Livre" e "Elástico". Neste último, é
possível definir no campo "K" um coeficiente de mola que relaciona o deslocamento e o
esforço no grau de liberdade.

O coeficiente de rigidez da mola no vínculo do tipo elástico da fundação deve ser calculado com
base nos coeficientes de recalque vertical e horizontal do solo. A utilização correta deste recurso
requer conhecimentos específicos de geotecnia.

z Elástico padrão: semelhante ao "Personalizado", podendo conter qualquer combinação entre as


restrições, com a diferença de que os valores não são informados em cada fundação, mas sim
na configuração Análise, botão "Apoio elástico padrão".

Pode-se definir uma condição padrão de vinculação que é utilizada por todas as fundações com o
tipo de vínculo "Elástico padrão", em Configurações-Análise, botão "Apoio elástico padrão".
Pressionando o botão "...", tem-se acesso a um diálogo onde podem ser definidas individualmente
restrições a cada um dos graus de liberdade.
Assim, todas as fundações com vinculação definida como Apoio Elástico Padrão terão exatamente a
mesma vinculação informada em configuração Análise, botão "Apoio elástico padrão".

Em se tratando de sapatas de divisa (item "Divisa" habilitado), que não são dimensionadas para
esforços de flexão, não é permitido utilizar o tipo de vínculo "Engastado" nem o tipo "Elástico
Padrão" caso este tenha sido configurado com as rotações em "X" e/ou em "Y" diferentes de livre.
Para o vínculo "Personalizado", as rotações em X, Y e Z ficarão desabilitadas e configuradas
automaticamente como livres.

Níveis intermediários
Para viabilizar o lançamento de patamares de escadas sem a criação de pavimentos adicionais, o
Módulo Escadas permite definir níveis intermediários no mesmo pavimento. Os elementos
estruturais (vigas, lajes, rampas, etc) lançados nos níveis intermediários são agrupados aos elementos
no croqui principal para dimensionamento e detalhamento, como se fossem uma continuidade deste.

A criação desse é feita pelo comando Inserir nível intermediário.

Um pavimento pode conter um número qualquer de níveis intermediários. A altura informada refere-
se sempre à base do pavimento, ou seja, para um pavimento com altura 300 cm, pode-se incluir um
nível intermediário com altura 100 cm e outro com altura 200 cm, gerando três níveis igualmente
espaçados de 100 cm.

O gerenciamento do dimensionamento e detalhamento de Pilares, Vigas e Lajes deste nível é feito


nas respectivas janelas de dimensionamento do croqui principal.

O pavimento inferior do projeto não pode conter níveis intermediários.

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z Figura

Modelo de cálculo
Os projetistas, há muito tempo, dividem a estrutura dos edifícios em partes para poder analisá-la. Na
maioria das estruturas, é possível separar os pavimentos e aplicar as reações destes em vários
pórticos planos ou em apenas um pórtico espacial que represente a estrutura para se calcular os
efeitos das cargas verticais e horizontais, bem como a estabilidade global do edifício.

A sistemática na qual se baseia o sistema é a de modelar a estrutura através de um pórtico espacial


composto pelas vigas e pilares da edificação. Neste processo, os elementos são representados por
barras ligadas umas às outras por nós. Cada pilar e cada trecho de viga são compostos por barras do
pórtico, de onde são obtidos os esforços solicitantes para o dimensionamento. Os painéis de lajes são
calculados de forma independente do pórtico.

O cálculo da estrutura é feito da seguinte forma:

z os painéis de lajes são montados e calculados, de acordo com o processo que estiver
configurado;

z as reações das lajes são transmitidas às vigas onde estas se apoiam;

z é montado o pórtico espacial da estrutura, recebendo o carregamento calculado pelas lajes;

z o pórtico é processado e os esforços solicitantes são utilizados para o detalhamento dos


elementos estruturais.

A análise estrutural é feita pelo método matricial da rigidez direta, cujo objetivo é determinar os
efeitos das ações na estrutura para que possam ser feitas as verificações dos estados limites últimos e
de utilização. Os resultados da análise, basicamente, são os deslocamentos nodais, os esforços
internos e as reações nos vínculos de apoio.

As condições de equilíbrio da estrutura (para o modelo com geometria indeformada) devem ser
garantidas pelo usuário, uma vez que o sistema não gera solução para estruturas hipostáticas. O
Eberick executa para o modelo uma análise estática linear de primeira ordem, o que significa:

z O sistema considera que os materiais tenham comportamento físico elástico linear para todos
os pontos da estrutura, isto é, supõe que em nenhum ponto sejam ultrapassados os limites de
proporcionalidade do material para tensões em serviço.

z O sistema não leva em conta ações variáveis com o tempo, decorrente de vibrações, sismos,
etc.

z O sistema analisa apenas uma hipótese de carga, ficando portanto restrito aos casos em que a
alternância de cargas variáveis pode ser considerada desprezível. De modo geral, isto ocorre
nas edificações nas quais as cargas variáveis representem no máximo 20% do valor da carga
total do edifício.

z O sistema não leva em conta a variação da estrutura devida às ações na determinação dos
resultados dos deslocamentos e dos esforços. Os deslocamentos obtidos, em um primeiro
cálculo, a partir das ações modificam a geometria inicial da estrutura. O efeito das ações, que
permanecem atuando nesta estrutura deformada, iria alterar novamente todos os esforços
internos, inclusive os deslocamentos. Este efeito é conhecido como efeito de 2ª ordem, se

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acontecerem variações superiores a 10% nos valores dos esforços internos este efeito passa a
ser importante e não deve ser desprezado. Nestes casos, a interação entre as cargas normais e
os momentos fletores pode ser importante.

z Para o modelo de estrutura deformada, o equilíbrio deverá ser verificado por um processo de
estabilidade global que avalie os efeitos de segunda ordem, que podem surgir na estrutura
devido a deslocamentos horizontais que alterem de maneira significativa os esforços internos.
O processo de verificação utilizado pelo Eberick é simplificado, baseado na norma NBR
6118:2003. Caso o coeficiente Gama-Z seja superior ao valor limite, a estrutura pode ser
considerada deslocável.

As duas últimas restrições desta lista referem-se apenas ao uso do programa sem o Módulo Master
habilitado. Com o módulo presente, a opção "Utilizar o processo P-Delta", na configuração Análise,
permite a análise da estrutura com a consideração da não linearidade geométrica global.

Classificação das ações


No AltoQi Eberick, sem o Módulo Master, embora existam casos de carregamento definidos na
interface (separação entre carga permanente e acidental), não há tal divisão para fins de cálcu-lo. A
carga acidental é aplicada nas lajes como carga uniformemente distribuída. Recomenda-se que esta
não supere 20% da carga total (incluindo o peso próprio da estrutura), visto que o Eberick não prevê
alternância de cargas variáveis.

Com o Módulo Master, a cada ação podem ser associados coeficientes de ponderação diferen-tes. É
possível, a partir da configuração Ações, criar novos casos de carregamento à edificação, além das já
existentes no programa.

As cargas que solicitam a estrutura são classificadas em dois tipos:

z Permanentes: correspondem àquelas que solicitam a estrutura ao longo de toda a sua vida útil.

z Acidentais: são aquelas que variam de acordo com o uso da edificação.

As ações definidas como “Acidental” podem ter coeficientes de combinação informados pelo
usuário, utilizados de acordo com o tipo de combinação escolhida. São eles:

z 0: valor utilizado para a redução do valor da ação acidental quando não principal para a
combinação, considerando baixa a probabilidade de ocorrência simultaneamente às demais
ações acidentais;

z 1: fator de redução da ação para estado limite de serviço para combinações freqüentes;

z 2: fator de redução da ação para estado limite de serviço para combinações quase
permanentes;

É possível configurar também coeficientes de ponderação das ações no estado limite último (ELU)
para cada caso, incluindo o coeficiente para o caso favorável se a ação for "Permanente” (conforme
definido no item 11.7.1 da NBR 6118:2003).

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Cargas horizontais e verticais


Quando for adicionada uma ação na estrutura, o programa calculará todas as combinações possíveis
com as demais ações existentes, acrescentando novos itens à lista de combinações, que pode ser
bastante extensa. Uma vez que, para a análise dos painéis de lajes, são consideradas apenas as cargas
verticais, as ações cujas componentes são apenas horizontais (por exemplo, as cargas de vento e as
devidas às imperfeições geométricas globais) não interferem nessa análise e podem ser
desconsideradas nas combinações.

Com isso, na exibição dos diagramas de esforços nas lajes, apenas parte da lista de combinações é
exibida. Todas as combinações que envolvem ações cuja opção “Considerar para as lajes” na
configuração Ações estiver desligada (cargas unicamente horizontais) não serão exibidas. Na
aplicação de cargas lineares sobre o modelo, essas ações não estarão disponíveis (pode-se aplicar
apenas cargas concentradas horizontais).

Grupos de ações
Com o intuito de definir a forma como o programa fará a combinação entre as diversas ações, estas
são agrupadas. Esse agrupamento pode ser de quatro tipos:

z Não simultâneas: as ações dentro desse grupo são mutuamente excludentes, ou seja, nunca
ocorrem simultaneamente. Um exemplo desse tipo de grupo são as quatro cargas de vento
padrões e as quatro cargas de desaprumo, que nunca ocorrem ao mesmo tempo.

z Permanentes simultâneas: agrupa apenas cargas permanentes que podem ser consideradas
todas atuando no sentido favorável ou desfavorável. Um exemplo disso é o grupo que contém
o “Peso próprio”, “Carga permanente adicional” e "Solo".O programa gera automaticamente,
por exemplo, apenas G1+G2 + S ou 1.3G1+1.4G2 +1.4S. Mais...

z Acidentais simultâneas ou não: agrupa apenas cargas acidentais de mesma natureza, supondo
que sejam complementares. Com isso, mais de uma delas pode ser considerada principal ao
mesmo tempo. Isso tem a função de simular combinações de piso, nas quais se pode querer,
por exemplo, analisar o maior resultado entre 1.4Q1 (Q2 descarregada), 1.4Q2 (Q1
descarregada), mas também 1.4Q1+1.4Q2.

z Acidentais simultâneas: agrupa apenas cargas acidentais que ocorrem sempre juntas, como se
fossem uma única ação acidental. Neste caso, todas são combinadas somente como um efeito
desfavorável, considerando os fatores de combinação específicos de cada ação.

Ações padrão
Divide-se em três grupos:

Permanente
Este Grupo contém as ações de caráter permanente que podem ser aplicadas na estrutura, a saber:

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Peso próprio (G1): peso da estrutura em si (vigas, pilares e lajes), calculado diretamente pelo
programa com base nas dimensões do elemento e no peso específico do concreto.

Carga adicional (G2): peso próprio dos demais elementos da edificação (alvenaria, revestimentos,
etc). Além disso, podem ser aplicadas cargas (distribuídas ou concentradas) em vigas e lajes no tipo
de ação “G2”.

Solo (S): ação horizontal decorrente do empuxo de solo atuante em paredes de contenção ou paredes
de reservatório apoiados no solo. Mesmo sem o módulo Reservatórios, pode-se incluir uma ação no
tipo "Solo".

Não é permitido aplicar cargas em vigas e lajes nas ações padrão Peso próprio (G1), Solo (S), Vento
(V) e Desaprumo (D).

Acidental
Carga acidental (Q): são aquelas que variam de acordo com o uso da edificação. No programa,
existem duas formas de incluir cargas acidentais:

z sobrecargas de piso incluídas nas lajes, no campo “Carga acidental”;

z aplicação de cargas (distribuídas ou concentradas) em vigas e lajes no tipo de ação “Q”.

Água (A): Destinada à aplicação do empuxo hidrostático nas paredes dos reservatórios quando
lançados através do módulo correspondente. Mesmo sem o módulo Reservatórios, pode-se incluir
uma ação no tipo "Água".

Vento
Carga de vento (V): Um tipo de carregamento incluído no AltoQi Eberick apenas pelo Módulo
Master é a consideração dos efeitos do vento na edificação. Este carregamento se manifesta por meio
de cargas horizontais aplicadas em cada pavimento e divide-se em quatro casos:

z Vento atuando na direção X, da esquerda para a direita (V1).

z Vento atuando na direção X, da direita para a esquerda (V2).

z Vento atuando na direção Y, de baixo para cima (V3).

z Vento atuando na direção Y, de cima para baixo (V4).

Visão superior da estrutura

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Desaprumo (D): Outro tipo de carregamento incluído no AltoQi Eberick apenas pelo Módulo Master
é a consideração dos efeitos das imperfeições geométricas globais. Este carregamento se manifesta
analogamente ao carregamento de vento e também divide-se em quatro casos:

z Desaprumo atuando na direção X, da esquerda para a direita (D1).

z Desaprumo atuando na direção X, da direita para a esquerda (D2).

z Desaprumo atuando na direção Y, de baixo para cima (D3).

z Desaprumo atuando na direção Y, de cima para baixo (D4).

Ações adicionadas à estrutura


A partir da configuração “Ações”, permite-se criar novos casos de carregamento à estrutura.
Conforme já exposto, pode-se adicionar grupos de ações, classificando-os em “Não simultâneos”,
“Permanentes simultâneos”, "Acidentais simultâneas ou não" e “Acidentais simultâneos”, adicionar
ações acidentais ou permanentes a esses grupos como também adicionar ações independentes (ações
isoladas) à estrutura.

Edição de cargas extras no lançamento de lajes

Apresenta-se na figura acima os tipos de ações padrão do Eberick, como também as ações criadas
pelo usuário que permitem aplicação de cargas (distribuídas ou concentradas) em vigas e lajes,
retratando possíveis casos de carregamento que venham solicitar a estrutura. Cada uma será
representada por uma letra específica, análoga às ações default do programa e terão coeficientes
multiplicadores próprios que influenciarão no carregamento total da edificação.

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Efeito do vento
O efeito do vento é considerado no Módulo Master segundo as recomendações da norma NBR 6123
(“Forças devidas ao vento em edificações”), não se aplicando, portanto, a edificações de formas,
dimensões ou localização fora do comum (vide item 1.2 da NBR 6123).

As forças estáticas devidas ao vento são determinadas da seguinte forma:

z A velocidade básica do vento (V0), adequada ao local onde a estrutura será construída, é
determinada pelo usuário de acordo com o disposto no item 5.1 da NBR 6123.

z A velocidade básica do vento é multiplicada pelos fatores S1, S2 e S3 para ser obtida a
velocidade característica do vento (Vk):

Vk = V0 . S1 . S2 . S3

z A velocidade característica do vento permite determinar a pressão dinâmica pela expressão:

q = 0.613 Vk2 (unidades SI)

A componente da força global na direção do vento sobre uma edificação ou parte dela (força de
arrasto – Fa) é obtida por:

Fa = Ca . q . Ae

Onde:

z Ca = coeficiente de arrasto

z Ae = área frontal efetiva

Tópicos relacionados

Coeficiente de arrasto (Ca)

Análise

Ângulo de aplicação

z Configura-se em: menu Configurações-Vento

Coeficiente de arrasto (Ca)


Os coeficientes de arrasto indicados na NBR 6123 são aplicáveis a edificações de seção constante ou
fracamente variável. Na figura 4 desta norma, coeficiente de arrasto para vento de baixa turbulência,
existe um ábaco que permite a obtenção dos valores de Ca para edificações retangulares, em funções
das dimensões da edificação e considerando o vento em regime de baixa turbulência. Na figura 5,
existe um segundo ábaco para ventos de alta turbulência, a opção entre o ábaco a ser considerado

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deve respeitar o disposto no item 6.5.3 da NBR 6123/1988. A tabela 10 apresenta valores para os
outros tipos de seção. Casos especiais devem ser estudados à parte.

No Módulo Master, pode-se determinar valores de Ca diferentes para cada pavimento e para cada
direção de incidência do vento (X ou Y). Para informar estes valores, deve-se acessar o botão
"Forças" do menu Configurações - Vento e preencher os campos “Cax” e “Cay”.

A versão V8 permite que o coeficiente de arrasto seja calculado automaticamente,sendo que o


usuário ainda pode optar entre alta e baixa turbulência, adotar ou não um coeficiente de arrasto único
para toda a estrutura e arbitrar ou não a altura total acima do solo.

z Imagem do diálogo

z Configura-se em: menu Configurações-Vento-Forças

Análise do efeito do vento


Os valores de força total do vento (Fa) são calculados para cada pavimento, compondo quatro
valores distintos:

Visão superior de um pavimento

Cada direção do vento compõe um caso de carregamento distinto (V1, V2, V3 e V4). Para o cálculo
do pórtico, supõe-se que a força total aplicada em cada pavimento é uniformemente distribuída por
este.

z Figura

A carga total calculada para o pavimento será dividida pelo número de pilares e aplicada na forma de
cargas concentradas horizontais em cada pilar. Esta hipótese de distribuição uniforme é válida
apenas para pilares ligados por vigas e lajes (que funcionam como diafragmas rígidos). Outros tipos
de situação podem requerer cargas diferenciadas em cada pilar (por exemplo, concentradas nos
pilares da fachada) e devem ser analisadas em separado pelo usuário.

O efeito do vento é considerado na forma de uma carga estática. Não são considerados efeitos
dinâmicos.

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Ângulo de aplicação
A aplicação das forças de vento não precisa, necessariamente, ser feita de acordo com as direções X
e Y. Para determinados tipos de geometria, pode ser necessário fazer a consideração da força de
vento, atuando em uma outra direção qualquer.

Considera-se que existem sempre quatro casos de carregamento (Vento X-, X+, Y- e Y+) ortogonais
entre si, podendo estes ser rotacionados simultaneamente. Esta rotação pode ser alterada acessando-
se o menu Configurações - Vento, item “Ângulo”.

Visão superior de um pavimento

O valor das fachadas X e Y refere-se sempre à largura perpendicular à direção do vento (ou seja,
varia de acordo com a rotação).

z Configura-se em: menu Configurações-Vento

Imperfeições geométricas globais


Para solucionar as dificuldades que surgem diante da esbeltez e altura elevada das estruturas
modernas, vários estudos são necessários. Algumas considerações que antes podiam ser desprezadas,
agora devem merecer atenção especial. É o caso das imperfeições geométricas globais, também
conhecidas como desvio acidental global ou irregularidade vertical. Parte-se do pressuposto que toda
estrutura real possua um certo grau de desaprumo, decorrente de erros construtivos no alinhamento
da estrutura como um todo ou de uma peça isolada.

Análise

Existem diversas formas de considerar o efeito do desaprumo em uma estrutura. A mais simples e
direta baseia-se no equilíbrio de uma barra em sua posição deslocada, bem semelhante aos critérios
utilizados no processo P-Delta. Supondo que a uma barra sujeita a um esforço axial V é aplicado um
ângulo , são necessárias cargas horizontais H para equilibrar os momentos gera-dos. Da mesma
forma, cargas fictícias podem ser aplicadas à estrutura para simular o acrésci-mo devido ao
desaprumo da edificação. A figura a seguir mostra a perda de retilinidade dos pilares do pórtico,
representada por um ângulo , impondo esforços adicionais horizontais no pórtico.

z Figura

Ângulo de desaprumo

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A NBR 6118:2003 assume valores mínimos e máximos a serem adotados para q de acordo com a
influência dos efeitos de 2ª ordem (estruturas de nós fixos ou móveis), a partir do qual é
possível calcular o esforço adicional que solicitará a estrutura:

z Figura

qmin = 1/400 para estruturas de nós fixos;

qmin = 1/300 para estruturas de nós móveis e imperfeições locais;

qmax = 1/200.

Aplicação como caso de carregamento

A princípio, o efeito do desaprumo deveria ser feito para as 4 direções principais em cada
combinação de carregamentos. Como isso elevaria muito o custo de processamento do modelo, uma
alternativa é escolher uma combinação de referência, a partir da qual calculam-se as cargas axiais
nas barras e, com elas, as cargas horizontais fictícias. Essas cargas horizontais compõem então 4
novos casos de carregamento, que são combinados às demais ações. Essa abordagem situa-se no lado
da segurança, desde que o usuário escolha adequadamente a combinação de referência na
configuração Análise, item “Combinação vertical característica”.

No Eberick, os efeitos devido as imperfeições globais são representados por ações nas direções X e
Y pertencentes ao grupo "Vento", denominados de Desaprumo X+, X-, Y+ e Y-. Eles podem ser
acessados através do menu Configurações - Ações.

Vale frisar que nas combinações últimas e de serviço, ou é considerado o efeito do desaprumo
(imperfeições globais) ou da ação do vento, conforme preconiza o item 11.3.3.4.1 da NBR
6118:2003. Portanto, são classificadas no grupo de ações do tipo "Não simultâneas". Mais...

Segundo o item 11.3.3.4.1 da NBR 6118:2003, pode-se considerar o efeito do desaprumo


(imperfeições globais) ou da ação do vento, adotando apenas o mais desfavorável, que provoca o
maior momento total na base de construção. O AltoQi Eberick leva em consideração o fato de que
ambos os efeitos não precisam ser considerados simultaneamente, mas não adota esse critério
simplificado para decidir isso. Todas as ações (4 de vento e 4 de desaprumo) são computadas e,
como são classificadas no grupo de ações do tipo "Não simultâneas", são combinadas de forma
separada. Isso faz com que seja adotada a condição mais desfavorável em cada ponto da estrutura
individualmente.

Os efeitos das imperfeições globais sobre uma estrutura diminuem à medida em que a altura do
edifício aumenta. Essa afirmativa deixa de ser verdadeira em se tratando do vento, que se torna cada
vez mais significativo para pórticos com várias prumadas. Por conta disto, pode-se desprezar o
desvio acidental global em edifícios altos, onde os esforços de vento serão sempre superiores e
consequentemente mais desfavoráveis. Quanto menor o número de pavimentos, contudo, o
desaprumo deverá ser considerado.

As imperfeições geométricas globais são consideradas ações permanentes, enquanto as ações devido
ao vento são consideradas acidentais.

z Configura-se em: menu Configurações-Análise

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Combinações de carregamentos
O Módulo Master utiliza as prescrições da norma NBR 6118:2003 para as ações e segurança nas
estruturas. Um tipo de carregamento é especificado pelo conjunto das ações que têm probabilidade
não desprezível de atuar simultaneamente sobre uma estrutura. Em cada tipo de carregamento as
ações devem ser combinadas de diferentes maneiras, a fim de que possam ser determinados os
efeitos mais desfavoráveis para a estrutura. Devem ser estabelecidas tantas combinações de ações
quantas sejam necessárias para que a segurança seja verificada, em relação a todos os possíveis
estados limites da estrutura.

O Módulo Master possui ações padrão já pré-definidas no programa e também permite criar novos
casos de carregamentos (ações adicionadas à estrutura). Segundo a norma, estes casos de
carregamento devem ser combinados de tal forma a encontrar a situação mais desfavorável para a
estrutura.

Tópicos Relacionados

Estados limites

Combinações últimas

Combinações de utilização

z Configura-se em: menu Configurações-Ações

Estados limites
Segundo o item 10.1 da NBR 6118:2003, "Os critérios de segurança adotados nesta Norma baseiam-
se na NBR 8681." Os estados limites de uma estrutura são aqueles a partir dos quais ela apresenta
desempenho inadequado às finalidades da construção. Estes se dividem em dois tipos:

Estados limites últimos


“Estados que, pela sua simples ocorrência, determinam a paralisação, no todo ou em parte, do uso da
construção”. O dimensionamento dos elementos estruturais é feito no estado limite último.

A NBR 6118:2003 recomenda que a segurança das estruturas deva sempre ser verificada em relação
aos seguintes Estados limites últimos:

z da perda do equilíbrio da estrutura (considerada como corpo rígido);

z de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no seu todo ou em parte, devido às


solicitações normais e tangenciais (considerando que peça terá capacidade de redistribuição de
esforços internos, definidos na seção 14 da NBR 6118:2003);

z de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no seu todo ou em parte, considerando


os efeitos de segunda ordem;

z das solicitações dinâmicas;

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z de colapso progressivo;

z em casos especiais que possam solicitar a estrutura."

Estados limites de Serviço


Segundo a NBR 6118:2003 "Estados limites de serviço são aqueles relacionados à durabilidade das
estruturas, aparência, conforto do usuário e à boa utilização funcional das mesmas, seja em relação
aos usuários, seja às máquinas e aos equipamentos utilizados."

São estados que, por sua ocorrência, repetição ou duração, causam efeitos estruturais que não
respeitam as condições especificadas para o uso normal da edificação. Caracteriza-se aqui a
ocorrência de flechas ou fissuração excessivas.

O Módulo Master permite escolher entre quatro conjuntos de combinações: uma para os estados
limites últimos e três para os de serviço (combinação quase permanente, combinação frequente e
combinação raras). O programa utiliza internamente a combinação última e uma combinação de
serviço (a que for adotada pelo usuário em menu Configurações - Ações).

Dependendo da situação, será adotado o conjunto correto:

Estados limites últimos Estados limites de Serviço


-verificação de tensões últimas - obtenção das cargas na fundação;
(cisalhamento/torção) em vigas,
pilares e lajes; - cálculo dos deslocamentos da estrutura
(flechas nas vigas e lajes, deslocamentos
- dimensionamento (cálculo das horizontais dos pilares);
armaduras) de vigas, lajes e pilares.
- verificação dos estados de fissuração
excessivas.

Combinações últimas
O Módulo Master utiliza para dimensionamento as combinações últimas normais, conforme definido
no item 11.8.2.4 da NBR 6118:2003:

Onde:

z Fd: valor de cálculo das ações para combinação última;

z JJ : coeficiente de ponderação das cargas permanentes, definido na Tabela 11.1 pertencente ao


item 11.7.1 da NBR 6118:2003;

Para cargas desfavoráveis permanentes de pequena variabilidade, como o peso próprio das estruturas
(especialmente estrutura pré-moldadas), o coeficiente JJ pode ser reduzido de 1,4 para 1,3.

z Fgk : representa as ações permanentes diretas;

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z JT : coeficiente de ponderação das cargas acidentais, definido na Tabela 11.1 pertencente ao


item 11.7.1 da NBR 6118:2003;

z Fq1k : representa a ação permanente direta predominante;

z \oj : fator de combinação das cargas acidentais, definido na Tabela 11.2 pertencente ao item
11.7.1 da NBR 6118:2003;

z Fqjk : representa as ações variáveis diretas secundárias, sendo Fq1k a principal.

O Módulo Master permite que o usuário crie novos casos de carregamento além dos já configurados
no programa (ações default), acessando o menu Configurações - Ações. A princípio, as
combinações últimas padrão do Eberick podem ser visualizadas na figura abaixo:

z Figura

Após criar um novo grupo de ação e pressionar o botão "Gerar", é adicionado às ações já existentes o
novo caso de carregamento criado.

O Eberick inclui, entre suas combinações, carregamentos de vento e desaprumo do elementos


verticais da estrutura. Como proposto pelo item 11.3.3.4.1 da NBR 6118:2003, o desaprumo não é
superposto aos carregamentos de vento. Por este motivo, estes dois carregamentos estão incluídos no
mesmo grupo de ações, para que nenhuma combinação de carregamento gerada contenha
simultaneamente os carregamentos de vento e desaprumo.

z Configura-se em: menu Configurações-Ações

Combinações de utilização
Segundo o item 11.8.3.1 da NBR 6118:2003, as combinações de utilização (serviço) são
classificadas em 3 tipos:

z Combinações quase permanentes (CQP): podem atuar durante grande parte do período útil da
estrutura e a consideração desta pode ser necessária na verificação dos estado limite de
deformações excessivas;

z Combinações frequentes (CF): repetem-se muitas vezes durante o período útil da estrutura e a
consideração desta pode ser necessária na verificação dos estados limites de formação de
fissuras, de abertura de fissuras, de vibrações e também para os estados limites de deformação
excessivas devidas ao vento ou temperatura.

z Combinações raras (CR): ocorrem algumas vezes durante o período útil da estrutura e a
consideração desta pode ser necessária na verificação do estado limite de formação de fissuras.

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Para cada uma delas, há uma fórmula específica, conforme mostrado na Tabela 11.4 da NBR
6118:2003, sendo:

z Fd,ser: valor de cálculo das ações para combinações de serviço;

z Fgk : representa as ações permanentes diretas;

z Fq1k : representa a ação permanente direta predominante;

z Fqjk : representa as ações variáveis diretas secundárias, sendo Fq1k a principal;

z y1: fator de redução de combinação frequente para ELS;

z y2 : fator de redução de combinação quase permanente para ELS.

Os coeficiente o, 1 e podem ser configurados para cada ação acidental adicionada à


estrutura, definidos na Tabela 11.2 pertencente ao item 11.7.1 da NBR 6118:2003.

O Módulo Master permite que o usuário crie novos casos de carregamento além dos já configurados
no programa (ações default), acessando o menu Configurações - Ações. A princípio, as combinações
de serviço padrão do Eberick podem ser visualizadas na figura abaixo:

z Figura

Após criar um novo grupo de ação e pressionar o botão "Gerar", é adicionado às ações já existentes o
novo caso de carregamento criado.

O programa utiliza para o cálculo das deformações e fissuração dos elementos estruturais a
combinação de serviço configurada pelo usuário em menu Configurações - Ações, sendo que a
default é a combinação frequente. Entretanto, a norma recomenda que para determinados cálculos se
adote um combinação específica. É o caso por exemplo do deslocamento horizontal dos pilares, que
utiliza a combinação frequente (y1=0,30).

z Configura-se em: menu Configurações-Ações

z Configura-se em: menu Configurações-Ações

Processo da Analogia de Grelha


Um pavimento com lajes e vigas em concreto armado é uma estrutura monolítica. Um modelo de
grelha discretizando todo o conjunto pode ser adequado para a análise na maioria dos casos. As vigas
são discretizadas em barras e as lajes em uma grelha com faixas ortogonais.

A malha da grelha é gerada pelo programa, cabendo ao usuário definir o espaçamento entre as barras
nas duas direções (quando a laje for maciça) e a direção da malha. O espaçamento padrão pode ser
configurado em menu Configurações - Análise - Painéis de lajes, grupo "Grelha (lajes maciças)".

O programa permite ao usuário discretizar uma laje maciça com espaçamento diferente das demais.
Para isto, basta pressionar o botão "Grelha" no diálogo de edição da laje na entrada gráfica. Cabe ao

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usuário verificar se a discretização adotada é adequada à geometria de cada laje (o botão na


janela de lajes permite visualizar a grelha após o processamento). No caso de lajes com nervuras, o
espaçamento é calculado pelo programa em função da distância entre as nervuras e da disposição das
barras definida no croqui, sem a possibilidade de intervenção do usuário no modelo.

A direção adotada para a malha irá definir também a direção das barras da armadura. A direção mais
recomendada será aquela que corresponde às direções principais da armadura da laje.

z Figura

A continuidade dos painéis de laje neste modelo é obtida pela rigidez à torção dos trechos de viga
nos apoios, já que nem sempre é possível discretizar as barras de modo contínuo ao longo de todo o
painel.

A rigidez a flexão das vigas neste modelos é de grande importância, pois a compatibilidade de
deformações é considerada em todo o modelo. As lajes estão apoiadas em vigas que também se
deformam, alterando, em alguns casos, significativamente os resultados de esforços e reações de
apoio em relação aos valores obtidos pelos processos simplificados convencionais (Marcus, por
exemplo)

Este modelo apresenta resultados bastante confiáveis para os casos nos quais as lajes se compõem de
painéis retangulares, ou próximos de retângulos. Também para lajes poligonais sem a presença de
cantos com ângulos agudos ou lajes com grandes aberturas (ver item 21.3.4 da NBR 6118:2003).

Alguns tipos de lajes, contudo, não são perfeitamente analisados por este método. Não é simples
definir um tipo que não pode ser calculado; o que ocorre é que este método, por utilizar uma malha
ortogonal na qual todas as faixas possuem o mesmo espaçamento entre si, não analisa corretamente
concentrações de tensão elevadas que ocorram em pontos da laje. Estas concentrações ocorrem para
lajes fortemente convexas (com uma “ponta” para dentro), as quais merecem uma análise pessoal
mais cuidadosa, ao invés do detalhamento automático gerado pelo programa.

Quando há rampas ou níveis intermediários o modelo inclui, além do croqui principal, as rampas,
as vigas dos níveis intermediários e as do pavimento inferior, em um modelo tridimensional.

z Configura-se em: menu Configurações - Análise - Paineis de lajes

Montagem da grelha
A análise das lajes por analogia de grelha pressupõe a subdivisão da laje em faixas, cujas
propriedades físicas e geométricas passam a ser representadas através de um reticulado de barras que
compõem uma grelha.

z Figura

No caso das lajes maciças, a montagem da grelha de barras é feita a partir da delimitação do
contorno e do espaçamento entre barras da grelha, definido nas Configuração Análise ou no diálogo
de edição das lajes. O número de barras da grelha é calculado para cada direção (x e y) dividindo os
comprimentos lx e ly do contorno pelo espaçamento configurado entre as barras da grelha.

Para as demais lajes que contém nervuras, o espaçamento da grelha corresponde ao espaçamento e
posição das nervuras no croqui, de maneira a aproximar o modelo de cálculo daquilo que será

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construído na obra.

z Figura

O espaçamento real entre as barras da grelha é eqüidistante em toda a laje, o que implica, pelo
arredondamento, em valores ligeiramente diferentes daqueles configurados pelo usuário.

Barras da grelha contidas na seção das vigas

Nos casos em que a largura da viga engloba barras da grelha paralelas à barra da viga, o Eberick
ajusta a rigidez da viga para que não haja superposição de rigidezes entre a viga e a laje. É o caso
típico de vigas chatas.

z Figura

Os critérios utilizados nesse ajuste de rigidez são os seguintes:

z Considera-se o ângulo relativo entre as barras da grelha e da viga na composição da rigidez da


grelha;

z O cálculo das inércias da viga e das lajes considera a posição dos respectivos centros
geométricos em relação à elevação relativa entre lajes e viga;

z A inércia corrigida da viga não será inferior à inércia de uma barra isolada da grelha e nem
superior à inércia da viga em relação ao seu centro geométrico.

Nos casos em que a inércia corrigida da viga for inferior à inércia da viga em relação ao seu próprio
CG, a viga passa a ter o status de viga Chata. Quando a inércia corrigida for limitada ao valor da
inércia em relação ao CG, a viga mantém o status de viga Alta.

Informações adicionais

Representação dos pilares

Representação das escadas

Representação das escadas


A presença de elementos inclinados (rampas, escadas e vigas inclinadas) trará modificações no
modelo de análise das lajes.

Pode-se dividir em quatro situações básicas o modelo de análise feito pelo programa, apresentadas a
seguir.

No pavimento não há elementos inclinados

O processo é o mesmo. Cada pavimento é calculado independente e ao final as reações de apoio são
transmitidas às barras do pórtico.

z Figura

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Introdução Página 47 de 63

No pavimento não há elementos inclinados, mas há lajes no nível intermediário

Análogo ao modelo anterior, o cálculo é feito por pavimento, incluindo as lajes do pavimento e de
seu nível intermediário.

z Figura

Há rampas no pavimento

O modelo passa a ser tridimensional, mas continua a ser feito por pavimento. Este inclui as lajes,
rampas e vigas inclinadas do pavimento, que são calculadas em conjunto.

Como o modelo é feito por pavimento não há como informar a continuidade entre rampas e lajes de
pavimentos diferentes.

z Figura

Há escadas no pavimento

No processamento dos painéis de lajes, os pavimentos que contêm escadas são analisados em duas
partes: um modelo (uma grelha) para as lajes (lajes e rampas) e outro modelo para as escadas
(patamares e lances) do pavimento. Este último inclui as vigas do croqui principal, as vigas dos
níveis intermediários e as do pavimento inferior, em um modelo tridimensional, mais os lances e
patamares, mas não as lajes e rampas, que estão contidas no outro modelo.

z Figura

Verificação da precisão numérica


Em poucas palavras, é possível descrever a análise de uma estrutura via pórtico espacial como sendo
a resolução de um sistema de equações lineares da seguinte forma:

[K].[u]=[p]

onde:

z [K] : matriz de rigidez, definida a partir das propriedades físicas e geométricas dos diversos
elementos;

z [u] : vetor de deslocamentos nodais (incógnita do problema);

z [p] : vetor de carregamentos aplicados (conhecido).

A solução deste sistema de equações lineares nos fornece o valor de [u], que são os deslocamentos
da estrutura. Algebricamente, a solução é simples, mas como qualquer sistema computacional possui
uma limitação na precisão dos números armazenados, obtém-se, na verdade, um vetor [u’] que difere
de [u] de uma quantidade indeterminada [Gu].

O procedimento adotado pelo programa é o de comparar as reações totais, obtidas com base nos
resultados de [u’], com as cargas totais [p], para as direções X, Y, e Z. Com isso, tem-se uma
diferença percentual que estima o erro que se obteria na avaliação dos esforços internos nas barras.
Esta verificação é feita pelo Eberick ao final de análise da estrutura e, caso a diferença encontrada

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Introdução Página 48 de 63

supere o valor máximo configurado em menu Configurações - Análise, item “Erro estimado
máximo”, será exibida uma mensagem de erro e o processamento será cancelado. Na janela de
mensagens, é exibido o valor do erro máximo ocorrido, bem como aquele do esforço no qual ocorreu
a situação mais crítica.

Verificação da estabilidade global


Considere a estrutura do edifício mostrada na figura a seguir.

z Figura

Sob efeito das cargas horizontais, os nós da estrutura deslocam-se horizontalmente, fazendo com que
o pórtico do edifício assuma uma outra configuração geométrica, que é a com nós deslocados.

Os esforços solicitantes (forças normais, momentos fletores e esforços cortantes) calculados com a
estrutura indeformada produzem esforços de 1ª ordem. Os mais importantes, no caso de edifícios,
são os momentos fletores nas extremidades das barras dos pilares provocados pelas ligações rígidas
ou semi rígidas com as vigas e com os demais elementos da estrutura.

Considerando que, devido as cargas horizontais, a estrutura do edifício assumiu a configuração


deslocada e as cargas normais de cada pavimento acrescentam aos momentos de 1ª ordem um
acréscimo P*' .

O acréscimo nos momentos de 1ª ordem é acompanhado de novo deslocamento horizontal, o que


torna o processo iterativo. Duas hipóteses são possíveis: ou os deslocamentos são cada vez menores,
obtendo-se o equilíbrio da estrutura, ou os deslocamentos jamais se anulam, provocando a
instabilidade da estrutura como um todo. Uma vez que este cálculo seria muito demorado, é usual
estimar-se os momentos de 2ª ordem obtidos na 1ª iteração e verificar uma certa tolerância para que
se possa dispensar o cálculo mais exato.

O sistema utiliza um critério apresentado no item 15.5.3 da NBR 6118:2003, que calculo um índice
denominado Coeficiente Gama-Z. Ele verifica indiretamente a condição de que os efeitos de 2ª
ordem não ultrapassem em mais de 10% aqueles calculados pela análise estática linear de 1ª ordem.
Deste modo, pode-se avaliar a sensibilidade da estrutura como um todo e considerá-la
suficientemente robusta e como uma estrutura de nós indeslocáveis (ou praticamente indeslocáveis).

Caso a análise não esteja sendo realizada com o Módulo Master, (ou mesmo com este módulo, mas
que esteja desabilitado a análise do processo P-Delta na configuração Análise) e o coeficiente Gama-
Z exceda o limite preconizado para uma ou as duas direções principais X e Y, é emitida uma
mensagem nos resultados do processamento "Estrutura processada com avisos", e acessando
"Resultados" será emitido o aviso "Efeitos de 2ª ordem importantes" indicando que a estrutura
encontra-se na situação de estrutura deslocável (nós móveis).

z Aviso

Para os casos em que é emitido o aviso de "Efeitos de 2ª ordem importantes, aconselha-se o


enrijecimento da estrutura para minimizar os deslocamentos da mesma, de modo que o coeficiente
Gama-Z fique inferior aos limites estabelecidos pela NBR 6118:2003, ou então, que seja realizada a
análise dos esforços de 2ª ordem no modelo, através do processo P-Delta existente no módulo
Master. A idéia básica desse processo P-Delta é de obter, a partir da análise de 1ª ordem, uma
estimativa dos efeitos de 2ª ordem.

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Informações sobre os deslocamentos horizontais podem ser acessadas no menu Estrutura-


Estabilidade global.

Tópicos Relacionados

Coeficiente Gama-Z

Estruturas deslocáveis

Não linearidade física

Coeficiente Gama-Z
O coeficiente Jz tem a função de determinar de forma aproximada o coeficiente de majoração dos
esforços globais finais com relação aos de primeira ordem. O valor de Jz é definido por:

Onde:

z M1tot,d = momento de tombamento, ou seja, a soma dos momentos de todas as forças


horizontais, com seus valores de cálculo, em relação à base da estrutura;

z 'Mtot,d = soma dos produtos de todas as forças verticais atuantes na estrutura, com seus
valores de cálculo, pelos deslocamentos horizontais de seus respectivos pontos de aplicação,
obtidos da análise de 1ª ordem.

É calculado um valor de Gama-Z (X e Y) para cada combinação de cálculo definida. Destes, os


máximos valores em X e Y são adotados como valores críticos. Até a Versão 2002 do Eberick, o
Gama-Z era calculado com a carga total. Agora, os valores devem ser ligeiramente inferiores. Além
disso, o coeficiente Gama-Z é obtido através da análise elástica, considerando a não linearidade
física dos elementos estruturais, configurando o valor da rigidez dos mesmos em menu
Configurações - Análise.

Uma vez que o valor de Jz representa o próprio efeito de 2ª ordem, deve-se satisfazer à condição Jz
1.1.

Estruturas deslocáveis
Conforme Süssekind (1991) "As estruturas devem, evidentemente, ser concebidas de tal modo a
poder resistir a todas as ações horizontais e verticais a que possam estar submetidas ao longo de sua
existência. O conceito relativo à estabilidade vertical é dos mais intuitivos, sendo ela obtida graças
aos apoios verticais (pilares) colocados dentro de tal finalidade." A estabilidade horizontal deve ser
garantida pela rigidez dos elementos ou por sub-estruturas de contraventamento, resistindo a
solicitações externas (vento) nesta direção como também a possíveis esforços horizontais causados
por rotações dos nós, provenientes de uma assimetria entre a estrutura e o carregamento aplicado.

Por conveniência de análise, a NBR 6118:2003 permite classificar as estruturas em estruturas de nós

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fixos e estruturas de nós móveis (estruturas deslocáveis). As estruturas de nós fixos são aquelas nas
quais os efeitos globais de 2ª ordem são desprezíveis e podem ser desconsiderados (inferiores a 10%
dos respectivos esforços de 1ª ordem). Nessas estruturas, permite-se considerar apenas os efeitos
locais de 2ª ordem. As estruturas de nós móveis são aquelas nas quais os efeitos globais de 2ª ordem
são importantes (superiores a 10% dos respectivos esforços de 1ª ordem). Nessas estruturas, devem
ser obrigatoriamente considerados tanto os esforços de 2ª ordem globais como os locais.

Os efeitos globais de 2ª ordem são decorrentes dos deslocamentos horizontais dos nós da estrutura,
enquanto os efeitos locais de 2ª ordem nas barras da estrutura, surgem devido aos eixos não se
manterem retilíneos, afetando principalmente os esforços solicitantes ao longo dessas barras.

Os efeitos de 2ª ordem são aqueles que se somam aos obtidos numa análise de 1ª ordem, em que a
estrutura é calculada na configuração geométrica inicial (indeformada), quando a análise do
equilíbrio passa a ser efetuada considerando a configuração deformada.

Para o dimensionamento dos elementos em estruturas de nós fixos permite-se considerar


isoladamente cada elemento comprimido (pilares, por exemplo) como uma barra, vinculada aos
demais elementos estruturais que ali concorrem, através dos nós localizados nas extremidades das
barras, nos quais aplicam-se os esforços obtidos pela análise da estrutura segundo a teoria de 1ª
ordem. Trata-se, portanto, de definir qual tipo de vínculo poderá ser considerado para o
dimensionamento (R-R ou E-L), necessário para a determinação do índice de esbeltez (l), que por
sua vez, define o processo de dimensionamento do elemento.

z Figura

Quando os esforços de 2ª ordem superarem os de 1ª em 10% (no Eberick, essa verificação é feita
pelo coeficiente Gama-Z, nas situações em que ele estiver acima dos limites estabelecidos pela
norma para uma ou as duas direções principais X e Y), será emitido um aviso alertando o engenheiro
calculista sobre a importância dos efeitos de 2ª ordem na estrutura. Neste caso, o programa não
bloqueia o cálculo, ficando a critério do usuário as avaliações quanto a possibilidade de desprezar
estes esforços adicionais e também da não validade de hipóteses básicas de dimensionamento, como
por exemplo a consideração do comprimento de flambagem dos pilares conforme indicado pelo item
15.8.2 da NBR 6118:2003.

Com o Módulo Master, permite-se levar em consideração a aplicação dos efeitos de 2ª ordem em
estruturas através do processo P-Delta, podendo-se habilitá-lo ou desabilitá-lo através do menu
Configurações- Análise - Utilizar o processo P-Delta, conduzindo a resultados bastante satisfatórios.

Sem o Módulo Master, aconselha-se o enrijecimento da estrutura através do aumento da seção dos
pilares, criação de um núcleo central rígido, giro de alguns pilares para que sua maior dimensão
fique na direção de menor inércia do edifício, uso de contraventamentos ou qualquer outra medida
que minimize os deslocamentos da estrutura, fazendo com que o coeficiente Gama-Z fique inferior
aos limites estabelecidos pela NBR 6118:2003.

Em situações de deslocabilidades críticas, as considerações simplificadas de vinculações dos pilares


normalmente adotadas (R-R ou E-L) podem estar contra a segurança, levando a resultados não
condizentes com a realidade. Nestas circunstâncias, recomenda-se o cálculo de um comprimento de
flambagem efetivo, através de um coeficiente multiplicador "k" que é obtido por ábacos. A figura a
seguir representa a linha elástica de uma barra com nós fixos na condição Rótula-Rótula (RR), onde
k=1 e uma barra com nós deslocáveis, onde "k" é obtido por ábacos apresentados em diversas
normas e bibliografias.

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Introdução Página 51 de 63

Provável alteração do "le" em estruturas de nós fixos quando comparadas com estruturas de nós
deslocáveis

Processo P-Delta
O Módulo Master utiliza o processo denominado P-Delta para levar em conta os efeitos da não
linearidade geométrica no cálculo da estrutura. A idéia básica deste processo é a de simular o efeito
não linear, através de cargas horizontais fictícias aplicadas à edificação.

Considere a estrutura do edifício mostrado na figura a seguir.

z Figura

Sob efeito das cargas horizontais, os nós da estrutura deslocam-se horizontalmente, fazendo com que
o pórtico do edifício assuma uma outra configuração geométrica, que é a de nós deslocados.

Este processo é feito internamente, pesquisando iterativamente a posição final da estrutura


deformada. A utilização deste processo é exibida na janela de Mensagens, na qual indicam-se, para
cada caso de carregamento, os deslocamentos horizontais ocorridos no topo da edificação em cada
iteração. O último valor corresponde à situação final, adotada como esforço efetivo.

z Figura

Os esforços solicitantes (forças normais, momentos fletores e esforços cortantes) calculados com a
estrutura indeformada produzem esforços de 1ª ordem. Os mais importantes, no caso de edifícios,
são os momentos fletores nas extremidades das barras dos pilares provocados pelas ligações rígidas
ou semi rígidas com as vigas e com os demais elementos da estrutura.

Considerando que, devido as cargas horizontais, a estrutura do edifício assumiu a configuração


deslocada, as cargas normais de cada pavimento acrescentam aos momentos de 1ª ordem um
acréscimo M = N*a.

z Figura

O acréscimo nos momentos de 1ª ordem é acompanhado de novo deslocamento horizontal, o que

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torna o processo iterativo. Duas hipóteses são possíveis: ou os deslocamentos são cada vez menores,
obtendo-se o equilíbrio da estrutura, ou os deslocamentos jamais se anulam, provocando a
flambagem da estrutura como um todo.

Existem dois pontos a considerar:

z O sistema utiliza um critério apresentado no item 15.5.3 da NBR 6118:2003, que calcula um
índice denominado Coeficiente Gama-Z. Ele verifica indiretamente a condição de que os
efeitos de 2ª ordem não ultrapassem em mais de 10% aqueles calculados pela análise estática
linear de 1ª ordem. Deste modo, pode-se avaliar a sensibilidade da estrutura como um todo e
considerá-la suficientemente robusta e como uma estrutura de nós indeslocáveis (ou
praticamente indeslocáveis).

z O Módulo Master implementa um processo para consideração deste efeito no cálculo do


pórtico. Por este processo, denominado Processo P-Delta, cargas horizontais fictícias são
aplicadas à edificação para simular o acréscimo devido ao efeito de 2ª ordem.

Resumindo:

Processo Objetivo Eberick Módulo


Master
Coeficiente Apenas estimar os efeitos de 2ª ordem, sugerindo ao usuário Sim Sim
Gama-Z enrijecer a estrutura quando necessário.
Processo P- Calcular os efeitos de 2ª ordem na forma de acréscimo nos Não Sim
Delta esforços, mesmo com a estrutura deslocável.

Além destas informações, pode-se ter acesso a um relatório contendo os valores obtidos em cada
pavimento. Para isto, deve-se acessar a janela de projeto e, a partir desta, o menu Estrutura-Análise
P-Delta.

As informações sobre o cálculo do P-Delta não estarão acessíveis quando a estrutura não for
calculada com este processo, ou seja:

z quando na configuração Análise, o item “Utilizar o processo P-Delta” estiver desativado;

z quando na configuração Análise, item “Processo” estiver configurado para “Pavimentos


isolados”.

O processo P-delta também atua sobre os elementos pertencentes à reservatórios ou paredes de


contenções. Assim, o programa considera a influência dos elementos de reservatórios e paredes de
contenção nos efeitos globais da estrutura.

Tópicos Relacionados

Metodologia

Aplicação

z Configura-se em: menu Configurações-Análise

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Metodologia
O processo utilizado pelo Módulo Master é o mesmo descrito no Anexo L da NBR 8800 (Projeto e
Execução de Estruturas de Aço de Edifícios), que se baseia no estudo do equilíbrio da estrutura
deformada após a análise de 1ª ordem.

z Figura

O procedimento funciona da seguinte forma:

z É efetuada uma análise estática linear de 1ª ordem da estrutura.

z Com base nos deslocamentos obtidos, são aplicadas cargas horizontais adicionais H em cada
barra vertical (pilar) do pórtico, função do deslocamento horizontal relativo e da carga axial:

H=N.a/L

z O conjunto das cargas fictícias incrementa as cargas horizontais existentes. Uma nova análise
leva a novos deslocamentos horizontais.

z Com base nos novos valores, o processo é repetido até que não haja diferença significativa
entre duas iterações sucessivas. Em algumas situações, o processo P-Delta pode não convergir,
significando que a estrutura é excessivamente instável.

Após a última iteração, caso haja convergência, obtêm-se os deslocamentos finais. Com base nestes
deslocamentos serão calculados os esforços internos para o dimensionamento.

Aplicação
A utilização do processo P-Delta é feita internamente pelo programa sempre que isto for configurado
pelo usuário, acessando o menu Configurações - Análise, grupo "P-Delta". Este tipo de análise não é
linear, invalidando o princípio da superposição de efeitos. Quanto mais elevada for a carga vertical,
maior será o efeito de 2ª ordem, ou seja, o valor final do deslocamento horizontal depende, além das
cargas horizontais, também das cargas verticais.

A princípio, a aplicação do processo P-Delta deveria ser feita separadamente para cada combinação
de carregamentos. Como isso aumentaria muito o número total de iterações necessárias no
processamento da estrutura e, conseqüentemente, o tempo de processamento, o Eberick adota uma
simplificação, a favor da segurança. Ao invés de combinar as ações e calcular os efeitos de 2ª ordem
sobre as combinações, o programa executa a seguinte seqüência:

z calcula os esforços devidos à carga permanente (G1), carga adicional (G2) e acidental (Q);

z define uma combinação vertical característica (que pode ser alterada pelo usuário) que de-

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Introdução Página 54 de 63

termina as cargas axiais de cálculo nas barras;

z para cada caso de carregamento horizontal, vento (V1, V2, V3 e V4) e desaprumo (D1, D2,
D3 e D4):

z combina cada caso de carregamento com o esforço axial gerado;

z calcula o esforço horizontal (H) fictício (iterativamente);

z obtém, com isso, casos de carregamento horizontais majorados em relação aos originais;

z efetua as combinações normalmente.

Processo por pavimentos isolados


Além do pórtico espacial, está disponível um outro modelo de cálculo, no qual cada pavimento pode
ser calculado de forma independente dos demais. Neste modelo, mantém-se o comportamento do
pavimento, reproduzindo tanto os efeitos de grelha como a vinculação entre as vigas e os pilares. A
seqüência de cálculo é a seguinte:

z Figura

z os painéis de lajes são montados e calculados, de acordo com o processo que estiver
configurado;

z as reações das lajes são transmitidas às vigas onde estas se apoiam;

z é montado o pórtico espacial da estrutura, apenas para verificar a consistência entre os dados
informados;

z é montado um pequeno pórtico contendo apenas o pavimento superior. Este é processado,


supondo seus pilares engastados na base. Os esforços obtidos são utilizados para o
dimensionamento das vigas do pavimento;

z as reações de apoio obtidas nas vinculações fictícias são armazenadas;

z é montado um pequeno pórtico contendo apenas o próximo pavimento, incluindo agora as


barras dos pilares do pavimento superior (com as cargas aplicadas no topo). Este é processado,
supondo seus pilares engastados na base. Os esforços obtidos são utilizados para o
dimensionamento das vigas do pavimento;

z o processo prossegue até o pavimento inferior.

Vantagens
A vantagem evidente deste novo processo é a redução drástica no tempo de processamento
necessário para calcular toda a estrutura. Além disto, provê um modelo de cálculo um pouco mais
simples, que pode ser utilizado pelos usuários antes de se adaptar ao pórtico espacial.

Evidentemente, este processo mostra-se viável devido à pequena diferença que se obtém (nas obras
usuais) entre os resultados alcançados segundo este modelo e o do pórtico espacial.

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Desvantagens
Devido ao fato deste modelo ser mais simplificado que o de pórtico espacial, apresenta algumas
desvantagens relativas à própria limitação de sua formulação. Em determinados tipos de obras, o uso
deste modelo pode resultar em erros relevantes nos resultados finais.

É responsabilidade do usuário verificar se a estrutura que está sendo calculada é compatível com o
modelo de cálculo utilizado. Em certas situações, é interessante o uso do pórtico espacial ou, em
casos mais críticos, verificações externas de efeitos como não linearidade geométrica, não
linearidade física, vibrações, etc. É interessante processar a estrutura ao menos uma vez pelo modelo
de pórtico espacial, para fins de verificação.

Em relação ao modelo de pórtico espacial, o modelo de pavimentos isolados apresenta as seguintes


limitações:

z não são calculados deslocamentos horizontais na edificação. Estes deslocamentos podem ser
causados por diferenças significativas entre a rigidez axial dos pilares (efeito este que será
maior quando existirem muitos pavimentos) ou por cargas horizontais aplicadas à edificação.
Todas as cargas horizontais aplicadas na entrada gráfica por meio do comando Elementos-
Cargas concentradas (Fx, Fy e Mz) serão desprezadas no modelo de pavimentos isolados;

z Figura

z não é efetuada a verificação de estabilidade global da edificação. O sistema utiliza um critério


apresentado no item 15.5.3 da NBR 6118:2003, que calculo um índice denominado
Coeficiente Gama-Z. Ele verifica indiretamente a condição de que os efeitos de 2ª ordem não
ultrapassem em mais de 10% aqueles calculados pela análise estática linear de 1ª ordem. Deste
modo, pode-se avaliar a sensibilidade da estrutura como um todo e considerá-la
suficientemente robusta e como uma estrutura de nós indeslocáveis (ou praticamente
indeslocáveis). Isto só pode ser determinado no modelo de pórtico espacial. Recomenda-se,
portanto, verificar a estrutura ao menos uma vez pelo modelo de pórtico para determinar sua
deslocabilidade;

z Figura

z as deformações ocorridas nos pavimentos inferiores deixam de influenciar o cálculo dos


pavimentos adjacentes. Este efeito ocorre na prática e pode ser reproduzido apenas pelo
modelo de pórtico. O exemplo mais claro deste efeito ocorre nas vigas de transição: o fato da
viga de transição não possuir rigidez infinita faz com que ocorra algo semelhante a um
recalque de apoio nos pavimentos superiores, alterando a distribuição de esforços nas vigas;

z Figura

Quando as vigas de transição possuem grande rigidez, ou seja, apresentam pequenos deslocamentos,
a diferença entre os resultados dos dois modelos é bastante pequena.

z sempre que existirem esforços de tração nos pilares (ou seja, ocorrência de tirantes), o modelo
de cálculo por pavimentos isolados deixará de ser válido. Isto porque o processo de cálculo
supõe sempre a transmissão de esforços dos pavimentos superiores para os inferiores.

z Figura

A ocorrência de tirantes é uma limitação importante do modelo: o comportamento da estrutura é


praticamente invertido.

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z Configura-se em: menu Configurações-Análise

Não linearidade física


O concreto armado é um material altamente heterogêneo e cujo comportamento não obedece à lei de
Hooke. Para a avaliação dos efeitos de 2ª ordem, é necessário fazer uma redução na rigidez
considerada para as peças estruturais.

O item 8.2.8 da NBR 6118:2003 define que para análises elásticas da estrutura para a obtenção de
esforços solicitantes e verificação de estados limites de serviço deve ser utilizado o módulo de
elasticidade secante, calculado como Ecs = 0,85 Eci, sendo Eci o módulo de elasticidade tangente
inicial cordal determinado a 30% de fc.

Caso não sejam efetuados ensaios para determinação de Eci, este pode ser calculado em função da
1/2
resistência característica de projeto, através da seguinte equação: Eci = 5600 fck .

Para a análise dos esforços globais de 2ª ordem, o item 15.7.3 permite, para a análise dos esforços
globais de 2ª ordem, em estruturas reticuladas com no mínimo quatro andares, considerar a não-
linearidade física de maneira aproximada, tomando-se como rigidez dos elementos estruturais os
valores seguintes:

1. lajes: (EI)sec= 0,3 EciIc

2. vigas: (EI)sec= 0,4 EciIcpara A's ≠ As e


....... (EI)sec= 0,5 EciIcpara A's = As

3. pilares: (EI)sec= 0,8 EciIc

onde:

Icé o momento de inércia da seção bruta de concreto, incluindo, quando for o caso, as mesas
colaborantes.

Este mesmo item preconiza ainda que é permitido calcular a rigidez de vigas e pilares pela expressão
a seguir, quando a estrutura de contraventamento for composta exclusivamente por vigas e pilares e
Gama-z for menor que 1,3:

(EI)sec= 0,7 EciIc

No Eberick, estes valores de redução da rigidez para vigas e pilares são utilizados na análise elástica
da estrutura, no cálculo do Gama-z para a verificação da importância dos esforços de 2ª ordem na
estrutura, e também para o cálculo dos esforços de 2ª ordem através do Processo P-Delta.

Recomenda-se portanto a utilização dos valores de 0,4 e 0,8 para vigas e pilares, respectivamente, ou
0,7 para ambos, se o cálculo do Gama-z resultar em valores menores que 1,3.

A modificação destes valores conduz a resultados diferentes dos apresentados por análises que não
consideram o efeito de não linearidade física, como por exemplo a análise elástica efetuada pelo
Eberick 2002.

A redução da rigidez das lajes é utilizada na análise elástica dos esforços nas lajes e no cálculo das
flechas elásticas da mesma, não interferindo no cálculo das flechas imediatas e diferidas. Do mesmo

file:///C:/Users/User/AppData/Local/Temp/~hhD6B1.htm 23/03/2016
Introdução Página 57 de 63

modo, uma redução na rigidez das lajes também não influencia na verificação da estabilidade global
da estrutura.

z Configura-se em: menu Configurações-Análise

Rigidez à torção das vigas


Conforme a NBR 6118:2003, item 17.5.1.2: “Quando a torção não for necessária ao equilíbrio, caso
da torção de compatibilidade, é possível desprezá-la, desde que o elemento estrutural tenha a
adequada capacidade de adaptação plástica e que todos os outros esforços sejam calculados sem
considerar os efeitos por ela provocados.” Esta colocação tenta diferenciar a torção de equilíbrio da
torção de compatibilidade: enquanto a primeira é essencial ao equilíbrio da estrutura (um balcão
suportado diretamente por uma viga, por exemplo), a segunda é oriunda apenas da compatibilidade
entre as deformações dos elementos e, portanto, pode ser redistribuída pela estrutura sem prejuízo do
equilíbrio estático.

z Figura

Baseado nesta colocação e em diversas recomendações bibliográficas, permite-se reduzir o valor de


rigidez à torção a ser utilizado no cálculo do pórtico. Isto é altamente recomendável, visto que a
seção de concreto armado, uma vez fissurada, perde a maior parte de sua rigidez à torção. Isto é feito
de uma maneira global para todas as vigas do projeto através do menu Configurações-Análise, item
“Redução na torção para vigas”. Recomenda-se o uso de valores de redução entre 60 e 85%.

Através do diálogo "Modelo", acessado ao editar um trecho de viga no croqui, permite-se


atribuir valores diferentes desta redução à torção para cada viga do projeto.

Além de reduzir globalmente a rigidez à torção das vigas do pavimento, a definição da estrutura (no
croqui) possui ferramentas para eliminar totalmente o engastamento em um ponto definido, evitando
a ocorrência de torção (comando Elementos-Vigas-Rotular).

Em alguns casos de estruturas muito deslocáveis (com pouca rigidez), o uso de valores elevados de
redução de torção pode gerar situações de “estrutura inconsistente” (hipostática) ou perda de precisão
numérica durante o processamento do pórtico.

z Configura-se em: menu Configurações - Análise

Diafragma rígido
A análise da estrutura efetuada pelo Eberick divide o problema em duas partes: cálculo dos painéis
de lajes e cálculo do pórtico espacial. Cada painel, uma vez calculado, transmite às barras do pórtico
reações de apoio, como cargas concentradas em cada trecho, utilizadas na obtenção dos esforços nas
vigas e pilares.

Embora as lajes não participem efetivamente do modelo de pórtico espacial (um "esqueleto"
composto pelas vigas e pilares da estrutura), sua presença na estrutura é considerada através de uma
hipótese de diafragma rígido. Esta hipótese considera as lajes infinitamente rígidas no seu plano,
garantindo um comportamento mais real da estrutura no tocante aos deslocamentos horizontais.

Cada laje presente no pavimento fornece ao pórtico uma restrição ao deslocamento horizontal dos
nós no seu contorno, fazendo com que eles se desloquem em conjunto. Com o deslocamento
restringido, não ocorrem cargas axiais nas barras pertencentes aos contornos das lajes.

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O fato de se considerar as lajes infinitamente rígidas no plano implica na hipótese de que estas
podem absorver todas as cargas axiais no plano do pavimento. Esta hipótese é válida para as
estruturas usuais. Em casos nos quais possam ocorrer cargas horizontais elevadas em algum ponto do
pavimento, cabe ao usuário verificar se a laje pode efetivamente absorver estes esforços e fazer as
alterações cabíveis, no dimensionamento e detalhamento dos elementos, se isto for necessário.

Sistemas estruturais variáveis


Em muitos casos, pode ser importante considerar o processo construtivo e os seus efeitos no
comportamento da estrutura e mesmo no projeto. Devido ao processo construtivo, a estrutura poderá
sofrer esforços diferentes da sua configuração inicial.

O cálculo dos esforços via pórtico espacial considera, além de outros efeitos, a deslocabilidade axial
dos pilares. Desta forma, um edifício alto contendo pilares de seção muito diferentes (como uma
caixa de elevador, por exemplo) teria uma grande diferença nos esforços de um pavimento tipo para
o outro decorrente de um efeito semelhante a um recalque diferencial para as vigas dos pavimentos
superiores. Este efeito é importante e deve ser considerado mas, na prática, ele é amenizado pelo
próprio processo construtivo, no qual os pavimentos inferiores já sofreram parte dos deslocamentos
quando o superior for concretado.

Um artifício para simular este comportamento é adotar um multiplicador para a rigidez axial dos
pilares (reduzindo a sua deslocabilidade) a fim de reproduzir o efeito construtivo, em menu
Configurações - Análise, item "Aumento na rigidez axial dos pilares". Desta forma, recomenda-se
utilizar valores maiores para os pavimentos inferiores e menores para os superiores.

O uso de um valor grande (100 ou 1000, por exemplo), apesar de ser confortável para o usuário,
introduz na estrutura uma rigidez irreal que pode, em alguns casos, afetar negativamente os
resultados.

Dimensionamento
O dimensionamento dos elementos estruturais é feito pelo método dos estados limites últimos de
acordo com a NBR-6118:2003.

Como hipóteses básicas, admite-se o seguinte:

z as seções permanecem planas após a deformação;

z os elementos são representados pelos seus eixos longitudinais;

z o comprimento é calculado pelo centro dos apoios ou pelo cruzamento com o eixo de outro
elemento.

Domínios
As normas definem que o Estado Limite Último é atingido quando a distribuição de deformações na
seção transversal pertencer a um dos domínios definidos a seguir, limitados por:

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z deformação última do concreto à compressão;

z deformação última da armadura tracionada (onde aplicável);

z deformação limite da seção totalmente comprimida (inferior à deformação última do concreto


à compressão).

A consideração dos domínios é feita de forma diferente pelo Eberick, dependendo do tipo de
dimensionamento sendo efetuado:

z Verificação da seção transversal: ao calcular o momento resistente de uma seção, conhecida a


sua armadura, o Eberick calcula iterativamente a posição da linha neutra, obtendo as
deformações em todos os pontos da seção. Nesse processo, são consideradas as deformações
limite do concreto e do aço, bem como o limite no encurtamento da seção transversal. As
tensões no concreto são calculadas com o diagrama parábola-retângulo. Esse procedimento é
adotado, por exemplo, no dimensionamento dos pilares , feito pelo processo iterativo
denominado "processo da Linha Neutra".

z Dimensionamento da seção: para o dimensionamento direto de uma seção à flexão reta, sem o
uso de procedimento iterativo, o Eberick adota os procedimentos clássicos, onde se procura
calcular a armadura supondo que tanto o concreto como o aço encontram-se em escoamento.
Nesse processo, é adotado o diagrama retangular equivalente do concreto. A limitação nas
deformações é considerada efetivamente no caso de flexo-compressão. Esse procedimento é
adotado, por exemplo, no dimensionamento das vigas.

Segundo a NBR 6118, item 17.2.2, os limites de ruptura convencional da seção são os definidos na
figura a seguir:

Domínios de deformação na flexão

Cabe lembrar que as deformações limite preconizadas pela NBR 6118 são válidas para valores de fck
iguais ouinferiores a 50 MPa.

Materiais
Os materiais utilizados pelo sistema são concreto e aço.

Aço
São considerados barras e fios de aço de acordo com as especificações da ABNT, aços classe A e
classe B com os diagramas de tensão deformação de acordo com o item 8.3.6 da NBR 6118:2003
para os aços classe A e item 7.2 da NBR 6118/78 para os aços classe B. O módulo de elasticidade
longitudinal segundo o item 8.3.5 da NBR 6118:2003 é de 210000 MPa e a resistência característica
fyk é compatível com cada resistência de aço. Essas configurações podem ser acessadas através do
menuConfigurações - Materiais e durabilidade - Barras.

Concreto
O concreto se configura pela resistência característica fck e ao módulo instantâneo de elasticidade
longitudinal secante.

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O valor do módulo de elasticidade pode ser tanto informado pelo usuário, em menu Configurações -
Materiais e durabilidade - Classes, item “Módulo secante (Ecs)”, ou então calculado pelo Eberick,
desde que a opção “Obter a partir do fck", na mesma configuração, esteja selecionada.

O módulo inicial (Eci) será sempre calculado automaticamente pelo Eberick conforme o item 8.2.8
da NBR 6118:2003.

z Imagem do diálogo

z Configura-se em: menu Configurações-Materiais e durabilidade

Coeficientes
O coeficiente de minoração adotado no sistema é Js=1.15, portanto só poderão ser usados na
edificação aços que satisfaçam as prescrições da (EB-3) quanto ao controle de qualidade.

O coeficiente de minoração do concreto adotado para o calculo no estado limite último pode ser
configurado pelo usuário, acessando o menu Configurações - Materiais e durabilidade - Classes, item
“Coeficiente de minoração Jc”. A NBR 6118 prevê os seguintes valores:

z Jc = 1.3 : peças pré-moldadas em usina, com controle rigoroso.

z Jc = 1.4 : em geral.

z Jc = 1.5 : peças executadas em situações desfavoráveis.

Recomenda-se o uso do valor 1.4, como de uso geral.

z Configura-se em: menu Configurações-Materiais e durabilidade - Classes

Verificação dos estados limites de serviço


A verificação dos estados limites de serviço é feita para solicitações em serviço e abrange duas
verificações:

Estado limite de abertura de fissuras


A verificação do estado limite de abertura de fissuras é realizada de acordo com o item 13.4.2 da
NBR 6118:2003. Esta verificação é feita apenas para as vigas, sendo que o usuário pode configurar o
valor máximo da abertura de fissuras em menu Configurações - Materiais e durabilidade, item
“Abertura máxima das fissuras”. No ponto de momento máximo de cada vão (e apoio), o Eberick
verifica a fissuração para as bitolas configuradas. Caso possível, o programa incrementa a armadura
efetiva, de forma a reduzir a tensão no aço e, conseqüentemente, evitar os problemas de fissuração
excessiva.

O cálculo da abertura de fissuras é feito segundo o item 17.3.3.2 da NBR 6118:2003.

Estado de deformação excessiva


Sem o Módulo Master, o cálculo dos deslocamentos das vigas é obtido considerando as seções

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"cheias" dos elementos, chamadas de flechas elásticas. Nesta análise, não é levada em conta a
fissuração da seção nem os efeitos da deformação lenta. Para prever isto, a NBR 6118:2003
recomenda que haja uma redução na rigidez dos elementos, considerando simplificadamente a não
linearidade física, que pode ser configurada no item não linearidade física, em Configurações-
Análise.

Com o Módulo Master, são calculados três tipos de flechas: elásticas, imediatas e diferidas no tempo.
As flechas elásticas consideram no cálculo a seção cheia dos elementos e não levam em consideração
a deformação lenta; as imediatas são calculadas utilizando um EI equivalente contemplando a
fissuração do concreto conforme recomenda o item 17.3.2.1.1 da NBR 6118:2003; a diferida é a
flecha imediata multiplicada por um fator que avalie o efeito das cargas de longa duração aplicadas
na estrutura (fluência), calculado segundo o item 17.3.2.1.2 da NBR 6118:2003. Este é o valor
teórico final da flecha que deve ser verificado e analisado pelo engenheiro projetista. Mais...

Utilizando ou não o Módulo Master, os esforços obtidos através do pórtico serão em função da
análise elástica da estrutura. A flechas imediatas e diferidas fazem parte apenas da análise do Estado
limite de serviço.

Durante o dimensionamento ou mesmo o detalhamento dos elementos estruturais, não é dado


qualquer aviso sobre esta verificação de flechas. Isto porque estes valores são apenas comparativos e
fica, na verdade, a critério do usuário permitir a flecha ou não. Pode-se obter os valores calculados
para as flechas de vigas e pilares através de comandos específicos.

Análises complementares
Análises locais complementares devem ser feitas pelo usuário nos casos em que a hipótese de
distribuição linear de esforços não se aplica como, por exemplo, em regiões de apoio, regiões de
introdução de cargas concentradas como transição de pilares, cargas concentradas em lajes, união de
peças estruturais, zonas de ancoragem especiais e regiões com mudanças bruscas de seção. Em
resumo: todas as situações em que o modelo de barras, por analise estática linear, não é capaz de
verificar.

Nestes casos todas as alterações necessárias ou as armaduras a serem acrescentadas deverão ser
feitas pelo usuário nos desenhos de formas e detalhamento dos elementos estruturais com as
ferramentas de CAD ou com o editor de ferros do sistema.

Deve-se lembrar também que o detalhamento gerado pelo sistema, apesar de bastante completo, não
abrange 100% das situações reais. Em alguns casos, o usuário deverá verificar os detalhes gerados e
editá-los conforme necessário. Por exemplo, citam-se:

z armaduras de suspensão;

z consolos curtos;

z vigas com mudança de direção em planta;

z armadura para momento volvente em lajes (em algumas situações);

z armadura nos bordos livres das lajes (em algumas situações);

z situações especiais de apoios das vigas (pilar inclinado, etc.).

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Travamento
O comprimento de flambagem dos pilares é fator determinante em seu dimensionamento. Como o
cálculo dos pilares não se refere propriamente a elementos isolados, mas sim a elementos inseridos
em uma estrutura aporticada, sua determinação não é imediata. No Eberick, os pilares são
considerados como elementos de uma estrutura de nós indeslocavéis, para os quais o comprimento
de flambagem deverá ser o valor recomendado no item 15.6 da NBR 6118:2003, ou seja, igual à
distância entre os eixos das vigas entre as quais ele se situa com contraventamento nas duas direções,
ou igual à distância entre faces de elementos somado à altura no plano da seção transversal do pilar.

As estruturas de nós deslocáveis merecem atenção especial do engenheiro calculista, especialmente


se não estiver sendo utilizado o Módulo Master.

No momento da criação do pilar (processamento da estrutura), o seu comprimento de flambagem é


definido com o valor de sua altura. Posteriormente, pode-se editar estes valores, acessando-se a
tabela “Escalas”, campos “le B” e “le H”. Caso este valor seja realmente editado, será emitido o
Aviso 20 - Comprimento de flambagem definido pelo usuário. O valor real do comprimento de
flambagem difere do comprimento entre os eixos por uma série de fatores:

z espessura da laje e vigas ligadas ao pilar, que reduziriam seu comprimento efetivo;

z rigidez da ligação entre vigas e pilares, que produz normalmente um efeito favorável;

z deslocabilidade da estrutura como um todo, que pode ocasionar comprimentos de flambagem


mais elevados.

Apesar disto, a consideração dos comprimentos de flambagem entre eixos está, na maioria dos casos,
levemente a favor da segurança. Existiria, todavia, uma situação na qual isto não seria válido: o caso
de pilares com “pé-direito” duplo. Este corresponde ao caso no qual o pilar não está travado por lajes
e não existem vigas para travá-lo em pelo menos uma direção.

Ao dimensionar os pilares, o Eberick verifica automaticamente o travamento em cada pavimento, e


calcula o comprimento de flambagem levando em consideração o pé-direito duplo na direção em que
o pilar não está travado por vigas ou lajes, mantendo-se portanto a favor da segurança.

Sempre que o pilar estiver nesta situação, o Eberick emitirá o Aviso 7 - Pilar não travado no
pavimento no detalhamento, para que o lançamento gráfico seja conferido, verificando se o pilar
realmente deve ter pé-direito duplo.

Funcionamento da verificação de travamento

Para que se utilizasse o comprimento de flambagem definido no momento do processamento da


estrutura (que é a distância entre eixos dos pavimentos), a seção do pilar deveria estar corretamente
travada em cada lance, em relação às duas direções principais da seção (B e H).

Considera-se que o pilar está travado no pavimento quando:

z existe pelo menos uma viga chegando nesse pilar na direção B e outra na direção H; ou
z existe pelo menos uma viga chegando nesse pilar, inclinada em relação a B; ou
z existe pelo menos uma laje associada a uma viga chegando nesse pilar.

Se o pilar não estiver travado em todos os lances, a verificação de travamento alterará o


comprimento de flambagem, para cada lance, da seguinte forma:

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z procura o primeiro pavimento, a partir do topo do pilar, onde o pilar está travado na direção B;
z procura o primeiro pavimento, a partir da base do pilar, onde o pilar está travado na direção B;
z calcula o comprimento de flambagem na direção B como sendo a distância entre os dois níveis
(considerando a elevação dos pilares nesses dois lances);
z faz o mesmo processo para a direção H (ou seja, pode resultar em comprimentos de
flambagem diferentes nas duas direções).

Caso o pilar não esteja travado em seu topo, nem haja nenhum travamento nessa direção até o
pavimento superior da estrutura, o comprimento de flambagem é calculado da mesma maneira mas a
vinculação é definida como "E-L" (engastado-livre) ao invés de "R-R" (rotulado-rotulado), o que
gera, internamente, um comprimento de flambagem duas vezes maior.

Informações adicionais
Em caso de dúvidas sobre os critérios de projeto adotados pelo Eberick, o usuário deverá solicitar
esclarecimentos à AltoQi, através do Departamento de Suporte.

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