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Agricultores brasileiros estão trabalhando com cientistas nucleares para utilizar técnicas de
agricultura orgânica com o objetivo de aumentar sua produtividade e reduzir as emissões de
carbono, em um projeto coordenado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em NOTÍCIAS DO BRASIL
cooperação com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Con ra o boletim da ONU Brasil #276
Diante do alto custo dos fertilizantes contendo nitrogênio sintético, agricultores brasileiros estão
21/05/2019
utilizando xação biológica de nitrogênio (FBN). Essa técnica, conhecida como adubação verde,
envolve a captura de nitrogênio do ar, sem o uso de fertilizantes químicos.
UNFPA e ITAIPU realizam encontros em 16
municípios do oeste do Paraná
21/05/2019
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Agricultores brasileiros estão utilizando técnicas orgânicas envolvendo leguminosas que reduzem os custos e combatem as mudanças climáticas.
Foto: EMBRAPA
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o objetivo de aumentar sua produtividade e reduzir as emissões de carbono, em um projeto coordenado pela Agência
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Internacional de Energia Atômica (AIEA) em cooperação com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e
a Agricultura (FAO).
Os fertilizantes contribuem para as mudanças climáticas, liberando grandes quantidades de gases de efeito de estufa
durante o processo de fabricação e, novamente, quando são aplicados em excesso no solo.
Fertilizantes contendo nitrogênio sintético também são caros, de modo que os agricultores brasileiros estão
caminhando para o uso da xação biológica de nitrogênio (FBN). Essa técnica, conhecida como adubação verde,
envolve a captura de nitrogênio do ar, sem o uso de fertilizantes químicos.
“Estudos recentes na agricultura brasileira mostram que mais de 76% de todo o nitrogênio em grãos e cereais
colhidos são derivados da FBN, e menos de 20% é de fertilizantes sintéticos de nitrogênio”, disse Segundo Urquiaga, Mais da metade dos refugiad…
refugiad…
pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola (EMBRAPA). “O uso da FBN via cultivo de leguminosas está
agora em pleno crescimento na agricultura brasileira, particularmente no Centro-Oeste do Brasil”.
Os agricultores plantam vários tipos de feijão, incluindo feijão-de-porco e feijão-da- órida, que possuem bactérias em
suas raízes que convertem o nitrogênio do ar em uma forma adequada para consumo por outras plantas, fertilizando
o solo.
Depois que o feijão é colhido e o resíduo da cultura é deixado para trás, as culturas primárias, como grãos e cereais,
são plantadas no mesmo campo e se bene ciam do nitrogênio no solo, com a necessidade de uma quantidade
mínima de fertilizante químico.
“O custo do adubo orgânico no Brasil é estimado em cerca de 1 dólar o quilo de nitrogênio. Se considerarmos não
apenas a FBN associada à adubação verde, mas todos os benefícios econômicos dela, ou seja, incluindo a produção
de grãos de soja, estima-se que a substituição de fontes químicas de nitrogênio pelo nitrogênio derivado da FNB na
agricultura brasileira resultaria em uma economia de até 13 bilhões de dólares por ano”, disse Urquiaga. “Houve um
rápido crescimento dos sistemas de agricultura orgânica no Brasil”, completou.
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O governo brasileiro se comprometeu a reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 43% até 2030, em Assinar
comparação com os níveis de 2005, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, de 2015. Dado
que a agricultura é responsável por 24% das emissões globais de gases de efeito estufa, a implementação em
expansão dessas práticas agrícolas ajudará o país a atingir essa meta.
Além de aumentar a produção agrícola de maneira sustentável, a adubação verde ajuda a prevenir a degradação do
solo, melhorando sua saúde geral.
“Os adubos verdes têm ‘alimentado’ o solo, o que ajuda a evitar sua degradação”, disse José Donizetti, engenheiro
agrônomo da empresa brasileira Puraí Sementes. “Uma proporção signi cativa dos solos (brasileiros) está em estágio
avançado de degradação devido ao uso intensivo e impróprio para a atividade agrícola”.
Para veri car a e cácia da adubação verde, os cientistas utilizam técnicas nucleares envolvendo isótopos estáveis.
Por exemplo, rastreiam isótopos de nitrogênio-15 para con rmar quanto nitrogênio é xado pelo adubo verde ou quão
bem as culturas estão absorvendo nitrogênio derivado da adubação verde.
Para este segundo propósito, eles introduzem amostras de nitrogênio-15 no solo ao redor das plantações. Ao longo
de um período de vários meses, observam quanto de nitrogênio-15 é absorvido pelas plantas, o que lhes diz o quão
e cientemente elas estão usando os nutrientes.
Outro exemplo de técnica nuclear para avaliar os benefícios dos adubos verdes é a análise do isótopo carbono-13
para determinar quanto carbono dos adubos verdes será reciclado e transformado em matéria orgânica do solo após
repetidos ciclos de crescimento, contribuindo para aumentar a qualidade do solo.
Saiba mais sobre: Ação contra a mudança global do clima Fome zero e agricultura sustentável
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