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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Santa Maria, RS
2017
Lorenzo Sartori Rizzatti
Santa Maria, RS
2017
Lorenzo Sartori Rizzatti
_______________________________________
Eduardo Rizzatti, Dr. (UFSM)
(Presidente/Orientador)
_______________________________________
Carlos Félix, Mestre. (UFSM)
_______________________________________
Carlos José Antônio Kummel Félix, Dr. (UFSM)
Santa Maria, RS
2017
AGRADECIMENTOS
Este trabalho tem como abordagem lajes nervuradas que são elementos
planos, com duas dimensões horizontais muito maiores que sua espessura, composta
de concreto armado.
Lajes nervuradas, tem em sua maior diferença para as lajes maciças, o fato de
seu peso próprio ser aliviado, por causa da substituição de parte do concreto armado
por materiais inertes entre nervuras, sendo assim, capaz de suportar mais peso e ter
maiores vãos entre pilares. Lajes nervuradas podem ser apoiadas sobre vigas, e
diretamente sobre pilares, porém, neste último modo, a determinação dos esforços e
momentos na estrutura de concreto armado, se torna mais complexa.
A partir de conceitos, revisões bibliográficas, pesquisas tanto teóricas, quanto
em campo, foi feita uma análise com embasamento teórico, e prático, sobre o modelo
de cálculo e o método construtivo das lajes nervuradas. Após explicação de como
pode ser feito o projeto da laje nervurada, e como pode ser feito a execução da mesma
estrutura, são analisadas algumas construções que apresentam patologias
congênitas em suas lajes nervuradas, decorrentes ou de um erro de projeto, ou de
uma má execução da estrutura.
This work has as approach ribbed slabs that are flat elements, with two
horizontal dimensions much larger than its thickness, composed of reinforced
concrete.
Ribbed slabs have in the big difference for massive slabs, the fact that their own
weight is relieved because of the replacement of part of the reinforced concrete by
inert materials between ribs, thus being able to withstand more weight and have larger
spans between columns. Ribbed slabs can be supported on beams, and directly on
pillars, but in this latter way, the determination of stresses and moments in the
reinforced concrete structure becomes more complex.
Based on concepts, bibliographical reviews, both theoretical and field research,
a theoretical and practical analysis was made on the calculation model and the
constructive method of the ribbed slabs. After explaining how the design of the ribbed
slab can be made, and how the execution of the same structure can be done, some
constructions that have congenital pathologies in their ribbed slabs, due to a design
error or a poor execution of the structure.
𝐸𝑐𝑠 . ℎ𝑓³
Equação 3 - 𝐷2 = .......................................................................................30
12.(1−𝑣2)
Equação 4 - 𝐷𝑒 = (1 − Ԑ). 𝐷1 + Ԑ. 𝐷2........................................................................30
𝑙𝑜𝑥 . 𝑙𝑜𝑦
Equação 5 - Ԑ = ...............................................................................................30
𝑆𝑥 . 𝑆𝑦
𝐸𝑐𝑠 . ℎ𝑒³
Equação 6 - De = .........................................................................................31
12.(1−𝑣 2 )
1
Equação 7 - 𝐻𝑒 = ((1 − Ԑ). ℎ3 + Ԑ. ℎ𝑓 3 )3 ..................................................................31
Equação 8 - 𝐴𝑠 + 𝐴𝑠 ′ ≤ 4% 𝐴𝑐..................................................................................32
Equação 9 - 𝐸𝑐𝑖 = 𝛼𝐸 . 5600 . √𝑓𝑐𝑘............................................................................33
3 𝑓𝑐𝑘
Equação 10 - 𝐸𝑐𝑖 = 21,5.103 . 𝛼𝐸 . √( 10 + 1,25).........................................................34
𝑓𝑐𝑘
Equação 11 - 𝛼𝑖 = 0,8 + 0,2. ≤ 1,0.....................................................................34
80
2 2
ℎ𝑓 ℎ 2
) + (𝑏𝑤. ℎ. ((ℎ − 𝑦ℎ) − ) ) + 𝐴𝑠 . (𝛼𝑒 − 1). ((ℎ − 𝑦ℎ) − 𝑑) .......................35
2 2
(𝑏𝑓−𝑏𝑤).ℎ𝑓³ 𝑏𝑤 .ℎ³
Equação 14 - 𝐼 = + + (𝑏𝑓 − 𝑏𝑤). ℎ𝑓. ((ℎ − 𝑦ℎ) −
12 12
2 2
ℎ𝑓 ℎ
) + (𝑏𝑤. ℎ. ((ℎ − 𝑦ℎ) − ) ).............................................................................36
2 2
−𝑎2±√𝑎22 −4.𝑎1.𝑎3
Equação 15 - 𝑥 = ..........................................................................36
2.𝑎1
𝑏𝑤
Equação 16 - a1 = .................................................................................................36
2
Equação 17 - a2 = ℎ𝑓. (𝑏𝑓 − 𝑏𝑤) + 𝛼𝑒 . 𝐴𝑠................................................................36
ℎ𝑓 2
Equação 18 - a3 = −𝑑 . 𝛼𝑒 . 𝐴𝑠 − . (𝑏𝑓 − 𝑏𝑤).......................................................36
2
𝑏𝑤 .𝑥³
Equação 19 - 𝐼2 = + 𝛼𝑒 . 𝐴𝑠 . (𝑥 − 𝑑)²...............................................................37
3
𝑝.𝑙𝑥²
Equação 20 - 𝑀 = µ. ..........................................................................................37
100
𝛼 .𝑓𝑐𝑡 .𝐼𝑐
Equação 21 - 𝑀𝑟 = .....................................................................................39
𝑦𝑡
1. INTODUÇÃO ......................................................................................................... 13
1.1 OBJETIVOS...............................................................................................................................14
1.1.1 Objetivo geral .................................................................................................. 14
1.1.2 Objetivos específicos..................................................................................... 14
1.2. JUSTIFICATIVA.......................................................................................................................14
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 16
2.1 MATERIAIS DE ENCHIMENTO ..........................................................................................16
2.1.1 Blocos cerámicos ........................................................................................... 16
2.1.2 EPS .................................................................................................................. 17
2.1.2 Formas de Plástico ou metal ......................................................................... 18
2.2 LAJES NERVURADAS ...........................................................................................................19
2.2.1 Tipo de Lajes Nervuradas .............................................................................. 20
2.2.2 Lajes Nervuradas constituídas de capitéis e vigas-faixas.......................... 21
2.2.3 Lajes Nervuradas Bidirecionais .................................................................... 23
2.3 PROJETO DE LAJE NERVURADA....................................................................................24
2.3.2 Vinculação ...................................................................................................... 25
2.3.3 Ações e esforços na estrurura ...................................................................... 26
2.4 DIMENSIONAMENTO ............................................................................................................27
2.4.1 Armação em uma e duas direções................................................................ 27
2.4.2 Vão efetivo ...................................................................................................... 27
2.4.3 Cargas presentes nas lajes ........................................................................... 28
2.4.4 Espessura Equivalente .................................................................................. 29
2.4.5 Armaduras longitudinais máximas e mínimas. ........................................... 31
2.4.6 Modulo de elasticidade do concreto............................................................. 33
2.4.7 Momento de Inércia (Ic) ................................................................................. 34
2.4.8 Momentos presentes na laje ......................................................................... 37
2.4.9 Momento de fissuração ................................................................................. 39
2.4.10. Flechas na estrutura ................................................................................... 39
2.4.11 Resistência à momento ............................................................................... 40
2.4.12 Resistência à força cortante ........................................................................ 41
2.5 EXECUÇÃO DE LAJE NERVURADA ................................................................................42
2.5.1 Escoramento ................................................................................................... 42
2.5.2 Formas e Materias de enchimento ................................................................ 45
2.5.3 Ferragem ......................................................................................................... 46
2.5.4 Concretagem .................................................................................................. 47
2.5.5 Cura do Concreto ........................................................................................... 48
3. ESTUDO DE CASO .............................................................................................. 49
3.1 ANÁLISE DE PATOLOGIAS EM LAJES NERVURADAS ...........................................49
3.1.1 Caso em uma cidade do Rio Grande do Sul ................................................ 50
3.1.2 Caso 2 na cidade de Santa Maria – RS – Bibliocteca Central da UFSM .... 53
3.1.3 Caso 3 na cidade de Santa Maria – RS – Predio da Arquitetura da UFSM 57
3.1.4 Caso 4 Prédio na cidade de Minneapólis – Minnesota – Estados Unidos. 69
7. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 72
13
1. INTODUÇÃO
Lajes são elementos planos, em que suas duas dimensões horizontais são
muito maiores que sua dimensão vertical, denominada de espessura. Sua função
primaria é de receber os esforços do pavimento e transferi-los para os apoios, sejam
estes apoios vigas, pilares ou até parede.
Na construção civil o maior objetivo é de conseguir obras maiores, com ótima
eficácia e ao mesmo tempo, com o menor custo possível, evoluindo assim, em todas
as etapas da construção. No ramo de estruturas o desafio é de se projetar estruturas
cada vez mais esbeltas, ponderando as tentativas de diminuição das dimensões das
mesmas, como altura e espessura, com a diminuição do número de estruturas, como
pilares e vigas.
O peso próprio de uma laje influencia muito no cálculo de dimensionamento de
uma estrutura. Sabendo que o concreto resiste a altos esforços de compressão
gerados pela flexão, porem tem uma baixa resistência aos esforços de tração, a laje
nervurada é um conceito em que se obtêm uma estrutura que em sua parte superior,
o concreto armado resiste aos esforços de compressão, e na parte inferior, são
executadas nervuras também de concreto armado, conectadas a parte superior, e
espaçadas por formas ou materiais de baixo peso próprio. Assim, as nervuras ficam
responsáveis por resistir aos esforços de tração, resultando em uma estrutura com
uma boa eficácia e de menor peso.
Quando começou a se usar a laje nervurada, o concreto da parte inferior era
substituído por um material inerte mais leve, com menor resistência, e colocado de
forma que quando concretada a laje formasse as nervuras de concreto entre as peças
deste material citado. Hoje em dia, o modelo já evoluiu, e tem a opção de colocar
formas onde após a concretagem da laje, são removidas, formando as nervuras.
Assim, o peso próprio da laje diminui consideravelmente, e o dimensionamento
da laje nervurada pode ser bastante reduzido, economizando concreto.
14
1.1 OBJETIVOS
1.2. JUSTIFICATIVA
As lajes são estruturas que estão presentes na grande maioria das obras no
Brasil, sejam elas residenciais ou comerciais. Esse fato mostra como são importantes
a pesquisa e o desenvolvimento de lajes como as lajes nervuradas, que ainda são
pouco utilizadas.
Cada vez mais, o objetivo a ser alcançado entre os projetistas e construtores,
é o de conseguir estruturas maiores, mais eficientes, e assim, de menor custo. Umas
das soluções para esse objetivo ser alcançado, são as lajes nervuradas, uma estrutura
que possibilita o aumento das cargas, e também dos vãos, fazendo com que o
15
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Os blocos cerâmicos têm a vantagem de ser uma opção mais barata, porém
são muito sensíveis, podendo vir a quebrar tanto no transporte, na execução ou até
mesmo na concretagem da laje.
Para Pinheiro e Razente (2003), blocos cerâmicos têm uma isolação térmica
mais efetiva do que comparados ao concreto maciço, porém o peso específico destes
blocos é muito elevado para serem simplesmente um material de enchimento.
Os blocos cerâmicos são produzidos em diversas dimensões, variando com o
fabricante. A tabela 1 mostra as dimensões dos blocos cerâmicos para vedação
segundo a NBR 15270-1/2005.
17
2.1.2 EPS
- Facilidade no transporte
Existem vários tipos de lajes, com relação a sua forma, natureza, tipo de apoio
e tipo de armação. Cada um destes tipos é destacado por características específicas,
como praticidade de execução, economia, eficiência e/ou vários outros.
Para Pinheiro, Muzardo e Santos (2007), as lajes possuem função estrutural de
receber as cargas verticais, perpendiculares a superfície média, e transmitir essas
cargas aos apoios. Assim, a laje se comporta como uma placa. Mais uma função é a
atuação da laje como diafragma rígido, distribuindo as ações horizontais entre os
pilares. Assim, o comportamento agora é o de chapa, pois a laje sofre ações ao longo
do seu plano. Então, nota-se que as lajes possuem dupla função estrutural: de placa
e de chapa. Este comportamento de chapa ajuda muito na estabilidade global da
estrutura. Os pilares contra ventados se apoiam nos elementos de contraventamento
através das lajes, assim, garantindo a segurança quanto as ações laterais.
Segundo Pinheiro, Muzardo e Santos (2007), a laje nervurada é um conjunto
de vigas que se cruzam, todas unidas a mesa. Seu comportamento é o intermédio
entre o das lajes maciças e o das grelhas, e pode ser moldada tanto no local, quanto
executada com nervuras pré-moldadas.
Para Dutra (2005), as lajes nervuradas são compostas por nervuras na zona
de tração e uma mesa maciça de concreto na parte onde ocorre a compressão. As
armaduras estão concentradas nas nervuras.
O contraponto do uso das lajes nervuradas, ocorre justamente na sua
execução, é preciso uma mão-de-obra de maior volume se as formas das nervuras
forem executadas no local. Este volume de mão-de-obra é reduzido
consideravelmente quando for executa lajes nervuradas com vigotas pré-moldadas.
Por outro lado, uma das vantagens da laje nervurada é a redução do peso
próprio da estrutura, pois o volume de concreto diminui, devido a substituição do
mesmo por materiais de enchimento. Estes materiais de enchimento têm função de
somente substituir o espaço físico do concreto, deixando toda a resistência a tração
concentrada nas nervuras.
Schwetz, Silva Filho e Klein (2006) diz que as lajes nervuradas vêm aparecendo
gradativamente como uma solução estrutural bem-conceituada e atraente, mesmo
tendo um modelo que exige uma modelagem numérica mais trabalhosa.
20
As lajes nervuradas podem ser divididas entre as que são moldadas no local
ou as que são constituídas de nervuras pré-moldadas.
Para Pinheiro e Razente (2003) nas regiões de apoio, pode ocorrer a ruína por
punção ou por cisalhamento, pois há uma concentração de tensões transversais.
Estes tipos de ruina devem ser sempre que possível evitados, devido ao fato de serem
mais frágeis, e assim, caso ocorra a ruina, é preferível que seja por flexão. Ainda
segundo Pinheiro e Razente (2003), podem aparecer esforços solicitantes elevados,
que necessitam de uma estrutura mais robusta.
As alternativas de estruturas mais robustas podem ser tanto um capitel ou as
vigas-faixas. O capitel se caracteriza por uma região maciça em volta do pilar, e as
vigas-faixas são faixas maciças em uma ou duas direções, ambos de concreto.
Na sequência são mostradas imagens de um capitel e viga-faixa.
22
Figura 5 – Vigas-faixa
Nestas lajes, há a ação de esforços de flexão nos dois sentidos, por isso o título
de “Bidirecionais”, pois devem ser armadas nas duas direções.
Para Carvalho e Pinheiro (2009), todo o caso em que a relação entre os dois
vãos for não ultrapassar o valor de 2, usa-se lajes nervuradas bidirecionais. Esse uso
se deve ao fato de que nessas lajes os esforços e deformações são diminuídos, pois
se tem uma melhor distribuição dos esforços nas reações de apoio em todo o
contorno.
Segunda a NBR 6118:2014 a espessura da mesa (hf) deve ser maior ou igual
a 1/15 da distância 𝑙𝑜 quando não houverem tubulacações e nunca menor que 4 cm.
Quando existirem tubulações de diâmetro menor ou igual a 10mm, a mesa não deve
ter menos do que 5cm de espessura. Caso as tubulações tiverem mais do que 10cm
de diâmetro a espessura da mesa deve ser igual a 4 𝑐𝑚 + ∅. Ainda, se as tubulações
estiverem se cruzando na mesa, a formula passa a ser 4 𝑐𝑚 + 2∅.
A espessura mínima para as nervuras é de 5 cm, e a armadura de compressão
não pode ser posicionada em nervuras que tenham a espessura menor que 8 cm.
Abaixo estão listadas outras exigências da NBR 6118:2014:
Onde:
h = espessura total
hf = espessura da mesa
bw = espessura das nervuras
l0 = espaçamento entre nervuras
2.3.2 Vinculação
Ainda segundo Pinheiro e Razente (2003) para o cálculo dos momentos fletores
e das reações de apoio, as tabelas de Pinheiro (1993) podem ser uma solução viável.
Os esforços nas nervuras são calculados através da multiplicação da distância entre
os eixos das nervuras e o valor dos esforços por unidade de largura.
27
2.4 DIMENSIONAMENTO
𝑙𝑒𝑓 = 𝑙𝑜 + 𝑎1 + 𝑎2 (1)
28
Tendo em vista que o valore de 𝑎1 é o menor valore entre t1/2 e 0.3/h e o valor
de 𝑎2 é o menor valor entre t2/2 e 0,3/h. As informações dos valores dos elementos
das formulas a cima estão demonstrados na figura abaixo.
Onde, IT = IR
30
Com os dados retirados das seções a cima, são calculadas as inercias, para
que mesmo com a mudança de seção, as duas inercia sejam de mesmo valor.
𝐸𝑐𝑠 . ℎ³
D1 = (2)
12.(1−𝑣 2 )
𝐸𝑐𝑠 . ℎ𝑓³
D2 = (3)
12.(1−𝑣 2 )
Onde:
h = espessura total
hf = espessura da mesa
v = 0,2 Coef. De Poisson do concreto
Ecs = Modulo de Elasticidade do Concreto
Por sua vez, a rigidez equivalente (De) pode ser calculada com a seguinte
formula:
𝐷𝑒 = (1 − Ԑ). 𝐷1 + Ԑ. 𝐷2 (4)
Onde:
𝑙𝑜𝑥 . 𝑙𝑜𝑦
Ԑ= (5)
𝑆𝑥 . 𝑆𝑦
31
𝐸𝑐𝑠 . ℎ𝑒³
De = (6)
12.(1−𝑣 2 )
Onde:
1
3
𝐻𝑒 = ((1 − Ԑ). ℎ + Ԑ. ℎ𝑓 3 )3 (7)
a) Cobrimento
b) Armadura máxima
Para a NBR 6118:2014 aponta uma relação entre a taxa máxima de armadura
para compressão e tração:
𝐴𝑠 + 𝐴𝑠 ′ ≤ 4% 𝐴𝑐 (8)
c) Armadura mínima
3 𝑓𝑐𝑘
𝐸𝑐𝑖 = 21,5.103 . 𝛼𝐸 . √( 10 + 1,25) (10)
Onde se adota:
𝑓𝑐𝑘
𝛼𝑖 = 0,8 + 0,2. ≤ 1,0 (11)
80
Assim:
𝐸𝑐𝑠 = 𝛼𝑖 . 𝐸𝑐𝑖 (12)
2.4.7.1 Estádio I
2
(𝑏𝑓−𝑏𝑤).ℎ𝑓3 𝑏𝑤 .ℎ 3 ℎ𝑓
𝐼= + + (𝑏𝑓 − 𝑏𝑤). ℎ𝑓. ((ℎ − 𝑦ℎ) − ) + (𝑏𝑤. ℎ. ((ℎ −
12 12 2
2
ℎ 2
𝑦ℎ) − ) ) + 𝐴𝑠 . (𝛼𝑒 − 1). ((ℎ − 𝑦ℎ) − 𝑑) (13)
2
36
2
(𝑏𝑓−𝑏𝑤).ℎ𝑓³ 𝑏𝑤 .ℎ³ ℎ𝑓
𝐼= + + (𝑏𝑓 − 𝑏𝑤). ℎ𝑓. ((ℎ − 𝑦ℎ) − ) + (𝑏𝑤. ℎ. ((ℎ −
12 12 2
2
ℎ
𝑦ℎ) − ) ) (14)
2
Onde:
2.4.7.1 Estádio II
No estádio II, a seção que uma vez não estava fissurada, agora está. Para
Flório (2004) o cálculo da seção “T” enquanto se encontra no estádio II depende antes
da determinação da linha neutra da seção, com a seguinte formula:
−𝑎2±√𝑎22 −4.𝑎1.𝑎3
𝑥= (15)
2.𝑎1
Onde:
𝑏𝑤
a1 = (16)
2
ℎ𝑓 2
a3 = −𝑑 . 𝛼𝑒 . 𝐴𝑠 − . (𝑏𝑓 − 𝑏𝑤) (18)
2
37
𝑏𝑤 .𝑥³
𝐼2 = + 𝛼𝑒 . 𝐴𝑠 . (𝑥 − 𝑑)² (19)
3
𝑝.𝑙𝑥²
𝑀 = µ. (20)
100
38
𝛼 .𝑓𝑐𝑡 .𝐼𝑐
𝑀𝑟 = (21)
𝑦𝑡
Onde:
α = 1,2 para seção “T”.
fct = resistência a tração do concreto = 0,3 . 𝑓𝑐𝑘 2/3. (22)
yt = distância do centro de gravidade até a fibra mais tracionada.
𝑀𝑟 3 𝑀𝑟 3
𝐸𝐼𝑒𝑞 = 𝐸𝑐𝑠 {(𝑀𝑎) . 𝐼𝑐 + [1 − (𝑀𝑎) ] . 𝐼2 } ≤ 𝐸𝑐𝑠. 𝐼𝑐 (23)
Onde:
𝐸𝑠
𝛼𝑒 = (24)
𝐸𝑐𝑠
40
𝛼.𝑝.𝑙𝑥 4
𝑎𝑖 = (25)
12.𝐸𝐼
Onde:
Onde:
𝐴𝑠1
𝜌1 = (31)
𝑏𝑤.𝑑
𝑁𝑠𝑑
𝜎𝑐𝑝 = (32)
𝐴𝑐
2.5.1 Escoramento
Fonte: http://www.metax.com.br/aluguel-de-escoramentos-id-94
45
a) EPS:
2.5.3 Ferragem
Outro ponto importante são os capiteis, região de concreto maciço em volta dos
pilares. Nos capiteis não há nenhuma nervura ou material de enchimento, e sua
armadura é, na maioria dos casos, mais carregada. Se o projeto estrutural for feito
segundo as normas, e a execução da ferragem da laje nervurada seguir todas as
recomendações do projeto, a laje não terá problemas futuros relacionados à
armadura.
Fonte: http://concretorj.blogspot.com/2011/09/lajes-nervuradas.html
2.5.4 Concretagem
3. ESTUDO DE CASO
Como primeiro caso, temos um imóvel no estado do Rio Grande do Sul, Brasil.
Prédio de três pavimentos, em concreto armado, e usando o modelo de lajes
nervuradas.
Com a figura 26, vemos que as fissuras não são apenas localizadas, mas ao
contrário, elas estão em grande parte das regiões próximas aos pilares, e se estendem
por grande parte da laje nervurada.
A falta de capitel na região dos pilares também contribuiu para o surgimento
das fissuras, pois nesta região há uma grande concentração de esforços. Conclui-se
então que, ou estes esforços não foram considerados em projeto, ou a execução não
seguiu à risca as recomendações do mesmo projeto.
Além de causar um desconforto psicológico nos usuários, e prejudicar a
estética da estrutura, estas fissuras também ocasionam infiltração de água nos
ambientes internos do edifício, como mostra a figura 26:
Vale ressaltar, que o croqui mostrado na figura 33 vale somente para as fissuras
da parte superior da laje nervurada, que serão mostradas nas figuras seguintes,
separadas e analisadas por setores:
a) Setor 1:
b) Setor 2:
c) Setor 3:
d) Setor 4:
e) Setor 5:
f) Setor 6:
g) Setor 7:
h) Setor 8:
Após as análises das fissuras na face superior da laje nervurada, setor por
setor, é registrado e também analisado as patologias que ocorreram na face inferior
da laje nervurada. Nesta região, foi observado tanto fissuras transversais as nervuras,
quanto uma fissura contínua em toda extensão, na região central da laje no sentido
longitudinal, passando pelas nervuras, como demonstrado nas imagens a seguir:
68
Também como no caso das fissuras dos oito setores da face superior da laje
nervurada, a face inferior apresenta fissuras, tanto longitudinais, quanto transversais
69
Após as análises das patologias das quatro construções, vemos que todas elas
são patologias congênitas, ou seja, são patologias decorrentes de erro de projeto ou
erro na execução. Assim, a obra já estará com patologias mesmo sem estar em uso.
72
7. CONCLUSÃO
A construção civil vem cada vez mais focando em diminuir os gastos, sem
perder em qualidade e eficácia, e a laje nervurada entre como uma opção muito
tentadora, para todos aqueles que investem em construção. Com um design diferente,
e vantagens como a redução de concreto e aumento de vãos, a estrutura encaixa
perfeitamente nas exigências atuais.
Porém, existem alguns contrapontos para todos esses pontos positivos da laje
nervurada, e um deles é a sua execução. Uma estrutura com um sistema mais
complexo de se pôr em prática, tendo que lidar com materiais de enchimento ou
formas, com a execução e cálculo de capiteis e além do redobrado cuidado na hora
do posicionamento de armaduras, devido a prováveis danos aos outros elementos da
estrutura. Mais um fator negativo é a difícil recuperação e/ou reparo da laje nervurada,
em casos de patologias futuras.
Neste trabalho ficou claro que a laje nervurada é um método muito bom para a
engenharia hoje em dia, porém, o mau desenvolvimento do projeto estrutural, e/ou a
má execução da estrutura acarretam em patologias que podem transformar essa
estrutura, que era a solução, no maior problema da obra. Isto é um fato, pois quando
se há patologias em laje nervurada, as soluções para estas fissuras não são nem
econômicas, e muito menos fáceis de executar.
Assim, a laje nervurada vale a pena o investimento, para se conseguir maiores
vãos e economizar em concreto, porém, a sociedade, os contratistas, projetistas e
construtoras têm que ter a consciência de colocar profissionais competentes e
responsáveis, tanto na parte do projeto, quanto na execução da estrutura, pois erros
em qualquer destas duas áreas, podem acarretar danos que acabam com toda e
qualquer vantagem da estrutura, e as vezes, com a própria estrutura.
73
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SCHWETZ, Paulete Fridman; SILVA Fº, Luiz Carlos Pinto; KLEIN, Dario Lauro;
GASTAL, Francisco de Paulo S. Lopes; GASPERIN, Josiane - Estudo dos momentos
fletores de uma laje nervurada em modelo reduzido sujeita a um carregamento. ANAIS
DO 48º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2006