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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
HIGIENE DO TRABALHO I: RISCOS QUÍMICOS

CARLOS AFFONSO GOUVEA DIAS


CARLOS GILMAR NASCIMENTO FURTADO
HENNERSON ANDREY DA SILVA DO CARMO
JHULIANA MARIA COSTA DE SOUZA
RAFAEL LUIS DA COSTA PADILLA
RIKSON SILVA OLIVEIRA

MAPA DE RISCOS QUÍMICOS

BELÉM-PA
2017
CARLOS AFFONSO GOUVEA DIAS
CARLOS GILMAR NASCIMENTO FURTADO
HENNERSON ANDREY DA SILVA DO CARMO
JHULIANA MARIA COSTA DE SOUZA
RAFAEL LUIS DA COSTA PADILLA
RIKSON SILVA OLIVEIRA

MAPA DE RISCOS QUÍMICOS

Trabalho avaliativo da Disciplina Higiene do Trabalho I:


Riscos Químicos, do Curso de Pós-Graduação em
Engenharia de Segurança do Trabalho. Professor:
Edinaldo Cunha.

BELÉM-PA
2017
RESUMO

Os locais de trabalho de um profissional soldador apresentam uma série de fatores de risco. Isto
gera a necessidade de utilização de equipamentos de proteção individual ou coletiva. Mapas de
risco se apresentam como importantes medidas preventivas de acidentes em ambientes de risco.
Nesta perspectiva, a utilização de um mapa de risco é de fundamental importância dentro de
um laboratório que utilizam processos de soldagem, seja este de ensino, pesquisa ou práticas de
uma empresa privada. Deste modo, o presente trabalho tem como objetivo apresentar os
procedimentos adequados para construção de um mapa de risco, demonstrando quais os fatores
de riscos químicos envolvidos no cotidiano do estudante e/ou profissional do LABORATÓRIO
DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS METÁLICOS (LCAM), de modo que este
trabalho possa ser utilizado como material de apoio para outros possam utilizá-lo para elaborar
mapas de risco de seus locais de atuação.

Palavras-chave: Riscos. - Análise e identificação laboratorial. - Mapa de risco.


ABSTRACT

The workplaces of a professional welder present a number of risk factors. This creates the need
to use individual or collective protective equipment. Risk maps are important preventive
measures for accidents in hazardous environments. In this perspective, the use of a risk map is
of fundamental importance within a laboratory that use welding processes, be it teaching,
research or practices of a private company. Thus, the present work aims to present the
appropriate procedures for the construction of a risk map, demonstrating which chemical risk
factors are involved in the daily life of the student and/or professional in the
CHARACTERIZATION LABORATORY OF METAL MATERIALS (CLMM), that this
work can be used as support material for others can use it to draw up risk maps of their places
of action.

Keywords: Risks. - Laboratory analysis and identification. - Risk map.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................6

1.1 OBJETIVOS ..................................................................................................................................7

1.1.1 Objetivo geral ..................................................................................................................................7

1.1.2 Objetivos específicos ......................................................................................................................7

2 METODOLOGIA .........................................................................................................................8

2.1 DIAGNÓSTICO .............................................................................................................................8

2.1.1 Características físicas....................................................................................................................8

2.1.2 Detalhes e das operações usuais .................................................................................................15

2.1.4 Riscos químicos identificados .....................................................................................................20

2.2 MAPA DE RISCO QUÍMICO.............................................................................................................26

3 PROPOSTAS E PARECERES FINAIS ...................................................................................27

3.1 ENGENHEIRO MECÂNICO: CARLOS AFFONSO GOUVEA DIAS......................................27

3.2 ENGENHEIRO CIVIL: CARLOS GILMAR NASCIMENTO FURTADO ................................27

3.3 ENGENHEIRO MECÂNICO: HENNERSON ANDREY DA SILVA DO CARMO .................28

3.4 ARQUITETA: JHULIANA MARIA COSTA DE SOUZA .........................................................29

3.5 ENGENHEIRO MECÂNICO: RAFAEL LUIS DA COSTA PADILLA ....................................29

3.6 ENGENHEIRO MECÂNICO: RIKSON SILVA OLIVEIRA .....................................................30


6

1 INTRODUÇÃO

No presente estudo analisamos os riscos causados por agentes químicos, tais como os
fumos de solda, gases e reagentes químicos que causam consequências negativas a saúde dos
alunos, professores, pesquisadores e trabalhadores em geral que utilizam os laboratórios de
soldagem e de preparação de amostras metalográficas localizados no LABORATÓRIO DE
CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS METÁLICOS (LCAM). Esses agentes químicos são
altamente prejudiciais aos funcionários envolvidos no processo, pois podem causar mal-estar
e sérias doenças do sistema respiratório.
Além dos problemas do ato de soldar, as questões de layout, o fluxo de trabalho, a
jornada de trabalho, o ritmo imposto, as condições de máquinas e equipamentos, a ausência de
equipamentos de exaustão, enfim, os mais diversos problemas existentes foram analisados.
Portanto, o presente trabalho foi dividido basicamente em dois capítulos, sendo que a
primeira parte contempla a metodologia para a elaboração do presente trabalho, assim como a
exposição do diagnóstico dos riscos identificados. Também, na segunda parte, é proposto o
mapa dos riscos químicos elaborado conforme os agentes identificados nos laboratórios
objetos de análise, por fim, na segunda parte, visando possíveis soluções para a mitigação dos
problemas foram sugeridas propostas individuais, de cada integrante da equipe, de acordo com
sua concepção e análise técnica sobre os aspectos levantados.
7

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Este trabalho tem como objetivo geral realizar o levantamento dos riscos existentes nos
ambientes de soldagem e de preparação de amostras metalográficas, localizados no
LABORATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS METÁLICOS (LCAM).

1.1.2 Objetivos específicos

Como objetivos específicos deste trabalho procuram-se:

 Identificar e reconhecer potenciais riscos químicos existentes no ambiente estudado,


localizando-os no setor analisado;
 Elaborar um mapa de risco de acordo com os riscos químicos identificados na etapa de
reconhecimento do ambiente laboratorial de soldagem.
 Propor, caso necessário, equipamentos de proteção, individual e coletiva ou somente
coletiva, com vistas a extinguir, minimizar ou controlar a exposição dos soldadores aos
riscos identificados
8

2 METODOLOGIA

Utilizou-se como ambiente de estudo o setor de soldagem do LABORATÓRIO DE


CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS METÁLICOS (LCAM). A metodologia adotada
consistiu-se em realizar uma visita técnica ao laboratório e através de uma avaliação qualitativa
dos postos, relacionados aos processos de soldagem, levantar os riscos químicos aos quais estão
expostos profissionais e estudantes que ali trabalham, além de identificar os perigos existentes
e em potenciais. Informações também foram levantadas junto aos próprios alunos do laboratório
sejam por meio de observações diretas, indiretas ou entrevista.
Sobre a insalubridade e periculosidade deste ambiente percebeu-se que não houve casos
de afastamento por acidentes, queixas e/ou doenças ocupacionais e isso pode ser detectado por
questionário respondido pelo tutor presente no laboratório.
Contudo, identificamos toda e qualquer possibilidade de risco e em seguida avaliou-se
as potencialidades danosas e chances de ocorrência correlacionada para o âmbito no qual o
trabalhador responsável pelo laboratório está propicio. Logo, observou-se qualitativamente,
segundo a necessidade de determinação exigida para cada fator de risco.
Para a criação do mapa de risco foram utilizados os seguintes materiais: fita métrica,
câmera fotográfica, caderno e lápis. O laboratório foi mapeado com o objetivo de se identificar
os riscos associados a cada setor dentro dele. Na análise utilizou-se de proporção quantitativa
para mensurar a intensidade dos riscos encontrados. Assim, utilizamos de artifícios como as
Normas Regulamentadoras e outras literaturas escritas sobre o tema.

2.1 DIAGNÓSTICO

Através da visita ao laboratório de soldagem e de caracterização dos materiais, os postos


de trabalho puderam ser observados. Os resultados das observações são agora apresentados e
divididos conforme os tópicos a seguir.

2.1.1 Características físicas

Os laboratórios visitados ocupam um espaço físico, localizado no Laboratório de


Engenharia Mecânica - Prof. Sehió Gushi LABEM/FEM/ITEC/UFPA, ambos de pouca
dimensão, principalmente o de preparação de amostras metalográficas. O laboratório de
soldagem do LCAM, onde também são realizadas atividades de aspersão térmica, fundição,
9

laminação e trefilação, consiste basicamente de um compartimento retangular com


aproximadamente 5 metros de largura e 17 metros de comprimento, além do pé direito com por
volta de 6 metros, possui iluminação aceitável, algumas lâmpadas com defeitos, e ventilação
precária. Os equipamentos para atividades de solda estão listados abaixo:

 Duas maquinas para solda MIG/MAG


 Um braço robótico para soldas diversas
 Um maçarico para solda e oxicorte
 Uma máquina para solda TIG
 Uma máquina portátil para solda com eletrodo revestido

Já o laboratório de preparação de amostras metalográficas consiste em uma sala,


aparentemente quadrada, destinada à realização de ensaios metalográficos em materiais, esta
dispõe de boa iluminação e climatização. Os equipamentos listados abaixo estão presentes no
laboratório em questão:

 Uma lixadeira rotativa


 Uma Politriz
 Um aparelho de embutimento de amostras metalográficas a quente
 Dois suportes para pano de polimento
 Duas balanças analíticas de precisão
 Uma capela de exaustão
 Um armário para armazenagem de produtos químicos
 Um armário para armazenagem de EPI’s e recipientes de vidro
 Materiais para armazenagem e manuseio de produtos químicos

As figuras de 1 a 11, abaixo, confirmam basicamente o que foi exposto nos parágrafos
anteriores, principalmente no que tange ao laboratório de sondagem, haja visto que o laboratório
de preparação de amostras metalográficas é muito pequeno e não conseguimos obter um ângulo
para um registro completo do ambiente.
10

Figura 1 - Laboratório de soldagem (Fundos)


.

Figura 2 - Laboratório de soldagem (Entrada), braço robótico e bancada para soldas


diversas
11

Figura 3 - Equipamento portátil de solda a eletrodo revestido

Figura 4 - Equipamento maçarico para solda e oxicorte


12

Figura 5 - Equipamentos para solda MIG-MAG

Figura 6 - Bancada para soldas diversas


13

Figura 8 - Capela de exaustão

Figura 7 - Pia para descarte


14

Figura 9 - Armário para armazenagem de substâncias químicas

Figura 10 - Equipamento para ensaios metalográficos


15

Figura 11 - Armário para armazenagem de recipientes

2.1.2 Detalhes e das operações usuais

Através de diálogos e entrevista no ato da visita técnica aos laboratórios objetos de


análise, foi possível obter informações importantes sobre os detalhes das operações usuais, tais
como a frequência de utilização dos equipamentos nos laboratórios, o número de pessoas que
utilizam os equipamentos, o tempo de trabalho, a sazonalidade, a capacitação dos que utilizam
os equipamentos, além de o conhecimento dos possíveis riscos inerentes as atividades
exercidas. Foi elaborado um checklist para melhor exposição dos resultados, conforme abaixo.
16

 As atividades são sazonais


dependendo de projetos e aulas
práticas
Detalhes das operações usuais  Frequentado por alunos e
pessoas capacitadas
 Cientes dos riscos inerente as
atividades
 3 vezes por semana
Frequência de utilização
 8 h por dia
Número de pessoal envolvido em cada etapa  3 pessoas com revezamento

2.1.3 Equipamentos de proteção individual e coletiva

Quanto à utilização dos equipamentos de proteção individual, pode-se observar que, no


laboratório de soldagem, eram disponibilizados a maioria dos equipamentos de proteção
individual necessários para o desempenho das funções de soldador, conforme checklist abaixo:

SIM NÃO N/APTO


Máscara de solda; X
Avental de raspas de couro; X
Luvas de raspas de couro; X
Calçado de segurança; X
Mangotes e perneiras de raspas de couro; X
Capuz; X
Óculos de segurança; X
Filtro respiratório (PFF-03) referente a proteção contra fumos metálicos; X
Capacete. X

É importante salientar que o laboratório de soldagem não possuía e mantinha arquivado


um bom controle atualizado da retirada dos EPI. Durante todo o período de visita verificou-se
que as pessoas que ali trabalhavam e os transeuntes não estavam utilizando todos os EPI’s
exigidos para a segurança no local, apesar de haver uma placa no local fazendo esta exigência.
17

Figura 12 - Placa informativa de segurança para uso de EPI

Os equipamentos de proteção individuais estavam mantidos e guardados de forma


inadequada em meio a outros materiais, tais como fiações, caixas de papelão, conforme
demonstra a figura 13 a seguir.

Figura 13 - Armário para armazenamento de EPI

No que diz respeito aos equipamentos de proteção coletiva, podemos identificar as


principais características conforme o checklist apresentado abaixo.
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SIM NÃO N/APTO


Área possui sistema de ventilação forçado na atividade solda manual. X
Existe risco de exposição a fumos metálicos a terceiros. X
A proteção coletiva aplicada no equipamento atende na sua totalidade de proteção. X
O sistema de sucção é adequado para captação de fumos metálicos. X
Existe divisórias individuais contra radiações (Biombos) X

Fato preocupante identificado no ambiente do laboratorial de soldagem foi a ineficiência


da exaustão e ventilação forçada, além da natural, fato este que proporciona ao local um calor
excessivo além de grande quantidade de fumos de solda dispersos quando os equipamentos
estão em operação. Apenas um exaustor localizado no final do laboratório tem o papel de
exaurir os fumos, gases, fumaças, dentre outros agentes emitidos de todos os equipamentos,
além disso, esse exaustor acaba por exaurir tais agentes em direção a um corredor de pedestres
localizado logo atrás ao laboratório, transferindo riscos químicos para os transeuntes da
universidade. A ventilação forçada para solda manual era realizada por um ventilador tipo
doméstico, ineficaz para o montante de equipamentos presentes no ambiente.

Figura 14 – Exaustor do laboratório de soldagem


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Figura 15 - Ventilador local

A presença de biombos foi um fato positivo identificado, equipamento de proteção


coletiva de grande importância, pois devido à grande radiação emitida pelos processos de
soldagem uma separação acaba sendo necessária afim de evitar que demais funcionários sejam
prejudicados.

Figura 16 - Biombo
20

Durante a visita no laboratório de preparação de amostras metalográficas pode-se


observar a presença dos EPI’s conforme a figura 17 abaixo.

Figura 17 - Mascara de proteção contra agentes químicos

Não foi possível identificar a presença de luvas ou roupas apropriadas para o manuseio
de produtos químicos. Podemos verificar, também, que a capela de exaustão, equipamento
utilizado para eliminar o risco de inalação dos gases tóxicos produzidos pela reação dos
produtos químicos, possuía exaustão inadequada pois a mesma estava com a chaminé
direcionada para um corredor de pedestres, assim como no caso do exaustor da sala de
soldagem.

2.1.4 Riscos químicos identificados

Segundo bibliografia fornecida, os agentes químicos ao qual o profissional de soldagem


está sujeito é composto por várias composições de sólidos aéreo da solda, incluindo vários
metais, tais como, ferro, manganês, alumínio, cromo, chumbo, níquel, elementos radioativos e
etc., que estão no estado sólido; e óxido de manganês, fluoreto de hidrogênio, óxido de
nitrogênio e outros, que estão no estado gasoso.
Os níveis das exposições ocupacionais de tais agentes dependem de alguns fatores, tais
como:
a) Voltagem e amperagem da corrente elétrica, utilizadas;
b) Composição química das peças soldadas;
c) Composição química dos eletrodos utilizados;
d) Quantidade e velocidade dos eletrodos consumidos;
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e) Ventilação do local diluidora ou exaustora;


f) Tipo do processo de soldagem;
g) Presença de óleos e de outras substâncias nos materiais soldados.

Durante a visita realizada no laboratório de soldagem, não estava havendo processos de


soldagem, portanto torna-se difícil precisar a concentração dos fumos e as partículas presentes
no ambiente, além de que os eletrodos presentes no ambiente laboratorial possuem composição
variável fato que também contribui com a imprecisão para identificar a composição dos
aerodispersóides presentes no local. No entanto, sabemos que os eletrodos mais simples
possuem alma de ferro revestida por um fundente. Os utilizados em soldas MAG e MIG são de
arame contínuo com alma de ferro juntamente com fundente de cobre.
No processo MIG/MAG, conforme bibliografia, fumo é predominantemente oriundo da
evaporação da ponta do eletrodo, metal de adição.
Na tabela 1, abaixo, são apresentados alguns materiais, com respectivos componentes
químicos e limites máximos de tolerância, relacionados com as consequências à saúde,
TLV/TWA (ThresholdLimitValue – Time WeightedAverage) é o termo americano que
expressa o limite de exposição para concentrações máximas de gases tóxicos, referentes a
jornada de trabalho de 8 horas diárias e 40 horas semanais. No Brasil deve ser corrigido para 8
horas diárias e 48 horas semanais. Para verificação de limites máximos da quantidade dos fumos
presente no ambiente, é verificada a partir da quantidade de massa contaminante, em miligrama,
por metro cúbico de ar (mg/m³).

Tabela 1. Componentes químicos presentes no fumo metálico.


22

Em situações que o nível de contaminação do ar exceda limites prescritos no TLV


(ThresholdLimitValue), são necessárias medidas de engenharia para reduzir a contaminação
através de ventilação, exaustão ou aspiração forçada.
O processo de solda a arco elétrico com eletrodo revestido é utilizado no laboratório,
geralmente para aulas práticas a iniciantes no processo de solda, seus possíveis riscos à saúde
causada por exposições durante a soldagem são causados por seu componente principal do fumo
gerado por aço doce, o oxido de ferro.
Os danos causados pela exposição ao fumo de oxido de ferro parecem ser limitados. A
deposição de partícula de oxido de ferro no pulmão causa realmente uma pneumoconiose
benigna conhecida como siderose.
Além dos riscos acima expostos, existe também o potencial de fixar o nitrogênio
atmosférico na forma de oxido de nitrogênio em temperaturas acima de 600º C. Concentrações
não são um problema de soldagem em oficinas abertas, o que não é o caso do laboratório objeto
de estudo.
O processo TIG também é utilizado no laboratório, em alguns projetos, e as
concentrações de fumo de solda gerados através desse processo são mais baixas do que na
soldagem MIG/MAG e com eletrodo revestido. Soldagem TIG produz concentrações de
dióxido de nitrogênio na posição do soldador. O argônio produz maiores concentrações de
dióxido do que o Hélio.
O maçarico identificado no ambiente laboratorial pode gerar fumos metálicos que se
originam do metal, base de enchimento e do fundente, geralmente a concentração de fumo
encontrada nas operações de solda no local depende principalmente do grau de enclausuramento
da área de trabalho e da qualidade da ventilação. Portanto, devido o ambiente do laboratório
não ter uma boa ventilação o risco de danos principal é devido à formação de dióxido de
nitrogênio, as concentrações maiores ocorrem quando o maçarico está queimando e se estar
soldando.
É importante salientar, também, a respeito dos riscos químicos eminentes relacionados
aos gases reservados em cilindros que estão no laboratório, pois em caso de vazamento esses
gases podem intoxicar, asfixiar e principalmente o vazamento de gás combustível pode
aumentar o risco de explosões durante a soldagem e operações correlatas. Os cilindros presentes
possuíam os seguintes gases:

 Gás Oxigênio
 Gás Acetileno
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 Gás Argônio
 Gás Hélio
 Gás Hidrogênio

A figura a seguir demonstra a forma de armazenamento dos cilindros e o estado de


conservação dos mesmos.

Figura 18 - Cilindros de gás

É possível verificar que dois cilindros não estavam devidamente presos conforme os
demais, podendo os mesmos tombarem causando possível vazamento no local. Alguns não
possuíam dispositivo de medição de pressão, manômetro, que também constituí um risco em
caso de pressão excessiva.
No que tange aos riscos químicos identificados no laboratório de preparação de amostras
metalográficas um fato chamou atenção, o estado de conservação do armário utilizado para
reservar as substâncias químicas.
24

Figura 19 - Oxidação nas dobradiças do armário para armazenamento de substâncias químicas

As dobradiças do armário apresentavam-se bastante oxidadas, devido, talvez, a grande


quantidade de produtos químicos ali presentes e armazenados de forma não criteriosa, sem
divisão de ácidos, sais e bases, o que caracteriza um risco para a saúde da pessoa que trabalha
neste local, um agravante, também, é a pequena dimensão da sala para a quantidade de produtos
químicos presentes, conforme listados abaixo.

 Peróxido de hidrogênio
 Álcool Isopropílico
 Álcool Etílico
 Acetona
 Sulfato de Cobre
 Cloreto de Sódio
 Anídrico Crônico CrO3
 Ácido Nítrico
 Ácido Sulfúrico
 Ácido Clorídrico
 Ácido Acético
 Ácido Fosfórico
 Hidróxido de Amônia
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Com relação ao descarte dos produtos químicos, podemos verificar o estado de


conservação e limpeza da pia conforme a figura 7 do presente trabalho.
A pia aparenta certo grau de oxidação possivelmente devido aos rejeitos químicos, além
do que carece de uma melhor organização e limpeza para evitar riscos químicos e biológicos
aos profissionais ou estudantes que ali trabalham.
26

2.2 MAPA DE RISCO QUÍMICO


27

3 PROPOSTAS E PARECERES FINAIS

Diante do exposto, verificamos que o melhor caminho para tratar a problemática exposta
no presente trabalho seria através da utilização de equipamentos de proteção, prioridade para
os coletivos e em último caso as individuais, portanto, cada integrante do grupo ficou
encarregado de elaborar propostas e pareceres para a mitigação dos problemas apresentados,
com foco na solução dos aerodispérsoides oriundos dos equipamentos de soldagem.

3.1 ENGENHEIRO MECÂNICO: CARLOS AFFONSO GOUVEA DIAS

Considerando o laboratório de soldagem um local pouco visitado, comparado com


ambientes onde o exercício da função de soldagem para um ou mais soldadores requer muito
mais tempo, pode-se afirmar que a utilização de EPCs do mesmo é eficiente. Entretanto,
diversos tipos de riscos foram encontrados. A organização do ambiente seria um aspecto a ser
mudado que traria mudanças positivas quanto a diminuição desses riscos, visto que muitos dos
matérias utilizados não estão armazenados em locais devidos, incluindo os próprios EPI.
Ainda tratando do combate aos riscos no laboratório com eficiência, pode-se notar que
a utilização dos EPIs e a própria armazenagem, como dito antes, não é dada a devida
importância.
Por fim, considerando a alta rotatividade de pessoas no laboratório e a pouca
permanência dos mesmos aos riscos que ali existem, é válido o investimento em aquisição de
EPIs, a obrigatoriedade e consciência no uso e também na armazenagem dos mesmos.

3.2 ENGENHEIRO CIVIL: CARLOS GILMAR NASCIMENTO FURTADO

Com base na visita técnica realizada no Laboratório de Caracterização de Materiais


Metálicos (LCAM), pude perceber os seguintes riscos: risco químico; risco de acidente e risco
físico.
Os riscos químicos se apresentam principalmente na forma de fumos metálicos e gases
utilizados durante o processo de soldagem e operações correlatas a função dos soldadores. O
laboratório precisa de um bom sistema de exaustão para resolver o problema dos fumos
metálicos.
28

Os riscos de acidente estavam presentes no LCAM, pois o laboratório não possuía os


seguintes EPI’s: calçado de segurança, óculos de segurança, filtro respiratório (PFF-03)
referente a proteção contra fumos metálicos e capacete. Esse problema pode ser resolvido com
a aquisição desses EPI’s e com a conscientização do uso dos mesmos por parte dos usuários do
laboratório. É preciso destinar um espaço exclusivo para o armazenamento dos EPI’s.
Os riscos físicos encontrados foram ruídos e temperatura.
Diante do exposto, verificamos que o melhor caminho para tratar o assunto, seria dar
ênfase na importância da utilização dos Equipamentos de Proteção Individual e na
conscientização da mudança comportamental do profissional na preservação de sua própria
saúde.

3.3 ENGENHEIRO MECÂNICO: HENNERSON ANDREY DA SILVA DO CARMO

Conforme o presente trabalho, levando-se em conta todos os aspectos e características


expostas nos ambientes visitados, a solução para a extração dos fumos de solda no laboratório
de soldagem torna-se necessária devido a ineficiência do exaustor e a baixa ventilação do
ambiente para o número de equipamentos lá presentes, assim como algumas medidas
preventivas devem ser realizadas no laboratório de caracterização dos materiais, tudo para o
melhor conforto e prevenir doenças a quem utiliza os ambientes para trabalho.
Segundo meu ponto de vista, três soluções seriam viáveis para o laboratório de
soldagem, tais como a instalação de exaustores eólicos no galpão afim de melhorar a
temperatura e ventilação do ambiente, além da instalação e utilização de tocha aspirada ligada
a um eliminador de fumos FE 840/841 Nederman, no braço robótico, haja visto que o mesmo
possuí movimento em varias direções e um exaustor local teria de ser constantemente ajustado
para um bom desempenho, o que levaria mais tempo na realização das atividades. A outra
solução seria a utilização de exaustão localizada através de um braço extrator telescópico ligada
a uma unidade portátil FilterCart, ambos equipamentos Nederman, para serem utilizados na
bancada localizada ao lado do braço robótico, onde ocorrem eventualmente soldagens manuais
com eletrodo revestido, MIG/MIG, TIG, além de arame tubular, todas de forma sazonal,
situações onde este tipo de exaustão trabalha de forma muito eficiente, além de que a escolha
por um equipamento portátil é devido a pouca área do local.
No que tange ao laboratório de caracterização dos metais, ficou evidente que existe a
necessidade de novos armários para a armazenagem dos produtos químicos, sendo armários
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diferentes para sais, ácidos e bases. É necessário, também, uma adequação da capela exaustora
pois a mesma acaba por exaurir os gases das reações em direção a um corredor, devendo este
erro ser corrigido.

3.4 ARQUITETA: JHULIANA MARIA COSTA DE SOUZA

O trabalho no laboratório é realizado por equipes de no máximo quatro pessoas, porém,


normalmente entram apenas três pessoas sendo uma pessoa para realizar o processo de
soldagem e as outras pessoas dão assistência. Cada equipe entra no laboratório duas vezes por
semana e o tempo que ficam lá dentro varia de uma hora à uma hora e meia. Levando em
consideração essas informações, de condição de uso, os EPI’s e EPC’s existentes são suficientes
para a segurança das pessoas que trabalham no LCAM. Além disso, leva-se em consideração
também o espaço físico do laboratório que possui ventilação natural, iluminação natural e um
exaustor.

3.5 ENGENHEIRO MECÂNICO: RAFAEL LUIS DA COSTA PADILLA

Após analise realizada no laboratório temos alguns fatores relevantes que irei realizar
uma pequena síntese dos mais preocupantes. Com relação aos EPI`S, podemos observar que
além de armazenamento inadequado e da inexistência de alguns, não temos como verificar qual
a periodicidade de troca ou substituição dos elementos filtrantes das máscaras e do próprio
ambiente, já que estamos falando de “particulados” que constituem os fumos de solda em
suspensão no ambiente, porém o que me parece mais preocupantes são as más condições de
filtragem e ventilação do ambiente, pois além de expor os próprios estudantes e funcionários
do laboratório também expõem os transeuntes, haja vista que todo “Fumo” gerado no
laboratório é direcionado para um corredor fora do laboratório, fazendo com que as pessoas
fiquem expostas sem nem mesmo saber do que se trata ou fornecendo qualquer aviso de que
aquela área não devia ser transitada.
Portanto, como mitigação dos problemas relacionados aos fumos de solda podemos citar
que é necessário maior observância com relação ao bom funcionamento e conservação dos
EPI’s além de um sistema de exaustão novo, através de exaustores locais na fonte, afim de
retirar o exaustor presente no local, que é ineficiente e acaba por colocar transeuntes em risco.
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3.6 ENGENHEIRO MECÂNICO: RIKSON SILVA OLIVEIRA

Após as análises e avaliações feitas, observo que além de estarem condicionados à


composição do metal e do eletrodo, os riscos vão depender também do processo de soldagem,
da densidade da corrente elétrica, da taxa de deposição do eletrodo, do tempo do arco, da
configuração da alimentação da eletricidade e polaridade. Além destes observamos que o
ambiente de trabalho também define o nível de exposição aos fumos de soldagem e inclui o
tipo e qualidade da ventilação exaustora.
Em nosso caso estudado identificamos a ausência de sistema de exaustão para os fumos
oriundos dos processos de soldagem, porém ao mesmo tempo avaliamos que o ambiente de
trabalho foi admitido como risco médio, pois apesar do ambiente ser comparado a um galpão
notamos um pé direito alto propiciando uma melhor circulação de ar no ambiente.

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