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I – o Presidente da República;
VI – o Procurador-Geral da República;
II – DO CABIMENTO DA ADPF
Conforme doutrina e jurisprudência do Supremo Tribunal Federal já
firmados sobre o tema, é de notório saber que a Arguição por Descumprimento de Preceito
Fundamental “ADPF” é o instrumento utilizado quando incabíveis outros meios para
contestar a constitucionalidade de um ato normativo.
Tal medida está regulamentada pela Lei 9.882/99, em especial em seu
artigo 1°:
“Art. 1° A arguição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será
proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou
reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.
Parágrafo único. Caberá também arguição de descumprimento de preceito
fundamental:
I - Quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre
lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à
Constituição;”
Em suma, são três os pressupostos de cabimento da ADPF: (i) a ameaça ou
violação a preceito fundamental; (ii) um ato do Poder Público capaz de provocar a lesão; e
(iii) a inexistência de qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.
No caso em tela, o fato de a norma ser de âmbito municipal constitui
requisito para determinar o uso do atual instrumento processual, além da incompatibilidade
com os direitos fundamentais e os objetivos constitucionais, configurando clara afronta a
preceitos fundamentais.
O Brasil atravessa uma crise sistêmica há anos, com uma crescente nos
índices de desemprego e nos custos dos bens e serviços básicos. Em épocas de dificuldade
como a que estamos presenciando, é normal convivermos com muitas propostas de serviços
novos, principalmente serviços que visam um novo fomento a economia, de forma a trazer um
serviço econômico e que aumente as vagas de emprego.
Até o momento, os Ministros do STF não definiram o que entendem por preceito
fundamental. Em algumas hipóteses, disseram o que não é preceito fundamental.
[…] Enquanto o STF não define o que entende por preceito fundamental (e parece
que a apreciação não será de forma ampla, mas somente em cada caso concreto,
resolvendo tratar-se ou não de preceito fundamental), valemo-nos de algumas
sugestões da doutrina.
Art. 2º. Para efeitos dessa Lei, fica também proibida a associação de
empresas administradoras desses aplicativos e estabelecimentos
comerciais para o transporte remunerado de passageiros em veículos
Art. 6º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. [...]”
Da lei supra estão grifados os artigos 1º e 2º, sendo que, o artigo 1º viola
frontalmente o direito fundamental de livre locomoção, e o artigo 2º viola os princípios da
ordem econômica.
O artigo 4º, §1º da Lei 9.882/1999 estabelece que a ADPF não será admitida
quando houver outro meio eficaz para sanar a lesividade. No ordenamento jurídico pátrio, o
disposto no artigo 4º, §1º é denominado “princípio da subsidiariedade”.
VI – DOS PEDIDOS
MENDES, Gilmar Ferreira. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 1.099.
violados, requer-se, liminarmente, que este Egrégio Supremo Tribunal Federal afaste o ato do
Poder Público impugnado nesta ação.
Nestes termos,
P. Deferimento.
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TIA: 4150593-1
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