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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

CARLOS DA CONCEIÇÃO CASTILHO NETO


FERNANDO NATHAN ALMEIDA
ISABELLA PEZZIN LOPES
LUCAS LIEBEL CAMARGO RIBAS

CICLO PDCA – HOTEL PONTA GROSSA

PONTA GROSSA
2019
1. Introdução e Objetivos

O seguinte trabalho consiste na aplicação do ciclo PDCA com o objetivo


de aprimorar a gestão energética de um hotel, o “Hotel Ponta Grossa”, dessa
forma tornando o estabelecimento mais eficiente, reduzindo consumo e
gastos, aproveitando melhor os equipamentos e tornando o serviço mais
produtivo.
O ciclo PDCA (ou Método de Melhorias) é uma ferramenta de
gerenciamento de qualidade de um processo ou sistema, que melhor
representa o ciclo de gerenciamento de uma atividade. O sistema é composto
por quatro etapas, a saber: Plan (Planejar), Do (Fazer), Act (Agir) e Check
(Checar). Esse ciclo é melhor caracterizado pela imagem a seguir:

Figura 1: Diagrama do Ciclo PDCA


Fonte: BARBIERI, 2006

Para a implementação do PDCA, existe a necessidade de inicialmente se


definir um objetivo, visto que o ciclo apenas se completa com a definição de
uma meta a ser atingida.
Outra abordagem conveniente para o problema da baixa eficiência
energética no hotel é o Diagrama de Espinha de Peixe (ou Ishikawa), que
aponta a causa e o efeito de problemas em um determinado sistema, para
isso propondo um conjunto de seis causas: método, matéria-prima (ou
materiais), mão de obra (ou pessoas), máquinas, medida (ou medição) e
meio-ambiente.
A abordagem Ishikawa no problema a ser tratado nesse trabalho é
descrita pelo diagrama a seguir:
Figura 2: Espinha de peixe referente à baixa eficiência energética
Fonte: Autoria própria

Dessa forma, o objetivo foi definido como implementar um Sistema de


Gestão de Energia, e, de acordo com a ISO 50001, definir uma política de
eficiência energética que reduza o consumo de energia do hotel, para isso
utilizando-se de métodos como a substituição de equipamentos dispendiosos
por equivalentes mais econômicos e a premiação de funcionários e clientes
que sigam de maneira adequada as diretrizes definidas.
2. Caracterização das Instalações e Equipamentos do Hotel

Os equipamentos elétricos e eletrodomésticos do hotel, bem como suas


principais especificações e características de uso são relacionadas na tabela a
seguir:

Tabela 1: Equipamentos e especificações antes do PDCA


Fonte: Autoria própria

Tabela 2: Principais equipamentos e consumo antes do PDCA


Fonte: Autoria própria
Tabela 3: Demanda antes do PDCA
Fonte: Autoria própria

Tabela 4: Valor total da fatura antes do PDCA


Fonte: Autoria própria

Uma vez obtidas essas informações, torna-se interessante abordar a


questão da eficiência com uma ferramenta gráfica que evidencie as frequências
em que os principais problemas ocorrem (nesse caso os equipamentos com mais
alto gasto de energia) para que, uma vez identificados, seja mais fácil trabalhar
em sua resolução. A ferramenta que mais de ajusta a esse propósito é o
Diagrama de Pareto:

Gráfico 1: Diagrama de Pareto do consumo antes de ser implementado o PDCA


Fonte: Autoria própria
3. Ciclo PDCA

Planejar
Considerando que o hotel se enquadra como um estabelecimento do grupo
tarifário A4, haverá uma tarifa composta pela demanda contratada e pelo
consumo, assim, busca-se reduzir o consumo em horário de ponta para que haja
maior distribuição de energia e, portanto, a demanda contratada possa ser menor
que a inicial. Adicionalmente, é conveniente evitar a ultrapassagem dessa
demanda contratada e reduzir a quantia de excedentes reativos.
Após análise das instalações e equipamentos do estabelecimento,
verificaram-se algumas prioridades: substituir equipamentos por equivalentes
mais eficientes (com menor consumo e fator de potência mais próximo de 1);
redução do número de equipamentos ou instalação de sensores que permitam
um aproveitamento mais inteligente de alguns dispositivos; realocar ou distribuir
melhor o intervalo de uso de determinados equipamentos para baixar a demanda
de ponta.
Uma vez conhecidos os equipamentos com maior dispêndio de energia,
através do Diagrama de Pareto, a elaboração da etapa “Fazer” é simplificada.

Fazer
1) Inicialmente, verificou-se que determinados equipamentos elétricos
podem ser substituídos por equivalentes a gás ou por modelos mais eficientes,
tanto em termos quantidade de potência como de fator de potência. São eles:
Chuveiro elétrico – pode ser substituído por um modelo a gás, cujo
pressurizador consome em torno de 100W;
Ar condicionado – o modelo de 1400W pode ser substituído por um modelo
mais eficiente, que requer menos potência, no caso um de 1000W;
Liquidificador – pode ser substituído por um modelo com fator de potência
mais próximo a 1.
2) Existem também os equipamentos cuja utilização é desnecessária, ou são
utilizados de maneira ineficiente, desperdiçando energia:
Geladeiras – analisando o porte do hotel, as duas geladeiras podem ser
remanejadas para uma só, considerando que também há um freezer de grande
porte e eficiente que conterá grande parte dos frios. Nesse aspecto, é
interessante que o hotel dê preferência à utilização de frutas e verduras frescas,
para diminuir a necessidade de armazenamento.
Lâmpadas do estacionamento – visto que passam grande parte do dia acesas
ineficientemente, é interessante a instalação de sensores de presença que
ajustem o consumo ao necessário.
Lâmpadas dos corredores – de maneira análoga às do estacionamento,
podem ser melhor aproveitadas com a utilização de sensores de presença.
3) Paralelamente, verificou-se que alguns equipamentos de acionamento
essencialmente manual poderiam ter seus intervalos de uso revistos. Nesses
casos o uso particular de sensores não é pertinente como no item anterior, sendo
necessária uma readequação do funcionamento de horários do hotel:
Mesa de bufê – conforme observado, os horários tanto do café da manhã
como do almoço poderiam ser reduzidos em 30 minutos cada, adequando o
intervalo resultante ao horário de maior demanda por cada refeição,
respectivamente.
Além desses itens, faz-se necessária uma capacitação ou formação
complementar envolvendo os funcionários do hotel, conscientizando a respeito
da política energética em curso e dos objetivos a serem cumpridos, promovendo
um programa de recompensa através de bonificação financeira aos funcionários
mais eficientes.

Checar
Após a implementação do sistema de gestão, é necessário que se avalie,
regularmente, a situação energética do hotel (bem como o impacto real após a
substituição de cada equipamento, realizada na etapa anterior), consultando não
apenas o consumo e a faixa de horários de uso, mas também a real necessidade
de utilização e a eficiência de cada equipamento elétrico.
Some-se a isso a necessidade de verificar o impacto de futuras modificações
nos equipamentos e eletrodomésticos do hotel, de maneira a antever a alteração
em termos de eficiência energéticos em cada momento.

Agir
Para manter o ciclo em operação, é necessário comprometimento por parte
da gerência do estabelecimento, buscando sempre elevar o padrão de qualidade
do hotel.
Nesse sentido é essencial que os próprios funcionários sejam engajados no
ciclo, verificando pequenos detalhes em atividades diárias que podem ser
reajustados para melhor aproveitamento energético.
4. Discussão de Resultados e Conclusão
Após a implementação do ciclo PDCA, baseando-se nas substituições e
adequações apontadas anteriormente, foram obtidos os seguintes
resultados:

Tabela 5: Equipamentos e especificações após a implementação do PDCA


Fonte: Autoria própria

Tabela 6: Principais equipamentos e consumo após a implementação do PDCA


Fonte: Autoria própria
Tabela 7: Demanda após a implementação do PDCA
Fonte: Autoria própria

Tabela 8: Valor total da fatura após a implementação do PDCA


Fonte: Autoria própria

Gráfico 2: Diagrama de Pareto do consumo após ser implementado o PDCA


Fonte: Autoria própria

Após a implementação do método, verificou-se que o custo com energia


elétrica foi reduzido em grande quantia, e embora haja a ressalva de que o gasto
do hotel com o gás do chuveiro não tenha entrado na presente análise, é notável
a diferença entre os valores, e fica evidente o aumento da eficiência no sistema.
É verificável também que, embora o ar condicionado continue a ser o principal
equipamento com alto consumo de energia, o nível 100% do diagrama de Pareto
diminuiu em quase 1000kWh, provando a grande queda no consumo de energia
elétrica.
Percebe-se também a eficiência do método de melhoria contínua não
somente para o projeto em questão, mas para empresas em geral. Quando há
um problema, definir as etapas em planejamento, execução, verificação e
atuação corrobora para uma melhor resolução deste problema e incentiva um
constante aprimoramento desta resolução.
Ao visar a economia de gastos, a eficiência energética se faz necessária não
apenas para que a despesa do estabelecimento seja reduzida, mas também para
que a própria energia consumida seja de melhor qualidade, ausente de
inconstâncias e harmônicos.

5. Referências
RAMOS, M. R. Gestão Ambiental e vantagem competitiva: estudo de
caso no Hotel Verdegreen. 2013. 61 f. Trabalho de Conclusão de Curso
Graduação em Administração - Centro de Ciências Exatas e Sociais Aplicadas,
Universidade Estadual da Paraíba, Patos, 2013. Disponível em:
<http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/123456789/3891>. Acesso em: 20
maio 2019.
ANDRADE, Fabio Felippe de. O método de melhorias PDCA. 2003. 169 f.
Dissertação de Mestrado do Curso de Engenharia de Construção Civil e Urbana,
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-
04092003-150859/en.php >. Acesso em: 20 maio 2019.
SISTEMA de Gestão de Energia: Uma visão muito além da conta de luz. [S.
l.], 9 maio 2018. Disponível em: <https://www.verdeghaia.com.br/blog/sistema-
de-gestao-de-energia-uma-visao-muito-alem-da-conta-de-luz/>. Acesso em: 20
maio 2019.
DIAGRAMA de Espinha de Peixe (Ishikawa). [S. l.], 15 julho 2015. Disponível
em: <http://www.gestaoporprocessos.com.br/diagrama-de-espinha-de-peixe-
ishikawa/>. Acesso em: 21 maio 2019.

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