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PONTA GROSSA
2019
1. Introdução e Objetivos
Planejar
Considerando que o hotel se enquadra como um estabelecimento do grupo
tarifário A4, haverá uma tarifa composta pela demanda contratada e pelo
consumo, assim, busca-se reduzir o consumo em horário de ponta para que haja
maior distribuição de energia e, portanto, a demanda contratada possa ser menor
que a inicial. Adicionalmente, é conveniente evitar a ultrapassagem dessa
demanda contratada e reduzir a quantia de excedentes reativos.
Após análise das instalações e equipamentos do estabelecimento,
verificaram-se algumas prioridades: substituir equipamentos por equivalentes
mais eficientes (com menor consumo e fator de potência mais próximo de 1);
redução do número de equipamentos ou instalação de sensores que permitam
um aproveitamento mais inteligente de alguns dispositivos; realocar ou distribuir
melhor o intervalo de uso de determinados equipamentos para baixar a demanda
de ponta.
Uma vez conhecidos os equipamentos com maior dispêndio de energia,
através do Diagrama de Pareto, a elaboração da etapa “Fazer” é simplificada.
Fazer
1) Inicialmente, verificou-se que determinados equipamentos elétricos
podem ser substituídos por equivalentes a gás ou por modelos mais eficientes,
tanto em termos quantidade de potência como de fator de potência. São eles:
Chuveiro elétrico – pode ser substituído por um modelo a gás, cujo
pressurizador consome em torno de 100W;
Ar condicionado – o modelo de 1400W pode ser substituído por um modelo
mais eficiente, que requer menos potência, no caso um de 1000W;
Liquidificador – pode ser substituído por um modelo com fator de potência
mais próximo a 1.
2) Existem também os equipamentos cuja utilização é desnecessária, ou são
utilizados de maneira ineficiente, desperdiçando energia:
Geladeiras – analisando o porte do hotel, as duas geladeiras podem ser
remanejadas para uma só, considerando que também há um freezer de grande
porte e eficiente que conterá grande parte dos frios. Nesse aspecto, é
interessante que o hotel dê preferência à utilização de frutas e verduras frescas,
para diminuir a necessidade de armazenamento.
Lâmpadas do estacionamento – visto que passam grande parte do dia acesas
ineficientemente, é interessante a instalação de sensores de presença que
ajustem o consumo ao necessário.
Lâmpadas dos corredores – de maneira análoga às do estacionamento,
podem ser melhor aproveitadas com a utilização de sensores de presença.
3) Paralelamente, verificou-se que alguns equipamentos de acionamento
essencialmente manual poderiam ter seus intervalos de uso revistos. Nesses
casos o uso particular de sensores não é pertinente como no item anterior, sendo
necessária uma readequação do funcionamento de horários do hotel:
Mesa de bufê – conforme observado, os horários tanto do café da manhã
como do almoço poderiam ser reduzidos em 30 minutos cada, adequando o
intervalo resultante ao horário de maior demanda por cada refeição,
respectivamente.
Além desses itens, faz-se necessária uma capacitação ou formação
complementar envolvendo os funcionários do hotel, conscientizando a respeito
da política energética em curso e dos objetivos a serem cumpridos, promovendo
um programa de recompensa através de bonificação financeira aos funcionários
mais eficientes.
Checar
Após a implementação do sistema de gestão, é necessário que se avalie,
regularmente, a situação energética do hotel (bem como o impacto real após a
substituição de cada equipamento, realizada na etapa anterior), consultando não
apenas o consumo e a faixa de horários de uso, mas também a real necessidade
de utilização e a eficiência de cada equipamento elétrico.
Some-se a isso a necessidade de verificar o impacto de futuras modificações
nos equipamentos e eletrodomésticos do hotel, de maneira a antever a alteração
em termos de eficiência energéticos em cada momento.
Agir
Para manter o ciclo em operação, é necessário comprometimento por parte
da gerência do estabelecimento, buscando sempre elevar o padrão de qualidade
do hotel.
Nesse sentido é essencial que os próprios funcionários sejam engajados no
ciclo, verificando pequenos detalhes em atividades diárias que podem ser
reajustados para melhor aproveitamento energético.
4. Discussão de Resultados e Conclusão
Após a implementação do ciclo PDCA, baseando-se nas substituições e
adequações apontadas anteriormente, foram obtidos os seguintes
resultados:
5. Referências
RAMOS, M. R. Gestão Ambiental e vantagem competitiva: estudo de
caso no Hotel Verdegreen. 2013. 61 f. Trabalho de Conclusão de Curso
Graduação em Administração - Centro de Ciências Exatas e Sociais Aplicadas,
Universidade Estadual da Paraíba, Patos, 2013. Disponível em:
<http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/3891>. Acesso em: 20
maio 2019.
ANDRADE, Fabio Felippe de. O método de melhorias PDCA. 2003. 169 f.
Dissertação de Mestrado do Curso de Engenharia de Construção Civil e Urbana,
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-
04092003-150859/en.php >. Acesso em: 20 maio 2019.
SISTEMA de Gestão de Energia: Uma visão muito além da conta de luz. [S.
l.], 9 maio 2018. Disponível em: <https://www.verdeghaia.com.br/blog/sistema-
de-gestao-de-energia-uma-visao-muito-alem-da-conta-de-luz/>. Acesso em: 20
maio 2019.
DIAGRAMA de Espinha de Peixe (Ishikawa). [S. l.], 15 julho 2015. Disponível
em: <http://www.gestaoporprocessos.com.br/diagrama-de-espinha-de-peixe-
ishikawa/>. Acesso em: 21 maio 2019.