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A ALTA ESCOLA

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A ALTA ESCOLA

A equitação acadêmica compreende a baixa


escola (todas as andaduras naturais) e a Alta Escola.
Nessa última, as andaduras são utilizadas e
conduzem aos Ares Clássicos (Piaffer, passage,
mudanças de pé ao tempo, pirueta).
Os saltos naturais do cavalo também
são estilizados, sendo chamados de
`` Ares Elevados´´.
A origem dessa arte eqüestre remota à
Renascença Italiana.
A ALTA ESCOLA
O nascimento de uma verdadeira equitação

Durante toda a Idade Média, a equitação praticada pelos


nobres cavaleiros, os únicos que podiam dispor de cavalos,
era simples e sumária.
No final do século XV, tudo mudou com o surgimento do arcabuz,
ancestral do fuzil. Até então, o cavaleiro ignorava as flechas
e outros projéteis, pois sua armadura o protegia perfeitamente.
Então foi obrigado a rever seus trajes, uma vez que
as balas de arcabuz perfuravam a armadura, podendo machucá-lo e
até matá-lo.
O uso de armas de fogo rápidamente se popularizou,
tornando a pesada proteção metálica completamente inútil.
Os cavaleiros aposentaram então suas armaduras e as bardas
dos cavalos e foram obrigados a aprender a manobrar o
animal para evitar golpes e se esquivar nas lutas.
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O nascimento de uma verdadeira equitação

Isso ocorreu em primeiro lugar na Itália da Renascença, onde os


cavalos começaram a ser treinados com o objetivo de se
Tornarem montarias adequadas para o combate.
Os principais mestres foram Fiaschi, Grisone e Pignatelli,
que publicaram tratados sobre adestramento, cuidados com os
cavalos, arreamento e diversas hipologias.
Rivalizavam entre si e com Löhneysen na Alemanha, Duque de
Newcastle na Inglaterra, La Broue e Antoine Pluvinel na França.

No final do século XVI, surgiram academias de equitação por toda


a Europa, muito frequëntadas pelos mais abastados,
já que montar era parte integrante
da boa educação.
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A equitação acadêmica

A equitação de escola ou equitação acadêmica, que mais tarde


passou a ser chamada de equitação clássica,
adotava regras muito precisas.
A postura sobre o cavalo era quase a mesma preconizada por
Xenofonte – que ignorava o estribo – dois mil anos antes.
O cavaleiro devia ficar tão ereto quanto se estivesse em pé, os
joelhos fechados e os tornozelos virados para fora, por causa das
esporas. Ele trabalhava seu cavalo praticando as figuras de
picadeiro destinadas a alongar e desenvolver a maneabilidade.
Segundo os escudeiros da época, que julgavam a equitação
uma arte de saber-fazer, ao se posicionar assim sobre a sela,
o cavaleiro fazia sua montaria avançar com leveza,
precisão e elegância.
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A equitação acadêmica

Os mestres franceses transformaram o século XVII em um


século-chave para a equitação.
Eles buscavam dominar o cavalo física e psicologicamente,
racionalizando as práticas até então instintivas.
Mas como o cavalo sempre foi um instrumento de guerra, eles
desenvolveram os `` Ares Elevados´´, inicialmente para facilitar
que os homens de guerra se esquivassem dos golpes no
campo de batalha, como o levade, o croupade, e o ballotade.
Contudo, é improvável que esses ares tenham
sido muito utilizados nos combates, vistos que raros
cavaleiros possuíam o talento e os cavalos
necessários para executá-los.
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O conservatório dos ``Ares Elevados´´

O estilo dos ``Ares Elevados´´ da Escola Espanhola de Viena


segue exatamente as definições fornecidas em 1778 por
Montfaucon de Rogles:

O pasade (ou levade) é uma flexão sobre as ancas, o antemão


elevado e os anteriores dobrados, o cavalo permanecendo
imóvel por alguns instantes na posição empinada;

O mézaïr é uma pasade rápida, depois da qual o cavalo pousa os


anteriores para retomar imediatamente à pasade;

O courbette consiste numa série de saltos em posição de pasade,


sem que o antemão retorne ao solo.
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O conservatório dos ``Ares Elevados´´

O croupade é um salto no lugar, posteriores e anteriores


recolhidos sob o corpo.

O ballotade é quase o mesmo salto que o anterior, em que


o cavalo se colocas sobre os posteriores como se fosse coicear
(tanto o ballotade clássico e o croupade clássico não são mais
apresentados).

O cabriole é um salto em que o cavalo dá um coice com os dois


posteriores.
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O conservatório dos ``Ares Elevados´´

Levade
Courbette Saumur

Pasade Alta Croupade Saumur


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O conservatório dos ``Ares Elevados´´

Cabriole Saumur

Croupade

Ballotade
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Os carrosséis

No início do século XVII, depois que o papa e o rei proibiram os


torneios, a equitação acadêmica encontrou uma expressão a sua
altura nos carrosséis.
Esses espetáculos eqüestres com música tiveram seu apogeu
durante o reinado de Luís XIV. Eles eram a prova de que a equitação
tinha se tornado uma arte de corte, completamente confiada ao
picadeiro, sendo um fim em si mesma.
Em 1680, o palácio de Versalhes foi concluído. Luís XIV, caçador e
apreciador de cavalos como seu pai, quis que sua cavalaria
permanecesse próxima e fosse digna de sua grandeza.
Foram criadas então a escola de pajens (de formação de escudeiros)
e o picadeiro de Versalhes. Ela adquiriu uma reputação incomparável
durante os séculos XVII e XVIII, tornando-se símbolo do brilho da
equitação francesa da época.
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Os grandes mestres

Xenofonte – O livro intitulado ``Manual de Cavalaria´´ escrito por


ele, hábil general grego, é a mais antiga obra sobre a
sistematização da equitação.
Mesmo depois de 24 séculos, ainda é um guia excelente sobre
equitação e manejo do cavalo.
O livro, escrito em 400 a.c, desapareceu por 1.800 anos –
durante a Idade das Trevas – e podemos dizer que a equitação
da Europa só se tornou acadêmica depois que ``Manual de
Cavalaria´´ reapareceu durante a Renascença Italiana.
Xenofonte está para a equitação clássica assim como Sócrates
está para a filosofia, Aristóteles para a história natural ou
Pitágoras para a matemática. Ele estabeleceu paradigmas
observados até os dias de hoje.
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Federico Grisone – Foi um homem da sua época e percebe-se,


na sua interpretação das técnicas sutis de Xenofonte, uma
forte influência dos métodos de Tomás de Torquemada
e da brutalidade do Santo Ofício, que ainda dominava a
Europa Renascentista. Grisone nos devolveu o primeiro livro
da equitação clássica, que os Vândalos e os Godos nos haviam
roubado.

Devemos também reconhecer o valor da Escola


Napolitana por ter iniciado o treinamento de Antoine de
Pluvinel.
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François Robichon de la Guérinière – O livro, ``École de Cavalerie


´´,
escrito por La Guérinière, mesmo sem ter introduzido nenhuma
grande novidade para a equitação acadêmica, influenciou muito
a equitação do século 18, refinando os movimentos da alta
escola e elaborando as quadrilhas eqüestres.
Esta bela equitação-erudita pode ser vista inalterada até os dias
de hoje na Escola Espanhola de Viena, onde homens e cavalos são
condicionados e treinados rigorosamente segundo os princípios
introduzidos há 250 anos pelo grande mestre ``ecuyer´´
François Robichon de la Guérinière.
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Caprilli – Sua revolução não foi apenas o ``assento adiantado´´,


como querem alguns dos autores que parecem não ter
entendido a extensão dos seus ensinamentos.
O assento adiantado foi a ponta do iceberg de uma nova
percepção da equitação que elevava o cavalo de objeto à
indivíduo.
Depois de muitos séculos de uso mecânico do cavalo, Caprilli
percebeu o valor da união neurofisiológica do conjunto, mesmo
que no seu tempo não se tinha conhecimento deste termo
usado hoje na neurociência.
Mas, curiosamente, todos os antigos mestres e ``artistas da sela
´´ sofreram com uma estranha saudade do passado – uma crença
de que em alguma época anterior a equitação teria vivido os seus
``anos dourados´´.
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Os grandes mestres

Antoine Pluvinel – Para ele a equitação não era mais uma


demonstração do domínio da besta pelo homem e nem a
prova da sua masculinidade e, apesar do início da equitação
acadêmica ter sido na Itália, foi graças a homens como Pluvinel
que a França superou a Escola Napolitana, fundada por Federico
Grisone, e se tornou líder no treinamento de homens e cavalos na
Europa.
A França, do século 17, deu à arte eqüestre a sua direção e marca,
e François Robichon de la Guérinière, no século 18, foi o principal
herdeiro da ``equitação científica´´ de Pluvinel.
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Escola Nacional de Equitação (ENE) – O Cadre Noir de Saumur


conservou as tradições da escola francesa, principalmente os
saltos acadêmicos. Sua origem remota à crição, em 1815, de
um picadeiro acadêmico no seio da Escola de Saumur,
instituição dedicada à instrução das manadas a cavalo que em
1972 foi transformada na Escola Nacional de Equitação (ENE).
Os escudeiros evoluem nas reprises de picadeiro e nas de
salto em liberdade (cavalos conduzidos na mão, realizando
saltos de escola), enriquecidas hoje em dia com apresentações
individuais montadas e desmontadas.
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Escola Espanhola de Viena – Outro templo da equitação


européia é Escola Espanhola de Viena, na Áustria. Fundada em
1729, visa conservar a arte eqüestre segundo os ensinamentos
dos mestres do século XVIII, tendo como referência central o
mestre François Robichon de la Guérinière. Os escudeiros só
montam garanhões Lipizzaners, reproduzidos no haras de
Lípica, próximo a Triestre, e de Piber, na Estiria (Áustria). Esses
animais são descendentes de cavalos Andaluzes importados
da Espanha entre o século XVI e a primeira Guerra Mundial.
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Escola de Aplicação de Cavalaria e Equitação de Carabanchel –


Outra também famosa é a Escola de Aplicação de Cavalaria e
Equitação de Carabanchel, perto de Madri, que pratica todas as
formas de atividades eqüestres.
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Escola Real Andaluza (ERA) – Na Espanha, em Jerez de la


Frontera, a Escola Real Andaluza reabriu suas portas na década
de 1970 pela iniciativa do ilustre escudeiro espanhol Dom Álvaro
Domeqc Romero.
É conhecida em todo o mundo graças ao espectáculo Como
Dançam os Cavalos Andaluzes, uma exibição única de arte
equestre que demonstra e resume o trabalho que a instituição
tem desenvolvido desde a sua fundação.
Foi em Maio de 1975 que o rei Juan Carlos I entregou a Don
Álvaro Domecq Romero o prestigiado Cavalo Dourado, o troféu
que distingue a dedicação ao cavalo; Dom Álvaro apresentou
então pela primeira vez o espectáculo Como Dançam os Cavalos
Andaluzes, que levou à fundação da escola, dirigida pelo seu
fundador.
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Descendência

Xenofonte, com o seu livro Manual de Cavalaria, fundou a


equitação clássica 400 anos antes de Cristo. Federico Grisone,
no século 16, descobriu o seu manual. No século 17, Antoine de
Pluvinel refinou o equitação de Grisone. François Robichon de la
Guérinière, no século 18, deu o acabamento final nas técnicas da
alta escola. François Baucher, no século 19, com a força da
comunicação do seu ``Nouvelle Méthode´´, criou uma enorme
controvérsia na França. E coube a Federico Caprilli, no final
desse mesmo século, introduzir o conceito mais revolucionário
de todos – elevou o cavalo de objeto-máquina ao status de
indivíduo, aumentando assim infinitamente a sua performance.
Mas este extraordinário conceito, por razões históricas, caiu no
esquecimento por muitos e muitos anos.
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Textos de:
João Guilherme Nunes

Fontes:
Desempenho.com
Larousse dos Cavalos

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Imagens: sair
Google.com

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