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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA

DEPARTAMENTO DE ARTES
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CCH
FRANCISCA DE OLIVEIRA DA CONCEIÇÃO
PRÁTICA DE ILUMINAÇÃO E SONOPLASTIA

Ficha para os Grupos

a) Luz solar: Luz natural com o rebatedor (espelho)


“A luz solar clareava a plateia e o palco ao mesmo tempo. Ora batia nas
arquibancadas onde ficava o público, ora deslocava-se em direção ao palco; ao
meio-dia projetava uma luz a pino; depois ia diminuindo até o entardecer”.
(CAMARGO, 2000, p.13)

Tipo de fonte: fonte primária de luz natural

Contextualização:

Por muitos séculos, o teatro foi realizado à luz do sol, sem necessidade
de iluminação artificial. O espetáculo começava de manhã, percorria o dia todo
e despedia-se quando o solo ia embora. Era como se uma luz natural
governasse a cena lá do alto, de uma grande distância. Quando chegava o final
de tarde, essa luz se recolhia e o espetáculo cessava. Mas por pouco tempo,
pois algumas horas depois ela regressava. Uma luz superior que projetava seus
raios em todas as direções e refletia nas superfícies, volumes e cores.
Certo dia, entretanto, o teatro recolheu-se dentro de casa e passou a
viver sob a escuridão, fechado entre quadro paredes, debaixo de um teto e sem
janelas. A partir desse momento, foi preciso reinventar a luz. Encontrar outra
que substituísse usados em plena do dia, mas para designar “noite” e
“escuridão”.
Para captar a luz e transportá-la para áreas especificas do palco,
utilizavam-se escudos de madeira revestidos por lâminas de mica reflexiva,
distribuindo por diversos pontos da platéia. Tais artefatos espalhados
permitiam captar a luz e transportá-la até o palco, produzindo sombras
enormes, causando uma ilusão de maior grandeza das personagens.
O drama pré-cristo, encenado à luz dos céus da Grecia, atinge seu auge
no século V.C. As peças eram desenvolvidas com base nos ritmos diários da luz
solar e encenadas em espaços cuidadosamente calculados e situados, visando a
obter a máxima vantagem da luz natural.
Características: Energia renovável, abundante, não emite gases poluente para a
atmosfera, útil. Às vezes pálida, nevoenta, translúcida, outras vezes, magnífica
e absoluta. Transmite uma claridade divina, sideral, cósmica. Projeta raios em
todas as direções e reflete sob a superfícies com sombras e cores.

Localização (angulação do Sol e do rebatedor1): Luz lateral ao lado esquerdo


do rosto da atriz com o rebatedor (espelho) com o ângulo de 45°

Imagem 01: luz solar com rebatedor

Foto: Carlos Eduardo

b) Vela de cera: vela de cera com suporte de garrafa de vidro


“Quando o teatro se fechou dentro de uma sala, no século XVI, o primeiro
problema que surgiu foi o da visibilidade. Era preciso substituir a luz solar, que
até então havia servido de fonte básica de luz, por um artifício que clareasse o
palco e permitisse que as coisas sobre ele pudessem ser vistas. Surgiu a
necessidade de uma iluminação que atuasse, antes de mais nada, como
iluminante, como sucedâneo da luz natural. Sem ele, o teatro fechado não
poderia existir.” (CAMARGO, 2000, p. 15)

Tipo de fonte: luminosa

Contextualização:
A vela de cera, invenção dos fenícios (cerca de 300 anos a. c) foi por
muito tempo o único iluminante dos teatros.
As novidades pavios enrolados, com mechas únicas ou paralelas,
pretendia não só melhorar a intensidade e o brilho da luz, como reduzir a
quantidade de fumaça, o gotejamento e o odor que as velas produziam, além
de trazer mais segurança e economia de material combustível.

1
Utiliza-se espelho, placa de isopor com papel laminado entre outros rebatedores caseiros.
Do século XVII até meados do século XVIII, a utilização de óleo da baleia
como material combustível representava segurança, facilidade de uso com
ajustamento ocasional de pavio e pouca produção de fumaça.
As velas requeriam muito trabalho. Era preciso aproveitar p máximo o
material combustível, à base de cera ou sebo, zelando pela sua economia e
pela qualidade da luz produzida. Nos teatros, havia encarregados que
chegavam a entrar no palco durante a cena para cuidar da manutenção das
velas, aparando os pavios com tesouras especificas, com o cuidado de não
apagarem-nas e terem de reiniciar todo o processo novamente.
A iluminação à base de velas não saía barato em razão da constante
necessidade de manutenção.

Características: luz instável, oscilante, impossível de ser controlada, com boa


qualidade de luz produzida no palco, e às vezes ofereciam uma luz mais
eficiente que as lâmpadas de óleo e as tochas.

Localização e distribuição das luminárias: lateral de ambos os lados na altura


da cabeça com ângulo de 30° e 2 ribalta de 45° em cada lateral.

Imagem 02: vela de cera

Foto: Francisca Oliveira

c) Lampiões/ Lamparinas: lamparina ou lâmpada de óleo (querosene)


“Em 1783, Ami Argand cria um tipo de lampião a óleo (os lampiões Argand), de
efeito menos bruxeleante e luminosidade mais intensa que as velas”
(CAMARGO, 2000, p. 16)

Tipo de fonte: luminosa


Contextualização:
A lâmpada Argand (lamparina ou lâmpada de óleo), desenvolvida por
volta de 1784, era capaz de produzir um brilho equivalente a uma dúzia de
velas. A fonte de combustível agora estava bem fechada em metal, e um
tubo de metal ajustável era usado para controlar a intensidade da queima
de combustível e a intensidade da luz.
Na mesma época, pequenas chaminés de vidro foram adicionadas às
lâmpadas para proteger a chama e controlar o fluxo de ar para a
chama. Ami Argand, um químico suíço, é considerado o primeiro a
desenvolver o princípio de usar uma lâmpada de óleo com um pavio
circular oco cercado por uma chaminé de vidro em 1784.
Combustíveis de iluminação precoce consistiam em azeite, cera de
abelha, óleo de peixe, óleo de baleia, óleo de gergelim, óleo de nozes e
substâncias similares. Estes foram os combustíveis mais utilizados até o
final do século XVIII. No entanto, os antigos chineses coletavam gás natural
em peles que eram usadas para iluminação.
Em 1859, iniciou-se a perfuração de petróleo e a lâmpada de
querosene (derivado de petróleo) tornou-se popular, introduzida pela
primeira vez em 1853 na Alemanha. Lâmpadas de carvão e gás natural
também estavam se tornando difundidas.

Características: lamparina ou lâmpada de óleo (querosene), cujo inconveniente


era queimar muito combustível, produzir calor e excesso de fuligem com odor
desagradável. Produzia uma luminosidade instável, difícil de controlar, sem
direcionamento, foco, extinção gradativa.

Localização e distribuição das luminárias (ribalta, lateral, fundo, vertical):


Lamparina lateral direito da atriz com o ângulo de 10° e esquerdo de quem está
segurando a lamparina.

Imagem 03: uso da lamparina

Foto: Carlos Eduardo


d) Luz elétrica: refletor LED

“Em 1879, a descoberta da lâmpada de incandescência Edison, de filamento de


carbono, permite uma generalização do emprego da eletricidade como meio de
iluminação cênica” (BABLET apud CAMARGO, p. 19)

Tipo de fonte: energia gerada a partir de fontes alternativas/artificial

Contextualização:
A eletricidade tomou definitivamente o lugar dos meios combustíveis,
manufaturados e artesanais de produção de luz. A iluminação elétrica chegava
aos palcos acompanhada de uma mudança historicamente importante: o
obscurecimento da platéia. A sala no escuro traz um envolvimento maior do
espectador com a cena, reforçando a idéia de ilusão. A ribalta abre uma
fronteira entre o drama e o espectador, reforçando a ação restritiva do quadro
cênico e contribuindo para o seu afastamento.
Com a platéia totalmente no escuro, a iluminação cênica adquire outro
sentido e, evidentemente, mais importância sobre o espetáculo. A partir de
então, surge uma separação nítida entre palco e platéia, permitindo o
surgimento de uma nova percepção tanto da luz quanto da cena.
A luz elétrica veio resolver definitivamente o problema da visibilidade,
sobretudo nos teatros fechados, iniciando uma nova etapa marcada por
interminável aprimoramento técnico.
A antiga preocupação em ocultar as fontes de luz foi rapidamente
resolvida com os refletores instalados em varas internas e externas, sancas e
torres laterais. Equipamentos dotados de lentes permitiam projeções de
diversos ângulos por trás das bambolinas e de pontos instalados fora do
alcance dos olhos.

Características: produzindo um efeito mais uniforme e constante, três vezes


mais brilhante, além de inodora e mais segura. A produziu não só a luz, mas
calor e força para movimentar máquinas. Uma luz intensa, procedente de
vários ângulos, revelava a tridimensionalidade dos corpos, comunicando uma
realidade mais viva que os antigos telões. A intensidade da luz destacava a
presença do ator, revelava detalhes do cenário, mostrava as superfícies, as
texturas, os volumes, diferenciando as áreas claras e escuras das coisas. A luz
inaugurava uma nova leitura do espaço, atenta às três dimensões, à
diversidade de ângulos e ao poder concentrador ou distanciador.

Localização e distribuição das luminárias (ribalta, lateral, fundo, vertical):


ribalta com refletor de LED de cor vermelha
Imagem 04: refletor de LED

Foto: Carlos Eduardo

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