Vous êtes sur la page 1sur 76

CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMPO LIMPO PAULISTA

ENGENHARIA CIVIL

SISTEMA CONSTRUTIVO AUTO PORTANTE COM BLOCOS DE ENCAIXE


ASSENTADO SEM ARGAMASSA COMO ALTERNATIVA NA CONSTRUÇÃO
CIVIL

MARCOS DA SILVA LINS


MATHEUS DA SILVA LINS
LUCIANO FERNANDES
DIEGO ALVARENGA
BRANDON AARON

CAMPO LIMPO PAULISTA - SP


DEZEMBRO – 2018

1
MARCOS DA SILVA LINS
MATHEUS DA SILVA LINS
LUCIANO FERNANDES
DIEGO ALVARENGA
BRANDON AARON

SISTEMA CONSTRUTIVO AUTO PORTANTE COM BLOCOS DE ENCAIXE


ASSENTADO SEM ARGAMASSA COMO ALTERNATIVA NA CONSTRUÇÃO
CIVIL

Trabalho de conclusão apresentado ao


Centro Universitário Campo Limpo
Paulista – UNIFACCAMP, como requisito
para a obtenção do grau de Bacharel em
Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Dr. Paschoal Perdão Junior

CAMPO LIMPO PAULISTA – SP


DEZEMBRO – 2018

2
CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMPO LIMPO PAULISTA
ENGENHARIA CIVIL

SISTEMA CONSTRUTIVO AUTO PORTANTE COM BLOCOS DE ENCAIXE


ASSENTADO SEM ARGAMASSA COMO ALTERNATIVA NA CONSTRUÇÃO
CIVIL

MARCOS DA SILVA LINS


MATHEUS DA SILVA LINS
LUCIANO FERNANDES
DIEGO ALVARENGA
BRANDON AARON

Banca Examinadora:

__________________________________________
Prof.
Convidado

__________________________________________
Prof. Dr. Paschoal Perdão Junior

__________________________________________
Prof. Dr. Paschoal Perdão Junior
Coordenador

CAMPO LIMPO PAULISTA - SP


DEZEMBRO – 2018

3
DEDICATÓRIA

À Deus dedico o meu agradecimento maior por que me deu força para chegar até
aqui.

Agradeço a Deus por ter cumprindo sua promessa em minha vida e ter me dado
condições para chegar até aqui, toda honra e toda gloria seja dada a somente a
Deus.

4
AGRADECIMENTO

Nenhuma batalha é vencida sozinha. No decorrer desta luta algumas pessoas


estiveram ao nosso lado e percorreram este caminho como verdadeiros soldados nos
estimulando que buscássemos a vitória e conquistas do nosso sonho.

Agradecemos a nosso orientador Paschoal Perdão Junior que nos auxiliou nesse
Trabalho de Conclusão de Curso pelos seus conhecimentos que nos forneceram a
base para construção deste trabalho.

Agradecemos ao engenheiro e fundador do sistema SICA, Luís Claudio Tagliaboa,


que se disponibilizou a nos ajudar e explicar o conceito desse novo sistema
construtivo.

Aos nossos familiares que de forma direta e indireta nos ajudou.

5
Não encontre um defeito, encontre uma solução.
Henry Ford

6
RESUMO

Novas tecnológicas construtivas surgem com intuito de diminuir a geração de


resíduos e reduzir os custos da obra, ao quais devem ser analisadas e estudadas. A
partir desse contexto, o presente trabalho tem como objetivo tratar de um tipo de
construção inovador em alvenaria estrutural utilizando blocos de encaixes, tendo
como base um tipo de construção já conceituado e utilizado nacionalmente, como o
da alvenaria estrutural convencional. A família de blocos de encaixe é composta por
seis peças que se ligam entre si, permitindo a obtenção de alvenarias estruturadas,
dispensando a utilização de argamassa de assentamento ou material ligante. Por esse
motivo o sistema construtivo com blocos de encaixe, no que se refere ao tempo,
proporciona agilidade na produção, diminuindo assim o custo com mão de obra e
materiais. É importante ressaltar que esse tipo de construção exige mão de obra
especializada, sendo necessário treinamento dos executores. A ideia de
sustentabilidade também é bem empregada neste sistema construtivo, onde é
possível diminuir os rejeitos construtivos. Esse sistema promete ser promissor, porém,
existem algumas limitações ainda, a qual serão apresentadas em um comparativo
com o sistema estrutural convencional, bem como as principais características entre
os dois sistemas.

Palavras chaves: sistema construtivo, alvenaria estrutural, blocos de encaixe

7
LISTA DE SIGLAS
NBR: Norma Brasileira
SICA: Sistema Inteligente de Construção Avançada

8
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Coliseu (anfiteatros romanos). .................................................................. 19


Figura 2 - Pirâmides de Gizé. .................................................................................... 19
Figura 3- Edíficio Monadnock. ................................................................................... 20
Figura 4 - Conjunto Habitacional “Central Parque da Lapa”, em 1966. ..................... 22
Figura 5 - Conjunto Habitacional Central Parque Lapa em 1972. ............................. 22
Figura 6 - Edifício Millennium Pallace. ...................................................................... 23
Figura 7 - Construção em pré-moldados de concreto ............................................... 24
Figura 8 – Sistema pré-moldados de concreto .......................................................... 26
Figura 9 – Edificação em light steel frame ................................................................ 27
Figura 10 – Aplicação sistema Light steel frame ....................................................... 28
Figura 11 – Parede tijolo ecológico ........................................................................... 29
Figura 12 – Dimensões tijolo ecológico ..................................................................... 30
Figura 13 – Aplicação de junta tijolo ecológico.......................................................... 31
Figura 14 – Blocos de encaixe Sistema SICA ........................................................... 33
Figura 15 – Amarração direta e indireta. ................................................................... 36
Figura 16 - Amarração blocos de encaixe. ................................................................ 37
Figura 17 - Utilização de graute na alvenaria estrutural. ........................................... 38
Figura 18 - Configurações básicas por fissuras em alvenaria ................................... 44
Figura 19 - Ruptura retilínea e escalonada ............................................................... 44
Figura 20 - caderno técnico de alvenaria estrutural .................................................. 45
Figura 21 - Esmagamento localizados ...................................................................... 46
Figura 22 - Fissuras em alvenaria por carga concentrada ........................................ 46
Figura 23 - Fissuras causadas deformação da laje ................................................... 47
Figura 24 - Fissuras devido a concentração de tensões no contorno dos vãos ........ 47
Figura 25 - Fissuras por retração de lajes ................................................................. 48
Figura 26 - Fissuras mapeadas ................................................................................. 48
Figura 27 - Mapa da localização da obra .................................................................. 49
Figura 28 - Fachada da obra ..................................................................................... 49
Figura 29 – Regularização piso / nivelamento........................................................... 50
Figura 30 - Primeira fiada .......................................................................................... 50
Figura 31 - Fiadas Bloco de encaixe ......................................................................... 51
Figura 32 - Graute / Bloco canaleta e barra de aço horizontal .................................. 51
Figura 33 - Graute/Bloco canaleta e barras de aço verticais ..................................... 52
Figura 34 - Paredes internas ..................................................................................... 52
Figura 35 - Bloco de canto ........................................................................................ 53
Figura 36 - Eletrodutos e instalações hidráulicas ...................................................... 53
Figura 37 - Bloco expansivo ...................................................................................... 54
Figura 38 - Vão da janela .......................................................................................... 54
Figura 39 - Fiadas posterior à 6ª fiada ...................................................................... 55
Figura 40 - Fiada de respaldo laje ............................................................................. 55
Figura 41 - Revestimento com grafiato (externo) e gesso (interno) .......................... 56
9
Figura 42 - Imagem gerada em software 3D e dimensões ........................................ 57
Figura 43 – Imagem criada em software e dimensões .............................................. 57
Figura 44 - Imagem gerada em software 3D e dimensões ........................................ 57
Figura 45 - Imagem criada em software e dimensões ............................................... 58
Figura 46 - Estoque fábrica de blocos estruturais ..................................................... 60
Figura 47 - Confecção prisma bloco estrutural .......................................................... 60
Figura 48 - Bloco de encaixe sobreposto com cola PVA ........................................... 61

10
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Tabela de pesos e dimensões dos corpos de prova ................................ 58


Tabela 2 - Resultados dos ensaios de resistência à compressão de bloco oco........ 62
Tabela 3 - Resultados dos ensaios de resistência à compressão de bloco em prisma
oco ............................................................................................................................ 63
Tabela 4 - Resultados dos ensaios de resistência à compressão de bloco em prisma
cheio .......................................................................................................................... 65

11
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Peso dos blocos ...................................................................................... 59


Gráfico 2 - Carga aplicada nos blocos ...................................................................... 62
Gráfico 3 - Carga de resistência máxima por bloco ................................................... 63
Gráfico 4 – Carga aplicada em prisma oco ............................................................... 64
Gráfico 5 - Carga de resistência máxima em prisma oco .......................................... 64
Gráfico 6 – Carga aplicada em prisma cheio............................................................. 65
Gráfico 7 - Carga de resistência máxima em prisma cheio ....................................... 66
Gráfico 8 - Desperdício de Argamassa ..................................................................... 68

12
Sumário
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 15
1.1 Objetivo geral .................................................................................................. 16
1.1.1. Objetivo Especifico ......................................................................................... 16
1.2. Problema ............................................................................................................ 16
1.3. Justificativa ..................................................................................................... 16
1.4. Metodologia .................................................................................................... 17
2. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 18
2.1. História da Alvenaria Estrutural ...................................................................... 18
2.1.1. Histórico Mundial ............................................................................................ 18
2.1.2. Histórico nacional ........................................................................................... 21
3. SISTEMAS CONSTRUTIVOS ........................................................................ 24
3.1. Principais Sistemas Construtivos Alternativos ................................................ 24
3.1.4. Blocos de Encaixe .......................................................................................... 32
4. COMPONENTES PROJETO ALVENARIA ESTRUTURAL ............................ 34
4.1. Modulação ...................................................................................................... 34
4.1.1. Modulação dos blocos de encaixe .................................................................. 35
4.2. Amarração paredes ........................................................................................ 35
4.2.1. Amarração blocos de encaixe ......................................................................... 36
4.3. Graute ............................................................................................................. 37
4.4. Argamassa de assentamento ......................................................................... 39
4.4.1. Comportamento mecânico da argamassa de assentamento .......................... 40
4.4.2. Espessura da junta da argamassa ................................................................. 41
4.5. Propriedades mecânicas da alvenaria ............................................................ 41
4.5.1. Comportamento mecânico da alvenaria ......................................................... 42
5. PATOLOGIAS NA ALVENARIA ESTRUTURAL ............................................. 43
5.1. Classificando fissuras quanto às causas ........................................................ 45
5.1.1. Carregamento por excesso de compressão ................................................... 45
5.1.2. Retração ......................................................................................................... 47
6. ESTUDO DE CASO .............................................................................................. 49
6.1. Etapas da execução da obra: ......................................................................... 50
6.2. Ensaio dos blocos estruturais de encaixe e convencional .............................. 56
6.2.1. Analise dimensional ........................................................................................ 56

13
6.2.2. Ensaio de resistência à compressão alvenaria ............................................... 59
6.2.3. Ensaio de resistência à compressão dos blocos ocos estruturais de encaixe e
convencional ................................................................................................... 62
6.2.4. Ensaio de resistência à compressão dos blocos em prismas ocos ................ 63
6.2.5. Ensaio de resistência à compressão dos blocos em prismas cheios ............. 65
6.3. Comparativo entre os sistemas construtivos .................................................. 66
7. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 70
8. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ...................................................................... 74

14
1. INTRODUÇÃO
O cenário atual requer mais atenção aos sistemas construtivos tradicionais,
tendo em vista o senso comum, práticas e cultura voltado as construções civis, tem
levado a um maior desperdício de materiais sem se importar com os impactos
ambientais. Em função desta situação houve um forte crescimento no
desenvolvimento de novos sistemas construtivos que tem a intenção em diminuir
estas perdas que hoje estão avaliadas em até 30% de acordo com os estudos da
Escola Politécnica – USP.

Podemos citar ainda outros problemas de desperdícios de materiais,


ocasionadas por erros de execução e retrabalhos, para tanto é necessário um melhor
controle de qualidade alinhados a novos sistemas construtivos e métodos, existe
ainda a equacionalização entre o custo e o benefício destes.

Para tanto necessário se faz a adoção de novas tecnologias construtivas que


tem a missão de diminuir as perdas e que proporcione um menor custo final do produto
acabado.

Aplicar novas tecnologias construtivas afim de atender as necessidades que tem


uma obra, sendo o tempo de execução, custo, diminuição de perdas e uso sustentável
dos recursos naturais.

15
1.1 Objetivo geral
Apresentar as características do sistema construtivo em alvenaria estrutural
utilizando blocos de encaixe, tendo como comparação o método tradicional,
atualmente em crescimento significativo nas construções nacionais e internacionais,
afim de aferir qual método se mostra mais eficiente.

1.1.1. Objetivo Especifico

Analisar os sistemas construtivos com blocos de encaixe afim de comprovar suas


características estruturais e construtivas de modo a obter dados suficientes para o
estudo deste trabalho.

• Através da pesquisa bibliográfica compreender a história da alvenaria


estrutural.
• Apresentar as alternativas de sistemas construtivos no mercado atual
• Analisar o sistema construtivo com blocos de encaixe
• Descrever as características e fatores a serem considerado nesse tipo de obra.
• Realizar ensaios dos blocos de encaixe e alvenaria estrutural
• Através dos dados obtidos realizar a comparação entre os dois sistemas
construtivos: Sistema autoportante com blocos de encaixe e alvenaria
estrutural convencional.

1.2. Problema
Este estudo tem o propósito de responder a seguinte questão de pesquisa:

Quais são as características apresentadas pelos sistemas construtivos em


alvenaria estrutural convencional e alvenaria estrutural autoportante de encaixe
quando comparados?

1.3. Justificativa
Em meio ao desenvolvimento atual, a busca por possibilidades e soluções
inovadoras no setor da construção civil tem gerado impactos direto nas características
e execução dos sistemas construtivos.

16
A partir desse contexto, é necessário analisar as características dos novos
sistemas construtivos de mercado, assim como suas soluções e limitações. Nesse
trabalho será analisado o sistema autoportante com blocos de encaixe, em seu
aspecto construtivo e suas características, tendo como base comparativa a alvenaria
estrutural convencional.

1.4. Metodologia
Inicialmente um breve apanhado dos sistemas construtivos mais utilizados,
seguindo de comparativos entre o Sistema de Blocos de Encaixe com a Alvenaria
Estrutural convencional nos seus processos de execução de obras nas edificações.

O estudo será feito com análise do sistema estrutural bloco de encaixe com
intertravamento vertical e horizontal comparado à alvenaria estrutural convencional.
Através de economia de materiais, tempo, perdas e rejeitos. Acompanhamento in loco
das obras, visita aos fabricantes. A tabela das principais características de cada, bem
como, qualidade de execução, resistência, conforto ambiental e segurança.

Comparar sistemas estruturais, sendo um, o método tradicional usado e


desenvolvido a mais de 100 anos e outro, um método contemporâneo que molda
casas como se fosse um grande “lego”, quanto ao tempo de execução, produção de
resíduos, economia de materiais, diminuição de perdas, mão de obra e os ensaios
dos dois sistemas estruturais apresentando seus aspectos físicos referente ao método
construtivo e a resistência a compressão.

17
2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. História da Alvenaria Estrutural

A alvenaria estrutural emprega parede portante, ou seja, sem pilares ou vigas.


Diferente da convencional, cujo as paredes têm a finalidade de fechamento, sendo o
peso absolvido por pilares, lajes e vigas.

Segundo (Cavalheiro, 2006) alvenaria estrutural é o processo construtivo no qual


as paredes são elementos resistente que se constitui por blocos unidos por junta
argamassa eficiente de resistirem a carga superiores com o seu próprio peso.

2.1.1. Histórico Mundial

A alvenaria estrutural é um dos métodos construtivos mais antigos, tendo sua


origem na pré-história aproximadamente há 10.000 anos na Mesopotâmia, onde os
tijolos eram feitos como colmeias, utilizando formas de aboboras e queimados pelo
sol. As primeiras alvenarias em pedra ou tijolos cerâmicos eram de grande espessura.
Os construtores foram adquirindo conhecimento ao passar dos anos, assim passando
de geração em geração através das grandes obras e o sucesso de cada uma delas.
(Mohamad, 2015) explica sobre as grandiosas obras, que marcaram a humanidade
pelos aspectos estrutural e arquitetônico, foram construídas com unidades de blocos
cerâmicos ou de pedra intertravados, com ou sem material ligante.

Coliseu:

O coliseu (anfiteatros romanos) é umas das periciais referencias, tendo cerca


de 500 m de diâmetro e 50 metros de altura, data do ano de 70 d.C., que foram
utilizados por pórticos formaram pilares e arcos, redistribuindo as tensões e
alcançando grandes vãos.

18
Figura 1 - Coliseu (anfiteatros romanos).

Fonte: (Só História, 2009-2018)

Pirâmides de Gizé:

As grandes obras construídas no Egito foram as três pirâmides, entre 2.600


a.C., a principal pirâmide era do tumulo do faraó que possui base quadrada de 230
metro do e aproxima-se de 150 metro de altura. Pesquisas mostram que foram
utilizados aproximadamente 2,5 mil de unidades de blocos, onde peso varia entre 20
e 30 KN.
Figura 2 - Pirâmides de Gizé.

Fonte: (Só História, 2009-2018)

19
Edifício Monadnock:

Entre 1889 e 1891 foi construído o Edifício comercial em Illinois, em Chicago,


EUA. Este edifício chama atenção pelas dimensões das paredes, onde tem como base
1,80m de espessura, e cada andar, as espessuras das paredes diminuíam 10 cm
chegando ao topo do 16º andar e 65m de altura com paredes de 30cm de espessura.

Figura 3- Edíficio Monadnock.

Fonte: (Wikipédia, 2018)

A alvenaria foi um material utilizado desde a antiguidade, mas somente nesse


século foram desenvolvidas teorias racionais. Conforme (Franco, 1987), a alvenaria
teve a sua primeira exposição utilizada, com base em estudos teóricos em
experiências em 1923 na Índia, onde foi publicada.

Em 1880, nos E.U.A. apresentou as primeiras análises, experimentais


sistemáticas em alvenaria de tijolos.

No Início Século XX, teve o início do concreto e do aço, houve uma revolução
nas projeções das obras e nas construções, pois a diferença das formas das
construções e na economia. Devido á evoluções das tecnologias, e os estudos, sobre
o comportamento das alvenarias, esses matérias vem se destacando na engenharia
das construções.

20
Em 1923, a Brebner, publicou os resultados dos ensaios que teve a duração de
anos, onde foi considerado o início da alvenaria estrutural armada.

Na Inglaterra, em 1948, apresentou a sua primeira publicação referente à


norma empregada a cálculo de alvenaria de tijolos – CP 111. Na década de 50, foram
construídos diversos edifícios rel. altos na Europa.

Em 1951, na Suíça, teve a sua edificação do primeiro edifício em Alvenaria


Estrutural não armada, com altura de 41m, 13 pavimentações.

Em 1966, (Recommended Building Code Requirements for Engineered Brick


Masonry) publica o primeiro código americano de Alvenaria Estrutural.

Em 1978 é impressa uma nova norma inglesa (BS-5628), no qual aflige com o
método sem probabilístico.

2.1.2. Histórico nacional

A alvenaria estrutural no Brasil teve a demora para ser utilizada por muitos
anos, devido ao maior domino da tecnologia do concreto armado e a falta de
divulgação do sistema construtivo no método programático das universidades
brasileiras. A partir dos anos sessenta, as construções de edifícios começaram a
utilizar os blocos estruturas de concreto.

No Brasil em 1967, o Arquiteto Carlos Alberto Tauil, foi o explorador da alvenaria


estrutural de blocos de concreto, no fim dos anos 70 teve o início do cálculo e
execução em alvenaria estrutural com projetos para habitações populares para a
COHABSP.

Segundo (Franco, 1987), o Brasil teve o início da alvenaria estrutural armada no


Conjunto Habitacional Central Parque da Lapa em São Paulo no ano 1966 (Fig, 4)
com 4 pavimentações na construção, com espessura de 19 cm a parede.

21
Figura 4 - Conjunto Habitacional “Central Parque da Lapa”, em 1966.

Fonte: (Wikipédia, 2018)

Porém, o marco mais importante foi a construção em 1972 de 4 edifícios de 12


pavimentos no mesmo conjunto. (fig. 5)

Figura 5 - Conjunto Habitacional Central Parque Lapa em 1972.

Fonte: (Wikipédia, 2018)

Nesse período, por não te pesquisar e matérias necessários e não existir


normalização da alvenaria, empregados usados padrões estrangeiros para

22
dimensionamentos. Segundo (Camacho, 1995), no final da década de 70, surgiram as
pesquisas sobre alvenarias em São Paulo, em 1983, em Porto Alegre. No entanto
muitos esforços têm sido desenvolvidos para o perfeito domínio dessa tecnologia.

Na década de oitenta apareceram os blocos cerâmicos estruturais, que foram


instaladas as primeiras industrias em solo nacional. Por ser recente, as pesquisas
desse material estão fase inicial e a normalização existente não refere ao cálculo
dimensional.

Em 1988, em São Paulo, teve a edificação de quatro edifícios construídos por


blocos de concreto, com 18 pavimentos (os mais altos da América do Sul, na época).

No ano atual, o edifício mais alto do Brasil (Edifício Millennium Pallace),


construído em 2014, localizado em Santa Catarina, na praia de Balneário Camboriú,
ele conta com 177 metros de altura e 46 andares.

Figura 6 - Edifício Millennium Pallace.

Fonte: (Wikipédia, 2018)

Dentro desse contexto, introduz-se a presente pesquisa, no intuito de apresentar


contribuições para o estudo da caracterização e do comportamento dos materiais
nacionais hoje empregados no campo da alvenaria estrutural.

23
3. SISTEMAS CONSTRUTIVOS

A construção civil com o passar dos anos veem tendo crescimento significativo.
Em tempos modernos se deparamos com a criação de “algo novo” todos os dias e a
construção civil não fica fora dessa realidade. Novos sistemas construtivos surgem
como alternativa ao concreto armado e a própria alvenaria estrutural, contendo
materiais, técnicas, componentes e elementos em busca à resposta mais coerente
para a pergunta: “Como construir mais rápido, gastando menos dinheiro e, mesmo
assim, manter a qualidade das construções?”.

3.1. Principais Sistemas Construtivos Alternativos

3.1.1. Pré Moldados de Concreto

Segundo Revel (Revel, 1983) o termo pré-fabricado como já citado consiste


como a pré-fabricação da estrutura feita fora do local a ser instalada, seguindo todos
os exigências estabelecidos pela NBR 9062/2006 (projeto e execução de estruturas
de concreto pré-moldado) que define: elemento pré-moldado é aquele que é fabricado
fora do local de utilização definitiva na estrutura da edificação, com rigoroso controle
de qualidade.

Figura 7 - Construção em pré-moldados de concreto

Fonte: (Mapa de Obra, 2016)

24
Sistema Estrutural

No Sistema Estrutural de Pré-Moldados encontram-se diversos métodos e


soluções técnicas para sua fabricação, no entanto os princípios do projeto são
semelhantes. Segundo (Acker, 2002); os tipos mais comuns de sistemas estruturais
de concreto pré-moldados são:

➢ Estruturas aporticadas, consistindo de pilares e vigas de fechamento, que são


utilizadas para construções industriais, armazéns, construções comerciais, etc.

➢ Estruturas em esqueleto, consistindo de pilares, vigas e lajes, para edificações


de alturas médias e baixas, e com um número pequeno de paredes de
contraventamento para estruturas altas. As estruturas em esqueletos são
utilizadas principalmente para construções de escritórios, escolas, hospitais,
estacionamentos, etc.

➢ Estruturas em painéis estruturais, consistindo de componentes de painéis


portantes verticais e de painéis de lajes, as quais são usadas extensivamente
para a construção de casas e apartamentos, hotéis, escolas, etc.

➢ Estruturas para pisos, consistindo de vários tipos de elementos de laje


montados para formar uma estrutura do piso capaz de distribuir a carga
concentrada e transferir as forças horizontais para os sistemas de
contraventamento. Os pisos pré-moldados são muito usados em conjunto com
todos os tipos de sistemas construtivos e materiais.

➢ Sistemas para fachadas, consistindo de painéis maciços ou painéis sanduíche,


com ou sem função estrutural. Apresentam-se em todos os tipos de formato e
execuções, desde o simples fechamento até os mais requintados painéis em
concreto arquitetônico para escritórios e fachadas importantes.

25
➢ Sistemas celulares, consistindo de células de concreto pré-moldado e, algumas
vezes, utilizados para blocos de banheiros, cozinhas, garagens, etc. Muitos
destes sistemas podem ser combinados numa mesma edificação. A seguir,
serão apresentadas diretrizes gerais para escolha de sistemas estruturais.

Projeto

Nesse tipo de projeto deve existir certa rigorosidade, devem ser colocados em
questão alguns itens como; produção, transporte, montagem e estados do serviço.
Visando essas necessidades as empresas que disponibilizam o pré-fabricado já
deixam as informações referentes ao projeto e a produção, fazendo com que o
arquiteto, engenheiro ou responsável pela obra fique a par das ações adotadas no
projeto.

Figura 8 – Sistema pré-moldados de concreto

Fonte: (Mapa de Obra, 2016)

26
3.1.2. Light Steel Frame

Conceito

Light Steel Frame é um sistema super industrializado, baseando-se sua base


estrutural em perfis de aço galvanizado, com um enorme controle de qualidade, que
sustentam a carga da edificação proporcionando assim; com a utilização de outros
elementos, o funcionamento perfeito da construção. O nome deste sistema tem
tradução literal como, light que é leve, steel que é aço, que indica o material utilizado
em sua base e frame que é estrutura.

Um dos pontos curiosos desse sistema seria a geração de resíduos, que


comparado a uma obra convencional, é quase zero, muito proveniente da sua
fabricação pré-definida em projeto, deixando de lado imprevistos com peças, como
cortes, assim trazendo para sua realidade o antigo conceito do "Bom, Barato e
Ecologicamente Correto".

Figura 9 – Edificação em light steel frame

Fonte: (Pet Eng Civil UFSC, 2018)

27
Etapas de Construção

Sua construção se baseia praticamente em quatro etapas, que seriam:

➢ Fundação: Utiliza-se em sua fundação o concreto, executando o isolamento


hidrófugo e deixando a parte elétrica e hidráulica pré-estabelecidas.

➢ Painéis Estruturais: A seguir da fundação, os perfis de aço pré-fabricados serão


instalados e parafusados, para assim moldar o perfil da construção.

➢ Lajes e cobertura: Este sistema tem como ideia principal a divisão de esforços
entre os perfis de aço, possuindo a laje neste sentido unidirecional e bi apoiada,
levando a carga para os perfis metálicos e em seguida a fundação.

➢ Detalhamento: Chegamos à parte do revestimento. O externo geralmente feito


com placa cimentícia e o interno, feito com placas de gesso acartonado,
material com elevada resistência ao fogo. Ainda nos deparamos com as
instalações elétricas e hidráulicas, que seguem o padrão antigo de alvenaria,
apesar da facilidade de execução destas, uma vez que passam por dentro dos
painéis, evitando a necessidade de quebrar a alvenaria.

Figura 10 – Aplicação sistema Light steel frame

Fonte: (Pet Eng Civil UFSC, 2018)

28
3.1.3. Tijolo Ecológico

Conceito

Esse sistema surgiu com o intuito de diminuir os danos que um bloco


convencional causa ao meio ambiente. Os tijolos ecológicos mais conhecidos são os
que utilização para sua fabricação o solo, cimento e água, sendo todos misturados de
forma homogênea e compactados por prensas manuais ou hidráulicas. Oposto do
tijolo convencional ele não precisa ser cozido, deixando assim de eliminar a emissão
de gases que prejudicam o meio ambiente. Pela norma, tais tijolos devem possuir no
mínimo, resistência de 2.0 MPA.

Figura 11 – Parede tijolo ecológico

Fonte: (Modular tijolos ecológicos, 2018)

Produção do tijolo

Para sua produção, como já falado acima; será necessária a utilização de: solo,
cimento e água. Assim que unir todos os elementos, eles são triturados, peneirados
para seguir um padrão de granulométrica. Algumas normas determinam as condições
mínimas de resistência, 17 quilos por centímetro quadrado de tijolo, e tolerância
permitida de 3 mm nas três dimensões: comprimento, largura e espessura.
29
Figura 12 – Dimensões tijolo ecológico

Fonte: (Modular tijolos ecológicos, 2018)

Vantagens do sistema:

➢ Construção Limpa: Sua produção ajuda na limpeza da edificação e diminui


resíduos.

➢ Economia: Ajuda na economia dos materiais, sendo assim, comparado a uma


obra convencional, diminui na base de 50% o custo.

➢ Alta Resistência: É quase 6 vezes mais resistente que o convencional.

➢ Isolamento térmico e acústico: Os furos nos tijolos produzem lacunas de ar que


ajudam no isolamento térmico e acústico, assim reduzindo os ruídos externos.

➢ Agilidade na Construção: Construção autoportante, ou seja, os encaixes


ajudam no alinhamento e prumo da parede, reduzindo assim o tempo da
construção em até 30% com relação à alvenaria convencional.

➢ Fácil acabamento: Paredes lisas e sem resquícios, dispensam acabamentos.

➢ Segurança mais eficiente: Ferros colocados como colunas em seus furos,


ajudando a melhorar carga de peso sobre as paredes.

30
➢ Melhor Instalação, Hidráulica e Elétrica: Todas as Instalações já embutidas
em seus furos.

➢ Baixa Utilização de Materiais (Madeiras e Cimento): Na parte do cimento a


economia varia em até 80%, da madeira de até 100%.

Contras:

➢ Mão de Obra Qualificada: O tijolo ecológico exige um pedreiro qualificado,


com conhecimento básico da técnica.

➢ Absorve Umidade: Ótimo para climas secos, mas em climas muito úmidos
não é muito recomendado, necessitando de uma atenção maior em
impermeabilização.

➢ Contra imprevistos: Tem restrições quanto a reformas e futuros novos.

➢ Maior Espessura: Diminuindo a área útil dos cômodos.

Figura 13 – Aplicação de junta tijolo ecológico

Fonte: (Modular tijolos ecológicos, 2018)

31
3.1.4. Blocos de Encaixe

SICA, Sistema Inteligente de Construção Avançada, é uma empresa que surgiu


da necessidade de pequenas, médias e grandes empresas em diminuir custo,
aumentar a produtividade e melhorar a qualidade das obras. Está voltada na
realização de novos projetos e surgiu da necessidade de pequenos investidores e
empreendedores em aumentar o sucesso nos negócios. Com o crescimento do
mercado de pré-fabricados, está concentrado nesta nova tendência e desenvolvendo
o sistema de alvenaria pré-fabricada autoportante.

O sistema construtivo é feito através de blocos estruturais que se encaixam uns


aos outros numa fácil aplicação, formando paredes alinhadas e aprumadas
proporcionando uma parede segura e de excelente qualidade, gerando assim uma
economia total em sua obra, o mesmo foi testado e aprovado, resistiu aos esforços
transversais, longitudinais e de torção, que uma construção erguida
convencionalmente deve resistir.

Tecnologia e controle

A produção dos blocos de concreto para alvenaria, em geral, obedece a NBR


6136 – blocos vazados simples para alvenaria - requisitos. Entre os parâmetros
tecnológicos, são produzidos a partir de misturas de concreto, com diversas
granulometrias. Devido seu processo altamente industrializado, nos dias de hoje,
geralmente são fabricados com dimensões modulares e apresentam baixa variação
dimensional. Essa variação na dimensão dos blocos tem tolerância de até 2,0 mm
para a largura e 3,0 mm tanto para o comprimento como também na altura do bloco,
na espessura das paredes essa tolerância é de 1,0mm. Essa tecnologia pode propiciar
economia na aplicação dos revestimentos, tanto interno quanto externo, devido
melhor planicidade de sua superfície.

Na Figura 14 é apresentado o sistema modular em desenvolvimento de


produção nacional, sendo:

1. Bloco Modular com sistema de encaixe tipo rabo de andorinha macho e fêmea
para amarrações verticais preenchidas/não preenchidas com cola PVA.

32
2. ½ Bloco Modular de meia altura para finalização de amarração das fiadas verticais
e horizontais da modulação.

3. Bloco “L” ou de canto para interseção esquadro da parede.

4. Bloco “T” bloco intermediário para o cruzamento das paredes.

5. Bloco “Expansivo” para complementar a parede quando a mesma estiver fora da


modulação.

6. Bloco Canaleta para execução de cintas horizontais e vergas das portas e janelas.

Figura 14 – Blocos de encaixe Sistema SICA

Fonte: (Sica Blocos, 2018)

33
4. COMPONENTES PROJETO ALVENARIA ESTRUTURAL
4.1. Modulação

O módulo, palavra com origem em Latim (modulu), significa medida reguladora,


ou “quantidade que se toma como unidade de qualquer medida” (Ferreira, 1999).

A modulação emprega o planejamento de unidade modular, ou seja, a maneira


ao qual o material será utilizado afim de garantir a racionalização e o índice efetivo de
produtividade. A unidade modular é definida de acordo com as medidas dos blocos,
podendo assim ser múltiplas uma da outra ou não. Quando as medidas não são
múltiplas, a divisão da modulação é quebrada, sendo assim necessário o uso de
blocos compensadores.

(Ribeiro, 2010) define que a modulação e a família de blocos escolhidas


definirão as dimensões das paredes, visto que se deve evitar a quebra de blocos e
uso de blocos especiais compensadores, priorizando a amarração direta. Desta
maneira é garantida uma construção racionalizada e otimizada utilizando o sistema
em alvenaria estrutural.

A importância da modulação é fundamental nos projetos arquitetônicos em que


são utilizadas a alvenaria estrutural, caso contrário, economia e racionalização
estarão comprometidos.

A produção da construção civil, como toda cadeia de produção, visa o maior


lucro em menor tempo, aumentando sempre sua produtividade, e sempre de acordo
com as normas vigentes. Desta maneira, busca a racionalização da construção, ou
seja, a otimização do processo construtivo conforme define (Franco, 1996). Para tal,
é desejável que seja feita uma produção em massa de insumos, de forma padronizada
e com controle de qualidade, reduzindo, assim, os custos finais. É interessante
também que se tenha no processo baixo nível de perdas de materiais. Sendo assim,
a modulação é uma alternativa para suprir essas necessidades de mercado.

34
4.1.1. Modulação dos blocos de encaixe

A modulação para este sistema construtivo é a base dimensional, à mesma


utilizadas em edifícios de alvenaria estrutural convencional. Ela deve ser
dimensionada levando em consideração as medidas baseadas no padrão dos blocos
de encaixe.

A coordenação modular só pode ser alcançada se os blocos e demais


elementos forem padronizados, se houver arranjo adequado das juntas, se os projetos
arquitetônicos, estruturais e de instalações forem compatibilizados. Outro fator
importante para a fase de execução é a definição de medidas eficazes para garantir
as juntas com as tolerâncias (Tagliaboa, 2007).

A amarração deste sistema se dá por meio de pilares e cintas armados no


interior da própria alvenaria e preenchido com graute, o que garante a estabilidade da
edificação. Desta forma, não há necessidade da utilização de escoramentos, sendo
apenas necessário escoramento e apoios para as lajes.

4.2. Amarração paredes

As paredes de alvenaria devem obedecer a um sistema de amarração, para


que assim possam trabalhar em conjunto uma com a outra. A amarração das paredes
está totalmente ligada ao desempenho estrutural da alvenaria e devem ser analisadas
em projeto.

A amarração entre as paredes adquire uma importância fundamental para que


se aproveite plenamente a capacidade estrutural destes elementos (Franco, 1992).

Para (Ramalho & Corrêa, 2003), a amarração das paredes é efetuada de


acordo com a modulação do projeto.

A amarração direta é realizada de forma a se obter o intertravamento das


paredes, sendo executada com a sobreposição dos blocos de uma parede na outra,
de modo que exista um encadeamento alternado entre as fiadas.

35
O intertravamento da amarração indireta se dá através de armaduras colocadas
nas juntas de argamassa, esse tipo de amarração não possui a intercalação de blocos
entre as paredes.

(Rauber, 2005) Afirma que através de uma adequada amarração das paredes,
a alvenaria estrutural terá um bom desempenho e atenderá plenamente suas funções,
e ressalta a importância de serem analisadas e apresentadas em projetos, contudo,
devendo se priorizar a amarração direta.

No lançamento das fiadas é preciso ter cuidado e evitar juntas a prumo que
seriam os locais onde não existem blocos se cruzando, causando assim possíveis
fissuras verticais na parede acabada (Parsekian & Soares, 2010).

Figura 15 – Amarração direta e indireta.

Fonte: (Tauil & Nese, 2010)

4.2.1. Amarração blocos de encaixe

Segundo Eng. Luís Claudio criador desta nova tecnologia, os blocos de encaixe
seguem uma amarração diferenciada quando comparado à alvenaria estrutural e
convencional, adotando o sistema de amarração invertido e a prumo. Neste tipo de
amarração, diferente do tradicional a amarração fica embutida por dentro da parede,
através dos encaixes tipo rabo de andorinha (macho e fêmea).

36
Figura 16 - Amarração blocos de encaixe.

A amarração desse sistema é interna, ou seja, nos encaixes. Os blocos modular e ½


bloco modular são intercalados, a diferença de altura dos blocos e os encaixes
existentes em suas extremidades, garantem amarração e travamento no sentido
vertical e horizontal.

4.3. Graute

O graute é um concreto fluido composto por agregados de pequena dimensão,


é utilizado na alvenaria estrutural afim de preencher espaços vazios dos blocos de
concreto. Esse preenchimento eleva a área liquida do bloco, aumentando
caracteristicamente a resistência da parede.

Segundo (Ramalho & Corrêa, 2003), a função do graute é propiciar o aumento


da área da seção transversal das unidades ou promover a solidarização dos blocos
com eventuais armaduras posicionadas nos seus vazios. Dessa forma pode-se
aumentar a capacidade portante da alvenaria à compressão ou permitir que as
armaduras colocadas combatam tensões de tração que a alvenaria por si só não teria
condições de resistir.

37
Figura 17 - Utilização de graute na alvenaria estrutural.

Fonte: (Tauil & Nese, 2010)

A (NBR 10837, 2000) cita os tipos de alvenaria estrutural e aponta aquelas que
recebem o preenchimento com graute:

a) Alvenaria estrutural não armada de blocos vazados de concreto

Constitui de uma edificação em que os blocos vazados de concreto são


assentados com argamassa, e que engloba reforços metálicos em cintas,
vergas, contravergas, na amarração entre paredes e nas juntas horizontais afim
de evitar fissuras, não fazendo uso do graute.

b) Alvenaria estrutural armada de blocos vazados de concreto

Constitui de uma edificação em que os blocos vazados de concreto são


assentados com argamassa, e que em certos pontos os espaços vazios são
preenchidos com graute envolvendo barras e fios de aço, afim de garantir a
estabilidade da obra, além daquelas armaduras com finalidade construtiva ou
de amarração.

c) Estrutura de alvenaria parcialmente armada de blocos vazados de concreto

38
Constitui de uma edificação ao qual algumas paredes são construídas, segundo
as recomendações da alvenaria armada, com blocos vazados de concreto, que
contem armaduras em alguns espaços preenchidas por graute, afim de suportar os
esforços calculados, além daquelas armaduras com finalidade construtiva ou de
amarração, sendo as paredes restantes consideradas não armadas.

A NBR 10837, define que o graute deve ter sua resistência característica maior ou
igual a duas vezes a resistência característica do bloco. Essa recomendação é fácil
de ser entendida quando se recorda que a resistência característica do bloco é referida
à área bruta e que o índice de vazios para os blocos é usualmente de 50%. Na
verdade, seria mais claro se a norma mencionasse que a resistência do graute deve
ser no mínimo a mesma do bloco em relação à área líquida (Ramalho & Corrêa, 2003).

4.4. Argamassa de assentamento

A argamassa de assentamento tem as seguintes funções: unir os blocos, vedar


o conjunto para prevenir a entrada de água e vento nas edificações, compensar
imperfeições, distribuir cargas e absorver deformações na alvenaria convencional
estrutural, Bedin (2002).

(Plummer, 1962) faz uma comparação com o concreto para definir


enfaticamente a função da argamassa de assentamento: “Os ingredientes principais
das argamassas de alvenaria e do concreto são equivalentes e, por esta razão, a
teoria que tem prevalecido nas últimas décadas é a de que os materiais e métodos
que produzem concretos resistentes e duráveis são aplicáveis a argamassa de
alvenaria. Ensaios de laboratório, bem como o comportamento de estruturas de
alvenaria indicam que, em muitos casos, isto não é verdade. Tal concepção errônea
é evidente se se considerar que o concreto por si próprio é um material estrutural,
enquanto a argamassa é empregada para unir componentes estruturais entre si, e,
portanto, age como adesivo e selante. Por esta razão, a função primaria de uma
argamassa de alvenaria é desenvolver uma completa, resistente e durável aderência
entre as unidades da alvenaria”.

39
4.4.1. Comportamento mecânico da argamassa de assentamento

(Sabbatini, 1984) A resistência requerida para uma argamassa a ser


empregada na alvenaria estrutural irá variar com a resistência a compressão dos
blocos. No entanto, como foi destacado por inúmeros pesquisadores, dentre eles
Andrews (1950): “A resistência intermediaria não é muito influenciada pela resistência
da argamassa como frequentemente se supõe”.

(Davison, 1974) esclarece que: “talvez por causa da confusão entre concreto
e argamassas de assentamento a importância da resistência à compressão tem sido
muito enfatizada. Resistencia de aderência é mais importante, bem como boa
trabalhabilidade e retenção de água...” ou ainda, de (Klein, 1967) “...A Execução
habilidosa da alvenaria tem muito maior importância (que a resistência à compressão
da argamassa).

É de (Rosello, 1976) a consideração de que: “As medidas diretas da resistência


da argamassa não são validas para conhecer a qualidade da obra...”

Os motivos para ainda hoje se ensaiar à resistência à compressão de cubos e


cilindros de argamassa empregados na alvenaria estrutural são que: o ensaio permite
um controle estatístico da qualidade da argamassa em si e justifica-se também porque
a resistência a compressão reflete o grau de hidratação das argamassas (que tem
influência em outras caraterísticas de desempenho, por exemplo: durabilidade da
própria argamassa).

Diversos estudos mostram que as resistências da argamassa de assentamento


podem variar entre 70 e 100% da resistência do bloco. De modo pratico: um bloco
com resistência de 10,0Mpa pode e deve ser assentado com argamassa com
resistência entre 7,0 e 10Mpa, atendendo esta relação estaremos dentro dos padrões
estabelecidos. Caso o valor seja diferente (superior a esses), pode-se acontecer o
efeito contrário. Em vez de aumentar a resistência da alvenaria com o aumento da
resistência da argamassa, será obtido exatamente valor contrário, reduzindo na
resistência final.

40
4.4.2. Espessura da junta da argamassa

De acordo com a (NBR 10837, 2000) - Cálculo de alvenaria estrutural de blocos


vazados de concreto, a junta horizontal entre blocos deve ser igual a 1cm ou estudos
que justifiquem tecnicamente a utilização de outro valor que pode ser igual a 0cm,
assim como no caso dos blocos de encaixe, por exemplo. Porém, em um estudo
realizado por (Sahlin, 1995), quando se utiliza espessura da argamassa 0,3 cm acima
do que estipulado por norma, existe uma redução de 15% na resistência da parede,
isto porque, quando se aumenta a espessura da argamassa reduz o confinamento,
tornando “frágil” em relação à ruptura.

4.5. Propriedades mecânicas da alvenaria

Na análise do comportamento mecânico das paredes resistentes, a propriedade


primordial é a capacidade resistente da parede a ação de cargas atuantes de
compressão ou simplificadamente resistência à compressão. A par desta, outras
propriedades são igualmente vitais para o desempenho estrutural da parede: a
resistência a ação de cargas que tendem a flexioná-la e a cisalha-la, ou resistência à
flexão e ao cisalhamento (respectivamente) e a resistência à tração da qual estas
últimas são diretamente dependentes.

Os blocos de concreto são classificados pela NBR 6136 “Blocos Vazados de


Concreto Simples para Alvenaria Estrutural” em classe A e B.

O bloco de classe A aplica-se a alvenarias externas sem revestimento devendo


o bloco possuir resistência característica à compressão maior do que 6 MPa, além de
sua capacidade de vedação.

O bloco de classe B aplica-se a alvenarias internas ou externas com


revestimento devendo possuir resistência característica à compressão de no mínimo
4,5 MPa.

A determinação das propriedades mecânicas de um bloco de concreto segue


prescrições da NBR 7184 “Blocos vazados de concreto simples para alvenaria –
Determinação da resistência à compressão”.

41
As maiores empresas fabricam blocos que apresentam uma média de
resistência à compressão de 12 à 15 MPa podendo atingir até 20 MPa.

4.5.1. Comportamento mecânico da alvenaria

Segundo (Hendry, 1981), na alvenaria estrutural os elementos paredes são


primariamente submetidos à compressão, é natural que haja uma concentração de
pesquisas sobre o comportamento destas quando submetidas a este tipo de
carregamento.

Para melhor poder avaliar a capacidade resistente da alvenaria, é necessário


conhecer-se o seu mecanismo de ruptura na compressão e identificar as principais
variáveis que a afetam (Sabbatini, 1984).

(Sabbatini, 1984) destaca importantes fatores na capacidade resistente da


alvenaria à compressão:

i. Resistencia da unidade de alvenaria;


ii. Resistencia da junta de argamassa;1
iii. Resistencia de aderência do conjunto. Por conseguinte: sucção inicial
dos elementos; retenção de água de argamassa; qualidade de mão de
obra; condições de cura.
iv. Caraterísticas reológicas da unidade e da junta de argamassa;
v. Espessura e disposição das juntas (amarração);
vi. Formato, dimensões, existência de vazios e tolerâncias dimensionais
das unidades de alvenaria.

42
5. PATOLOGIAS NA ALVENARIA ESTRUTURAL

Entre as manifestações patológicas mais frequentes como, fissuração,


penetração, descolamento de revestimento, entre outras a fissuração é a mais
frequente.

Segundo (Sampaio, 2010) isso ocorre, pois, as matérias-primas utilizadas na


fabricação de blocos e tijolos, assim como a argamassa são materiais frágeis de baixa
resistência à tração. Como a alvenaria é um conjunto de unidades, ela apresenta
essas mesmas características. A resistência a tração nas interfaces entre as unidades
e a argamassa é baixa, podendo causar à separação da mesma.

Fissuras podem ser causadas por determinados fatores, como: baixo


desempenho às solicitações de tração, flexão e cisalhamento apresentado pelos
elementos da alvenaria, retração, também pelas diferenças entre propriedades
(resistência mecânica, módulo de deformação, coeficiente de Poisson, dilatação
térmica, etc.) dos materiais constituintes, recalques de fundação, etc. (Sampaio, 2010)

Classificando as fissuras por espaçamento, largura, e a época de ocorrência em


relação à execução descobrindo suas origens podem ajudar a identificação e definir
um tratamento especifico.

Segundo, (Cheema, 1986) rupturas tanto alvenaria grauteada ou não grauteada


ocorrem pelos fatores:

• Fendilhação sob a lateral do bloco: acontece quando a resistência à tração do


bloco é inferior a especificada, trazendo seu rompimento;
• Esmagamento da argamassa: acontece quando a resistência à compressão
da argamassa é inferior a especificada, ocasionando seu esmagamento;
• Esmagamento do bloco: acontece quando a resistência à compressão do
bloco é inferior a especificada, ocasionando esmagamento;
• Fendilhaçao da argamassa: acontece quando a resistência à tração da
argamassa é inferior a especificada;

43
• Esmagamento do graute: acontece quando a resistência à compressão do
graute é inferior a especificada.

As fissuras se desenvolvem nas direções horizontal, diagonal, vertical ou uma


combinação destas.

Figura 18 - Configurações básicas por fissuras em alvenaria

Fonte: (Holanda, 2002)

Figura 19 - Ruptura retilínea e escalonada

Fonte: (Oliveira, 2001)


44
5.1. Classificando fissuras quanto às causas
As fissuras se manifestam pela perda de desempenho, seguidas por fatores
como:

5.1.1. Carregamento por excesso de compressão

Figura 20 - caderno técnico de alvenaria estrutural

Fonte: (Bauer, 2002)

A atuação de carregamento excessivo , pode produzir o fissuramento


decomponentes de concreto sem que isto implique, necessariamente, ruptura do
componente ou instabilidade da estrutura: a ocorrência de fissuras num determinados
componente estrutural produz uma redistribuição de tensões ao longo do componente
fissurado e mesmo nos componentes vizinhos, de maneira que a solicitação externa
geralmente acaba sendo absorvida de forma globalizada pela estrutura ou parte dela
(Thomaz, 2001).

45
Figura 21 - Esmagamento localizados

Fonte: (Bauer, 2002)

Esses esmagamentos podem produzir rupturas nos componentes da parede


de alvenaria ou lajes, assim trazendo fissuras inclinadas na região da aplicação da
carga.

Figura 22 - Fissuras em alvenaria por carga concentrada

Fonte: (Thomaz, 2001)

Mesmo não ocorrendo com frequência, esse tipo de fissura acontece pelo
achatamento da argamassa das juntas de assentamento, trazendo fissuras
horizontais (Sampaio, 2010).

Devido aos esforços de flexão lateral por uma excessiva deformação de lajes
ancoradas em paredes podem surgir fissuras nas proximidades da base da laje,
conforme a Figura 23.

46
Figura 23 - Fissuras causadas deformação da laje

Fonte: (Oliveira, 2001)

Em paredes com espaçamentos de janelas e portas, ocorre concentração de


tensões em volta dos vãos. Assim é frequente o aparecimento de fissuras nos vértices
das aberturas e no peitoril das janelas.

Figura 24 - Fissuras devido a concentração de tensões no contorno dos vãos

Fonte: (Bauer, 2002)

5.1.2. Retração

Segundo (Scartezini, 2002), a retração é um fenômeno que afeta os materiais


com base cimentícia, em estado plástico, têm uma redução de seu volume.

47
Figura 25 - Fissuras por retração de lajes

Fonte: (Bauer, 2002)

De acordo com (Sampaio, 2010) o efeito da retração, quando não tratado


corretamente, é uma das principais causas de fissuras em edifícios, incluídos os de
alvenaria estrutural.

Figura 26 - Fissuras mapeadas

Fonte: (Thomaz, 2001)

48
6. ESTUDO DE CASO

Este trabalho teve por finalidade o estudo de caso referente à obra de ampliação de
uma habitação situada na cidade de São Paulo.

Figura 27 - Mapa da localização da obra

Fonte: Google Maps

A ampliação consistiu na construção de um pavimento superior com blocos


estruturais de encaixe, sobre a estrutura convencional de alvenaria e concreto armado
já existente.

Figura 28 - Fachada da obra

49
6.1. Etapas da execução da obra:

O telhado da cobertura existente foi retirado e a laje mantida. Em seguida foi


feita a regularização nas linhas sob as futuras paredes, para que estas tivessem
garantidos o prumo e nível corretos.

Figura 29 – Regularização piso / nivelamento

A primeira fiada é montada após tiradas as linhas de prumo, os blocos modular


e 1/2 bloco modular são intercalados, a diferença de altura dos blocos e os encaixes
existentes em suas extremidades, garantem amarração e travamento no sentido
vertical e horizontal.

As fiadas seguintes (2ª a 4ª), são executadas com bloco modular inteiro. Na
quinta fiada é intercalada com bloco 1/2 modular e inteiro.

Figura 30 - Primeira fiada

50
Figura 31 - Fiadas Bloco de encaixe

Conforme visto na ilustração 32 a sexta fiada os blocos canaleta são


grauteados com 1 (uma) barra de aço (vergalhão) CA-50 10mm (3/8”). Isso garante o
desempenho estrutural, ou seja, distribuição de cargas uniforme e estabilidade da
estrutura.

Figura 32 - Graute / Bloco canaleta e barra de aço horizontal

As barras verticais vista na ilustração 33 são grauteadas a cada 1,20m, criando


assim pilares dentro dos blocos fazendo amarração com a s barras horizontais
existentes nas canaletas (viga), a fim de garantir maior estabilidade da estrutura,
utiliza-se barras (vergalhões) de aço CA-50 10mm (3/8”).
51
Figura 33 - Graute/Bloco canaleta e barras de aço verticais

As paredes internas vista na figura 34, nascem através dos blocos


intermediário, onde à amarração é garantida pelos encaixes entre blocos.

Figura 34 - Paredes internas

Os blocos de canto têm a função de um pilar armado com graute fazendo


amarração com as canaletas também armada e grauteada. Garantindo a estabilidade
dos módulos interligados, conforme figura 35 abaixo.

52
Figura 35 - Bloco de canto

Os eletrodutos e instalações hidráulicas são instaladas no interior do bloco


desde as primeiras fiadas, sem a necessidade de quebras, uma vez que, já foram
considerados na elaboração do projeto.

Figura 36 - Eletrodutos e instalações hidráulicas

O bloco expansivo visto na ilustração 37 é utilizado para a modulação nos


projetos de estruturas já existentes, as dimensões das paredes a construir ficam
condicionadas ao projeto anterior.

53
Figura 37 - Bloco expansivo

Os vãos de portas e janelas são executados com verga e contra-verga


utilizando-se o bloco tipo canaleta grauteados com 1 (uma) barra de aço CA-50 10mm
(3/8’).

Figura 38 - Vão da janela

Para a sétima fiada, é feita a montagem dos blocos sendo meio bloco e bloco
inteiro, como se estivesse executando a parede do início.

54
Figura 39 - Fiadas posterior à 6ª fiada

A última fiada (respaldo), assim como na sexta fiada, é executada com bloco
tipo canaleta grauteada com 1 (uma) barra de aço CA-50 10mm (3/8’), para amarração
da estrutura, onde é executada a laje sobre a mesma.

Figura 40 - Fiada de respaldo laje

O revestimento externo foi executado diretamente no bloco com uma camada


de massa acrílica (grafiato) na parte externa, aplicada com sarrafo para regularizar
eventuais imperfeições. Internamente, para acabamento foi aplicado gesso
diretamente no bloco.

55
Figura 41 - Revestimento com grafiato (externo) e gesso (interno)

6.2. Ensaio dos blocos estruturais de encaixe e convencional

Para uma melhor análise do sistema construtivo e seu comparativo, foram feitos
ensaios de resistência à compressão dos blocos estruturais de encaixe e
convencional, seguindo a norma brasileira vigente que determina o método a ser
executado.

Os ensaios de resistência à compressão dos blocos foram realizados em um dos


mais conceituados laboratórios da cidade de São Paulo, pertencente a empresa
Falcão Bauer, com adaptação da norma da ABNT, NBR 12118/2013, por não existir
norma específica para o bloco estrutural de encaixe.

6.2.1. Analise dimensional


A análise dimensional, conforme norma, é a verificação das dimensões dos
corpos de prova, como largura, comprimento, altura, espessura das paredes e
dimensões dos furos.

Bloco estrutural de encaixe, dimensões (mm):

56
Figura 42 - Imagem gerada em software 3D e dimensões

Figura 43 – Imagem criada em software e dimensões

Bloco estrutural convencional, dimensões (mm):

Figura 44 - Imagem gerada em software 3D e dimensões

57
Figura 45 - Imagem criada em software e dimensões

Conforme análise dimensional, medidas médias dos corpos de prova de ambos


os tipos de bloco, observa-se que possuem características bem próximas,
diferenciando-se tão somente quanto ao fato da existência dos encaixes próprios do
sistema autoportante. Conforme análise dimensional, medidas médias dos corpos de
prova de ambos os tipos de bloco, observa-se que possuem características bem
próximas, diferenciando-se tão somente quanto ao fato da existência dos encaixes
próprios do sistema autoportante.

Tabela 1 - Tabela de pesos e dimensões dos corpos de prova

Na tabela 1 estão demonstradas as dimensões (largura x comprimento x


altura), peso em Kg, espessura mínima das paredes longitudinais e transversais e
dimensões dos furos longitudinais e transversais, em milímetros.

Conforme NBR 12118, para cada dimensão do corpo de prova, devem ser
realizadas pelo menos três determinações em pontos distintos na face de maior
espessura das paredes do bloco.

58
Ainda conforme a mesma norma, tem-se como resultado, a espessura
equivalente mínima, tomada medida da face de menor espessura da parede. A
espessura mínima das paredes deve ser a média das medidas tomadas no ponto mais
estreito. As leituras são expressas em milímetros por metro, onde no caso, pode
observar-se medidas próximas de ambos os blocos.

Gráfico 1 - Peso dos blocos

Com os resultados obtidos na pesagem dos corpos de prova na tabela acima,


nota-se o maior peso do bloco de encaixe comparado ao convencional.

A média de peso do bloco de encaixe foi de 13,98 Kg e a média do peso do


bloco convencional foi de 10,89 kg, ou seja, uma diferença de 28%. Diferença essa
considerável, haja vista que o peso superior do bloco autoportante não deve ser
desprezado.

6.2.2. Ensaio de resistência à compressão alvenaria


Os ensaios realizados tiveram como objetivo obter dados de resistência à
compressão para comparação entre os sistemas construtivos de alvenaria estrutural
com blocos convencionais e blocos de encaixe, ambos de concreto. Os corpos de
prova da alvenaria foram escolhidos aletoriamente diretamente da fábrica.

59
Figura 46 - Estoque fábrica de blocos estruturais

As confecções dos corpos de prova em prismas foram realizadas pelos autores,


sendo eles: oco e cheios.

Figura 47 - Confecção prisma bloco estrutural

Por não possuir junta de argamassa em seu sistema construtivo, os prismas


com blocos de encaixe foram sobrepostos com cola do tipo PVA, afim de garantir sua
estabilidade na prensa no processo de ensaio a compressão, conforme Figura 48.

60
Figura 48 - Bloco de encaixe sobreposto com cola PVA

Os ensaios de resistência foram realizados com prensa hidráulica, utilizando-


se placas de aço para apoio dos corpos de prova, os tipos de ensaios foram de:
unidade da alvenaria, prisma cheio e oco.

Em relação a quantidade de corpos de prova, foram utilizados três corpos de


prova para os três tipos de ensaio, exceto o ensaio de prisma cheio, que por imprevisto
e queda de um dos corpos de prova foi desconsiderado, utilizando assim dois corpos
de prova.

A norma brasileira 12118, exige que para cada tipo de ensaio supracitado deve
haver o total de seis corpos de prova, porém para base comparativa utilizamos apenas
três corpos de prova.

61
6.2.3. Ensaio de resistência à compressão dos blocos ocos estruturais de
encaixe e convencional

Tabela 2 - Resultados dos ensaios de resistência à compressão de bloco oco

Na tabela 2, tem-se os resultados dos ensaios de resistência à compressão dos


blocos, ou seja, as cargas máximas em newtons (N) a as áreas brutas dos blocos,
bem como suas dimensões. Com o resultado da área bruta e a carga máxima, obtém-
se a resistência à compressão em megapascal (Mpa). Nota-se que o bloco
convencional é mais resistente com média de 6,01 Mpa, para o bloco de encaixe a
média de 4,68 Mpa, portanto indicando uma diferença de 22%.
Gráfico 2 - Carga aplicada nos blocos

Conforme resultados da tabela 2, para uma melhor leitura, o gráfico 2 mostra a


carga em newtons (N) suportada pelos corpos de prova. A média de carga do bloco

62
de encaixe foi de 255267 N e a média de carga suportada pelo bloco convencional foi
de 328261 N, portanto maior capacidade de carga do bloco estrutural convencional.

Gráfico 3 - Carga de resistência máxima por bloco

Ainda conforme tabela 2, o gráfico 3 mostra os resultados da resistência à


compressão em megapascal (Mpa) de cada corpo de prova ensaiado do bloco
estrutural de encaixe bem como do bloco estrutural convencional.

6.2.4. Ensaio de resistência à compressão dos blocos em prismas ocos

Tabela 3 - Resultados dos ensaios de resistência à compressão de bloco em prisma oco

Na tabela 3, tem-se os resultados dos ensaios de resistência à compressão dos


blocos em prismas ocos, ou seja, as cargas máximas em newtons (N) a as áreas
brutas dos blocos, bem como suas dimensões. Com o resultado da área bruta e a
carga máxima, obtém-se a resistência à compressão em megapascal (Mpa). Nota-se
63
que o bloco convencional é mais resistente com média de 3,43 Mpa, para o bloco de
encaixe a média de 2,87 Mpa, portanto indicando uma diferença de 16%.

Gráfico 4 – Carga aplicada em prisma oco

Conforme resultados da tabela 3, para uma melhor leitura, o gráfico 4 mostra a


carga em newtons (N) suportada pelos corpos de prova. A média de carga do bloco
de encaixe em prisma oco foi de 156874 N e a média de carga suportada pelo bloco
convencional foi de 187274 N, portanto maior capacidade de carga do bloco estrutural
convencional.
Gráfico 5 - Carga de resistência máxima em prisma oco

64
Ainda conforme tabela 3, o gráfico 5 mostra os resultados da resistência à
compressão em megapascal (Mpa) de cada corpo de prova ensaiado do bloco
estrutural de encaixe bem como do bloco estrutural convencional.

6.2.5. Ensaio de resistência à compressão dos blocos em prismas cheios

Tabela 4 - Resultados dos ensaios de resistência à compressão de bloco em prisma cheio

Na tabela 4, tem-se os resultados dos ensaios de resistência à compressão dos


blocos em prismas cheios, ou seja, as cargas máximas em newtons (N) a as áreas
brutas dos blocos, bem como suas dimensões. Com o resultado da área bruta e a
carga máxima, obtém-se a resistência à compressão em megapascal (Mpa). Nota-se
que o bloco de encaixe se mostrou mais resistente com média de 7,68 Mpa, para o
bloco convencional com média de 5,55 Mpa, portanto indicando uma diferença de
17%.

Gráfico 6 – Carga aplicada em prisma cheio

Conforme resultados da tabela 4, para uma melhor leitura, o gráfico 6 mostra a


carga em newtons (N) suportada pelos corpos de prova. A média de carga do bloco
de encaixe em prisma cheio foi de 419430 N e a média de carga suportada pelo bloco

65
convencional foi de 302927 N, portanto maior capacidade de carga do bloco estrutural
de encaixe.

Gráfico 7 - Carga de resistência máxima em prisma cheio

Ainda conforme tabela 4, o gráfico 7 mostra os resultados da resistência à


compressão em megapascal (Mpa) de cada corpo de prova ensaiado do bloco
estrutural de encaixe bem como do bloco estrutural convencional.

6.3. Comparativo entre os sistemas construtivos

Resistência

Nos ensaios de resistência à compressão de ambos os blocos, realizado junto


a empresa Falcão Bauer, (ensaio de resistência à compressão de bloco oco simples),
os resultados foram próximos, demonstrando similaridade de resistência entre os
sistemas, porém houve diferença de peso, sendo maior em 28% do bloco estrutural
de encaixe. Nos ensaios de prismas, o bloco convencional se mostrou mais resistente

66
ao prisma oco em relação ao bloco de encaixe, e ao prisma cheio corroboraram a
resistência do sistema construtivo de bloco estrutural de encaixe.

Tempo de execução em alvenaria

Conforme autores, sobre a execução de uma obra com bloco estrutural


convencional Tauil e Nese (2010), Corrêa Neto (2011), são vários fatores que
interferem na produtividade de uma parede quando não se faz o uso do ajudante do
pedreiro, são eles: paredes curtas, onde se faz a necessidade de cortes de blocos,
parada para produção de material ligante, blocos maiores e com espessuras também
maiores, preenchimento de juntas verticais, horizontais, interfere diretamente na
produtividade.
Em acompanhamento a obra com bloco de encaixe, foi constatado que um dos
fatores mais importantes é o tempo de execução. Como parâmetro de comparação,
foi feita a medição do tempo para levantar uma parede de 5 metros lineares com 9
fiadas ao tempo de uma hora e trinta minutos, sendo o tempo médio por fiada de 10
minutos, sendo realizada somente com uma pessoa (pedreiro) sem o uso do ajudante.

Argamassa

As funções da argamassa são: unir os blocos, vedar o conjunto para prevenir a


entrada de água e vento nas edificações, compensar imperfeições, distribuir cargas e
absorver deformações na alvenaria convencional estrutural, Bedin (2002).
Na alvenaria convencional conforme Bedin (2002), um adesivo que une os
blocos, servindo para transferir esforços entre eles, Sabbatini (2003), a principal
função da argamassa é acomodar pequenas deformações do conjunto, o que torna a
resistência uma característica secundária.
No sistema com blocos de encaixe, não se faz o uso de argamassa entre as
fiadas, somente na primeira fiada que é a fixação do bloco ao pavimento. Nas demais
fiadas, o uso do bloco autoportante se dá pela fixação ou encaixe entre os mesmos,
uma vez da existência da respectiva família de blocos, há para cada necessidade um

67
modelo que atende uma determinada função estrutural, fazendo a amarração da
estrutura garantindo sua estabilidade.

Geração de resíduos

Conforme (Tauil & Nese, 2010) para execução da alvenaria estrutural


convencional é necessário o uso de argamassa para assentamento dos blocos,
preenchimento de juntas verticais e horizontais. A preparação da argamassa deve ser
preparada em um argamassadeira, afirma ainda que o pedreiro não deve nunca usar
a argamassa ressecada e caída no piso (ilustração 55). Portanto há uma considerável
geração de resíduos nestes procedimentos, uma vez que parte do material ligante
perde-se no processo de assentamento dos blocos, por material caído no piso, bem
como na preparação, porque o material na argamassadeira não é totalmente
aproveitado, por questão de tempo de uso do material, que deve ser usado em até 2
horas, gerando resíduos, (ilustração 55)

Gráfico 8 - Desperdício de Argamassa

Fonte: (Tauil & Nese, 2010)

Ainda segundo (Tauil & Nese, 2010), no caso de um vão amodulado, deve-se
usar o compensador para preenchimento do vão, cortes de blocos para acerto de
modulação são um dos fatores que causam a geração de resíduos.

Muitas vezes na falta do compensador para completar a modulação da parede


por exemplo, o pedreiro faz-se o uso do corte de um bloco inteiro para usar como

68
compensador e muitas vezes fazendo-se com este procedimento, gerando resíduos,
pois à outra parte do bloco perde-se.
No bloco de encaixe segundo o Engenheiro Luiz Claudio Tagliaboa que
desenvolveu o sistema com blocos de encaixe, o compensador é o bloco expansivo
que faz parte da família dos blocos. Com isso neste sistema tido como
contemporâneo, a geração de resíduos é mitigada ao máximo, não sendo necessário
cortes de blocos para completar a modulação das paredes, fazendo-se com isso uma
obra mais limpa e organizada.
Para o caso da argamassa, está somente se faz necessário na primeira fiada
que seria para a fixação dos blocos iniciais da modulação. Com isso este sistema
contemporâneo, além de reduzir o uso de materiais considerados escassos, traz ainda
economia ao desenvolvimento do empreendimento.

69
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para uma boa execução nos dois tipos de sistemas construtivos são
dependentes de uma série de fatores, sendo eles que partem da concepção dos
projetos até às etapas da construção propriamente ditas.

Deve-se atentar aos detalhes construtivos que muitas vezes são negligenciados
pela falta de informação e ou conhecimento, gerando diversas patologias, retrabalhos
e desperdícios, fatores indesejados em toda e qualquer obra.

É um fator primordial que a mão de obra seja treinada, qualificada e consciente


da responsabilidade envolvida na execução da alvenaria, tendo em vista os tipos de
usos que terá o empreendimento.

Outro fator ainda, seria o acompanhamento em todos os processos da obra por


um profissional tecnicamente qualificado.

Considerando estes fatores, é possível obter obras com melhores qualidades


executivas, onde a engenharia possa ser exercida em sua plenitude técnica e
consequente responsabilidade civil sobre os serviços executados.

Baseado em nossos estudos entre os dois sistemas construtivos é possível


concluir que o sistema de blocos de encaixe tem algumas características que diferem
do sistema estrutural convencional, que seria a diminuição no uso de materiais que
possivelmente num futuro próximo tornarão escassos, é o caso da cal, cimento, areia
e água.

Nos ensaios realizados em um laboratório de renome no mercado, Falcão Bauer,


através do método de compressão axial em gravidade negativa na prensa hidráulica,
onde foram realizados seis ensaios, sendo três com blocos estrutural convencional e
três com blocos estruturais de encaixe.

- Bloco de encaixe 4,68 Mpa

- Bloco convencional 6,01 Mpa

70
Os resultados de resistência se adequam ao utilizado em alvenaria estrutural e
atendem ao nicho de mercado pesquisado.

Já o ensaio de prisma oco teve resultado médio satisfatório, tanto no sistema


com blocos de encaixe como no convencional, assim atendendo o requisito mínimo
do nicho de mercado que nosso estudo foi baseado.

71
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve como objeto o estudo sobre as características construtivas
de um sistema de alvenaria estrutural que a princípio seria mais racional ou eficiente.

Para tanto foram analisados três parâmetros: material construtivo, tempo de


execução e resistência à compressão. Por meio do estudo de caso no qual foi
acompanhada a execução do modelo construtivo sistema de alvenaria estrutural de
encaixe para levantamento do tempo de execução da obra bem como o uso de
materiais. No caso maior atenção se fez quanto a não utilização de argamassa para
assentamento dos blocos autoportantes, característica essa inerente a este tipo de
bloco.

O ensaio de resistência à compressão do bloco simples oco realizado em


ambos os sistemas construtivos serviu de base para o comparativo da forma estrutural
da unidade dos sistemas, ou seja, o bloco.

O ensaio de resistência à compressão em prismas, ou seja, os blocos


encaixados formando prisma de dois blocos, foi realizado para analisar o arranjo
construtivo da alvenaria estrutural de encaixe e sua formação estrutural.

Parâmetros esses que levantados pelo estudo de caso (acompanhamento de


obra e ensaio de resistência) da alvenaria autoportante, serviram de base, e no caso
da alvenaria estrutural convencional, com o uso de literatura farta e amplos estudos
de variados autores na área já existentes a respeito do sistema, para o comparativo
entre o sistema dito como inovador e o convencional há muito já consolidado.

Para um estudo mais aprofundado seria recomendável o levantamento de mais


parâmetros, tais como o custo, um estudo específico, para uma melhor compreensão
sobre o sistema construtivo, o que embasaria em conclusões mais precisas.

Sugere-se ensaios mais aprofundados de resistência à compressão, como


ensaio de graute, ensaio da argamassa de assentamento (no caso utilizado no
sistema de alvenaria estrutural convencional), mais quantidades de prismas e unidade
de alvenaria, assim obtendo um conjunto mais preciso para comparação de
resultados.

72
Por fim sugere-se também o estudo de eventuais patologias que venham a
surgir no sistema, qual o comportamento da estrutura em relação a trincas e fissuras
tendo em vista que a mesma não utiliza argamassa ligante.

73
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

Acker, A. V. (11 de 2002). Fonte: Manual de Sistemas Pré-Fabricados de concreto:


http://apoiodidatico.iau.usp.br/projeto3/2013/manual_prefabricadospdf

Bauer, R. J. (2002). Caderno técnico alvenaria estrutural.

Camacho, J. S. (1995). Alvenaria estrutural não armada - parâmetros básicos a


serem considerados no projeto dos elementos resistentes. Porto Alegre.

Cavalheiro, O. P. (2006). Cálculo em alvenaria estrutural com blocos cerãmicos.


Santa Maria: UFSM.

Cheema, O. P. (1986). Compressive strength of concrete masonry prisms.

Davison, J. I. (1974). Masonry Mortar. Ottawa, National Research of Canada:


Canadian Building Digest.

Ferreira. (1999). Novo Aurélio do século XX: o dicionario da língua portuguesa. Rio:
Nova Fronteira.

Franco. (1987). O desempenho do elemento parede de alvenaria empregado na


alvenaria estrutural não armada, quando submetida a esforços de
compressão. São Paulo: Escola Politécnica USP, Dissertação de Mestrado.

Franco. (1992). Aplicação de diretrizes de racionalização construtiva para a evolução


tecnológica dos processos construtivos em alvenaria estrutural não armada.
São Paulo: Tese (Doutorado). Escola Politécnica de São Paulo.

Franco. (1996). Racionalização construtiva, inovação tecnológicas e pesquisa. . São


Paulo: Curso de Formação em Mutirão EPUSP.

Hendry, A. W. (1981). Structural Brickwork. London: The MacMillan Press.

Holanda, J. O. (2002). Influência de recalques em edifícios de alvenaria estrutural.


São Carlos: Tese (Doutorado) - Escola de Engenharia de São Carlos,
Universidade de São Paulo.

Klein, A. (1967). Multi-Storey Flat Buildings in Calcium Silicate Bricks and Blocks,
and the Testing of wall Panels and of Bricks, Blocks and Mortar for Calculated
Masonry. London.

Mapa de Obra. (15 de 04 de 2016). Diferenças entre pré moldados e pré-fabricados


de concreto. Acesso em 30 de 10 de 2018, disponível em
https://www.mapadaobra.com.br

Modular tijolos ecológicos. (2018). Acesso em 20 de 10 de 2018, disponível em


http://modulartijolos.blogspot.com/
74
Mohamad, G. (2015). Construções em Alvenaria Estrutural - Mareriais, projeto e
desenho. São Paulo: Blucher.

NBR 10837. (2000). Cálculo de alvenaria estrutural deblocos vazados de concreto.

Oliveira, F. L. (2001). Reabilitação de paredes de alvenaria pela aplicação de


revestimentos resistentes de argamassa armada. São Carlos: Universidade
São Carlos.

Parsekian, G. A., & Soares, M. M. (2010). Alvenaria estrutural em blocos cerâmicos-


projeto, execução e controle. 1. ed São Paulo: O nome da Rosa.

Pet Eng Civil UFSC. (2018). Acesso em 25 de 10 de 2018, disponível em


http://pet.ecv.ufsc.br/

Plummer, H. C. (1962). Brick and Tile Engineering. Brick Institute America.

Ramalho, M. A., & Corrêa, M. R. (2003). Projeto de edifícios d e alvenaria estrutural.


São Paulo: Pini.

Rauber, F. C. (2005). Contribuições ao projeto arquitetônico de edifícios em


alvenaria estrutural. Santa Maria, RS, Brasil: Universidade Federal de Santa
Maria, Dissertação de Mestrado.

Revel, M. (1983). Construção industrializada. São Paulo: Insituto de pesquisa


tecnológicas. Fonte: http://www.set.eesc.usp.br

Ribeiro, M. S. (2010). Orientações para projetos de arquitetônicos: Funcionamento


estrutural e particularidades do sistema da alvenaria estrutural. Belo
Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais Programa de pós
graduação em engenharia de estruturas - Dissertação de Mestrado.

Rosello, M. V. (1976). Morteros de Cemento para Albañileria. Madri: Instituto


Eduardo Torroja.

Sabbatini, F. H. (1984). O processo construtivo de edifícios de alvenaria estrutural


sílico-calcária. São Paulo: Escola Politécnica da USP, Dissertação Mestre de
Engenharia.

Sahlin, S. (1995). Associação Brasileira de Normas Técnicas 2014. Disponível em


http://apoioerevisao.blogspot.com.br/2014/01/normas-abnt-paratrabalhos-
academicos.html.

Sampaio, M. B. (2010). Fissuras em edifcios residenciis em alvenaria estrutural. São


Carlos: Escola de Engenharia de São Carlos (Tese mestrado).

Scartezini, L. M. (2002). Influência do tipo e preparo do substrato na aderência dos.


Goiana: Universidade Federal de Goiás.

75
Sica Blocos. (2018). Acesso em 25 de 08 de 2018, disponível em
www.sicablocos.com.br

Só História. (2009-2018). sohistoria.com.br. Acesso em 22 de 09 de 2018, disponível


em https://www.sohistoria.com.br/ef2/roma/p7.php

Tagliaboa, L. C. (2007). Sistema de Alvenaria Autoportante com Blocos de encaixe.


São Paulo: Tese de Mestrado.

Tauil, C. A., & Nese, F. J. (2010). Alvenaria Estrutural - Metodologia de projeto,


detalhes, mão de obra, normas e ensaios. São Paulo: Pini.

Thomaz, É. (2001). Trincas em edificios - causas, prevenção e recuperação. São


Paulo: Pini.

Wikipédia. (2018). pt.wikipedia.org.

76

Vous aimerez peut-être aussi