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03/10/2018 Estudando: Introdução a Criminologia | Prime Cursos

Atenção: Esse curso é de autoria da Prime Cursos do Brasil LTDA (registro número 978-85-5906-046-1 BN)
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Estudando: Introdução a Criminologia

Causas Institucionais de Criminalidade

CAUSAS INSTITUCIONAIS DE CRIMINALIDADE

1- Polícia

A Polícia é um órgão vitalmente necessário à manutenção da ordem, à obediência às leis, à segurança civil, à
permanência do Estado. Sua tarefa mais relevante é a prevenção do crime, sua característica deve ser a
vigilância constante. Todavia, pode a Polícia, através de maus elementos que venham integrar seus quadros,
favorecer a prática de crime, por via de ações delituosas individuais e até coletivas de seus membros (abuso
de poder, violência arbitrária, condescendência criminosa, corrupção passiva, peculato, concussão, etc). A
Polícia até pode pactuar com o crime (acobertando criminosos ou operando junto com eles; participando dos
lucros da jogatina proibida; protegendo e cobrando “taxas” de motéis, hotéis, casas de massagem e locais
onde se explora a prostituição; conluiando-se com narcotraficantes e seqüestradores e deles auferindo
numerários etc.).}

2- Justiça

Afigura-se verdadeiro paradoxo supor que a Justiça pode favorecer o crime. Nada mais certo, entretanto, e
pelas seguintes razões: os ricos podem contratar qualquer advogado; a demora no julgamento importa num
contato maior, dentro da prisão, de criminosos e não–criminosos, por vezes resultando na perversão destes;
os delinqüentes recebem tratamento diferenciado por força de suas posses e a prisão, inclusive, parece não
comportar infratores de terno, colarinho e gravata.

A Justiça, não sendo urgente, deixa de ser justa, pois posterga direitos e procrastina obrigações. A Justiça
deve ater-se, sempre, ao império da lei e da ordem constitucional vigente, ou seja, à Constituição.

Infelizmente, em alguns países, a estrutura do judiciário é, inquestionavelmente, arcaica, ensejando, por via
de conseqüência, a que não se tenha uma justiça efetivamente eficiente, até porque essa eficiência talvez não
corresponda aos desejos dos estamentos sociais mais privilegiados e por isso, muitas vezes, ela deixa de
atender os mais lídimos interesses das camadas sociais menos favorecidas, quando não passa ao largo de
direitos individuais, que de forma alguma, poderiam ser postergados ou procrastinados, sendo, neste último
caso, uma Justiça injusta, porque não se faz urgente.

O Judiciário perde a sua legitimidade, pois deixa de cumprir a vontade do povo, do qual emana todo o poder,
inviabilizando, assim, o bem estar social. Vale mencionar, também, a existência de leis que absolutamente
não são cumpridas, que representam “letra morta”, que parecem inexistirem. Trata-se de “anomia” encontrada
em zonas periféricas e não-periféricas de cidades com São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, onde armas
são portadas irregularmente e mercadorias contrabandeadas são adquiridas em estabelecimentos com
registro comercial. O mesmo se diga, relativamente, à exploração desenfreada de jogos de azar (corridas de
cavalos, jogo do bicho, loterias esportivas, bingos beneficentes, etc.) e aos anúncios, dissimulados ou não,
favorecedores da prostituição, inseridos em jornais de larga circulação.

3- Prisão

A forma de cumprimento da pena na maioria das prisões, dadas as particularidades que as cercam, não
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contribuem, de maneira alguma, para a reeducação ou recuperação do preso. Apenas servem para que novos
crimes sejam ali aprendidos, planejados para o futuro e arquitetados. A cadeia, então, ao invés de instrumento
de custódia para recuperação de presos, passa a ser verdadeira escola de graduação e, não raro, pós-
graduação, para o cometimento de toda espécie de delituosidade.

Inúmeras prisões, na quase totalidade dos estados brasileiros, estão, por assim dizes, formando mestres e
doutores em crimes.

Todos os governantes até aqui passados sabem que o sistema prisional brasileiro está em falência absoluta,
mas pouco ou nada fazem para solucionar o problema. Milhares de mandados de prisão não são cumpridos
por falta de ter onde colocar aqueles contra quem pesam esses mandados.

A conclusão a que se chega é de lógica irretorquível: esse tipo de clausura funciona como fator de
reincidência criminal, contribuindo vigorosamente para o aumento da criminalidade

4- Raça

Estatísticas realizadas nos Estados Unidos, comparando a criminalidade entre as raças negra e branca, dão
como resultado um delinqüencial bastante alarmante em relação aos negros, apresentados como muito mais
criminosos que os brancos. Assim, com referência a delitos violentos, a proporção é de 7 negros por 1 branco;
no alusivo aos crimes contra a propriedade, a proporção é de 3 ou 4 por 1; já com relação à fraude e
falsificações, as cifras entre eles se equivalem; no que se refere a crimes sexuais, a proporção é de 3 negros
por 1 branco.

Não seria o caso de se relacionar esse quadro estatístico com os aspectos da discriminação, preconceito
racial sofrido pelo negro, e também com as condições econômicas e sociais vividas por ele? Certamente que
sim.

A causa da existência de um maior número de criminosos negros deve ser procurada na sua miséria, na falta
de educação e no tratamento, geralmente violento, que lhes dispensa a Polícia.

No Brasil, onde crimes praticados por negros e mulatos são bem maiores do que os imputados aos brancos,
provavelmente também não é pelo problema racial e, sim, pelas mesmas razões apontadas com relação aos
negros nos Estados Unidos.

E quem é tão cego a ponto de não enxergar, que os negros e mulatos brasileiros vivem em condições
econômicas, sociais e de educação, acentuadamente inferiores aos brancos.

5- Sexo

De qualquer levantamento que se faça em todos os presídios do mundo, uma verdade aflorará inconteste: o
homem seguramente pratica muito mais crimes que a mulher e a diferença entre a criminalidade masculina e
feminina é assustadora e significativamente bastante grande. Deve-se enxergar nesse fato maior tendência do
homem para o crime, ou tudo não passa, como diz Edwin Sutherland, do resultado de uma diferença na
natureza do trabalho de um e do outro ou das condições diversas, de um modo geral, nos hábitos e métodos
da vida de ambos?

O modo de agir e sentir difere muito entre o homem e a mulher, devendo-se creditar a esta, inclusive, uma
característica maior de nobreza de sentimentos; a mulher tem um sentimento de honradez muito mais
acentuado que o homem.

No que refere ao cometimento das infrações penais, também existem diferenças entre o homem e a mulher.

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Ao elemento feminino, como que repugna a prática de certos crimes: assalto a mão armada, por exemplo. O
mesmo já não se nota relativamente ao furto em supermercados, casas de moda, etc..., que contam com a
preferência feminina.

Existem delitos exclusivamente masculinos (no Brasil, por exemplo, o estupro, o atentado violento ao pudor, a
posse sexual mediante fraude, etc.). Existem outros delitos que quase sempre são cometidos por homens
(assaltos à mão armada, latrocínios, seqüestros, etc.). Por outro lado, há delitos que são praticados
exclusivamente por mulheres (infanticídios, abortos); outros cometidosmais pelas mulheres do que pelos
homens (os furtos com abuso de confiança, a prostituição, etc.). E finalmente, há crimes para cuja prática
nenhum significado maior tem o sexo, ou seja, a maioria dos delitos, ressalvando-se, porém, que aqueles em
que se emprega a violência e a força física são mais comuns aos homens, sem sombra de dúvida
(homicídios, roubos, prática de torturas, etc.).

Dizem, algumas estatísticas, que a proporção existente entre delitos cometidos por homens e mulheres é de 6
para os primeiros contra 1 para as segundas. Observando-se, ainda, que a proporção da criminalidade
feminina aumenta à medida que aumenta a participação da mulher na vida social, política e econômica do
país em que vive.

6- Idade

O crime varia de acordo com a idade e nada é mais natural. Assinalam, alguns autores, que delitos de
determinadas naturezas são praticados em certas faixas etárias, por exemplo, entre 21 e 24 anos seriam mais
comuns os delitos de homicídio e a prática da prostituição e da vadiagem. Segundo Sutherland, a idade
máxima da criminalidade está no período jovem da vida, apresentando um decréscimo a começar dos 30
anos. Entre homens com mais de 70 anos é grande a média de crimes sexuais. Seja um menino, um adulto
de 25 anos ou um homem de 100 anos, há que se ter em conta o meio em que vive.

Drapkin observou que entre 18 e 25 anos para os homens, e 30 a 40 anos para as mulheres, são os índices
de criminalidade mais acentuados.

Pesquisas recentes feitas no Brasil, mais especificamente em São Paulo, em Distritos Policiais da capital,
mostram que o tráfico de drogas, os roubos e os furtos são praticados por jovens. A maior parte dos crimes
contra o patrimônio e de tráfico de drogas são praticados por homens entre 16 e 25 anos. A conclusão faz
parte da pesquisa sobre a política estadual para a segurança pública, coordenada pela socióloga Célia
Soibelmann Melhem, da Unicamp. Ainda, segundo a pesquisa, 60,98% dos criminosos nasceram no Estado
de São Paulo; Minas gerais, Bahia, Pernambuco, Paraná e Ceará vêm a seguir, com 22,49% juntos.

A socióloga conclui que a maioria dos delinqüentes incluídos na pesquisa é pobre, de baixa escolaridade e
com saúde precária. Os delitos contra a propriedade ocorrem com mais freqüência entre os 16 e 20 anos. Os
crimes passionais têm sua freqüência maior entre 30 e 40 anos. Os crimes sexuais costumam acontecer
antes dos 25 anos ou depois dos 45 anos.

7- Meios de Comunicação: Contágio moral

É incontestável que os meios de comunicação de massa, preferencialmente os jornais e a televisão,


projetando exaustiva e abusivamente notícias, imagens e filmes relativos á violência e aos crimes, quando
não ensinam ou aprimoram delinqüentes, induzem muitas pessoas á desvios de conduta cujo climas é a
prática delituosa, isto para a satisfação imediata de seus instintos ou interesses ou mesmo por simples anseio
imitativo.

Todos os dias os noticiários de jornais, rádio, televisão ou as representações cinematográficas ou teatrais


estão levando inúmeras pessoas á imitação. É o suicídio por amor, o seqüestro para auferir alto lucro, etc. A

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imprensa noticia certos crimes com riqueza de detalhes, impressionando, assim, o público que assiste ou lê e
isso influencia as pessoas. Quantas mortes violentas, estupros, relações sexuais implícitas ou explícitas,
palavrões, cenas torpes e noticiários detalhados sobre seqüestros (quase elevando os seqüestradores á
categoria de heróis), assaltos á bancos (com o “modus operandi” dos delinqüentes detalhadamente
explicado), todas as sutilezas dos adultérios minuciosamente relatados...a televisão divulga como se tais fatos
não chocassem o comum das pessoas, e não tivessem, em seu bojo, um alto componente associal, capaz,
por imitação, de estimular nos mais fracos o cometimento de atos idênticos ou assemelhados. Essa imitação
(ou mimetismo) chama-se “contágio moral”.

Criminosos por contágio moral não só se deixam conduzir pelos outros, como são levados por eles para a
criminalidade. São uma espécie de papel carbono.

Na Inglaterra, em 1888, os 5 bárbaros homicídios perpetrados no bairro londrino de Wintechapel, por Jack, o
“Estripador”, ganharam tamanha notoriedade que, longe de se desfazerem nas brumas do esquecimento, até
hoje suscitam um número impressionante de artigos, livros e filmes!

Na verdade, a notícia sensacionalista sobre um crime não raro deflagra o cometimento de outros da mesma
natureza.

As maiores vítimas da mídia são, sem sombra de dúvidas, as crianças e, sobretudo, os adolescentes, os
quais costumam sempre imitar os grandes vilões criminosos dos filmes e novelas. Os filmes de TV, por
exemplo, visualizam como “heróicas” as ações violentas dos vilões e dos “gangsters”. Crianças, após
assistirem filmes de “gangsters”, passam a imita-los, porque estes aparecem, quase sempre, nas histórias,
como protetores do povo. O delito passa a ser visto, então, como um fenômeno comum, praticamente norma!

Inúmeros programas de TV fazem apologia á violência, ao crime, ao criminoso e ao sexo explícito, em


horários acessíveis ás crianças e adolescentes.

Igualmente as revistas e os jornais também passam a veicular noticiários e registros fotográficos deletérios,
não se lhes retirando, por isso, uma condição de influenciar negativamente as pessoas, chegando mesmo,
como acontece com alguns jornais, a servirem de intermediários á prostituição. E não se diga que o nu que se
estampa nas capas de revistas é nu artístico!.

8- Jogo

Quando não se reveste de ilicitude penal, por ser proibido, o que o definiria como vício criminoso, pode ser
considerado como fator de criminalidade (cheques sem fundo, agressões e até homicídios são cometidos em
virtude do jogo).

9- Religião

Há que se evitar o perigo representado pela crença, por vezes extremamente absurda, sobre o que o vulgo
denomina de “misericórdia divina”. São religiões, seitas ou doutrinas, umas que levam, pelo fanatismo, seus
adeptos ao suicídio; outras se prestam á que determinados religiosos pratiquem todas as espécies de
violações sexuais contra mulheres incautas e culturalmente despreparadas, como acontece em certos rincões
do Brasil e possivelmente de outros países subdesenvolvidos.

10- Prostituição

Certas mulheres, num verdadeiro paroxismo de devassidão, prodigalizam seus favores sexuais á vários
homens e inclusive, de uma só vez.

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O comércio sexual, seja qual for a razão que o determine, geralmente não é punível. Não obstante,
independentemente dos aspectos histórico-social e sanitário-moral, a prostituição merece particular interesse
por parte da Psicologia Criminal.

Na obra “La donna delinquente, la donna prostituta e la donna normale”, elaborada em conjunto com seu
genro Ferrero, Lombroso descreve a prostituta como uma pessoa mentalmente débil e com um acumulado de
contradições. Ressalta Lombroso que “a razão última do comércio da prostituição é o idiotismo moral”.

Segundo Lombroso, existem determinadas mulheres que já nascem com a tendência á prostituição: seriam as
“prostitutas natas”, tal qual existem os “criminosos natos”. Ao lado dessas “prostitutas natas”, desponta o
grupo das “prostitutas de ocasião”, ou seja, aquelas que partem á prostituição por condições
socioeconômicas. Segundo pesquisa realizada por criminólogos, o fator econômico é o que mais influencia a
prostituição, já que as causas psico-orgânicas (biológicas) representariam apenas 10% a 15%.

A pobreza geral, a promiscuidade das habitações como as favelas, as moradias coletivas (cortiços e
pensões), a falta de educação profissional e de trabalho honesto e contraprestado com dignidade, os lares
desfeitos ou viciosos, o alcoolismo paterno principalmente, a ausência de amparo material e afetivo á infância,
tudo isso, que no fundo, representa a mi´seria material e moral, constitui causa vigorosa da prostituição.

No Brasil, por exemplo, são numerosíssimas as vítimas de estupro, atentado violento ao pudor, corrupção de
menores etc., que, abandonadas por seus violadores e desamparadas pela família e pelo Estado, procuram o
caminho fácil da prostituição.

Modernamente, a exploração do lenocínio é promovida por motéis, hotéis de alta rotatividade e por agencias
especializadas, onde o freguês escolhe a mulher através de álbuns de fotografias.

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