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INSTITUTO DE FÍSICA
VERSÃO: A
Formulário
q 1 Qint
I
F e = qE , E = k0 2 r̂ onde k0 = , E ·dA = ,
r 4πǫ0 S ǫ0
q qq ′
E = −∇V , V = k0 , U = k0 ,
r r
E0 1
E= , C = Q/V , U= QV ,
K 2
Z
I= J · n̂ dA , J = nqv , V = RI .
S
1
(1 + x)α ≃ 1 + αx + α(α − 1)x2 + . . . (x, α ∈ R, |x| ≪ 1)
2
1
Seção 1. Múltipla escolha (10×0,5 = 5,0 pontos)
1. Uma partı́cula α e um núcleo de lı́tio estão em 2. Uma partı́cula (pontual) de carga −Q está rode-
repouso. O núcleo de lı́tio tem carga 3e > 0 ada por partı́culas (pontuais) carregadas, situa-
e massa 7 u (unidades de massa atômica), ao das em dois anéis concêntricos com a partı́cula de
passo que a partı́cula α tem carga 2e e massa 4 carga −Q, conforme indicado na figura. Os raios
u. Qual dos métodos propostos a seguir acelera as dos anéis são r e R = 2r. Indique a alternativa
duas partı́culas até o mesmo valor final de energia que apresenta corretamente: o campo elétrico E
cinética? no centro da figura (excetuando, naturalmente, o
da própria partı́cula de carga −Q), a força elétrica
(a) Sujeitar ambos a uma mesma diferença
resultante F sobre a partı́cula de carga −Q e o po-
de potencial (ddp).
tencial elétrico V no centro da figura (excetuando,
(b) Sujeitar a partı́cula α a uma ddp V e o novamente, o da própria partı́cula de carga −Q).
núcleo de lı́tio a uma ddp 3V . Aproveite-se de simetrias do problema.
(c) Sujeitar a partı́cula α a uma ddp V e o
núcleo de lı́tio a uma ddp 7V /4.
(d) Sujeitar a partı́cula α a uma ddp V e o
núcleo de lı́tio a uma ddp 2V /3.
(e) Nenhum dos métodos anteriores.
10q 10qQ
(a) E = k0 2 ŷ, F = k0 2 ŷ, V =
r r
10q
k0 .
r
2q 2qQ
(b) E = −k0 2 ŷ, F = −k0 2 ŷ, V =
r r
4q
k0 .
R+r
2q 2qQ
(c) E = −k0 2 ŷ, F = k0 2 ŷ, V =
r r
10q
−k0 .
r
3q 3qQ
(d) E = k0 2 ŷ, F = −k0 2 ŷ, V =
R R
3q
k0 .
R
2
3. Um dipolo rı́gido é colocado na proximidade de 4. Na figura, temos seções transversais de superfı́cies
uma partı́cula (pontual) de carga Q < 0, fixa esféricas e cúbicas, dentro de cada uma das quais
no plano médio, perpendicular ao eixo do dipolo, existe uma partı́cula carregada. Ordene, em
conforme mostra a figura. Podemos afirmar que o seqüência decrescente, os fluxos de campo elétrico
movimento inicial do dipolo, imediatamente após Φi (i = 1, 2, 3, 4, 5, 6) através de cada superfı́cie.
ser liberado do repouso, consiste em
3
5. Considere o gráfico que mostra como o potencial 6. Na figura, ilustramos duas esferas carregadas, de
eletrostático varia, em função da distância radial mesmo raio R. Elas estão isoladas uma da outra
a partir de um determinado ponto central, em e se encontram em equilı́brio eletrostático. A es-
cada uma de 4 regiões (disjuntas) do espaço. Nas fera da direita é condutora e a esfera da esquerda
regiões I e III, o potencial é constante, ao passo tem densidade volumar de carga ρ = const. Seja
que, nas regiões II e IV, ele decresce monotona- Wi (i = 1, 2, 3, 4) o trabalho realizado pela força
mente. Podemos afirmar que: elétrica ao transportar uma partı́cula de teste com
carga positiva, saindo do ponto A e retornando
ao mesmo, ao longo dos caminhos (orientados)
Ci (i = 1, 2, 3, 4). Qual das alternativas abaixo
é a correta?
4
8. Um capacitor de capacitância C0 é carregado por 9. Na figura, temos uma seção tranversal de um
uma bateria de fem V0 , recebendo, nesse processo, corpo condutor, isolado (muito afastado de quais-
uma carga final de módulo Q0 em cada placa. A quer outros corpos), em equilı́brio eletrostático,
seguir, o capacitor é desligado da bateria e co- carregado positivamente, além de algumas curvas
nectado em paralelo com um capacitor de capa- orientadas. Qual(is) de tais curvas, nitidamente,
citância C0 /2, que está descarregado. Após atin- não pode(m) representar linhas de campo do cor-
gido o equilı́brio eletrostático, podemos afirmar respondente campo eletrostático?
que as grandezas módulo da diferença de poten-
cial V , módulo da carga Q em cada placa e energia
armazenada U , no capacitor de capacitância C0 ,
apresentam o seguinte comportamento:
(a) V permanece constante, Q permanece
constante, U diminui.
(b) V permanece constante, Q diminui, U
permanece constante.
(c) V diminui, Q permanece constante, U di-
minui.
(d) V diminui, Q diminui, U permanece cons-
tante.
(e) V diminui, Q diminui, U diminui. (a) 1 e 4.
(b) 1, 4 e 8.
(c) 2, 6 e 7.
(d) 1, 3, 4, 5, 7 e 8.
(e) 1, 3, 4, 5 e 8.
10. Considere um capacitor de placas quadradas, pa-
ralelas, de área A e separadas por uma distância
L. Das operações listadas a seguir, qual não altera
a capacitância?
(a) Inclinar uma das placas com respeito à
outra.
(b) Reduzir a separação L.
(c) Introduzir uma chapa de cobre entre as
placas do capacitor.
(d) Introduzir uma chapa isolante entre as
placas do capacitor.
(e) Duplicar a área de ambas as placas.
(f) Duplicar a diferença de potencial entre as
placas.
5
Seção 2. Questões discursivas (2×2,5 = 5,0 pontos)
6
Gabarito para Versão A
1. (d) 6. (a)
2. (c) 7. (c)
3. (a) 8. (e)
4. (e) 9. (d)
5. (b) 10. (f)
1
Seção 2. Questões discursivas (2×2,5 = 5,0 pontos)
1. Resolução:
(a) Considere o elemento de carga dq ilustrado na figura. Este elemento de carga dista s do ponto de cota
z no eixo Z tal que:
s2 = r 2 + z 2 .
~ devido ao elemento de carga dq no ponto de cota z tem módulo
O vetor campo elétrico dE
1 dq
dE =
4πǫ0 s2
e faz um ângulo θ com o eixo Z, de modo que:
z z
cos θ = = 2
s (r + z 2 )1/2
e
r r
sen θ = = 2 .
s (r + z 2 )1/2
Então
dE = dE cos θẑ + dE sen θ x̂ .
ARGUMENTAÇÃO EXTENSA: Por sua vez, ainda em relação ao ponto de cota z, o campo elétrico dE ~
associado ao elemento de carga diametralmente oposto ao dq citado acima também faz o mesmo ângulo θ
com o eixo Z, tem o mesmo módulo dE determinado antes, mas tem a sua projeção perpendicular ao eixo
Z em sentido oposto à projeção correspondente relacionada ao elemento de carga dq. Este cancelamento
vai acontecer para cada par de elementos de carga diametralmente opostos no anel uniformente carregado.
Ou seja, o vetor campo elétrico do anel de cargas no ponto de cota z tem a direção do eixo Z e o sentido é
o do unitário ẑ.
ARGUMENTAÇÃO COMPACTA: De acordo com a simetria da distribuição de cargas, o campo elétrico
resultante não tem componente componente perpendicular ao eixo Z: os componentes perpendiculares
relativos a dois elementos de carga diametralmente opostos se cancelam.
Logo, Z
E= dE cos θẑ ,
1 dq z
Z
E= ẑ .
4πǫ0 (r2 + z 2 ) (r2 + z 2 )1/2
R
Como r e z são constantes e dq = q, temos
1 zq
E= ẑ .
4πǫ0 (r2 + z 2 )3/2
2
(b) Seja dQ um elemento de carga da barra. O vetor força elétrica que o anel exerce sobre esse elemento é
dado por
dF = dQE ,
onde o campo elétrico é dado pelo resultado do item (a).
Como a barra está uniformemente carregada, a sua densidade linear de carga é dada por
Q
λ= .
L
Com isso, podemos expressar o elemento de carga dQ em termos de um elemento de linha ao longo da barra
Q
dQ = λdz = dz .
L
Logo, a força resultante sobre a barra será dada por
Q 1 qQ a+L zdz
Z Z Z
F = dF = dzE = ẑ.
L 4πǫ0 L a (r + z 2 )3/2
2
Definindo uma nova variável u := r2 + z 2 , temos que du = 2zdz. Com isso, a expressão pode ser reescrita
como Z 2 2
1 qQ r +(a+L) du
1 qQ 2 r2 +(a+L)2
F = 3/2
ẑ = − 1/2
r2 +a2 ẑ.
4πǫ0 2L r2 +a2 u 4πǫ0 2L u
Portanto !
1 qQ 1 1
F = √ −p ẑ .
4πǫ0 L r 2 + a2 r2 + (a + L)2
(c) Podemos reescrever a expressão para a força como
1 qQ 1 1
F = √ −√ ẑ ,
4πǫ0 L r 2 + a2 r2 + a2 + L2 + 2aL
e ainda como
1 qQ 1 1 1
F = q −q ẑ .
4πǫ0 L a 1+ r2
1+ r2
+ L2
+ 2L
a2 a2 a2 a
2
Considerando que, conforme o Formulário, (1 + x)α = 1 + αx + α(α − 1) x2! + . . ., para x ≪ 1 e que, no
limite a ≫ L, La ≪ 1 e ar ≪ 1, temos
1 r2
q ≈1− 2
2
1 + ar 2 2a
e
r2 L2
1 1 2L
q ≈1− 2
+ 2 + .
1+ r2
+ L2
+ 2L 2 a a a
a2 a2 a
Logo,
r2 r2 L2
1 qQ 1 L 1 qQ L
F ≈ 1− 2 −1+ 2 + 2 + ẑ = 1 + ẑ .
4πǫ0 L a 2a 2a 2a a 4πǫ0 a2 2a
L
Considerando-se, de novo, que 1 ≫ 2a , pois a ≫ L, tem-se, finalmente,
1 qQ
F ≈ ẑ ,
4πǫ0 a2
3
que é a força de interação eletrostática entre duas partı́culas pontuais carregadas separadas por uma
distância a.
2. Resolução:
E = 0. (3)
• Região III: a < r < b:
E = 0. (4)
• Região II: R < r < a:
Devido à simetria cilı́ndrica da situação, o campo elétrico resultante deve ter somente componente
radial:
E = Er r̂ .
Além disso, de novo por simetria cilı́ndrica, sua única componente só pode depender da distância até
o eixo de simetria, ou seja,
Er = Er (r) .
Por isso tudo, convém escolher como superfı́cie gaussiana, a partir da qual determinaremos o campo
elétrico, uma superfı́cie cilı́ndrica circular S, de raio genérico r e altura (comprimento) h; tal superfı́cie
inclui, é claro, além da superfı́cie lateral Slat , suas bases superior Bsup e inferior Binf , para que, como
qualquer gaussiana, seja uma superfı́cie fechada. A integral que define o fluxo do campo elétrico
através de tal gaussiana divide-se em três contribuições:
I Z Z Z
E ·n dA = E ·n dA + E ·n dA + E ·n dA .
S Slat Bsup Binf
4
É claro que, devido à perpendicularidade, nas bases, entre E e n̂, as duas últimas integrais são nulas,
sobrando somente aquela na superfı́cie lateral. Essa pode, nitidamente, levando em conta que, nesse
caso, n̂ = r̂, ser escrita como Z
E ·n dA = Er (r)2πrh . (5)
Slat
Por outro lado, a carga total encerrada nessa gaussiana é somente aquela presente no cilindro sólido,
de raio R, ou seja:
Qint = σR 2πRh . (6)
A lei de Gauss exige que igualemos a expressao do fluxo total (5) e a expressão dessa carga total
encerrada (6), dividida por ǫ0 . Isso nos leva a
σR 2πRh
Er (r)2πrh = ,
ǫ0
ou seja,
σR R 1
E= r̂ . (7)
ǫ0 r
Por uma argumentação análoga àquela apresentada para a região II, teremos, como expressão para
a integral do fluxo, através de uma nova gaussiana de raio r tal que b < r < ∞ agora, a mesma
expressão: I
E · n̂ dA = Er (r)2πrh .
S
Também, pelo fato da casca espessa ser neutra, a carga encerrada nessa nova gaussiana resulta ser a
mesma que a correspondente na região II, ou seja,
Qint = σR 2πRh .
Logo, pela lei de Gauss, continuamos a ter a mesma expressão para o campo elétrico:
σR R 1
E= r̂ . (8)
ǫ0 r
(c) Como, no item (b), foram encontradas as expressões (3), (7), (4), (8), para o campo elétrico em todas
as 4 regiões tı́picas, vamos determinar o potencial eletrostático, via integração de
dV = −E ·dℓ .
Para tanto, precisaremos, é claro, fazer uma escolha do “zero” do potencial, que já foi indicada no enunciado:
V (r = R) = 0. Como isso situa-se na fronteira entre as regiões I e II, começaremos por determinar o
potencial justamente na região I e prosseguiremos “para fora”.
• Região I: 0 ≤ r < R:
V = VR ≡ const .
5
• Região II: R < r < a:
com r1 uma constante de integração. Novamente, como o potencial deve ser contı́nuo e igual a zero
em r = R, deduzimos que r1 = R e, portanto,
σR R r
V =− ln . (9)
ǫ0 R
com r2 uma constante de integração. Novamente, por continuidade em r = b, deduzimos, usando essa
última expressão e (10), que
σR R a σR R b
− ln =− ln ,
ǫ0 R ǫ0 r2
ou seja,
b
r2 = R.
a
Substituindo isso de volta em (11), temos, pois,
σR R a
V =− ln r .
ǫ0 bR