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HISTÓRIA DO 1º DE MAIO E OS MÁRTIRES DE CHICAGO

Amanheceu na barulhenta, fétida e dinâmica Chicago mais um primeiro dia de maio. Naquele
1886, o primeiro dia do quinto mês ficou marcado na história pra sempre. A miséria que acometia a
maioria queria também desfilar onde só se via uma Chicago opulenta. Trabalhadores e trabalhadoras
de todos os cantos da cidade, encheram-se de coragem e afluíram para as vias centrais da cidade até
então trafegadas por carros, estes ainda tracionados por animais, uns com mercadorias e outros com
granfinos.
Ocuparam as vias empunhando faixas e cartazes estampando suas reivindicações, dentre elas
a limitação da jornada diária de trabalho para oito horas, muitos ainda chegavam a trabalhar
dezesseis horas por dia. O governo local, devidamente instruído pelas autoridades nacionais, deu a
ordem para que a polícia reprimisse a pacífica manifestação num pais cujas elites insistiam tratar-se
de uma democracia.
Passaram-se três dias e uma nova manifestação foi empreendida pelos milhares de
insatisfeitos e inquietos trabalhadores, era a Revolta de Haymarket no dia quatro de maio de 1886.
Novamente as autoridades reprimiram dispersando os manifestantes e nesta operação oito lideres
foram presos, dos quais quatro foram executados, o carpinteiro de 23 Ludwig Lingg prefeiriu-se
matar e os outros três condenados à prisão perpétua no país da tão propalada liberdade.
As manifestações a partir de então passaram a ter como objetivo a revisão da pena dos
trabalhadores condenados à prisão perpétua. Um novo julgamento ocorreu em 1888 e nele os três
trabalhadores presos foram considerados inocentes. Em 1893 o governador do Estado de Illinois
acatou a sentença, libertando os três e reconhecendo a inocência dos demais. O Congresso Operário
Internacional, realizado em Paris pela 2ª Internacional, deliberou que o 1º de maio passasse a ser
considerado o dia dos trabalhadores. Trabalhadores do mundo inteiro reconheciam, portanto, o
significado daquela manifestação em Chicago entre o 1º e o quarto dia de maio de 1886.
No ano de 1890, foi fixado o limite de oito horas para os trabalhadores nos EUA.
Curiosamente o dia dos trabalhadores nos EUA, não é comemorado no 1º de maio, ou seja para as
autoridades e elites americanas nada podia ofuscar o seu 04 de julho ou "independence day"
Acima dos interesses da classe trabalhadora, os interesses de uma pátria pretensamente
democrática e de um povo livre. Na pátria da democracia e das liberdades figuram em seu panteão
os nomes de Washington, Jefferson, Lincoln, Roosevelt e Reagan e jamais figurarão os nomes dos
"Mártires de Chicago": Alberto Parsons, George Engel, August Spies e Adolf Fischer, Ludwig
Lingg, Samuel Fielden, Michael Schwab e Oscar Neebey.

http://www.escritaglobal.com.br/2016/05/historia-do-1-de-maio-e-os-martires-de.html

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