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ESTÉTICA
Cursos: Graduação
Disciplina: Estética
Versão: jul./2013
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web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do
autor e da Ação Educacional Claretiana.
Unidade 4 – RENASCIMENTO
1 OBJETIVOS......................................................................................................... 115
2 CONTEÚDOS...................................................................................................... 115
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE................................................ 116
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE................................................................................ 117
5 PANTEÍSMO EM VEZ DE CRIACIONISMO......................................................... 120
6 NATURALISMO.................................................................................................. 121
7 HUMANISMO..................................................................................................... 121
8 ARTE COMO FILOSOFIA RENASCENTISTA....................................................... 122
9 MARCÍLIO FICINO.............................................................................................. 123
10 P ICO DELLA MIRÂNDOLA................................................................................. 124
11 L EONARDO DA VINCI........................................................................................ 124
12 CONSIDERAÇÕES............................................................................................... 131
13 E-REFERÊNCIAS................................................................................................. 131
14 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 132
CRC
Ementa––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Estética. Arte. Belo. Metodologia. Campo de análise. Conceitos centrais da Es-
tética Antiga, Medieval, Moderna. Estética Clássica Alemã e Estética Contempo-
rânea.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1. INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo ao estudo da disciplina Estética, que compõe
os Cursos de Graduação.
No decorrer das sete unidades desta disciplina, você terá
noções de como o princípio de Belo surgiu na história da huma-
nidade, desde a pré-história, com seus primeiros registros nas
antigas cavernas até o período contemporâneo; com a escola de
Frankfurt, a qual apresenta como o homem se utiliza da obra de
arte como crítica a uma sociedade. Nesse contexto, apresentamos
como ponto forte do nosso estudo a estética clássica alemã, com
a contribuição de Winckelmann, Baumgarten, além do Criticismo
kantiano e do Idealismo alemão.
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Com o decorrer das sete unidades, você poderá ter uma vi-
são panorâmica sobre o conceito de Belo e seu contexto histórico,
além de desenvolver seu senso crítico em relação às artes e sua
representação na sociedade. Não se esqueça, porém, de que este
MDM é apenas um referencial teórico.
Nesta disciplina, vamos discutir os principais temas da es-
tética por meio de interatividades, tendo em vista a formação do
professor de Filosofia.
É importante que você se debruce sobre cada questão abor-
dada, pois elas serão a base de tudo o que você verá em todo o
decorrer do curso. Esta disciplina disponibiliza as questões centrais
do tema proposto.
Estamos prontos para auxiliar você em seus estudos e espe-
ramos que participe de todas as discussões e análises que serão
propostas no decorrer das sete unidades.
Aceite a proposta de desenvolver uma postura crítica e cons-
ciente frente aos acontecimentos e sinta-se motivado pelo grande
desafio que nos proporciona o universo da Filosofia e da Educa-
ção.
Venha participar desse novo paradigma de educação e cons-
trução do saber!
Estética Medieval
Nossa segunda principal etapa é a da arte na época Medie-
val.
A época Medieval estende-se do século 5º ao século 15. Esse
período é profundamente marcado pelo pleno domínio da Igreja e
da visão dualista platônica, conforme a qual tudo o que é terrestre
Glossário de Conceitos
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rá-
pida e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um
bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de
conhecimento dos temas tratados na disciplina Estética. Veja, a se-
guir, a definição dos principais conceitos desta disciplina:
1) Alegoria: etimologicamente, do grego “alegoria” signifi-
ca “dizer o outro”, “dizer alguma coisa diferente do sen-
tido literal”.
2) Academia: a escola que Platão funda em 387 a.C., nos jar-
dins em Atenas que pertenciam, conforme a lenda, ao
herói Academo.
3) Alienação: perda de propriedade, seja material, seja na-
tural, seja social, seja política etc.
4) Alta Idade Média: o termo faz referência ao primeiro pe-
ríodo da Época Medieval.
5) Baixa Idade Média: o termo faz referência ao último pe-
ríodo da Época Medieval.
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem
ser de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas dissertati-
vas.
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como
relacioná-las com a prática do ensino de Filosofia pode ser uma
forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante a re-
solução de questões pertinentes ao assunto tratado, você estará
se preparando para a avaliação final, que será dissertativa. Além
disso, essa é uma maneira privilegiada de você testar seus conhe-
cimentos e adquirir uma formação sólida para a sua prática profis-
sional.
Você encontrará, ainda, no final de cada unidade, um gabari-
to, que lhe permitirá conferir as suas respostas sobre as questões
autoavaliativas de múltipla escolha.
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
Dicas (motivacionais)
O estudo desta disciplina convida você a olhar, de forma
mais apurada, a Educação como processo de emancipação do
ser humano. É importante que você se atente às explicações
teóricas, práticas e científicas que estão presentes nos meios de
comunicação, bem como partilhe suas descobertas com seus
colegas, pois, ao compartilhar com outras pessoas aquilo que você
observa, permite-se descobrir algo que ainda não se conhece,
aprendendo a ver e a notar o que não havia sido percebido
antes. Observar é, portanto, uma capacidade que nos impele à
maturidade.
Você, como aluno dos Cursos de Graduação na modalidade
EaD, necessita de uma formação conceitual sólida e consistente.
Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor
presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. Sugeri-
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1. OBJETIVOS
• Conhecer os principais problemas da Estética enquanto
ramo da Filosofia.
• Analisar a natureza e a motivação filosófica da Estética.
• Examinar filosoficamente a noção de Belo, Arte e Estéti-
ca.
• Identificar os tipos de obra de arte e suas especificida-
des.
• Investigar a inter-relação entre as artes.
• Reconhecer e criticar os principais problemas da discus-
são Estética.
2. CONTEÚDOS
• Natureza e metodologia da Filosofia Estética.
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• http://www.pintoresfamosos.com.br/
• http://www.portfolium.com.br/pintura.htm
• http://www.ceramicanorio.com/artepopular.html
• h tt p : / / w w w. p o p u l a r. a r t . b r / h td o c s / d e fa u l t .
asp?criterio=tema&artigo=Arte%20Incomum
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Seja bem-vindo!
Nesta unidade, refletiremos sobre a natureza do Belo dentro
da Filosofia. É muito comum estabelecermos juízo de valor frente
às coisas que observamos na natureza e também frente às cria-
ções humanas.
Quando você olha uma planta verde, frondosa, cheia de vida,
exclama: “Que planta bonita!”. Ao passo que quando vê algo que
lhe causa repugnância, como uma barata, uma serpente, ou ainda,
um corpo em decomposição, afirma que isso é feio.
Mas o que é o Belo? O que é o feio?
No senso comum, notamos com frequência a afirmação de
que o Belo é subjetivo. Cada um acha algo bonito de acordo com o
que gosta. Assim, o que é Belo para mim, não é necessariamente
Belo para você. Mas o que é o Belo? Há tipos de beleza? Em que o
Belo se manifesta?
Nesta unidade, identificaremos a relação entre o Belo, a obra
de arte e a Filosofia. Portanto, entraremos em um ramo árido da
Filosofia, chamado Estética.
Antes de iniciar esta disciplina, recomendamos que você en-
tre em contato com obras de arte, música clássica (erudita), poesia,
arquitetura e outros. Note como você se relaciona com as coisas e
qual o seu juízo estético frente ao Belo. Convidamos você a romper
desde já com a visão subjetivista de beleza baseada meramente na
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7. APRECIAÇÃO ESTÉTICA
A apreciação da obra de arte, como já vimos, está subordi-
nada não só a uma teoria estética, mas também à sensibilidade do
sujeito. Há uma interação fundamental entre teoria e empiria.
Até o século 20, convencionou-se a existência de sete artes.
Hoje alguns estudiosos afirmam a existência de onze:
1ª música;
2ª dança;
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8. TEXTO COMPLEMENTAR
Antes de terminarmos nossa primeira unidade, sugerimos
que leia o texto complementar de autoria de Pareyson (2001), e
que procure sites de todos os períodos da história da arte, citações
de obras músicas etc., recomende-os aos seus colegas e que entre
nos sites recomendados por eles. Agindo desta maneira, ampliará
seus conhecimentos sobre Estética e chegará às suas conclusões.
9. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Caro aluno, as questões autoavaliativas que se seguem têm como propósito
não apenas enriquecer a sua formação, mas também mostrar o resultado da
sua aprendizagem. Por isso mesmo, você não deve deixar de realizá-las para
saber se está realmente apreendendo.
1) A arte pode ser relacionada com a natureza e com o homem. De acordo com
o que você estudou neste CRC, é correto afirmar que:
a) Com relação à natureza, a arte pode ser considerada enquanto imitação,
criação e construção. Com relação ao homem, a arte é uma forma de
fazer, conhecer e exprimir.
b) Com relação à natureza, a arte pode ser considerada enquanto contem-
plação, admiração, construção. Com relação ao homem, a arte é uma
forma de imitação, conhecimento, sensibilidade.
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Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) a.
2) c.
3) c.
4) d.
10. CONSIDERAÇÕES
Concluímos esta primeira unidade com uma citação de Luigi
Pareyson sobre a interpretação da obra de arte e do belo artísti-
co:
A primeira coisa que salta à vista no fenômeno da interpretação
é a sua infinidade: a interpretação é infinita quanto ao seu núme-
ro e ao seu processo. Por um lado, não há interpretação definitiva
nem processo de interpretação que, alguma vez, possa dizer-se
verdadeiramente acabado: a série das revelações não está nunca
fechada, e toda proposta de interpretação é passível de revisão,
integração, aprofundamento, e há sempre alguma nova circuns-
tância que a desmente, ou limita, ou corrige: cada vez que se relê
uma obra, o processo de interpretação que se mantinha fechado
reabre-se, e tudo é recolocado em questão; mesmo aquilo que se
conservou da primeira interpretação é profundamente mudado,
acolhido num novo contexto e integrado por novas descobertas.
Por outro lado, as interpretações são muitas, tantas quantas as pes-
soas que se aproximam de uma determinada obra, e até mais, se
pensarmos nas mudanças a que, no curso de sua vida, uma mesma
pessoa é levada, sob o estímulo de novas circunstâncias e de novos
pontos de vista: não é sem razão que, quando se fala de matéria
interpretável, pensa-se logo no dito tot capita tot sententiae, já que
a interpretação é, geralmente, qualificada pelo possessivo, "minha,
tua, sua interpretação", sempre personalíssima, por isso múltipla,
ou melhor, infinita (2001, p. 225-226).