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8ª Leva: Imperial Ipa (Bitter End) e Brown Porter (Easter Porter)

http://henrikboden.blogspot.com.br/2010_04_01_archive.html

Em nossa última leva fizemos uma Imperial Ipa e uma Brown Porter rachando o mosto entre elas
pelo método Parti Gyle (mostrei em detalhes como usa-lo em minha última postagem).

Fizemos um churrasco paralelamente regado a muitas cervejas de qualidade mas que acabou
triplicando nosso serviço, desviando a atenção e nublando as nossas mentes (em especial a minha
hehehe) com os efeitos do álcool. Para piorar a situação ainda tivemos que engarrafar algumas
dezenas de litros para desocupar nossas geladeiras.

Nada de errado em chamar amigos para um dia de brassagem coletiva mas lembre-se de avisa-
los que vão ter que meter a mão na massa e ajudar bastante (ou pelo menos ficarem quietinhos
olhando sem exigir muita atenção dos cervejeiros de plantão ).

Bem vamos ao que interessa começando pela receita:

I – RECEITA

1- Mosto “Base”

Teve como premissa manter a cor e os maltes da Imperial Ipa já que a cor e torrado da Brown
Porter serão adicionados posteriormente em uma mini-brassagem.

10,25kg de malte Pilsen.


4kg de malte Vienna
3kg de malte Munich
2kg de malte Carared
45 litros de água primária
75 litros de água secundária

O Cálculo esperado era a produção de 70 litros de cerveja com SRM de 8,5, e OG de 1060.
Pelo Parti-Gyle separamos os primeiros 35 litros que supostamente teriam uma densidade de
1080 após a fervura e fariam a Imperial Ipa enquanto os 35 litros restante teriam uma OG de
1040 e seriam uma Brown Porter.

2- Imperial Ipa
OBS: Como fiz os rótulos antes das cervejas os dados foram estimativas. Os valores medidos estão mais baixo

Produzida com os primeiros 50% de mosto filtrado recolhidos. Lupulagem abaixo:

70 minutos - amargor: 50 gr de Galena (40 IBU) e 50gr de Glacier (21,8 IBU)


15 minutos - sabor: 30gr de Glacier (6,1 IBU)
5 minutos - aroma: 30gr de Glacier (2,5 IBU) e 30gr de Tettnang (1,7 IBU)
0 min - aroma: 30gr Tettnang (0 IBU)

OBS: Optamos por usar o Glacier como um dos lúpulos principais pela sua baixíssima taxa de
co-homulone que da um amargor menos rasgante. A taxa dele por exemplo é de cerca de 10%
enquanto a do galena é 40%. Esperamos com isso contrabalançar o amargor mais "duro" do
galena.

Adjuntos: 750 gramas de açúcar demerara e 150 de maltodextrina esterilizados e adicionados no


2° dia de fermentação. Fermentos: US-05 (2 pacotes) e S-04 (1 pacote)

Estimativas: OG esperada: 1080 - OG medida: 1078 (~1087 após adição dos adjuntos) Deve
terminar com uns 9,2% de álcool e SRM:12

3- Brown Porter
Essa é mais complicada. Planejamos obter 35litros de mosto com densidade de 1040 ao qual
iremos acrescer o mosto de uma mini-brassagem. A receita seriam algo assim: 35 litros do mosto
“base” com SRM 5 + o mini mosto + lupulagem abaixo detalhada.

70 minutos - amargor: 15 gr de Galena 15gr de Glacier


10 minutos - sabor: 15gr de Tradition
5 minutos - aroma: 15gr de Tettnang

Fermentos: US-05 e S-04 (1 pacote de cada) Adjuntos: 750 gramas de açúcar mascavo e 250
gramas de maltodextrina.

Mini mosto produzido com a infusão de 1kg de pilsen + 1kg de munich, 500gr de caraaroma e
250gr carafa I.

Estimativas: SRM: 22,4 IBU: 27,2 OG esperada: 1040 - OG medida: 1038 (subiu até ~1048 com
adição dos adjuntos) OBS: Litragem: Previmos ter 35 litros mas constatamos que ao término da
fervura tínhamos cerca de 40 o que explica a diminuição dos 2 pontos da densidade que
previmos.

II – BRASSAGEM
Normal, esquecemos (de novo) de colocar o 5.2 Ph Stabilizer, mas o teste do iodo mostrou uma
conversão completa dos açúcares da brassagem.

Henrique e Rafael (cervejeiro também) adicionando os grãos moídos.

Uma visão bonita essa panela cheia assim.

Rampas de temperatura:

60 minutos → 65°C “Beta Milase”


15 minutos → 72°C “Alfa Milase”
10 minutos → 78°C “Inativação das Enzimas”
Bode na Brassagem

Mauro na brassagem

A novidade é que após descobrirmos que a água era o ingrediente que estava nos saindo mais
caro, investimos em um filtro de carvão ativado para remover o cloro e não precisarmos mais
usar água mineral.
Novo equipamento: Filtro de carvão ativado (dica do Carlos)

Teste do iodo.

III - LAVAGEM/FILTRAGEM

Decorreu normalmente sem grandes problemas.


1° Passo: Passar tudo para a panela de filtragem (com fundo falso)

2° Passo: Recircular por uns 15 minutos até que o mosto saia mais clarificado
3° Passo: Começar a lavagem (em cima) com água quente e retirar mosto filtrado (em baixo)

Visão completa

IV – FERVURA

Aqui foi quando começamos a nos bagunçar... Foram duas fervuras feitas separadamente e ao
mesmo tempo enquanto ainda tentávamos engarrafar levas anteriores para vagar a geladeira. Foi
um verdadeiro caos especialmente se levar em consideração que chegaram diversas pessoas para
ver e acompanhar o processo o que acabou nos distraindo.
Uma curiosidade interessante foi o fato de que os lúpulos Glacier e Tettnang que usamos na
receita chegaram (graças a São Patrício) na casa do Henrique poucas horas antes da fervura
começar.

V - RESFRIAMENTO/AERAÇÃO

Resfriamos primeiro a Imperial Ipa e em seguida a Brown Porter. Demos uma atenção maior na
aeração da primeira já que sua densidade era consideravelmente maior.

VI - FERMENTAÇÃO/MATURAÇÃO

Elas vão seguir o mesmo padrão de temperaturas, começamos com 19°C e vamos aumentar no
final da fermentação para 21°C no período de 10 dias.

Após, irão maturar por pelo menos mais 15 dias em uma temperatura de cerca de 4°C.

3 de nossas 4 geladeiras destinadas exclusivamente para manter o líquido sagrado na temperatura correta.

VII - DEGUSTAÇÃO
Durante o dia, tarde e noite bebemos várias cervejeiras especiais, artesanais e claro, caseiras!

Começamos com uma barrilete de Petra Weiss que tive a sorte de arrematar por R$39,90 em uma
promoção. Cerveja de trigo bastante honesta e que por esse preço realmente fizemos um bom
negócio.

Começo das "atividades"

Continuamos a bebedeira digo, degustação, com duas cervejas da Schmitt, a pale ale (muito
gostosinha com aroma e sabor de lúpulo pronunciados) e a La Brunette que foi a decepção da
noite, estava azeda, excessivamente amarga e torrada além de quase sem carbonatação. Ta certo
que é uma Dry Stout mas sinceramente achei muito desbalanceada (em especial se comparada a
uma Guiness ou a uma Vinil ) só se salva pelo nome e rótulo para lá de originais!

Após, partimos para a ignorância e começamos as caseiras... Atacamos para todo lado com
Rauchbier (Smaug), Dubbel (Noir) e outra caseira cedida pelo cervejeiro, convidado e amigo
Leo Ore entre outras...
No entanto, as duas cervejas que mais chamaram atenção foram uma American Pale Ale que me
foi presenteada pelo leitor do blog Liz Duardo(cerveja muito interessante em especial pelo aroma
profundo de lupulo, amargor balanceado e levemente cítrica provavelmente decorrente de
lúpulos americanos...) certamente uma das melhores “primeiras levas” que já tomamos. A outra
foi uma Dubbel finalista da Eisenbahn produzida pelo cervejeiro Rafael “mão santa” Oliveira
(extremamente balanceada, caramelo forte e torrado presente aliados a um ótimo aroma frutado).

American Pale Ale primeira cerveja e presente do confrade e leitor do blog Liz Duardo. Uma delícia e muito
bonita!
Dubbel do Rafael. Cerveja finalista do concurso da Eisenbahn.

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