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7 – DADOS ESTATÍSTICOS SOBRE O SUICÍDIO

As mortes causadas por suicídio como também as tentativas de suicídio têm


deixado o mundo em alerta, sendo considerado um grave problema de saúde pública.
Segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS, cerca de 800.000 pessoas
comentem suicídio todos os anos e muitas outras já tentaram cometê-lo. Isso significa
que a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio.

De acordo com a OMS as mortes por suicídio representam 57% do total de


mortes ao ano, isso significa que as causas das mortes por suicídio já são maiores
que as causadas pelas guerras e pelos homicídios. Ainda segundo o órgão, em 2016
79% das mortes ocorreram em países que tem renda média ou baixa. É também a
segunda principal causa de morte na faixa etária dos 15 aos 29 anos. Os métodos
mais utilizados são envenenamento por pesticidas, seguido de enforcamento e o uso
de armas de fogo.

Em 2008, a OMS lançou o Plano de Ação para a Saúde Mental 2013-2020, com
o objetivo de realizar ações conjuntas com os países membros, tendo como principal
objetivo reduzir as taxas de suicídio nesses países em 10% até o ano de 2020. O
Brasil é um dos países assinou o acordo e se comprometeu a desenvolver programas
de prevenção e acompanhar o número anual de mortes por suicídio.

O Ministério da Saúde divulgou em 2018, aproveitando a campanha do


Setembro Amarelo – que é o mês dedicado a conscientização e prevenção do suicídio,
dados sobre as tentativas e os óbitos por suicídio que ocorreram no país. Os dados
apresentados foram coletados do Sistema de Informações Sobre Mortalidade – SIM,
que teve registrado entre os anos de 2007 a 2016 o total de 106.374 mortes por
suicídio no Brasil. Esses números são impressionantes, contudo, ainda não
correspondem à realidade, porque os casos são subnotificados pelas famílias, que
muitas vezes não o fazem por vergonha e por desconhecimento do assunto. Muitos
outros motivos são responsáveis por essa subnotificação dos casos, porém segundo
Silva (2009, p.27), existem dois que podem ser citados como os principais “ o primeiro
consistiria na imprecisão das informações sobre o tipo de morte violenta e o segundo
seria explicado pelo comportamento da família da vítima, muitas vezes tentando
confundir e esconder o ato”. Diante dessa afirmação, podemos perceber a importância
das campanhas como o Setembro Amarelo e de órgãos como o Centro de Valorização
da Vida – CVV.

Segundo o Ministério da Saúde, tendo como fonte os dados do SIM (2017), em


média, cerca de 11 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos no Brasil. Dentre
os óbitos que são notificados no sistema, as lesões autoprovocadas voluntariamente,
como é classificado o suicídio, é a quarta maior causa entre as pessoas com idades
entre 15 e 29 anos, sendo nos homens a terceira maior causa e entre as mulheres a
oitava maior causa. Foi somente com a sanção da lei 12.461 de 26/07/2011, que as
notificações dos casos de suicídios passaram a ser obrigatórias. A partir dessa
obrigatoriedade podemos verificar que houve um aumento da taxa de mortalidade por
suicídio todos os anos compreendidos entre o período de 2011 a 2016.

Região/ Ano 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Total

Sudeste 3.900 4.002 3.959 4.283 4.323 4.249 24.716

Nordeste 2.297 2.336 2.494 2.393 2.540 2.722 14.782

Sul 2.156 2.357 2.356 2.319 2.494 2.602 14.293

Centro-Oeste 807 932 956 950 940 1034 5.619

Norte 692 694 759 708 881 826 4.560

Total Geral 9.852 10.321 10.533 10.653 11.178 11.433 63.970

Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM

O Ministério da Saúde destaca que entre os anos de 2011 a 2016 foram


registradas 48.204 tentativas de suicídio, onde as mulheres representam 69% desse
total e os homens 31%. Ainda segundo os dados, as mulheres são as mais
reincidentes. Nas tentativas de suicídio os meios mais utilizados são: envenenamento
ou intoxicação (57,6%), objeto que perfura ou corta (6,5%), enforcamento (5,8%).

Se por um lado as mulheres são as que mais tentam, por outro os homens são
os que mais morrem por lesões autoprovocadas. Dos 63.970 casos registrados no
SIM, 79% são homens e 21% são de mulheres. O meio que mais foi utilizado é o
enforcamento, equivalente a 62%, seguido de armas de fogo e envenenamento.

Das regiões do Brasil, o Nordeste ocupa o segundo lugar em mortes causadas


por suicídio. Dentro do mesmo período, 2011 a 2016, o Ceará registrou 3.374 casos
de mortes por lesão autoprovocadas, representando uma média de 562 casos por
ano. O maior número de casos ocorreu nas regiões de Fortaleza (909), seguido de
Sobral (267), Caucaia (246) e Maracanaú (201). A tabela abaixo detalha as regiões
em que ocorreram os casos de suicídio, conforme dados relatados no SIM.

Região de Saúde (CIR) Nº Óbitos


23001 1ª Região Fortaleza 909
23011 11ª Região Sobral 267
23002 2ª Região Caucaia 246
23003 3ª Região Maracanaú 201
23013 13ª Região Tianguá 157
23018 18ª Região Iguatú 147
23015 15ª Região Crateús 142
23021 21ª Região Juazeiro Nort 128
23008 8ª Região Quixadá 125
23020 20ª Região Crato 122
23022 22ª Região Cascavel 112
23006 6ª Região Itapipoca 106
23005 5ª Região Canindé 105
23017 17ª Região Icó 95
23009 9ª Região Russas 89
23010 10ª Região Limoeiro Nort 78
23012 12ª Região Acaraú 75
23019 19ª Região Brejo Santo 72
23014 14ª Região Tauá 66
23016 16ª Região Camocim 52
23004 4ª Região Baturité 47
23007 7ª Região Aracati 33
Total: 3374

Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM

Diante de números tão alarmantes várias entidades estão se movimento para


trabalhar junto com a sociedade temas sobre a prevenção do suicídio. Uma dessas
entidades é o Ministério Público Estadual do Ceará, que lançou no dia 20 de março o
projeto Vidas Preservadas, que tem como objetivo firmar parcerias com os municípios
para desenvolver ações voltadas para o tema. O evento contou com a participação do
prefeito de Fortaleza, Roberto Claudio, que assinou o temo que institui um grupo de
trabalho e prevenção do suicídio. Várias são as ações que podem ser realizadas,
sendo de grande importância a atuação do poder público e a conscientização da
comunidade sobre esse tema.

Bibliografia:

Organização Mundial da Saúde. https://www.who.int/es/news-room/fact-


sheets/detail/suicide. Acesso em 27/03/2019.

Presidência da República. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-


2014/2011/Lei/L12461.htm. Acesso em 29/03/219

SILVA, Maria do Carmo Mendonça. Renúncia à Vida Pela Morte Voluntária: O Suicídio
aos olhos da imprensa no Recife dos anos 1950. Recife. 2009 . Disponível em
<https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/7124/1/arquivo3283_1.pdf>.
acessos em 29/03/ 2019.

Fonte:

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