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DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA
LABORATÓRIO DE CONFORTO AMBIENTAL
Aldomar Pedrini
Outubro de 2017
1
1 DESEMPENHO TÉRMICO ................................................. 5
2 FATOR SOLAR (FS) ............................................................. 6
3 ISOLAMENTO TÉRMICO ................................................ 13
3.1 CONDUTIVIDADE TÉRMICA ............................................. 13
3.2 TRANSMITÂNCIA TÉRMICA (U) ....................................... 15
3.3 RESISTÊNCIA TÉRMICA ................................................... 21
3.3.1 Resistência térmica de uma camada de material ... 22
3.3.2 Resistências superficiais ......................................... 23
3.3.3 Resistência de câmaras de ar ................................. 24
3.3.4 Cálculo de U e RT por analogia elétrica ................. 25
3.3.5 Barreira radiante .................................................... 28
3.3.6 Resistência térmica em paralelo............................. 29
3.3.7 Comparação de sistemas construtivos.................... 31
3.5 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO DE CÁLCULO DE TRANSMITÂNCIA
TÉRMICA ..................................................................................... 33
3
Apresentação
Esse material didático vem sendo desenvolvido desde 2007 com o
objetivo de apoiar o ensino da disciplina de Conforto Ambiental do
Departamento de Arquitetura. Contou a colaboração de muitos
pesquisadores, bolsistas e alunos, e muitas das ilustrações dessa
versão são de autoria da arquiteta Ana Luíza Silva Freire. Todas as
sugestões e críticas são bem-vindas, sejam apresentadas
pessoalmente ou enviadas por email: apedrini@gmail.com.
Grato,
Aldomar Pedrini, setembro de 2017, Natal/RN
4
1 DESEMPENHO TÉRMICO
As propriedades térmicas de sistemas e componentes construtivos de
envoltórias influenciam o desempenho térmico e energético de
edificações. Elas estão presentes em normas e procedimentos para
atendimento de índices de eficiência energética e de sustentabilidade,
e são necessárias para cálculos de transferência de calor.
As propriedades térmicas de sistemas construtivos mais comuns são
o fator solar, a transmitância térmica, a resistência térmica, a
capacidade térmica, o atraso térmico e a absortância térmica. Alguns
dos cálculos das propriedades térmicas dos sistemas construtivos
requer a determinação de propriedades térmicas dos componentes
que compõem o sistema, como condutividade térmica, densidade e
calor específico.
A escolha dos sistemas construtivos depende do projeto
arquitetônico, das características do lugar, do clima, e do uso. Há
situações que se deseja barrar, ou passar, ou atrasar, ou acumular o
calor, que implicam nas variações de temperatura do ar interno e das
superfícies internas. É importante que o projetista considere as trocas
de calor e seu impacto na edificação para que possam ser tomadas as
decisões mais adequadas. Por exemplo, quando a diferença de
temperatura entre o ar interno e o externo é muito alta, busca-se a
redução da área de envoltória (edificações compactas) e/ou o
emprego de materiais que transferem pouco calor, como os
isolamentos térmicos (lã de vidro, poliuretano ou poliestireno
expandidos). Por isso, as normas de envoltória para edificações em
climas temperados e frios valorizam os benefícios de isolamentos
térmicos. Nos trópicos, a situação pode ser a oposta, pois é
importante que a envoltória deixe o calor sair para os casos em que
há geração de calor interno ou entrada de radiação solar pelas
aberturas.
No caso de ambientes climatizados, essas características determinam
as cargas térmicas que podem aquecer ou resfriar a edificação, assim
como a capacidade de resfriamento do sistema de condicionamento
de ar e seu consumo durante o ano.
5
Carga térmica corresponde à energia que deve ser removida
do interior da edificação para manter o conforto térmico.
6
Fator Solar (FS). Razão entre o ganho de calor que
entra num ambiente através de uma abertura e a
radiação solar incidente nesta mesma abertura.
Inclui o calor radiante transmitido pelo vidro e a
radiação solar absorvida, que é re-irradiada ou transmitida,
por condução ou convecção, ao ambiente. O fator solar
considerado será relativo a uma incidência de radiação solar
ortogonal à abertura. A ISO 15099: 2003 e a ISO 9050: 2003
apresentam procedimentos de cálculos normalizados para o
FS e outros índices de desempenho energético de vidros e
janelas. A NFRC 201:2004 apresenta procedimentos e
especificações técnicas normalizadas para aplicação de um
método calorimétrico de medição de ganho de calor solar em
janelas. (INMETRO, 2013)
Há outras denominações de FS, e a principal é SHGC (solar heat gain
coeficiente), traduzido como coeficiente de ganho solar (NATIONAL
FENESTRATION RATING COUNCIL INCORPORATED, 2001; ASHRAE,
2004a; b). Há outros parâmetros de caracterização de ganho solar,
sendo que o mais conhecido é o SC (shading coefficient), traduzido
como ganho solar, porém em desuso desde que surgiu o FS ou
SHGC. Os catálogos de características de vidro podem confundir e
por isso devem ser observados cautelosamente. Apena alguns
fabricantes apresentam a caracterização do fator solar, à exemplo de
catálogos de fabricantes, manuais como
http://projeteee.mma.gov.br/componentes-construtivos/
(PROJETEEE, 2017) e http://socrates.ct.ufrn.br/catalogor3e/ (R3E,
2015) e aplicativos como o Window (HUIZENGA et al., 2016).
Além da escolha do fator solar, é importante observar o desempenho
quanto à transmissão de luz visível para não escurecer demais um
ambiente, ou alterar a reprodução de cores internas. Há a tendência
de reduzir a transmissão de luz visível à medida que se reduz o fator
solar (Figura 2-3). De fato, é necessário considerar a transmissão e
reflexão de calor (radiação solar em todo seu espectro) e de luz
(radiação solar no espectro visível), e a emissidade em ondas longas
(Figura 2-2). Transmissão, reflexão e absorção são complementares
7
e totalizam 100%, sendo que variam de acordo com o ângulo de
incidência da radiação (Figura 2-5).
9
O desempenho do vidro deve considerar que a luz visível
corresponde a apenas uma parcela da radiação total emitida pelo Sol
(Figura 2-7), e que o comprimento de onda da radiação depende da
temperatura da fonte que irradia (Figura 2-8)
10
A análise de 4947 diferentes vidros da biblioteca de características
do banco de dados do software Window (HUIZENGA, ARASTEH et al.,
2016) demonstra tendências e particularidades. As frações de
transmissão, reflexão e absorção de luz visível (Figura 2-9) e de
radiação térmica (Figura 2-10) .....
11
Figura 2-11. Relação entre transmissão de luz visível e transmissão de
radiação solar.
12
Figura 2-12. Relação entre transmissão e refletividade de luz visível.
3 ISOLAMENTO TÉRMICO
O isolamento visa isolar o ambiente, evitando a passagem do calor
do exterior para o interior ou vice-versa, quando há trocas de calor
indesejáveis decorrente da diferença entre a temperatura interna e a
externa, à exemplo de edificações em climas frios ou quentes, e
quando há significativa área de envoltória por onde passa o calor. São
apresentados a seguir as características físicas relacionadas com o
isolamento térmico.
13
A condutividade térmica é a propriedade física de
um material homogêneo e isótropo, no qual se
verifica um fluxo de calor constante, com
densidade de 1 Watt por metro quadrado, quando
submetido a um gradiente de temperatura uniforme de 1 Kelvin
por metro (2). Seu símbolo é o λ e a unidade é W/(m.K).
“Desempenho térmico de edificações Parte 1: Definições,
símbolos e unidades” (ABNT, 2005a)
Tabela 3-1. Condutividade térmica de materiais.
Material λ
(W/(m.K))
Cobre 380
Alumínio 230
Aço 55
Concreto normal 1,75
Argamassa comum 1,15
Tijolos e telhas de barro 0,70 a 1,05
Pinho, cedro, pinus 0,12 a 0,23
Poliestireno expandido 0,035
fonte: (ABNT, 2005a)
Quanto mais denso o 1000
material, maior é a
tendência de transferir 100
caso de materiais 10
porosos, é importante
observar o tamanho 1
quanto menor e
0,01
isolado for o poro, 1 10 100 1000 10000
maior será a densidade (kg/m3)
resistência à
passagem de calor. Figura 3-1. Relação entre a densidade e a
condutividade térmica de matérias mais
14
comuns.
Os materiais isolantes são leves, enquanto materiais
bons condutores de calor são pesados. Por isso há
uma tendência em associar a condutividade térmica
de um material com a sua densidade.
Transmitância térmica
caracteriza o fluxo de calor
transferido por um sistema Figura 3-2.
construtivo quando há Transmitância térmica e
condutividade térmica.
diferenças de temperaturas do ar entre
dois ambientes (interno-interno ou
interno-externo).
15
A transmitância térmica não é suficiente para
caracterizar o desempenho térmico de um sistema
construtivo sob incidência de radiação solar. Para
isso, há o fator de calor solar.
18
Tabela 3-2. Limites de transmitância térmica para edificações
residenciais na cidade de Natal-RN.
NORMA PAREDE COBERTA [W/(m².K)]
[W/(m².K)]
NBR 15220-3. U ≤ 3,60 U ≤ 2,30
NBR 15.575 U≤ 2,50 U ≤ 1,00
ASHRAE 90.2 U≤ 0,38 U ≤ 0,44
Tabela 3-3. Limites de transmitância térmica para edificações de
escritório na cidade de Natal-RN.
NORMA PAREDE COBERTA
[W/(m².K)] [W/(m².K)]
RTQ-C U≤ 2,50 U ≤ 1,00
ASHRAE 90.1 U≤ 0,50 U ≤ 0,40
ADVANCED ENERGY DESIGN U≤ 0,44 U ≤ 0,19
GUIDE FOR SMALL OFFICE
BUILDINGS
No regulamento do nível de eficiência energética da envoltória
(COMITÊ GESTOR DE INDICADORES E NÍVEIS DE EFICIÊNCIA
ENERGÉTICA et al., 2009b), para atingir o nível A do selo:
“Para qualquer Zona Bioclimática, a transmitância térmica da
cobertura de ambientes condicionados artificialmente não deve
ultrapassar 1,0 W/m2K e para ambientes não condicionados, não
deve ultrapassar 2,0 W/m2K.
A transmitância térmica das paredes externas não deve ultrapassar os
seguintes limites, de acordo com sua Zona Bioclimática:
a. Zonas Bioclimáticas 1 a 6: a transmitância térmica máxima
deve ser de 3,7 W/m2K.
b. Zonas Bioclimáticas 7 e 8: a transmitância térmica máxima
deve ser de 2,5 W/m²K para paredes com capacidade térmica
máxima de 80 kJ/m2K e de 3,7 W/m2K para paredes com
capacidade térmica superior a 80 kJ/m2K.”
As transmitâncias térmicas dos sistemas construtivos mais
recorrentes são apresentadas nas Tabela 3-4 e Tabela 3-5, e ANEXO
II: PROPRIEDADES TÉRMICAS DE PAREDES E
19
COBERTURAS, página 83.
20
U[W/(
SISTEMA
m².K)]
Cobertura de telha de barro sem
forro. 4,55
Espessura da telha: 1,0 cm
Cobertura de telha de barro com
laje mista de 12,0 cm. 2,25
Espessura da telha: 1,0 cm.
Cobertura de telha de
fibrocimento sem forro. 4,60
Espessura da telha: 0,7 cm.
Cobertura de telha de
fibrocimento com laje mista de
12,0 cm. 1,93
Espessura da telha: 0,8 cm.
Cobertura de telha sanduiche de
EPS. 0,90
Espessura da telha: 3,1 cm.
Cobertura de telha sanduiche de
EPS com forro de Gesso de 2,0
cm. 0,60
Espessura da telha: 3,1 cm.
a) (b)
Figura 3-4. Resistência à passagem do calor em série (a) e em paralelo
(b).
Como a resistência térmica total de um sistema
construtivo (RT = 1/U). corresponde ao inverso da
transmitância térmica, é necessário calcular a primeira
para obter a segunda. Sua unidade é o m²-K/W ou ft² hr
°F/BTU, no Sistema Imperial, que corresponde à 0,176 K m²/W.
O cálculo da resistência térmica considera as resistências convectivas
internas e externas, camadas de matérias, câmara de ar e barreira
radiante.
22
3.3.2 Resistências superf iciais
Além das resistências térmicas dos materiais, há as resistências
superficiais internas (Rsi) e externas (Rse), Tabela 3-6, que
correspondem a troca de calor por convecção nas superfícies.
23
Tabela 3-6. Resistência térmica superficial.
Resistência térmica Direção e sentido do fluxo de calor
superficial Horizontal Vertical Vertical
ascendente descendente
2
Externa: Rse (m .K)/W 0,04 0,04 0,04
Interna: Rsi (m2.K)/W 0,13 0,10 0,17
24
A emissividade de um material corresponde à
capacidade de um material de emitir energia por
radiação (irradiar energia). Um corpo negro tem
emissividade igual a 1 enquanto que prata polida
pode atingir 0,02. Quanto mais refletivo o metal, menor é a
emissividade (Tabela 3-8).
Tabela 3-8. Absortância (α) para radiação solar (ondas curtas) e
emissividade (ε) para radiações a temperaturas comuns (ondas longas)
Tipo de superfície α ε
Chapa de alumínio (nova e brilhante) 0,05 0,05
Chapa de alumínio (oxidada) 0,15 0,12
Chapa de aço galvanizada (nova e brilhante) 0,25 0,25
Caiação nova 0,12 / 0,15 0,90
Concreto aparente 0,65 / 0,80 0,85 / 0,95
Telha de barro 0,75 / 0,80 0,85 / 0,95
Tijolo aparente 0,65 / 0,80 0,85 / 0,95
Reboco claro 0,30 / 0,50 0,85 / 0,95
Revestimento asfáltico 0,85 / 0,98 0,90 / 0,98
Vidro comum de janela Transparente 0,90 / 0,95
Pintura:- branca 0,20 0,90
- amarela 0,30 0,90
- verde claro 0,40 0,90
- “alumínio” 0,40 0,50
verde escuro 0,70 0,90
- vermelha 0,74 0,90
- preta 0,97 0,90
Ts1 Ts2
RT
25
Figura 3-6. Analogia com resistência elétrica.
A resistência térmica total corresponde ao somatório do conjunto de
resistências térmicas correspondentes às camadas de um elemento ou
componente, incluindo as resistências superficiais interna e externa
cálculo (ABNT, 2005a).
Rt = R t1 + R t2 + ..... + Rtn + Rar1 + Rar2 + ..... + Rarn, sendo que
R t1, R t2, …, Rtn : resistência térmica de cada material
Text Tint
Rse Rmaterial Rsi
Figura 3-7. Analogia com resistência elétrica.
27
45 45
40 40
35 35
30 30
temperatura (ºC)
temperatura (ºC)
25
25
20
20
15
15
10 Rsi=0,13 R=0,06 R=0,04 10 R=2,86
(m2.K)/W (m2.K)/W (m2.K)/W
5 (m2.K)/
5 W
0
Ti concreto Te
0
10cm Ti concreto isopor Te
10cm 10 cm
25
(6,9ºC) e aproxima a temperatura
20
da superfície interna com a do ar
15
interno (Figura 3-11). O mesmo
10
efeito pode ser obtido colocando o R=2,86
(m2.K)/W
5
isolamento térmico na superfície
0
interna Figura 3-12. Conforme Ti isopor concreto Te
10 cm 10cm
pode ser observado, as maiores
resistências térmicas promovem as Figura 3-12. Perfil de
maiores variações de temperatura. temperatura para uma parede
com isopor no interior.
28
comportamento. Áticos com RBS são menos suscetíveis à
deterioração em climas com média da umidade relativa do ar
de até 50%.
29
Figura 3-15. Caracterização da
Figura 1-3-14. Parede de transmitância térmica de um
Tijolos Maciços. sistema construtivo heterogêneo.
A
30
Ab = 0,05 x 0,19 = 0,0095 m2 (m2.K)/W
ereboco ecerâmica ereboco 0, 02 0, 09 0, 02
Rb = + + = + + = 0,1348
λreboco λcerâmica λreboco 1,15 0,90 1,15
• Resistência equivalente
Aa + Ab 0, 0025 + 0, 0095 0, 0120
=Rt = = = 0,1296
Aa Ab 0, 0025 0, 0095 0, 0926
+ +
Ra Rb 0,1130 0,1348
31
Localmente, também se destacam as propriedades do sistema
construtivo de vedação vertical TECLEVE, que apresenta U entre 0,8
e 1,0 W/m²/K, conforme analisa do LTC no projeto Finep Habitare
2006.
32
3.5 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO DE CÁLCULO DE TRANSMITÂNCIA
TÉRMICA
33
Tabela 3-9. Limites de Tabela 3-10. Limites de
transmitância térmica para transmitância térmica para
edificações residenciais na edificações de escritório na
cidade de Natal-RN. cidade de Natal-RN.
norma parede norma parede
NBR 15220-3. U ≤ 3,60 RTQ-C U≤ 2,50
NBR 15.575 U≤ 2,50 ASHRAE 90.1 U≤ 0,50
ASHRAE 90.2 U≤ 0,38 ADVANCED U≤ 0,44
ENERGY DESIGN
GUIDE FOR
SMALL OFFICE
BUILDINGS
34
4 COR E BRILHO DAS SUPERFÍCIES
A cor e o brilho das superfícies expostas à radiação solar podem ser
as principais causas das muitas ocorrências de desconforto ao calor
das pessoas nos espaços abertos e nas edificações. Pessoas expostas
preferencialmente optam por roupas claras ao invés de escuras: uma
camiseta escura atinge 46°C enquanto que a clara atinge 32°C
(Figura 4-1).
35
enquanto as telhas novas e claras variam entre 40 e 50° (Figura 5 3).
Como telhas de fibrocimento tem uma alta transmitância térmica, a
temperatura interna apresenta temperaturas internas poucos graus
Celsius a menos. A exemplo da Figura 5 4, a temperatura interna
atinge 59°C, se tornando uma fonte intensa de radiação térmica, que
pode ser mitigada com a inclusão de um forro, reduzindo a
temperatura superficial do teto para 31°C (considerando que o
ambiente interno é climatizado artificialmente.
36
Figura 4-5. Comparação entre as temperaturas superficiais de roupas
escura e clara.
37
Tabela 4-1. Absortância para radiação solar (ondas curtas).
Tipo de superfície α
Chapa de alumínio: de nova e brilhante à oxidada 0,05 a 0,15
Chapa de aço galvanizada (nova e brilhante) 0,25
Caiação nova 0,12 / 0,15
Concreto aparente 0,65 / 0,80
Telha de barro 0,75 / 0,80
Tijolo aparente 0,65 / 0,80
Reboco claro 0,30 / 0,50
Revestimento asfáltico 0,85 / 0,98
Pintura: - branca 0,20
- amarela 0,30
- verde claro 0,40
- “alumínio” 0,40
- verde escuro 0,70
- vermelha 0,74
- preta 0,97
Fonte: adaptado de (ABNT, 2005c)
38
fonte: adaptado de (DORNELLES E RORIZ, 2007; LAMBERTS et al., 2014)
39
4.2 FATOR DE CALOR SOLAR (FCS)
Considerando uma determinada quantidade de radiação solar
incidente na envoltória, o fator de calor solar (FCS) corresponde à
fração (%) desse calor que foi absorvido e transmitido pelo sistema
construtivo.
Uma coberta reflete parte da radiação solar (depende da refletância
ou ρ), absorve parte da radiação solar (depende da absortância ou α),
aquece e, em seguida, transfere calor para o interior (depende de U)
e para o exterior, conforme Figura 4-6. Deixa de haver transferência
de calor de dentro para fora ou de fora para dentro, e passa a haver
transferência de calor entre a superfície aquecida e os ambientes
externos e internos. Portanto, o desempenho térmico de um sistema
construtivo opaco sob a incidência de radiação solar passa a depender
de U e α e ambos compõem o FCS.
4.4 NORMAS
A NBR 15220-3 (ABNT, 2005b) define que habitações da zona
bioclimática 8 (clima quente e úmido) apresentem um FCS menor do
que 4,0 % para parede e menor do que 6,5% para coberta. A
recomendação para a zona bioclimática 7 (clima quente e seco) é que
40
o FCS seja menor do que 3,5 % para parede e menor do que 6,5%
para coberta.
Tabela 4-3. Transmitâncias térmicas de envoltória para zonas
bioclimáticas 7 e 8.
fechamento zona 7 zona 8
parede FCS < 3,5 % FCS < 4,0 %
coberta FCS < 6,5 %
FV: fator de ventilação estabelecido pela NBR 15.220-2, igual a 1 quando não há
ventilação no ático.
42
Uma parede com cores clara e escura como a da Figura 4-7, com
mesmas transmitâncias térmicas, apresentam temperaturas
superficiais diferentes entre si. O motivo está na capacidade de cada
cor em absorver a radiação térmica, ainda que a propriedade de
transmitir calor seja a mesma. .
80
4.7 100
4 80
3
60
U (W/m²K) 2 absortância (%)
40
1
20
0
180
160
140
120
y = 3,6724x + 83,75
100 2
R = 0,962
80
60
40
20
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
fator de calor solar (%)
Forro de madeira
Forro de PVC
46
5 MASSA TÉRMICA
O uso de massa térmica é
frequentemente associado, na
literatura internacional, à
arquitetura vernacular de
regiões com clima desértico,
caracterizado por extremos de
temperaturas altas e baixas, a
exemplo da cidade de Bam/Irâ
(Figura 5-2) e
Marraqueche/Marrocos
(Figura 5-3), e com clima
mediterrâneo caracterizado
pelo calor de verão como a
praticada na ilha de
Santorini/Grécia (Figura 5-4) Figura 4-1. Taipa de pilão
Fonte:
https://br.pinterest.com/pin/551902
129309088566/
47
Figura 5-4. Arquitetura da ilha de Santorini/Grécia.
Fonte: http://www.architecturendesign.net/stunning-photos-of-santorini-greece/
49
Campus, Charles Sturt University, Australia
A Escola de Meio Ambiente e Ciências da Informação foi projeta por
Marci Webster-Manison, influenciada por seu mestrado em conforto
ambiental sob orientação de Steven Szokolay. As estratégias de
massa térmica (Figura 5-7) e resfriamento evaporativo (Figura 5-8)
combinadas com ventilação natural e sombreamento (Figura 5-9)
foram selecionadas para o clima quente e seco no verão, e frio no
inverno, com grandes amplitudes térmicas diárias.
50
Figura 5-8. Detalhes do resfriamento evaporativo nas laterais das
paredes externas e nas torres de lona da biblioteca da Escola de Meio
Ambiente e Ciências da Informação, Austrália.
Fonte: (HOWLIN, 2002)
51
Figura 5-10. Vista lateral dos dois blocos.
Fonte: (ooi-house-margaret-river-australia)
53
Figura 5-15. Wendell Burnette Architects - Phoenix, Arizona
Fonte: http://wendellburnettearchitects.com/
54
Figura 5-17. Jones Studio Inc.
Fonte: jonesstudioinc.com
55
Figura 5-19. richärd+bauer architecture
FONTE: www.richard-bauer.com/
56
5.2 EFEITO
Embora seja possível usar o isolamento térmico para reduzir as
temperaturas das superfícies internas do ar e das superfícies internas,
o atraso térmico pode ser uma estratégia mais eficiente de obtenção
de conforto térmico. Primeiro, porque o uso da massa térmica pode
atrasar o aquecimento das superfícies internas (devido ao calor que
flui de fora para dentro). Segundo, porque é possível esfriar as
superfícies internas a ponto de mantê-las mais baixa que o exterior
nos períodos mais quentes. O esfriamento dos fechamentos é obtido
logo após o pôr do Sol porque a temperatura do ar decresce até a
nascente e porque também se perde muito calor para o céu. As
amplitudes diárias de temperatura do ar variam de acordo com o
clima: 15°C no Arizona/USA e na Arábia Saudita, 12°C em Caicó,
7ºC em Natal. A temperatura equivalente do céu, para efeito de troca
de calor radiante, pode variar muito mais que a do ar, de -50°C em
clima deserto, com baixa umidade do ar e céu claro, até 20°C em
clima quente e úmido e com céu coberto (como da Tailândia). Da
Ao invés de impedir o fluxo de calor como os isolantes, os sistemas
construtivos com massa podem atrasar o fluxo. Em fechamentos com
pouca massa, como uma telha metálica, a diferença de temperaturas
entre as superfícies é suficiente para gerar fluxo de calor
instantaneamente porque há pouca massa. Por outro lado, uma parede
com muita massa, a transferência de calor por diferença de
temperatura entre as superfícies não ocorre instantaneamente porque
a parede se aquece primeiro para depois transferir o calor. Quanto
maior a massa (e o calor específico do material), mais tempo levará
para se aquecer (de onde vem o termo massa térmica), e com isso o
calor atingirá o interior depois de horas, de maneira gradativa.
Uma habitação hipotética, conforme ilustrações da Figura 5-21,
representa o fluxo de calor de fora para dentro durante o dia, que
gradativamente aumenta a temperatura da parede à medida que
avança. O fluxo atinge o interior depois de várias horas, porém com
pouca intensidade. Ao anoitecer, o fluxo de calor inverte de direção
e a parede passa a perde calor para o exterior.
57
Figura 5-21. Ilustração do efeito da massa térmica sobre a
transferência de calor ao longo do dia e da noite.
O atraso térmico pode proporcionar a redução do calor que atinge os
ambientes internos (redução de cargas térmicas) e atrasar os picos de
temperatura (Figura 5-22). Enquanto o pico de temperatura no
exterior ocorre no início da tarde, o pico no interior da edificação
pode ocorrer no início da noite. Embora não seja vantajoso ter uma
casa desconfortável no início da noite, quando todos estão presentes,
é possível conciliar a estratégia de inércia térmica e ventilação
noturna desde que a temperatura externa esteja mais baixa que o
interior, típico em clima quente e seco.
58
Figura 5-22. Ilustração do atraso térmico ente edificações com baixa e
alta inércia térmica.
59
Vedações externas Atraso Térmico -
ϕ
Paredes Leve ϕ ≤ 4,3
Leve Refletora ϕ ≤ 4,3
Pesada ϕ ≥ 6,5
Coberturas Leve ϕ ≤ 3,3
Leve Refletora ϕ ≤ 3,3
Pesada ϕ ≥ 6,5
Onde:
φ é o atraso térmico ;
e é a espessura da placa ;
λ é a condutividade térmica do material ;
ρ é a densidade de massa aparente do material;
c é o calor específico do material;
Rt é a resistência térmica de superfície a superfície do componente ;
CT é a capacidade térmica do componente.
60
(λ ρ c)ext Rt −Rext
B2 = 0,205 � Rt
� �R ext − 10
�
Considerar B2 nulo caso seja negativo
O índice "ext" se refere à última camada do componente, junto à face externa.
λ é a condutividade térmica do material (W/(m.K)
ρ é a densidade de massa aparente do material (kg/m³)
U CT ϕ
Descrição
W/(m2.K) kJ/(m2.K) horas
Parede de concreto
maciço 5,04 120 1,3
de 5,0 cm de espessura
Parede de tijolos
maciços aparentes de 3,70 149 2,4
10 cm de espessura
62
Parede de tijolo de 6
furos quadrados, de 14
cm de espessura, 2,48 158 3,3
assentados na menor
dimensão
Parede dupla de tijolos
maciços, assentados na
2,30 430 6,6
menor dimensão, de 26
cm de espessura
Parede de tijolo de 6
furos quadrados, de 19
cm de espessura, 2,02 192 4,5
assentados na maior
dimensão
Parede dupla de tijolos
de 8 furos quadrados,
assentados na maior 1,12 368 10,8
dimensão, de 44 cm de
espessura
Cobertura de telha de
barro sem 4,55 18 0,3
forro
Cobertura de telha de
barro (1 cm) com forro 2,24 84 2,6
de concreto (3 cm)
Cobertura de telha de
barro (1 cm) com forro
1,84 458 8,0
de concreto (2
0 cm)
6 IMPACTO NO PROJETO
O zoneamento bioclimático demonstra que as diretrizes da NBR
15.220 quanto ao uso de massa térmica para as zonas 7 e 8 são bem
diferentes. Ambas as zonas coincidem com clima tropical, porém as
diferentes amplitudes térmicas diárias confirmam as tendências
regionais vernaculares, como a casa de fazenda do sertão e a cabana
do pescador do litoral.
As características térmicas definidas em normas podem confirmar ou
refutar tendências arquitetônicas regionais, assim como influenciar a
escolha de partidos e de linguagens arquitetônicas, como as
63
esboçadas na Figura 6-1.
64
Tipo Representação e Referência e características
lay-out
habitações vernaculares de centros
urbanos, dimensões 5 x 12 m²,
Alongado
65
Figura 6-2. Zonas climáticas do RN.
Fonte: IDEMA (2014).
100
80
frequência (%)
60
40
20
0
1 4 7 10 13 16 19 22 anual
horas do dia e anual
66
100
80
frequência (%)
60
40
20
0
1 4 7 10 13 16 19 22 anual
horas do dia e anual
80
frequência (%)
60
40
20
0
1 4 7 10 13 16 19 22 anual
horas do dia e anual
frio conforto conf + ar mov. calor
67
100
80
frequência (%)
60
40
20
0
1 4 7 10 13 16 19 22 anual
horas do dia e anual
frio conforto conf + ar mov. calor
68
Figura 6-7. Comparação dos desempenhos por tipos de habitação em
Natal/RN.
69
Figura 6-8 Média dos percentuais de horas ocupadas em conforto de
cada variável e tipo de habitação em Caicó/RN
70
Figura 6-9. Média dos percentuais de horas ocupadas em conforto de
cada variável e tipo de habitação em Mossoró/RN
71
Figura 6-10. Média dos Percentuais de Horas Ocupadas em Conforto
de cada variável e tipo de habitação em Areia/PB
72
6.1 TESTE SEUS CONHECIMENTOS
1) Qual a diferença entre transmitância térmica e condutividade térmica
quanto à análise de desempenho térmico?
73
11) Dê exemplos de sistemas de parede e de coberta que atendem o
critério de FCS da NBR 15220-3.
15) Com base nas equações, comente como é possível aumentar o atraso
térmico e a capacidade térmica de fechamentos.
74
7 BIBLIOGRAFIA
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75
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– LABEEE – UFSC. Manual de Aplicação dos Regulamentos: RTQ-C
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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, I. E. C. E.; INSTITUTO
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76
CATÁLOGO DE PROPRIEDADES TÉRMICAS DE PAREDES,
COBERTURAS E VIDROS. ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº
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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Calculadora de propriedades.
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PACHECO, G. H. S. Determinação de recomendações bioclimáticas
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Disponível em: < http://socrates.ct.ufrn.br/catalogor3e/ >. Acesso em:
2016.
77
8 ANEXO I: PROPRIEDADES TERMOFÍSICAS
DE MATERIAIS.
Material ρ λ c
kg/m3 W/ kJ/
m.K kg.K
Argamassas
argamassa comum 1800-2100 1,15 1,00
argamassa de gesso (ou cal e gesso) 1200 0,70 0,84
argamassa celular 600-1000 0,40 1,00
Cerâmica
tijolos e telhas de barro 1000-1300 0,70 0,92
1300-1600 0,90 0,92
1600-1800 1,00 0,92
1800-2000 1,05 0,92
Cimento-amianto
placas de fibro-cimento 1800-2200 0,95 0,84
1400-1800 0,65 0,84
Concreto (com agregados de pedra)
concreto normal 2200-2400 1,75 1,00
concreto cavernoso 1700-2100 1,40 1,00
Concreto com pozolana ou escória expandida com estrutura cavernosa
(ρ dos inertes ~750 kg/m3 )
com finos 1400-1600 0,52 1,00
1200-1400 0,44 1,00
sem finos 1000-1200 0,35 1,00
Concreto com argila expandida
dosagem de cimento > 300 kg/m3, 1600-1800 1,05 1,00
ρ dos inertes > 350 kg/m3 1400-1600 0,85 1,00
1200-1400 0,70 1,00
1000-1200 0,46 1,00
dosagem de cimento < 250 Kg/m3, 800-1000 0,33 1,00
ρ dos inertes < 350 Kg/m3 600-800 0,25 1,00
< 600 0,20 1,00
concreto de vermiculite (3 a 6 mm) ou perlite 600-800 0,31 1,00
expandida fabricado em obra 400-600 0,24 1,00
dosagem (cimento/areia) 1:3 700-800 0,29 1,00
dosagem (cimento/areia) 1:6 600-700 0,24 1,00
500-600 0,20 1,00
concreto celular autoclavado 400-500 0,17 1,00
78
Material ρ λ c
kg/m3 W/ kJ/
m.K kg.K
Gesso
projetado ou de alta densidade massa 1100-1300 0,50 0,84
aparente
placa de gesso; gesso cartonado 750-1000 0,35 0,84
com agregado leve gesso:agregado = 1:1 700-900 0,30 0,84
gesso:agregado = 1:2 500-700 0,25 0,84
Granulados
brita ou seixo 1000-1500 0,70 0,80
argila expandida < 400 0,16
areia seca 1500 0,30 2,09
areia (10% de umidade) 1500 0,93
areia (20% de umidade) 1500 1,33
areia saturada 2500 1,88
terra argilosa seca 1700 0,52 0,84
Impermeabilizantes
membranas betuminosas 1000-1100 0,23 1,46
asfalto 1600 0,43 0,92
asfalto 2300 1,15 0,92
betume asfáltico 1000 0,17 1,46
Isolantes térmicos
lã de rocha 20-200 0,045 0,75
lã de vidro 10-100 0,045 0,70
poliestireno expandido moldado 15-35 0,040 1,42
poliestireno expandido 25-40 0,035 1,42
espuma rígida de poliuretano extrudado 30-40 0,030 1,67
Madeiras e derivados
madeiras com alta densidade de massa 800-1000 0,29 1,34
aparente
carvalho, freijó, pinho, cedro, pinus 600-750 0,23 1,34
450-600 0,15 1,34
300-450 0,12 1,34
aglomerado de fibras de madeira (denso) 850-1000 0,20 2,30
aglomerado de fibras de madeira (leve) 200-250 0,058 2,30
aglomerado de partículas de madeira 650-750 0,17 2,30
550-650 0,14
placas prensadas 450-550 0,12 2,30
350-450 0,10 2,30
placas extrudadas 550-650 0,16 2,30
compensado 450-550 0,15 2,30
350-450 0,12 2,30
79
aparas de madeira aglomerada com cimento 450-550 0,15 2,30
em fábrica 350-450 0,12 2,30
250-350 0,10 2,30
palha (capim Santa Fé) 200 0,12
Material ρ λ c
kg/m3 W/ kJ/
m.K kg.K
Metais
aço, ferro fundido 7800 55 0,46
alumínio 2700 230 0,88
cobre 8900 380 0,38
zinco 7100 112 0,38
Pedras (incluindo junta de assentamento)
granito, gneisse 2300-2900 3,00 0,84
ardósia, xisto 2000-2800 2,20 0,84
basalto 2700-3000 1,60 0,84
calcáreos/mármore > 2600 2,90 0,84
outras 2300-2600 2,40 0,84
1900-2300 1,40 0,84
< 1500 0,85 0,84
Plásticos
borrachas sintéticas, poliamidas, poliesteres, 900-1700 0,40
polietilenos
polimetacrilicos de metila (acrílicos) 1200-1400 0,20
policloretos de vinila (PVC)
Vidro
chapa de vidro comum 2700 1,10 0,84
80
9 ANEXO: RESUMO
Transmitância térmica: calor transmitido em cada 1m² de área de um
componente quando há 1K de diferença de temperatura
U = 1/RT
transmitância térmica
[W/(m².K)]
Cálculo de resistência térmica
Ri = e/λ cálculo para componente
[(m².K)/W] homogêneo
81
CText é a capacidade térmica da camada
externa do componente
Carga térmica: calor que deve ser removido do ambiente para manter
o conforto térmico
Q= Área x U x (∆T)
82
10 ANEXO II: PROPRIEDADES TÉRMICAS DE
PAREDES E COBERTURAS
O seguinte catálogo é adaptado de MORISHITA et al (2010.) apresenta
as transmitância térmicas dos sistemas construtivos mais comuns.
Tabela 10-1. Exemplo de U para paredes.
83
84
85
86
Tabela 10-2. Exemplo de U para cobertas.
87
88
89
90
91
92
fonte: (MORISHITA, SORGATO et al., 2010.; LAMBERTS, FOSSATI et al., 2014)
93
11 ANEXO III: PROPRIEDADES DE VIDROS.
Tabela adaptada do Anexo Geral V (MINISTÉRIO DO
DESENVOLVIMENTO E INSTITUTO NACIONAL DE
METROLOGIA, 2013).
• Tsol = Transmitância à
radiação solar (incidência
normal);
• Rsol1 = Refletância à
radiação solar na face 1
(incidência normal);
• Rsol2 = Refletância à
radiação solar na face 2
(incidência normal);
• Tvis = Transmitância à
radiação solar no espectro
visível (incidência Figura 11-1. Identificação das
normal); faces.
94
Fabricante
Esp. (mm)
Produto
Emis1
Emis2
Rsol1
Rsol2
Tvis
Tsol
FS
Cool Lite 114 PN 8 0,27 0,11 0,2 0,3 0,1 0,8 0,8
Cool Lite KNT Azul 8 0,29 0,22 0,1 0,2 0,4 0,8 0,8
Cool Lite KNT Incolor 8 0,43 0,31 0,2 0,2 0,5 0,8 0,8
Cool Lite KNT Verde 8 0,39 0,13 0,1 0,2 0,4 0,8 0,8
Cool Lite SKN 8 0,34 0,24 0,4 0,4 0,5 0,8 0,8
Cool Lite SKN Cinza 8 0,28 0,15 0,4 0,4 0,3 0,8 0,8
Cool Lite SKN Verde 8 0,31 0,20 0,4 0,2 0,5 0,8 0,8
COOL LITE KBT 140
6 0,359 0,27 0,2 0,3 0,4 0,8 0,1
6mm
COOL LITE KNT 140
6 0,34 0,26 0,2 0,3 0,4 0,8 0,1
6mm
COOL LITE KNT 155
6 0,428 0,35 0,2 0,2 0,5 0,8 0,2
6mm
CEBRACE
95
COOL LITE ST 150
6 0,576 0,45 0,1 0,2 0,5 0,8 0,8
6mm
COOL LITE ST 167
6 0,694 0,62 0,1 0,2 0,7 0,8 0,8
6mm
COOL LITE ST 420
6 0,307 0,09 0,1 0,3 0,2 0,8 0,6
6mm
COOL LITE ST 450
6 0,439 0,23 0,1 0,2 0,4 0,8 0,8
6mm
COOL LITE STB 120
6 0,357 0,18 0,2 0,4 0,2 0,8 0,7
6mm
COOL LITE STB 136
6 0,459 0,30 0,1 0,3 0,4 0,8 0,7
6mm
COOL LITE STB 420
8 0,318 0,08 0,1 0,4 0,2 0,8 0,7
8mm
Eco Lite Incolor 8 0,57 0,45 0,1 0,2 0,5 0,8 0,8
Eco Lite Verde 8 0,45 0,30 0,1 0,1 0,5 0,8 0,8
PARSOL BRONZE
6 0,635 0,51 0,1 0,1 0,5 0,8 0,8
6mm
PARSOL GREEN
6 0,567 0,41 0,1 0,1 0,7 0,8 0,8
6mm
PARSOL GREY 6mm 6 0,609 0,47 0,1 0,1 0,4 0,8 0,8
Reflecta Cinza 8 0,39 0,24 0,2 0,2 0,2 0,8 0,8
Reflecta Incolor 8 0,44 0,37 0,4 0,3 0,3 0,8 0,8
Reflecta Verde 8 0,37 0,24 0,2 0,3 0,3 0,8 0,8
REFLECTASOL 6mm 6 0,545 0,48 0,3 0,4 0,3 0,8 0,8
REFLECTASOL
6 0,399 0,20 0,1 0,4 0,3 0,8 0,8
GREEN 6mm
REFLECTASOL
6 0,474 0,30 0,1 0,4 0,2 0,8 0,8
GREY 6mm
AG 43 clear 8 0,36 0,26 0,4 0,3 0,4 0,8 0,8
GUARDIAN
Light Blue 52 green 6 0,43 0,27 0,1 0,2 0,4 0,8 0,8
Light Blue 52 clear 6 0,58 0,48 0,1 0,2 0,5 0,8 0,8
Light Blue 52 clear 8 0,58 0,47 0,1 0,1 0,6 0,8 0,8
Neutral 14 clear 6 0,23 0,12 0,3 0,4 0,1 0,8 0,3
96
Neutral 14 clear 8 0,27 0,13 0,3 0,3 0,2 0,8 0,8
Neutral 14 green 6 0,22 0,07 0,1 0,4 0,1 0,8 0,3
Neutral 40 clear 8 0,39 0,27 0,3 0,2 0,4 0,8 0,8
Neutral 55 clear 8 0,44 0,36 0,3 0,3 0,5 0,8 0,8
Neutral 70 clear 8 0,6 0,52 0,2 0,2 0,7 0,8 0,8
NP 50 clear 8 0,4 0,31 0,3 0,3 0,5 0,8 0,8
Royal Blue 20 clear 6 0,31 0,18 0,2 0,4 0,2 0,8 0,5
Royal Blue 20 clear 8 0,33 0,18 0,2 0,3 0,2 0,8 0,8
Royal Blue 40 clear 8 0,38 0,26 0,3 0,3 0,4 0,8 0,8
Silver 20 clear 6 0,27 0,16 0,3 0,3 0,2 0,8 0,4
Silver 20 clear 8 0,29 0,15 0,3 0,2 0,2 0,8 0,8
Silver 20 green 6 0,24 0,09 0,1 0,3 0,2 0,8 0,4
Silver 20 green 8 0,29 0,10 0,2 0,2 0,2 0,8 0,8
Silver 32 clear 6 0,41 0,28 0,2 0,2 0,3 0,8 0,7
Silver 32 clear 8 0,41 0,27 0,2 0,2 0,3 0,8 0,8
Silver 32 green 6 0,33 0,16 0,1 0,2 0,3 0,8 0,7
Silver 32 green 8 0,36 0,19 0,1 0,2 0,3 0,8 0,8
SNL 37 Clear 8 0,27 0,15 0,4 0,1 0,3 0,8 0,8
SNL 37 clear 8 0,29 0,19 0,4 0,3 0,4 0,8 0,8
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