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IGREJA PENTECOSTAL VALE DA BENÇÃO

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL


2019

1º ANO
1
Lições da EBD – IPVB
IGREJA PENTECOSTAL VALE DA BENÇÃO

I- A CRIAÇÃO DO MUNDO E DO SER HUMANO

TEXTO BASE
Gênesis Cap. 1 ao Cap. 3
TEXTO AUREO
Gênesis 1.26-31; 2.1-4

ALVO DA LIÇÃO.
Ao estudar esta lição o aluno terá condições de compreender o agir de Deus na sua Criação,
entender a Soberania de Deus e como Ele controla e ordena tudo conforme a sua vontade.

VERSÍCULO CHAVE.
Apocalipse 4.11

INTRODUÇÃO.
Os primeiros capítulos da Bíblia nos apresentam a história da criação do mundo e do ser
humano. É no livro do Gênesis que o relato sobre a origem de todas as coisas chega até nós e
através da sua história que podemos compreender todo o desenvolvimento da história Bíblica, ou
seja, sem este livro na Bíblia, não entenderíamos o motivo de Deus ter escolhido e separado um
povo e lhes dado uma Lei, nem o motivo da Vinda de Jesus para nos salvar e do inicio de sua Igreja
que somos nós. A propósito, o primeiro livro da Bíblia recebe esse nome de Gênesis, pois significa
“principio” ou “origem”. Ele é um relato de como nossa história com Deus e seu relacionamento

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com a humanidade começaram. Tudo o que está ao nosso redor e que nos acontece hoje, teve sua
origem a partir de Gênesis. A partir dos primeiros capítulos temos a revelação do bom projeto de
Deus em criar todas as coisas e coroar a criação com o ser humano, tornando-o o administrador e
responsável pela sua obra. Deus criou o universo do nada; este era originariamente muito bom, Ele
o criou para glorificar a Si mesmo.

TEMA: A SOBERANIA DE DEUS NA SUA CRIAÇÃO.

REFLEXÃO
Hoje vivemos dias em que muitas pessoas (até mesmo crentes) tem se esquecido de Deus e da sua
Soberania sobre todas as coisas. Como crentes no Senhor, será que nós estamos vivendo como
tendo um Criador Soberano acima de nós?

COMO DEUS CRIOU TODAS AS COISAS?


Quando se trata do livro do Gênesis e de seu relato sobre a Criação, podemos ter muitas
dúvidas e muitos pensamentos surgem em nossas cabeças; principalmente porque vivemos dias em
que muitos já perderam a sua fé no Deus Criador da Bíblia e vivem neste mundo como se não
houvesse um Deus que é Senhor de todas as coisas. Por isso nosso papel como Igreja de Cristo é
aprender as verdades que a Palavra de Deus nos ensina sobre como Deus É e qual é a sua soberana
vontade.

O PODER DA PALAVRA DE DEUS.


Como servos de Deus com discernimento, nós aprendemos que a palavra tem poder, seja
para abençoar, para louvar a Deus ou até mesmo dizer coisas que não agradam ao Senhor. Isto
é um principio espiritual que nós já aprendemos desde o Gênesis. A Bíblia nos ensina que Deus
formou todas as coisas através da sua Palavra. Isto nos dá uma dimensão muito maior do Poder de
Deus, pois quando olhamos para toda a Criação podemos perceber o quão digno de Glória é o
Senhor, pois apenas com suas palavras determina e assim se faz. Por isso podemos ter certeza do
poder das Palavras que Deus nos fala, pois são tão firmes quanto o chão que pisamos e tão reais
quanto o céu que está sobre nós.

I. DEUS CRIOU O MUNDO ATRAVÉS DA SUA PALAVRA (Gn. 1. 1-31).


1. O resumo da Criação

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Os atos criativos de Deus são Soberanos, pois os mesmos continuam imutáveis até hoje, ou
seja, não mudaram e nunca mudarão, pois como diria o salmista: “O Senhor é eterno e a sua
vontade dura para sempre”. Vamos ver como está apresentada a ordem do relato da Criação:
1º DIA: Deus soberanamente cria a luz e a separa das trevas (1.3-5).
2º DIA: Deus soberanamente cria a atmosfera terrestre e faz separação entre as águas da atmosfera
e a hidrosfera (1.6-8).
3º DIA: Deus soberanamente cria dois habitats distintos para a vida, formando os mares e a terra
seca (1.9-13).
4º DIA: Deus soberanamente cria os luminares celestes para regular o tempo e as estações na terra
[quarto dia] (1.14-19).
5º DIA: Deus soberanamente cria a vida animal no mar e nos ares, e a abençoa com fertilidade
[quinto dia] (1.20-23).
6º DIA: Deus soberanamente cria a vida na terra e a vida humana como sua expressão máxima,
abençoando-as com a fertilidade [sexto dia] (1.24-31).
• Deus soberanamente cria os animais terrestres, de acordo com suas espécies (1.24, 25).
• Deus soberanamente cria o Homem como Seu governante representativo na terra e abençoa a
humanidade com a fertilidade e com provisões em abundância (1.26-31).
7º DIA: Deus soberanamente celebra Sua obra completa e abençoa a criação com o descanso, à
medida que separa para Si mesmo o sétimo dia (2.1-3).

2. O Poder da Palavra de Deus (Sl 33.6,9; Hb 11.3).


Quando começamos a ler Gênesis percebemos que a expressão: “e disse Deus” aparece 10
vezes em todo primeiro capítulo. É muito importante observarmos esse detalhe, pois ele nos revela
algo maravilhoso da parte do Nosso Deus. Ao ordenar com suas palavras, um universo se formou,
ou seja, aquilo que estava na mente de Deus se tornou material. Toda a criação representa a pura
vontade de Deus, conforme ele falava as coisas iam se formando.
A ciência procura dar suas próprias explicações para a origem do mundo, com base nas
experiências e achismos de seres humanos comuns. Mas a Bíblia nos revela que tudo surgiu pela
Palavra que saiu da Boca de Deus. Enquanto o ser humano não reconhecer isso ele irá procurar
sempre algum pretexto para justificar a existência de todo o universo. A Bíblia não se prende a
detalhes, o seu único interesse é deixar bem claro aquilo que é o mais importante para a
humanidade, a saber, que os Céus e a Terra e tudo quanto neles há, foram criados por Deus através
de sua Palavra (At. 4.24; 14.15; 17.24).

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3. A natureza está subordinada a vontade de Deus
Não é por acaso que a Bíblia se inicia com o relato da criação e esse relato é apresentado
mostrando o Poder da Palavra de Deus. Nós vemos em toda a Escritura Sagrada que a autoridade
máxima de todos os acontecimentos está na Palavra de Deus. É por meio da Palavra Divina que os
Profetas profetizaram e conforme eles falavam Deus fazia com que acontecesse, pois era a Palavra
de Deus se manifestando na boca dos seus Profetas.
Vemos também que as Bênçãos do Senhor para o seu povo dependem da obediência a
Palavra que eles tinham recebido através de Moisés no Deserto (Dt 29.9), ou de igual modo, se a
Palavra fosse desobedecida, aquele povo ou pessoa estaria trazendo para si maldição (Dt 28.15),
pois, a Palavra do Senhor é e sempre será a autoridade máxima para todas as coisas, estar fora dela,
significa estar em desobediência a Deus. Portanto a desobediência a Deus é o mesmo que dizer que
não aceita ou recebe a perfeita harmonia da Bondade de Deus, logo a desobediência é aceitar o mal
e rejeitar a bondade de Deus.

UM CHAMADO PARA A HUMANIDADE.


Quando Deus Criou o mundo, Ele o criou em perfeição e harmonia. Porém em sua obra
faltava algo. É aí que Deus cria o Ser Humano com a finalidade de ser o responsável pelo cuidado
com a sua grandiosa obra. Será que entendemos o nosso papel como seres criados por Deus (Is.
64.8)?

II. O SER HUMANO UMA CRIAÇÃO ESPECIAL DE DEUS.

1. O Ser humano como governante da Criação, representante de Deus na Terra.


Quando Deus forma o Homem do pó da terra e lhe dá vida (Gn 2.7), Ele o faz com a
finalidade de que ele seja o administrador da sua obra, ou seja, aquele a qual deve prestar a Deus
contas da natureza criada e de todas as coisas, podendo assim desfrutar de tudo o que Deus nos
entregou para nosso gozo. Nós fomos chamados para servir a Deus com a nossa inteligência e
sabedoria, herdada d’Ele e dessa forma o adorar. Por isso o termo “dominar” (Gn 1.26; 28),
significa não somente que saibamos cuidar e zelar de tudo, mas também saber se apropriar da
natureza reconhecendo que ela é uma grande providência do Senhor, isto é uma forma de Adorar a
Deus, reconhecendo tudo o que Ele fez. Deus nos deu o domínio de toda a natureza, a fim de

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sermos abençoados tendo tudo o que nós precisássemos, e como administradores do Senhor, nós
deveríamos apenas cuidar e zelar de toda a natureza.
1.1. Os deveres do Homem.
Como representante de Deus na Terra, o Homem recebeu as seguintes ordens a serem
guardadas e cumpridas:
a) Frutificar (Gn. 1.28)
b) Multiplicar (Gn. 1.28)
c) Encher (Gn. 1.28; 9.1-2)
d) Exercitar o domínio e não o entregar a outro (Gn 1.28; 2.15).
e) Não comer da arvore do conhecimento do bem e do mal (Gn. 2.17).
Deus nos convidou para o privilégio e a responsabilidade de sermos cooperadores d’Ele nas
tarefas reais a serem executadas na Criação.
2. O Homem criado a Imagem e Semelhança de Deus.
Quando dizemos que uma pessoa se parece com outra, podemos estar falando isso em dois
sentidos diferentes: primeiro; parecer em relação à aparência física ou forma e o segundo sentido da
palavra; parecer em relação às atitudes da pessoa, em caráter. Pois bem, é dessa forma que podemos
compreender o motivo de Deus dizer que nos criou a sua Imagem e Semelhança (Gn 1.26). É para
que não somente tenhamos uma forma como a d’Ele, mas também compartilhar do formato
espiritual de Deus, como: a Sabedoria, o Amor, a Justiça, a Santidade, o Intelecto e etc. Tudo isso
através de uma personalidade espiritual, por esse motivo nós podemos nos relacionar com Ele que é
Espirito. Este Homem criado em estado de perfeição era agradável aos olhos do Senhor e tudo o que
ele fazia era também perfeito, de forma que o Homem em sua inocência não pecava e em todas as
suas ações Deus era glorificado. Pois todas as suas obras eram boas e perfeitas conforme a vontade
de Deus (Gn.1.31).
2.1. A Criação da Mulher (Gn. 2.21-23).
Deus formou Eva da costela de Adão. O senhor a fez para que o homem não estivesse
sozinho na sua missão como representante de Deus na terra, por isto lhe concedeu uma adjutora (Gn
2.18). A Mulher assim como o Homem também é Imagem e Semelhança de Deus. A Mulher auxilia
ao Homem ao cumprir fielmente suas responsabilidades; a qual foi chamada, como aquela que lhe
acrescenta e o ajuda. Dessa forma o Homem poderá cumprir a sua Missão de Frutificar e
Multiplicar a sua descendência e povoar a Terra. É muito importante também entender que
dependem da consciência, de que a Mulher deve estar ao lado do Homem, um casamento virtuoso e
um ministério digno na Igreja (cf. 1 Co. 11.9; Ef. 5.22-33; 1 Tm. 2.11-13).

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3. O decreto de Benção sobre a Humanidade (Gn 1.26-31).
Vimos no texto que após Deus ter criado o Homem em perfeição e lhe dado o privilégio de
cooperar com ele reinando sobre toda a Criação, Deus abençoa toda a Humanidade representada no
Homem. Deus em sua grandiosa bondade entregou o domínio ao Homem de toda a criação e o
abençoou fazendo com que tudo e todas as coisas estivessem ao seu dispor e sob seu domínio. O
homem era então um príncipe de Deus na terra, tendo todos os privilégios desde a vida eterna à
também se relacionar diretamente com o próprio Deus. Imagine você uma vida sem sofrimentos;
em que ninguém tivesse necessidades, ou sentisse falta de nada, uma vida que não sofressem dores
nem angústias. Imagine uma vida confortável onde tudo era muito acessível e não se fazia
necessidade de trabalhos laboriosos e degradantes. Pois esta era a vida no Éden que Deus havia
dado ao Homem e a toda sua descendência no momento em que Ele finaliza toda a Criação. Uma
vida abençoada livre de todo o Mal, pois o Senhor Deus já havia dado todas as coisas a Adão em
sua infinita Bondade e Providência.

III. O REAL PROPÓSITO DA CRIAÇÃO.


1. O propósito da Criação é revelar a Glória de Deus.
Toda a Criação tem como objetivo revelar a Glória de Deus (Sl 19.1-2). Em Apocalipse
sabemos que Deus merece toda a Glória pelo fato de ter sido Ele quem criou todas as coisas (Ap.
4.11). A criação revela o grande Poder e Sabedoria que Deus possui (Jr 10.12).
Deus criou o universo para se deleitar com ele. O Senhor não precisava criar as coisas para
mostrar que Ele é Deus, Ele assim o fez por que foi sua própria Vontade que determinou. Por
isso é importante entendermos que não havia necessidade de nossas existências no mundo, se hoje
somos alguma coisa, é devido a Vontade de Deus e portanto somente nos resta dar ao Senhor Glória
e o honrar com nossas vidas. Se algo não está indo bem, fora da direção feliz e parece que tudo
fugiu do controle; devemos então lembrar se temos glorificado a Deus com nossas vidas, e se Ele
tem encontrado em nós prazer, pois este é o motivo real, pelo qual tudo fora criado.
2. O Papel do Filho e do Espírito Santo na Criação.
Deus Pai foi o agente primordial ao criar todas as coisas. Mas o Filho e o Espirito Santo
também estiveram ativos no momento da Criação. O Filho é descrito como aquele que intermediou
a Criação, ou seja, tudo somente foi Criado por Causa d’Ele ( Jo 1.3; Cl 1.16; Hb 1.2). O Espirito
Santo também estava presente na Criação (Gn 1.2) e em Jó vemos a presença d’Ele na criação do
Homem (Jó 33.4). O salmista também fala da atividade do Espirito Santo na Criação, ao relatar
sobre as variedades de seres e animais que Deus criou (Sl 104.30).

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CONCLUSÃO
1. No primeiro tópico aprendemos que Deus cria todas as coisas, do nada, fazendo tudo surgir
através da sua Poderosa Palavra. Entendemos que por esse motivo, devemos temer a Palavra de
Deus e a obedecer, pois as coisas só vão bem quando está de acordo a Palavra de Deus.

2. No segundo tópico aprendemos que Deus criou a Humanidade e a comissionou para serem
juntamente com Ele, zeladores e administradores da sua Obra. Cuidando de tudo o que Deus fez e
cumprindo o chamado de crescer, multiplicar e povoar a Terra.

3. No terceiro tópico aprendemos que o real propósito de toda a Criação é glorificar a Deus e que
durante o ato criativo de Deus, estiveram presentes juntamente com o Pai; o Filho e o Espirito
Santo.

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Lições da EBD
IGREJA PENTECOSTAL VALE DA BENÇÃO
II- DA QUEDA DO HOMEM À LINHAGEM SANTA

TEXTO BASE.
Gn. Cap. 3 ao Cap. 11
TEXTO AUREO.
Rm 5.12-15
ALVO DA LIÇÃO.
O objetivo dessa lição é levar ao aluno a compreensão de como a após a Queda do Homem no
Pecado, o Senhor Deus preparou para a humanidade uma linhagem santa; para que dela advenha o
seu projeto de Redenção.

VERSÍCULO CHAVE.
Gn. 9.8-12
TEMA:
A queda do Homem e o Projeto de Redenção de Deus através da Linhagem Santa.

REFLEXÃO
Já parou para pensar em como você reagiria se fosse traído, ou desrespeitado? Como você
reagiria se alguém a quem você ama, tivesse destruído o melhor presente que você deu a ele(a)? O
que você sentiria se este alguém que você ama e cuida, de repente virasse as costas para você e o
rejeitasse? É pensando nisso que nos surpreendemos ao saber como Deus reagiu para reparar aquilo
que foi perdido e destruído na queda do Homem.

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INTRODUÇÃO.
O Ser Humano foi criado por Deus em perfeição e harmonia com Ele, sendo a este, dado o
poder e o domínio sobre toda a criação. Deus deu também ao Homem uma revelação da sua
vontade, a qual deveria ser obedecida para que a Aliança entre Deus e o Homem não fosse quebrada
e o Homem pudesse sofrer as consequências da desobediência. Apesar disso o Homem caiu em
pecado, tendo acometido sobre si, terríveis maldições e Deus em sua infinita misericórdia,
demonstrando grande fidelidade para com a sua Palavra, não desamparou a sua criação, mesmo
apesar de ter sido desrespeitado e traído. O senhor projetou desde a antiguidade uma maneira de
redenção da humanidade, que é; restabelecer a comunhão do Homem com Deus e extirpar as
maldições e consequências desastrosas que o Pecado trouxe ao mundo.

Nesta primeira lição vamos aprender sobre a origem do Pecado e como ele pode afetar nosso
relacionamento com Deus.

I. A QUEDA DO HOMEM.
1. A violação do mandamento de Deus: da perfeita comunhão e serviço para um medo e
sofrimento paralisante (Gn. 3.1-7).
Assim que Deus havia concluído a obra da Criação, o relacionamento entre Deus e o
Homem era perfeito. Adão juntamente com sua Mulher não tinham pecado contra Deus e todas as
suas ações cooperavam com o Senhor no tocante a administrar a Criação. Tudo o que eles faziam
glorificava a Deus e era, portanto agradável ao Senhor. Em contrapartida todas as coisas eram
bênçãos na vida de Adão e Eva. Mas tudo isso se perdeu, quando o pecado entrou nos corações
deles. Através da queda, o Homem quebrou a Aliança que Deus havia feito e tudo aquilo que o
beneficiava e assegurava seus privilégios e direitos foram perdidos.
1.1. O relato da Queda.
A serpente é apresentada com a mais astuta dos animais que Deus criou, por ser persuasiva e
sagaz. Neste caso em especial era a ação demoníaca operando no intuito de perverter o ser humano,
para que este desobedecesse a Deus e se rebele contra Ele. A serpente viu em Eva um elo frágil no
relacionamento entre Deus e o casal; pois Eva ouviu a Palavra de Deus através de seu marido Adão,
mas aparentemente ela não confiava tanto assim naquilo que foi dito. Dessa forma, a Serpente pode
lançar sobre Eva, insinuações desconcertantes: “É assim que Deus disse: Não comerei de toda a
árvore do Jardim?”. Eva prontamente responde a serpente com aquilo que lhe foi transmitido;

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porém, o objetivo da serpente já havia sido alcançado, pois ao provocar Eva, esta começou a
desconfiar das intenções Divinas ao proibir comer do fruto do conhecimento do bem e do mal.
Talvez até pensasse: “Será que Deus é tão mal assim, que nos mataria?”, ou quem sabe: “O
que será que Deus está escondendo só pra Ele?”.
Como sempre o Diabo, Satanás; deseja a todo o custo nos colocar sempre em oposição a
Palavra de Deus, sempre a distorcendo, para que através do engano, possa seduzir e ceifar as vidas e
destruir o relacionamento com Deus. Veja; por exemplo, como Jesus foi tentado no deserto por
Satanás (Mt 4.1-11; Lc 4.1-13); percebam as semelhanças da tentação que provou Jesus e a que Eva
passou no Jardim. A desobediência humana é não estar de acordo a Palavra de Deus, por este
motivo, devemos orar para que sejamos conforme a Palavra do Senhor em toda nossa vida (Sl
119.97-105).

2. As trágicas consequências do Pecado sobre uma humanidade amaldiçoada (Gn. 3.14-19).


Quando o Homem pecou ele caiu da posição que Deus o havia colocado, por este motivo
chamamos esse evento de queda do Homem. Pois em Adão (que significa; Homem, ou
humanidade), toda a raça humana caiu em desgraça (Rm 5.12), ou seja, perderam a Graça que Deus
os havia concedido. Todas as coisas foram dadas a eles gratuitamente, eles não precisavam merecer,
era tudo gratuito, fácil e simples; por isso o nome Graça. A vida deles era perfeita, não existia nada
que atrapalhasse o convívio de Adão e Eva com o mundo ao seu redor, nem nada que pudesse
destruir a harmonia da relação do próprio casal, ou sequer entre eles e Deus.
A partir de então, todo o tipo de problemas o homem começou a ter entre eles o mais
terrível; a Morte (Gn 2.17), tanto física, quanto espiritual (Ef 2.1-2). O Homem deixou de ser
imortal e passou a ter dificuldades para sobreviver, surgiram então às doenças e a degeneração do
envelhecimento. Os perigos da natureza também os poderiam matar, uma vez que eles
desobedeceram, perderam o privilégio de governarem a natureza e torna-la a seu favor. Foi a partir
desse evento catastrófico que o homem também perdeu o direito a providência incondicional de
Deus e passaram a ter que produzir o seu próprio sustento pelas suas mãos. As expressões dos
versículos 16 ao verso 19 como; “Maldita é a terra”, “com dor comerás dela”, “no suor do teu rosto”
e “com dores dará a luz”, ou “com dor terás filhos”; quer enfatizar que a vida do homem e da
mulher não seria fácil a partir de então. Como o pecado havia marcado sua natureza, eles não teriam
limites para tomar um rumo contrário à vontade do Senhor e é nesse momento que todo o tipo de
sentimentos pecaminosos, paixões corruptas, conhecimentos rebeldes e práticas imorais surgem,

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pois o Homem que acabava de perder os benefícios de andar na presença de Deus; resolve por meio
de vontade própria (que é pecaminosa), dar um rumo a sua vida. Por isso vemos nos nossos dias as
pessoas tão longe de Deus e que não entendem sua posição caída e afastada da Graça do Senhor. Às
vezes essas mesmas pessoas reclamam das calamidades e do Mal no mundo, porém não entendem
que tudo isso é culpa da maldição que a natureza pecaminosa do Homem trás consigo.

3. A providência de Deus para o Homem caído (Gn. 3.22-24).


A primeira coisa que Deus fez em relação ao atual estado de Adão e Eva foi
providenciar vestes para cobri-los. Deus trouxe a eles peles de animais, que logicamente devem ter
sido abatidos e com certeza ter tido o seu sangue vertido. Posteriormente veremos que para Deus o
derramamento de sangue de novilhos simbolizava o feito da providência que Deus havia concedido
a Adão e a Eva. Isto já era um sinal daquele Cordeiro de Deus que haveria de derramar o seu sangue
para purificar o Homem de seus pecados (Jo 1.29).

3.1 Deus providencía (por meio de sacrifício) peles de animais para substituir a tentativa do
homem de parecer justo diante de Deus e declarar-se inocente (3.21).
Quando o homem e a mulher fizeram vestes para si, das folhas que encontraram, tentando
tapar sua nudez perante o Senhor, perceberam sua vergonha. O que eles fizeram é nada mais do que
a natural tendência humana de querer se justificar perante Deus, como se Ele não percebesse e
sondasse os corações dos Homens. O Homem caído quer de todo modo parecer justo, quando na
verdade é um pecador. É inutil querer ser justo diante d’Aquele que dá a sentença; somente o
próprio Deus é quem pode declarar alguém justo, pois é mediante a sua providência que ele justifica
alguém e esta lição Ele ensinou desde cedo a Humanidade. Hoje é apenas pelo sacrificio de
Jesus feito na Cruz e pelo seu sangue; que Deus nos considera Justo perante Ele.

3.2 Deus toma providências para evitar que o homem pecaminoso tenha acesso à vida eterna
enquanto debaixo de maldição.
Deus havia dito ao Homem que se ele desobedece morreria; então o Senhor tomou
providência para que sua palavra se cumpra e não permitiu que a humanidade pecaminosa viva
eternamente em rebelião contra Ele. Assim ele faz com que a humanidade cumpra sua sentença e
dependa d’Ele para ter novamente acesso as bênçãos da comunhão com o Senhor e a eternidade.

II. O HOMEM REBELDE E A REMANESCENTE LINHAGEM SANTA

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1. Caim e Abel.
Adão e Eva tiveram inicialmente dois filhos, seus nomes eram Caim e Abel, cada um deles
tinha uma profissão. Caim era agricultor e seu trabalho era lavrar a terra e viver daquilo que da terra
era produzido; Abel seu irmão era pastor de ovelhas e seu trabalho era cuidar delas e as alimentar.
Ambos resolveram oferecer a Deus um sacrifício daquilo que eles produziam com seu trabalho;
Caim trouxe do fruto da terra e Abel trouxe dos primogênitos das suas ovelhas. No entanto o Senhor
atentou para a oferta de Abel, ou seja, Deus mostrou interesse pela oferta do primogênito das
ovelhas de Abel, mas ignorou a oferta de Caim. Em nenhum momento lemos que Deus desagradou
de Caim, apenas estava ensinando a eles o que era importante e preferível para Honrá-lo (Gn. 4 6-
7). Eles eram filhos dos primeiros rebeldes da terra, com certeza sabiam da vida que levaram seus
pais antes do pecado entrar, é natural que eles desejassem também aquela vida que seus pais
tiveram e tentavam através do sacrifício ofertado ao Senhor alcançar misericórdia para suas vidas.

1.2. A oferta do pecado: o primeiro homicídio.


Olhando atentamente, cada oferta possui um significado, o cordeiro primogênito oferecido
ao Senhor teve que ter derramado seu sangue e sabemos que o mesmo ocorreu para que Adão e Eva
pudessem ser cobertos por Deus, simbolizando que era Ele o Senhor quem providenciaria a
redenção do Homem. A oferta de Caim simboliza a prosperidade da terra, pois era lavrar a terra
(plantar e colher), a missão do Homem para sobreviver, ou seja, cada oferta apresentada revelava o
que havia em seus corações. Talvez por este motivo o Senhor tenha preferido aceitar a oferta de
Abel, o que levou a ira do coração de Caim. O resultado disso foi que Caim matou o seu irmão
Abel, pois o sentimento que havia nele é o mesmo que há em muitos hoje, o sentimento de que
merece ser abençoado por seus próprios méritos e que Deus não tem que escolher entre alguém que
guarde suas Palavras, pois pensa que Ele não tem nada a ver com nossas lutas diárias.
O que podemos aprender com isso é que não adianta ofertarmos a Deus qualquer coisa com
segundas intenções. É necessário que tenhamos um coração puro e sincero e que consideremos
sempre a vontade de Deus e o seu Ser acima de nossas próprias vidas; dessa forma reconhecendo
que Ele é Soberano e é Ele quem nos garante a providência e a salvação.

2. A descendência de Caim e a proliferação do pecado.


Caim foi amaldiçoado por Deus e se tornou errante pela terra, não tinha um rumo certo e
vivia vagando, até encontrar uma esposa e constituir uma descendência (Gn 4.17). A terra ainda era
recente e por isso ainda estava em processo de contaminação por causa do Pecado. As

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condições naqueles tempos eram perfeitas para a humanidade e por isso os Homens tinha uma
saúde prolongada e vivia-se muito tempo, mas aos poucos ela foi se desintegrando até chegar a um
momento em que o homem vivesse até no máximo cerca de 120 anos (veja Gn 5. 25-27; 6.3; 11. 24-
25).
Estes homens foram os percussores de todos os tipos de invenções, artes e habilidades
humanas, os quais fizeram que as primeiras civilizações se desenvolvessem. Eles desenvolveram
suas próprias culturas, afastados de Deus e assim o Pecado se tornou norma e regra de vida e cada
vez mais eles se rebelavam contra Deus por não o buscar nem o conhecer.
3. A esperança de redenção nos remanescentes de Deus.
Em Gênesis, no capítulo 5 vemos uma linhagem sendo descrita e apresentada a partir de
Adão, o interessante é que dessa genealogia os nomes de Caim e Abel não aparecem e é apresentada
a descendência de Adão a partir do seu terceiro filho, chamado Sete (Gn 5.3), nessa linhagem
aparece também um descendente inusitado, chamado Enoque, o qual a Bíblia enfatiza que “andou
com Deus” e que “Deus o tomou para si”. Nesta genealogia não se vê descrição de habilidades ou
de artes que eles produziram, mas apenas o grande período de tempo que viveram na terra,
evidenciando sua longevidade e que eles geraram “filhos e filhas”.
Essa genealogia se finaliza ao nascimento de Noé, seu nome significa: descanso, conforto.
De acordo o versículo 29 do capitulo 5, esse nome era profético e sinalizava para o projeto de Deus
em separar uma linhagem santa que se apartasse da linhagem maldita que andava sobre a terra em
pecado. Linhagem esta que reconhecia a maldição lançada sobre a terra e que tinha a esperança de
que apenas o Único e Verdadeiro Deus é quem poderia quebrar a maldição.

III. NOÉ E A PROMESSA DE DEUS PARA ABENÇOAR O SEU POVO.

1. O chamado de Noé (Gn 6. 1-22; 7.1-24).


Noé viveu em um período em que o Homem havia esquecido se do Senhor e as suas
maldades começaram a se multiplicar, porém Noé era um homem que ainda se lembrava do Senhor
e o temia, pois sabia que era o Deus dos seus antepassados, que havia formado a Adão, Aquele que
poderia redimir a terra e a livrar da maldição do Pecado (Gn 6.8).

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Por este motivo Deus chamou a Noé para dar continuidade ao seu propósito de preservar a
linhagem que tinha esperança N’Ele, pois seria através dela que Ele abençoaria novamente a Terra
(Gn 6.18; 9.8-10).
Deus mandou então que Noé construísse uma grande Arca, pois traria um Juízo sobre a
Terra em forma de dilúvio (Gn 6.14-16). E que separasse 7 casais de cada animal considerado por
Deus limpo e daqueles não limpos apenas 1 casal de cada espécie. Tomando cada animal e entrando
na Arca, o Senhor fez chover sobre a terra 40 dias e 40 noites e, além disso, fez com houvesse
inundações sobre a Terra de águas que estavam represadas em áreas subterrâneas, cobrindo toda a
superfície durante 150 dias e destruindo toda a população que estava em rebelião contra Deus na
Terra (Gn 6.11-13; 7.17-24).
Dessa maneira Deus preservou a Noé e a sua descendência, para que através deles pudessem
vir uma linhagem que adorasse a Deus e o Honrasse. Da mesma maneira sabemos que o Senhor
apenas tem compromisso com quem tem compromisso com Ele, pois Deus zela pela sua Palavra e
honra a Aliança que Ele estabelece com os Homens.

2. A Aliança de Deus com Noé: um projeto de redenção (Gn 9.1-19).


Após o dilúvio Deus abençoou a Noé e toda a sua geração, ordenando lhes que crescessem e
multiplicassem e que enchessem a terra. Outra vez nós vemos que Deus se agrada da geração que
Honra ao seu nome e respeita a Aliança que Ele faz.
Deus entrega a eles autoridade sobre a terra e sobre a natureza e lhe dá algumas ordenanças
além de povoar a terra que era não derramar sangue humano, cuja pena é sofrer a retribuição da
divida de sangue e que os homens não se alimentassem do sangue animal (Gn 9.4-6).
Para firmar o concerto que Ele estava fazendo com Noé, Deus lhe dá um sinal, que ficou
também para a sua posteridade, a saber, um Arco no Céu, para recordação da misericórdia de Deus
para com a humanidade através de Noé e sua família.

CONCLUSÃO
Temos concluído mais uma lição e entendemos algo precioso da parte de Deus, que é a sua
grande misericórdia para com o ser humano. Pois apesar da queda e do pecado, Deus não deixa de
ser fiel na Aliança que Ele estabeleceu; e nem deixa de cumprir aquilo que promete. Para Deus

15
suas Palavras são muito importantes e como Ele criou a humanidade com o propósito de glorificá-
Lo, não deixará que o Pecado destrua a sua criação. Antes estabelece um projeto redentor, no qual
purificará o homem dos seus pecados e restaurará a comunhão e a harmonia, outrora perdidas.

Lições da EBD – IPVB


IGREJA PENTECOSTAL VALE DA BENÇÂO

III - DEUS ESCOLHE UM POVO

TEXTO BASE.
Gn 12 -16
TEXTO AUREO.
Hb. 11.8-10
ALVO DA LIÇÃO.
Compreender o início da formação do povo de Deus a partir da aliança formada com Abrão.
Aprender uma lição espiritual sobre as promessas de Deus e a confiar nos planos do Senhor.
VERSÍCULO CHAVE.
Gn 12.1-3

INTRODUÇÃO.
Após Noé ter falecido, e sua descendência se espalhar pela terra, seus filhos se dividiram;
um deles se tornou amaldiçoado pelo Pai, por expô-lo em sua vergonha (Gn 9.22-27). Daí então, a
descendência de Cam continuou a permear a maldade humana, de sua origem vieram homens
gananciosos que construíram grandes impérios (Gn 11.4), a fim de estabelecer sua própria ordem,
isto é uma forma rebelde do Ser Humano ainda querer por seus próprios méritos ser independente
16
de Deus, o Senhor vê isso como uma afronta, por isso ele abate e confunde os que se exaltam. Deus
então frustra os planos do Homem de querer exaltar a si mesmo (Gn 11.7-9). Vemos que Deus
sempre está procurando na humanidade uma forma de estabelecer o seu projeto de redimi-los e
traze-los de volta a sua Comunhão. Porém, o projeto da Serpente é sempre dar continuidade a
rebelião do Pecado e a tentativa de afirmar uma “independência” de Deus.

TEMA: A promessa de Deus feita a Abrão (Gn 12. 1-3).

REFLEXÃO
Todos nós temos uma promessa da parte de Deus, a maior delas é a promessa da Salvação,
pois quando todo sofrimento nesta vida se findar, teremos um encontro com o Senhor nos Céus. A
promessa da Salvação para os crentes começou bem cedo, lá no Jardim do Éden e Deus escolheu
um povo para que essa promessa se cumprisse. Para criar um povo eleito (que significa escolhido),
o Senhor chamou a um homem da terra de Ur e lhe fez uma promessa. Sabemos que as promessas
do nosso Deus não falham e as suas Palavras não caem e nem ficam em vão. A história que iremos
conhecer é a historia do Patriarca Abrão e como se fez dele uma grande Nação escolhida por Deus.

I. ABRÃO: CHAMADO POR DEUS PARA SER PAI DE UMA GRANDE NAÇÃO.

1. O chamado de Abrão.

17
Abrão nasceu logo após a morte de Noé, descendente de Sem, Abrão é da nona geração de
Noé que faz parte da linhagem santa que iniciou desde Sete o terceiro filho de Adão. Chamado por
Deus para seu propósito de fazer a partir dele uma grande nação, cujo objetivo de separar um povo,
para que deles pudesse vir o conhecimento de Deus e Aquele que haveria de esmagar a cabeça da
Serpente. Abrão era um homem que não se corrompeu com a maldade e idolatria dos corações dos
demais. Apesar de viver em um contexto pagão e idolatra (Gn 11.28; 31), Abrão temeu ao Senhor e
ouviu o seu chamado para que fosse para outro lugar, uma terra a qual Deus estava lhe prometendo
como herança (Gn 12. 1-3).
Abrão então chamou a sua esposa Sara e a seu sobrinho Ló e foi em direção ao lugar que
Deus havia ordenado, porém chegando lá viu que havia moradores na terra (Gn 12.6). O Senhor
apareceu a Abrão e pela primeira vez lhe prometeu a terra de Canaã. Abrão então armou uma tenda
entre Betel e Ai e ali ficou a adorar ao Senhor. Entretanto, Abrão começou a enfrentar dificuldades
naquele local onde o Senhor estava com ele (Gn 12.10) e resolveu descer para o Egito, buscando
melhores condições para resolver sua situação, lá ele inventou uma mentira para poder garantir sua
vida, mas o Senhor o repreendeu. Quando o Senhor nos promete algo, geralmente podemos
enfrentar a principio algumas adversidades e problemas, que podem até nos faze olhar para outras
direções, mas que não são da vontade do Senhor, por isso devemos sempre obedecer ao Senhor e
permanecer na posição que Ele tem nos chamado.

2. Conflitos em meio às provações.


O Senhor chamou a Abrão mais uma vez e confirma a promessa que havia lhe feito (Gn
13.14-17). Anteriormente o Senhor tinha prometido a ele uma terra e agora dessa vez, além de
confirmar a terra, lhe promete também uma descendência. Neste período muitos conflitos
aconteceram na vida do patriarca Abrão, pois seu sobrinho Ló já não andava mais com ele por causa
de desentendimentos entre os seus trabalhadores. Houve uma guerra entre os reis daquela região e a
vida de Ló se tornou ameaçada, Abrão então destemido teve que intervir a fim de garantir a
segurança do seu sobrinho, da família dele e de seus trabalhadores (Gn 14.14-16). Uma lição que
aprendemos aqui é que em muitos momentos, o Senhor nos usará para interceder pela vida dos
nossos, mesmo que haja conflitos entre aqueles que o Senhor nos deu e nós. É necessário também
cuidar de outras vidas, enquanto a promessa ainda não se cumpriu, pois esta é uma maneira de o
Senhor nos fortalecer e abençoar nossas vidas e famílias.
2.1. Sem forças para ter Fé

18
Muitas vezes algumas promessas parecem ser difíceis de realizar, mas nos lembramos de
que servimos ao Deus que torna o impossível, possível (ver Mt 19.26; Mc 10.27; Lc 1.37; Lc
18.27). O Senhor tornou a aparecer novamente a Abrão em visão (Gn 15.1), e ele questionou a
Deus, sobre como Ele agiria na sua vida, pois Deus lhe tinha feito uma promessa, mas nem Abrão
nem sua esposa, viam os caminhos para que ela se realizasse.
Primeiramente pelo fato de Abrão e sua esposa não poderem ter filhos, pois Sarai sua esposa
era estéril. E também pelo fato de Abrão ser um nômade e viver de um lado a outro montando suas
tendas sem ter um lugar fixo para residir. Abrão já tinha até mesmo providenciado alguém para
assumir suas herdades caso ele falecesse (Gn 15.3). Tamanha era a limitação de Abrão para
compreender os propósitos de Deus na vida dele.

2.2. Deus fala em meio ao Sacrifício.


Muitas vezes acontece o mesmo que aconteceu com Abrão conosco, pensamos que as
bênçãos para vir até nós precisam estar num ambiente favorável, quando na verdade Deus quando
quer realizar algo, não vê empecilhos para fazê-lo. Deus não se deixa enganar e nem a nós, pois se
clamarmos ao Senhor, Ele nos responderá. Assim aconteceu com Abrão naquele momento e Deus o
respondeu dizendo que além dele herdar a terra prometida, isto seria feito por meio da descendência
de Abrão (Gn 15.7-8;18). Então Deus ordenou que Abrão oferecesse um sacrifício de três animais
de três anos e duas aves pequenas e lhe proferiu o que haveria de acontecer com a sua semente nos
próximos quatrocentos anos e o Senhor consumiu aquele holocausto (Gn 15.9-17). Ao vermos a
lição bíblica, recordamos que o Espirito Santo muitas vezes nos move, ou orienta; para
apresentarmos ao Senhor um sacrifício que seja agradável ao Senhor, este sacrifício não deve nos
levar ao desgaste, nem nos causar algum dano, ou prejuízo; as serve para simbolizar a fé que
estamos depositando na Aliança com Deus, ou seja, Deus quer sempre levar o nosso coração a
entregar se a Ele e a confiar e esperar. O Senhor usa sempre ofertas que o homem poderá lhe
oferecer, seja material ou espiritual.

II. SARAI: UMA TENTATIVA DE AJUDAR A DEUS CUMPRIR SUA PALAVRA

1. A incredulidade e impaciência de Sarai (Gn 16.1-3).


Algumas pessoas pensam que Deus precisa que elas intervenham em seu auxilio, quando na
verdade elas estão demonstrando impaciência e incredulidade no Poder de Deus. Agindo dessa
forma essas pessoas estão dizendo para Deus que elas não creem que Ele seja Onipotente, isto é,

19
Todo Poderoso e resolvem elas mesmas criar caminhos para que aconteça aquilo que elas ouviram
de Deus e deveriam esperar que o Senhor fizesse.
Dessa maneira agiu Sarai esposa de Abrão, pois sabendo que não poderia lhe dar filhos,
aconselhou a Abrão que tomasse sua serva, para que dela pudesse gerar o filho da promessa que
Deus tinha feito a Abrão. O plano parecia dar certo, mas cometia duas grandes falhas; a primeira:
desacredita do Poder Divino, a segunda: levou outra pessoa a agir conforme sua orientação e não a
de Deus, neste caso, levando Abrão ao erro da incredulidade.

2. O preço da desobediência (Gn 16.4-6).


A consequência deste ato foi que trouxe a Sarai mais problemas do que soluções, pois ela
começou a ser desprezada dentro do seu próprio lar. E não para por ai, além da humilhação, aquilo
que parecia ser uma benção para Sarai, começou a ser sua tribulação e angústia, pois Agar sua serva
egípcia, que foi levada a Abrão, estava grávida de um filho de seu marido. Então Sarai começou a
sofrer com tudo que ela tinha feito, pois não esperou o tempo do Senhor.
Infelizmente muitos pensam que não podem suportar esperar o tempo do Senhor, quando na
verdade esquecem que o pior sofrimento é andar segundo as intenções do seu próprio coração e não
ter a certeza da ação de Deus sobre sua vida, além de tudo, sofrer com as escolhas mal feitas, pois
somente Deus sabe o que é melhor para cada um de nós (cf. Is 55.8-9; Jr 29.11).

CONCLUSÃO.
Aprendemos desta lição que o Senhor chamou e separou a Abrão e lhe fez uma promessa de
que herdaria uma terra e que sua semente seria bastante numerosa. Dessa semente Deus formaria
um povo para Si.
Observamos que Deus muitas vezes pode fortalecer a nossa fé através de votos e sacrifícios
sejam eles materiais ou espirituais, a fim de tratar o nosso coração e não para nos desgastar, punir
ou prejudicar.
Vimos que é importante mantermos uma postura de paciência e fé nas promessas do Senhor,
e não agirmos igual a Sarai que foi impaciente, enquanto aguardamos o cumprimento do tempo de
Deus, porque o Senhor usa o tempo como ferramenta para trabalhar em nossos corações. Aquilo
que Deus prepara para os seus filhos da forma d’Ele é muito melhor e superior a nossa.

20
Lições da EBD – IPVB
IGREJA PENTECOSTAL VALE DA BENÇÃO

IV. A ALIANÇA COM ABRAÃO FIRMADA E PROVADA

TEXTO BASE.
Gn 17 - 22
TEXTO AUREO.
Hb 11.17-19
ALVO DA LIÇÃO.

VERSÍCULO CHAVE.
Gn 22.15-18

INTRODUÇÃO.
Entendemos desde a história inicial da Bíblia, que Deus tem se empenhado em realizar seu
projeto de redenção da humanidade. A partir da linhagem de Adão, o Senhor começou a separar um
de seus filhos (Sete), para que deles pudesse vir uma linhagem santa, isto é, separada para cumprir o
propósito Divino. Dessa linhagem chegamos a Abrão que vivia em uma região ímpia e idolatra.
Abrão era de uma família bem sucedida, porém ele não poderia ter filhos e o Senhor o ordenou que

21
fosse para uma terra estranha, a qual Deus estava lhe prometendo e que recomeçasse sua vida do
nada.
Abrão foi obediente a Deus e decidiu cumprir suas exigências e por causa da sua obediência,
Deus o honrou, selando com Abrão uma promessa, de que ele teria descendência e que a sua
semente frutificaria e tomaria posse de uma terra prometida. O caminho para que Deus possa
fazer acontecer em nossas vidas as suas bênçãos e o cumprimento de suas promessas, deve ser
seguido, de igual modo Abrão representa. Tendo este Pai da Fé como exemplo, podemos aprender
muitas lições espirituais que nos auxiliarão na nossa jornada, nos levando a agradar a Deus e
prevalecer em meio a lutas e provas que enfrentamos diariamente.

TEMA: Deus sela seu pacto com Abraão e prova sua fé.

REFLEXÃO.
Será que nós temos verdadeiramente Fé? Qual o limite da sua Fé? Você crê o suficiente que
Deus fará por você aquilo que Ele te prometeu, a ponto de entregar aquilo que é mais importante na
sua vida?
Você já parou pra pensar que Deus está olhando o seu comportamento e como você confia
n’Ele a partir do fundo da sua alma? Se o teu comportamento diz que está tudo entregue nas mãos
d’Ele. Ou será que o teu comportamento diz que você não confia totalmente e tenta assumir o
controle da situação sempre?

I. DEUS MUDA O NOME DE ABRÃO PARA ABRAÃO

1. Um novo nome (Gn 17).


Antigamente o nome da pessoa determinava a sua personalidade e queria também dizer
sobre o seu futuro. Dessa forma Deus estava passando a limpo a história de Abrão e Sarai, ao
transformar o seus nomes em Abraão e Sara. Abrão significava: “pai exaltado”, já Abraão significa:
“pai de multidões” (Gn 17.5); Sarai significava: “princesa”, já Sara significa “mãe dos príncipes”
(Gn 17.15). É muito interessante esse feito, pois isso mostra que além de Deus não ver como o
homem ver, Ele também traça planos maiores do que pensam os homens para si e para os outros.
Pode ser que as pessoas pensassem que Abrão merecia ser apenas um pai de alguns filhos
que o honrassem; outros podem até ter zombado dele, dizendo que ele era uma contradição, pois o
tempo se passava e sua esposa não gerava filhos. Imaginem então, tamanho abatimento tomando

22
conta do coração de Abrão. É aí que Deus entra e muda a história, dando a Abrão um novo nome e
acima de tudo, lhe fazendo uma promessa e tomando para Si a causa de seu servo.
A mesma coisa acontece conosco hoje, pois o Senhor dá um novo nome aos que o servem
(Ap 2.17), tomando ainda em suas mãos as nossas causas. É por este motivo que o nosso Deus deve
ser totalmente adorado, louvado e engrandecido em nosso meio. Aleluia!
2. A Ampliação da promessa.
Das primeiras vezes que o Senhor falou com Abraão, Ele havia lhe feito um pacto, uma
aliança, a qual prometia uma terra e também uma semente (muitos filhos) para dar continuidade a
sua geração e dominar a terra prometida. Em Gênesis cp.17 nós já vemos algo acontecer que
surpreende neste momento. É o fato de a aliança ser ampliada, contendo agora a promessa de que
dele (sua descendência) sairão reis e nações. Nessa ampliação o Senhor declara que o seu pacto, ou
concerto será perpétuo, isto é, durará eternamente, e firma o seu propósito de manter um
relacionamento com a descendência de Abraão, ou seja, de Abraão formar um povo santo,
exclusivamente seu, para adorá-lo.
Deus também dá a Abraão um sinal dessa aliança que deveria ser guardado por toda a sua
descendência (Gn 17.10). Estamos falando do sinal da circuncisão, que é cortar o prepúcio (uma
parte da pele do genital masculino), sinal que caracterizaria todos os homens do povo de Deus. É
neste momento que as promessas começam a se tornar mais sérias e até mesmo para Abraão, se
tornou algo irônico, pois ele ainda estava com os olhos fitos nos obstáculos e não naquele que é o
Grande Abençoador (Gn 17.17).

II. O NASCIMENTO DE ISAQUE

1. O Filho da Promessa. (Gn. 21.1-21)


Finalmente a promessa de Deus se cumpriu na vida de Abraão e Sara, seu filho Isaque (que
significa riso) nascera (Gn 21.1-7). Abraão deu uma grande festa quando o menino começou a se
desenvolver e foi desmamado (Gn. 21.8). O outro filho de Abraão, Ismael (que significa aquele a
23
quem Deus ouviu), zombava de Isaque, de modo que Sara ao ver isso, se indignou e pediu a Abraão
que fizesse com que Agar e seu filho Ismael fossem dispensados e expulsos da casa. Deus ordenou
a Abraão que então assim fizesse, e ele dispensou Agar com seu filho que foram para o deserto.
O deserto é um ambiente muito hostil e devido às condições, o calor, a seca e a falta de água,
Agar e Ismael ficaram para morrer ali mesmo. Enquanto Agar já esperava a morte chegar, o Anjo
do Senhor aparece, dizendo que ouviu a oração de Ismael e lhe concedeu vida e fez com que eles
fossem preservados. Também o Senhor preservou a Ismael, pois mesmo sendo fruto de uma
desobediência, o Senhor zelaria pela sua palavra e manteria Ismael e faria com que ele também
formasse uma nação, pois Deus havia feito uma promessa a Abraão, com base em toda a sua
descendência.
Não é de se espantar isto, visto que o que Deus tem por mais importante é o cumprimento da
sua própria Palavra. Assim, por mais que erramos o Senhor sempre se manterá fiel. Por isso muito
cuidado ao formar alianças com o Senhor, pois a parte dele é sempre fiel; de modo que, aquele que
se desvia do pacto com Deus, sofre as consequências por não estar na posição para que se cumpra,
atraindo para si maldição.

II. DEUS MANDA ABRAÃO OFERECER A ISAQUE EM SACRÍFICIO.


1. Uma prova de Fidelidade. (Gn. 22.1)
O Senhor após ter abençoado a Abraão e Sara, com o Filho Isaque (Gn. 21.1-7), por meio do
qual, haveria o Senhor de cumprir a promessa, decide por a prova à fé de Abraão (Gn 22.1-2), o
patriarca tendo obedecido ao Senhor Deus desde o principio, não agiu de modo diferente e assim
levou seu filho Isaque, para o monte Moriá para oferecê-lo em holocausto, conforme o próprio Deus
o ordenara, e de tal modo Abraão fez.

24
Abraão toma a Isaque e o põe sobre a lenha que estava no altar preparado, prestes a deitar o
fogo para consumir a oferta (Gn. 22.6-10), quando toma o cutelo para imolar ou sacrificar seu filho.
Mas o anjo do Senhor brada do céu e o impede de concluir o ato, declarando que Abraão havia sido
provado; e encontrado fiel para com Deus. Imediatamente o Senhor providencia um animal
substituto, já simbolizando a grande providência que haveria de acontecer favor de muitos. Abraão
passou no teste de fé, que foi; onde estava a fé dele? Na promessa ou no Deus da promessa?

A fé de Abraão não era simplesmente que Deus ia livrar Isaque do holocausto,


providenciando um substituto. A fé de Abraão consistia em saber que mesmo que seu filho Isaque
fosse entregue ao Senhor como oferta, o Senhor de algum modo iria cumprir a sua Palavra (Hb.
11.18). Era isto que o Senhor queria ver em Abraão, a fé absoluta na Palavra da sua Promessa.

2. A plena recompensa da Fé. (Gn. 22.14-


19)
Isaque começou a assimilar a
dependência que seu pai Abraão tinha de Deus
desde cedo, pois havia passado por uma
experiência terrível; na qual ele era a oferta de
um sacrifício. Porém o Senhor providenciou
um substituto para Isaque em seu lugar no
holocausto, aqui de algum modo enxergamos

25
com Abraão e Isaque para o futuro, quando Deus entregará um cordeiro unigênito para substituir a
humanidade em pecado, dando sua vida em favor de muitos.
Dessa forma Isaque absorve a Fé que existiu em seu pai na promessa e passa a viver por ela,
dando continuidade ao projeto do Senhor para formar um povo.

CONCLUSÃO
1. Vimos em primeiro lugar que Deus chama a Abrão e lhe dá outro nome, que é sinal de que o
próprio Deus está abençoando aquela pessoa e assumindo um destino diferente para ela. Deus deu a
Abraão um nome que significa aquilo que Ele o prometeu, afirmando nele uma promessa de que
seria Pai de multidões e que a promessa que ele havia recebido, seria uma benção para todas as
nações da terra.
2. O Senhor cumpriu a promessa feita a Abraão ao visitar o ventre de Sara, fazendo com que ela dê
a luz Isaque, que significa “riso”, pois é sinal de uma alegria que superou a tristeza. Isaque é o
inicio do cumprimento da promessa Divina, sendo chamado por Deus para dar continuidade à
linhagem que Deus separaria para ser seu povo.
3. Ao por a prova a fé de Abraão, Deus não só certifica que Abraão é o merecedor da promessa,
como também ensina a Isaque e toda a sua descendência sobre a fé. A fé deveria ser entendida para
eles como a certeza da realização da Palavra que o Senhor havia falado e prometido. Não somente
isso como também a fé estava na esperança de que haveria de vir uma redenção da parte do Senhor
para com a humanidade.

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Lições da EBD – IPVB
IGREJA PENTECOSTAL VALE DA BENÇÃO

V. A BENÇÃO SOBRE O FILHO DA PROMESSA.

TEXTO BASE.
GN. 24.1 – 33.20
TEXTO AUREO.
HB 11.20-21
ALVO DA LIÇÃO.
Apresentar a história de vida e fé de Isaque e Jacó como receptores e continuadores da
promessa de seu pai Abraão. Como Deus tratou e os ensinou em meio as suas fraquezas e quedas e
como a Graça de Deus fez com que eles alcançassem as Bênçãos prometidas. Nesta lição iremos
aprender a valorizar a Autoridade e Soberania de Deus sobre as Bênçãos em nossa vida.
VERSÍCULOS CHAVES.
Gn. 26.23-25; Gn. 28.10-19.

INTRODUÇÃO.
Tantas e tantas promessas podemos encontrar na Palavra de Deus para nós, a mais
importante é: a vida eterna com Deus em sua Glória. Temos confiança também que o Senhor não
desampara aos seus filhos e estamos convictos de que Ele é poderoso para garantir para nós uma
vida abençoada.
Porém em muitos desses momentos em que nossas esperanças são provadas, somos tentados
a deixar a fé e a confiança em Deus de lado e partimos para a ação, colocando em risco o

27
cumprimento da promessa em nós. Tentamos obter salvação por nossos próprios méritos, do que
nos méritos de Cristo (como mostra a Palavra). Buscamos confiar mais na força do nosso trabalho,
do que na providência e sustento do Senhor em nossas vida e lar. Quando estamos solitários, as
vezes buscamos o conforto de alguém ao nosso lado, mas sem medir-mos o que Deus quer dos
nossos relacionamentos e olhamos apenas para nossas dores e comentemos um grande erro;
deixamos de ter fé e desobedecemos a Autoridade de Deus sobre as nossas vidas.
Isso não foi diferente com os Patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó/Israel). Eles também em
muitos momentos de suas vidas, mesmo sendo abençoados e tendo uma promessa confirmada pela
Palavra de Deus, por vezes, andaram e confiaram mais em seus próprios métodos e maneiras do que
na Providência do Senhor. Mas por fim, o Senhor os soube livrar e os tratou, para que soubessem
ter fé e pudessem receber a confirmação da Promessa. Da mesma forma devemos entender o
trabalho de Deus em nossas vidas e cada dia mais o Espirito Santo nos encherá de Fé.

TEMA:
A soberania de Deus é oposta ao oportunismo humano.

REFLEXÃO.
Seria necessário para Deus cumprir suas promessas e garantir as suas Bênçãos (espirituais e
materiais) em nossas vidas, do nosso “jeitinho”? O que acontece quando tentamos buscar as
Bênçãos de Deus a nossa maneira?

I. A PROMESSA DA CONTINUIDADE DA FAMILIA DA ALIANÇA.


Sabemos que Deus havia prometido a Abraão não apenas ser pai de uma grande família, mas
de que sua descendência seria multiplicada e prosperaria na terra que Deus havia revelado. Abraão
já estava começando a ver os projetos de Deus se realizar em sua vida, desde o nascer do seu filho
Isaque e de tudo o quanto o Senhor estava o abençoando. Faltava apenas que à promessa fosse dada
continuidade.
.
1. A providência de Deus para a geração da semente em Isaque (Gn. 24.1-67).
Como foi estudado, entendemos que desde cedo Abraão deu exemplo a seus filhos da
necessidade de uma entrega total a dependência de Deus. Ele sabia que Isaque não poderia tomar
decisões por sua própria conta, pois assim estaria rejeitando a Aliança da Promessa para qual Deus
os havia separado.

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1.1. O servo Eliezer vai ao encontro de uma esposa para Isaque.
Abraão convoca seu servo Eliezer e o faz jurar que iria a busca de uma esposa para seu filho
Isaque, do meio de sua parentela em Harã. Abraão não queria que Isaque procurasse esposa no meio
de mulheres de povos ímpios. É então que Eliezer parte com uma comitiva até a terra designada,
chegando ali, em meio à incerteza Eliezer invoca ao Senhor Deus em oração e o Senhor opera com
providencia o milagre. Conforme Eliezer orou, aconteceu, pois Rebeca; neta de Naor; e prima de
segundo grau de Isaque saiu ao seu encontro e deu água para ele e sua comitiva, os recebendo em
casa e apresentando-os ao seu pai.
1.2. O casamento de Isaque e Rebeca.
Eliezer apresenta a proposta que seu senhor fez para a família de Rebeca, eles aceitaram
contentes e a moça concorda em ir, sem hesitar. Ela parte juntamente com Eliezer para a terra onde
habitava Abraão, Isaque e sua família. Isaque estava no campo orando quando Rebeca chega com a
comitiva e logo ele a leva para sua casa e os dois se casam.
2. O Nascimento de Esaú e Jacó. (Gn. 25.20-26).
Isaque também enfrentou problemas quanto a gerar filhos, assim como seu pai, quando ele
se casou com Rebeca tinha já 40 anos, naquela época ainda um jovem. Então se pôs a orar e o
Senhor o abençoou e Rebeca gerou filhos, quando isto ocorreu Isaque já estava com 60 anos, ou
seja, foram 20 anos de persistência em oração da parte de Isaque para que o Senhor o
recompensasse com a benção da família.
2.1. Duas Nações.
A palavra de Deus nos diz que no ventre de Rebeca havia um conflito entre os bebês, já era
um prenúncio do que aconteceria na história desses dois irmãos, com perfis tão diferentes. Deus
havia revelado a Rebeca desde a gestação, o destino que haveriam de tomar e também qual seria o
papel de cada um, na continuidade da promessa de uma família da Aliança.

2.2. A garantia e demonstração da Promessa para Abraão no final de seus dias (Gn. 25.1-11).
Aqui se encerra a historia de Abraão, após sua esposa Sara ter falecido, ele toma Quetura,
que era sua concubina e a coloca como sua segunda esposa. A partir de Quetura Abraão gerou: 6
filhos, 7 netos e 3 bisnetos contados na Bíblia, um deles em especial se tornará patriarca de um
povo bastante conhecido pelo seu nome, será ele Midiã, filho de Quetura e Abraão, pai dos
midianitas. Este pedaço da historia, quer demonstrar não somente o fim dos dias de Abraão, como
também enfatizar que Deus o honrou, providenciando a ele muitos filhos. Porém apresenta também
um aspecto negativo; pois os filhos que vieram da concubina, foram reconhecidos pelo pai, mas

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como não eram partes do fruto da Aliança de Deus, foram mais tarde fundadores de povos que
trouxeram tropeços para o povo de Deus, como no caso dos midianitas (Nm 25.1-18).
Abraão foi enterrado pelos seus dois principais filhos Isaque e Ismael, entretanto a Palavra
do Senhor nos afirma que a bênção da promessa estava sobre Isaque (Gn. 25.11).

II. O ENGANO TOMA O LUGAR DA FÉ NO MEIO DA FAMILIA DA ALIANÇA (Gn


27.1-45).
Aqui neste tópico vamos observar algumas características que ocorreram no seio da família
da Aliança, estamos falando do perfil enganador que alguns deles assumiram. Esse foi um mal que
trouxe a desaprovação de Deus e fez com que o Senhor os tratasse.
1. A venda do direito de primogenitura de Esaú e o oportunismo de Jacó.
Nas antigas tradições dos tempos bíblicos, o costume das famílias era de separar para ser o
receptor das bênçãos do Pai, o filho mais velho (primogênito). Os outros filhos apenas recebiam
uma benção que mais simples, como que fossem destinados a receber aquilo que resta da herança
do Pai. Aqui nesta história vemos que Jacó usou de uma artimanha para conseguir do seu Pai, a
benção que era por direito de Esaú.
1.1. O oportunismo enganador (Gn. 25.29-34).
É preciso observar que Jacó já havia comprado de seu irmão o direito de primogenitura (Gn.
25.29-34). Agora ele só precisava de uma forma de fazer seu pai validar a Benção. Possivelmente o
fato de Jacó ser um homem simples e caseiro (Gn. 25.27-28), o tornou mais próximo de sua mãe,
por isso ela o amava mais. O que fez com que sua mãe, Rebeca, o incentivasse a dar sequência em
seu plano de obter a Benção da primogenitura. Rebeca em seu coração poder ter pensado que
Jacó era o verdadeiro merecedor, por ter visto a amargura que Esaú causou a família, por ter se
casado com mulheres de outros costumes, idólatras e que não adoraram ao Senhor (Gn 26.34-35).

1.2. A estratégia de Rebeca (Gn. 27.1-45).


Isaque pediu a seu primogênito Esaú, que lhe fizesse um cozido da maneira que o agradava,
dessa forma ele estaria pronto para abençoar Esaú e ficar em paz para esperar o fim de seus dias.
Rebeca, sabendo disso, incentivou a Jacó a se vestir e se camuflar como Esaú, e o ajudou a preparar
o cozido primeiro e a levar até Isaque, que comeu e ficou satisfeito. Isaque então abençoou a
Jacó no lugar de Esaú. Chegando Esaú da caça e preparando o cozido para seu pai, foi descoberto o
plano e Esaú lamentou muito e jurou vingança ao seu irmão. Obrigando Jacó a ter que fugir de sua
casa, através da ajuda de sua mãe.

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1.3. A destruição da família pelo engano.
Muitas vezes as atitudes que levam famílias a destruição; é fugir da ordenança de Deus e
tentar fazer as coisas conforme sua própria experiência, ou, na tentativa de ajudar a Deus, resolver
tudo por conta própria. Nós vemos na história dos patriarcas que as coisas apenas vão dar certo,
conforme é seguida a Palavra de Deus e obedecida. Quando a fé no Senhor é o nosso principio,
Satanás não promove a destruição.

III. DEUS INTERFERE NA VIDA DE JACÓ PARA GARANTIR A BENÇÃO (Gn. 28.10 −
32.2).
Podemos pensar com nosso julgamento; que Deus deve punir toda desobediência
instantaneamente, ou seja, matar qualquer pessoa que não fizer sua vontade. Mas não é assim que a
Palavra de Deus nos ensina. Mesmo Jacó tendo trapaceado e Esaú tendo se desviado da Aliança de
Deus, o Senhor se mostrou misericordioso para com eles, tratando das suas fraquezas e os ajudando
a alcançar uma posição de benção do Senhor.
1. Deus se manifesta a Jacó.
Isaque resolve abençoar a Jacó e o aconselha a escolher uma esposa das filhas de Canaã,
mas que procurasse na parentela de Rebeca, sua mãe. Assim foi Jacó e levou consigo a confirmação
da Benção de seu pai (Gn.28.1-5). E o Senhor então apareceu a Jacó e o abençoou e confirmou com
ele a benção e a promessa da terra, que havia feito com seus pais, Isaque e Abraão (Gn.28.10-19).
1.1. Deus ensina a Jacó o valor da fé ao invés do valor do engano (Gn 31.1-55).
Jacó chega até Harã, onde encontra Labão, seu tio. Lá ele se dispõe a trabalhar 7 anos, em
troca do casamento com sua filha mais nova, Raquel. Labão com astúcia, ao findar os tempos de
trabalho de Jacó, entrega a ele Léia, sua filha mais velha, então Jacó se torna enganado pelo próprio
sogro. Depois Jacó se dispõe a trabalhar mais 7 anos se Raquel fosse dada em casamento e assim
Labão fez e esperou Léia descansar das núpcias e entregou Raquel para se casar com Jacó. Porém,
Léia era quem gerava filhos para Jacó, já Raquel ficou estéril. Dessa forma Jacó teve que aprender a
ser tratado, com humilhação e paciência para aprender que os homens enganam, mas somente Deus
é fiel.
1.2. Deus abençoa o retorno de Jacó a Canaã (Gn 31.3).
Após esse processo, Deus abençoou Raquel e ela também pode gerar filhos para Jacó, o
primeiro que ela o deu foi José e o segundo Benjamim, os quais Jacó muito amou.
Terminando o tempo que Jacó devia de trabalho para Labão, ele decidiu retornar para sua
casa. Neste momento Deus abençoa a Jacó, fazendo com que o seu rebanho se multiplique. Jacó

31
reúne toda sua família e todo o seu rebanho e parte de volta para Canaã, para que ele possa assumir
o lugar da promessa.
2. Os sinais da fraqueza de Jacó ainda resistem, mas Deus o trata (Gn 32.3 – 35.29).
Ao retornar para Canaã, Jacó se depara com Esaú vindo com 400 homens na direção da
família de Jacó. É aí o momento em que mais uma vez Jacó tenta se livrar das situações adversas
apelando para sua astúcia (Gn 32.3-6). Ele tenta dividir a família de um modo que eles consigam
atravessar o bloqueio de Esaú e fugir (Gn 32.7-8). Jacó ainda não consegue ver seu futuro como
dependente das mãos do Senhor, na verdade ele ainda não aprender a confiar em Deus por não
perceber que todas as coisas estão sendo determinadas por Ele e sofrem influencia direta da sua
Vontade e da sua Palavra.
2.1. A luta entre Jacó e o Anjo do Senhor; um sinal da dependência de Deus (Gn. 32.22-
32).
Enquanto sua família estava tentando atravessar o Vau de Jaboque, Jacó se depara com um
Varão, mas sabemos pela Escritura que este era na verdade o Senhor Deus se apresentando a ele.
Então Jacó detém o Varão e eles lutam, Jacó resiste, e diz que não se retiraria da frente, enquanto
não fosse abençoado.
É talvez o momento mais sublime da vida de Jacó, pois ao lutar com Deus, o Senhor o
ensinou pelo cansaço e pelo sofrimento que não há caminho para a Benção, independente de Deus.
Jacó nesse momento estava em completo desespero e chegou ao seu limite, ao entender que para ele
não haveria outro caminho do que se entregar a Deus e ser abençoado por Ele. Pois uma vida de
egoísmo e independência de Deus, só lhe trouxe mais tribulações.
É nesse momento também que o Senhor muda seu nome de Jacó para Israel, nome ao qual
dará por herança a nação que será formada a partir da sua família, significando: “Príncipe de Deus”,
pois; como príncipe lutou com Deus e com os Homens e prevaleceu. Assim profetizava uma
Benção também sobre a futura Nação que haveria de ser a escolhida por Deus.
2.2. Esaú e Jacó reconciliam-se (Gn. 33.1-11).
E como nosso Deus sabe o que é o melhor para nós, quando Ele toma o controle de tudo, as
coisas vão bem. E assim foi com Jacó (Israel), e Deus o surpreendeu, quando Esaú já não mais o
queria matar, mas ao invés disso abraçou seu irmão e ali fizeram as pazes e Jacó pode seguir com
sua família em paz e prosperidade, estabelecendo-se em Canaã, terra que Deus havia prometido a
seus Pais.

CONCLUSÃO

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O que podemos aprender da história de Jacó e Isaque? Ambos muitas vezes foram teimosos,
desobedientes a Deus e quiseram pelas próprias forças, buscar seus próprios resultados, mas o
Senhor os deteve e os ensinou uma grande Lição; apesar de sermos abençoados é necessário
vivermos em obediência.
Assim também é para o crente, pois sabemos que Deus já declarou em sua Palavra
grandiosas bênçãos; temos a providência de Deus na Salvação, mesmo não merecendo. Sabemos
que sua graça e misericórdia são tão grandiosas, que mesmo apesar da nossa condição pecaminosa
manchar o mundo, o Senhor nos abençoa com nosso trabalho, com o alimento e suprindo nossas
necessidades.
O crente deve aprender a confiar sempre na potente mão de Deus e perseverar. Pois a mesma
Mão Poderosa que; decreta a benção sobre nossas vidas, é a mesma que escreve nosso presente e
determina o nosso futuro.

33
Lições da EBD – IPVB
IGREJA PENTECOSTAL VALE DA BENÇÃO

VI. OS FILHOS DE JACÓ

TEXTO BASE.
Gn. 37.1 − 50.26
TEXTO AUREO.
Hb. 11.20-22
ALVO DA LIÇÃO.
Apresentar a história de vida dos filhos de Jacó, e sua relação com a promessa e o Deus de
seus pais. Mostrar como em José Deus providência a Benção para Jacó após ter permitido sua ida
para o Egito.

INTRODUÇÃO.
A narrativa das provações e triunfos de José é uma das histórias mais bem apreciadas do
Antigo Testamento. No capítulo 37, o foco do Livro de Gênesis passa de Jacó para seu filho
preferido. A princípio, José aparece como típica criança mimada. Não tinha um relacionamento
afável com os irmãos e eles o consideravam um delator insuportável, que contava tudo ao pai. E
seus sonhos, os quais José contava com satisfação, eram eficientes em criar fortes sentimentos
hostis contra ele. Em consequência disso, uma série de tragédias se abateu sobre José, levando-o a ir
parar em uma prisão escura. Mas José era jovem de fé robusta, e Deus não o abandonou. Uma
súbita reviravolta de acontecimentos levou-o ao poder de uma das maiores nações do antigo Oriente
Próximo.

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De sua posição de poder, José pôde ajudar sua família quando esta foi para o Egito em busca de
alimento. Foi também capaz de castigar os irmãos e depois perdoá-los. Em resultado disso, um Jacó
extremamente aflito encontrou nova esperança e nova alegria na vida; sua família também
encontrou um novo lar na terra de Gósen no Egito.

TEMA:
O relato dos descendentes de Jacó indica como a graça de Jeová preservou a família da
Aliança, dos pecados da corrupção externa e da dissensão interna.

REFLEXÃO.
Nosso Deus é poderoso para agir mesmo em meio as mais adversas situações, ainda que
sejam anos de luta e escravidão, todo tipo de calúnia, opressão e perseguição. Nem mesmo os
nossos pecados são suficientes para impedir Deus de agir em favor dos que Ele escolheu e
abençoou.

I. ENGANO E VIOLENCIA COMO MARCAS DOS FILHOS DE JACÓ.

1. Tragédia, tensão e pecado na casa de Jacó.


1.1. O abuso de Diná.
Estava Diná, a filha de Jacó indo ver suas amigas, quando veio Siquém, filho de Hamor, um
príncipe da terra onde estavam habitando a familia de Jacó e abusou da moça. O jovem ficou muito
apaixonado por aquela moça e pressionou o pai dele a buscar arranjar o casamento da moça e seu
filho com Jacó.
1.2. A reação violenta dos filhos de Jacó.
Os filhos de Jacó ao saberem de tal acontecimento, ficaram cheios de ódio e procuraram
tomar vingança contra o rapaz que havia feito aquilo com sua irmã. Eles até aceitaram negociar com
Hamor o casamento de sua irmã mais nova, para que o mal fosse consertado, porém eles estavam
tramando uma retaliação por causa da vergonha que assolou a família de Jacó. Assim foram Simeão
e Levi e mataram os homens de Siquém e Hamor e seu filho, e levaram sua irmã consigo.
Rubén, por ver todos estes acontecimentos em sua casa, deve ter pensado que seu pai não
tinha autoridade e cometeu um pecado terrível. Tentou usurpar o lugar de seu pai, deitando com a
concubina de seu pai, serva de Raquel, a esposa que ele mais amava (isto aconteceu após a morte de
Raquel) (Gn. 35.21-22).

35
2. O retorno de Jacó a Betel
2.1. Deus renova as promessas a Jacó (Gn. 35. 9-15).
O Senhor se revelou a Jacó mais uma vez, para abençoá-lo e novamente faz menção da
mudança de nome de Jacó para Israel e tudo aquilo que foi prometido para Abraão, o Senhor
confirmou na vida de Jacó. Todas as bênçãos, desde a multiplicação da sua família, a terra
prometida que seria dada por herança e ainda uma linhagem real vindo de sua geração.
2.2. Nascimento e morte na casa de Jacó.
Logo após o Senhor abençoar a Jacó e lhe confirmar as promessas, acontece que Rebeca, dá
a luz a mais um menino, mas no momento do parto ela acaba falecendo. Esta deve ter sido uma
prova difícil para Jacó suportar, por este motivo, o Senhor às vezes fala conosco, pois sabe que
precisamos ter forças para suportar as aflições do caminho. Este triste episódio explica a afeição
particular de Jacó por Benjamim. O nome eivado de tristeza, "Benoni", não foi aceito pelo pai, mas
ele preferiu chamá-lo de "Benjamim" - filho de esperança e encorajamento.

II. A GRAÇA DE DEUS PARA PRESERVAR A FAMILIA DO PECADO (Gn. .


A violência havia tomado conta da família de Jacó e seus filhos estavam muito rebeldes, não
havia mais temor do Senhor, Deus da promessa naquela casa. Era então o momento de Jeová agir e
demonstrar a eles sua Autoridade e Soberania.
1. A reação negativa da família de Jacó quando José é anunciado como o futuro líder da
família.
José havia despertado de um sonho estranho e inocente e com animo afoito resolve ir contar
a sua família, porém zombam dele, pois não poderiam suportar que o menor naquela casa pudesse
ter proeminência e alguma voz ativa ali. Ele havia recebido de seu pai Jacó um presente, a saber,
uma túnica, que por sinal; provocou a inveja de seus irmãos. O presente da túnica era uma marca de
distinção, mas o que Jacó tenciona exatamente com tal presente é difícil de dizer. Ele não podia
querer dar os plenos direitos de primogênito a José, pois esses ele concedeu a Judá (ver 49.8-12).
Alguma explicação pode ser encontrada no fato que José era o primogênito de sua esposa favorita,
Raquel.
1.1. O sonho de José.
José e seus irmãos eram as tribos de Israel em potencial. Seus sonhos previam, em termos
amplos, como José teria a ascendência, e como isso seria um fator determinante para que a nação de
Israel tivesse inicio (no Egito). A superioridade de José daria a Israel uma oportunidade de

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multiplicar-se em paz. Sua presença no Egito atrairia o resto da família ao Egito. Em um desses
sonhos, seus irmãos prostravam-se diante dele. Antes disso, porém, ele teria de passar por muitos
testes severos, alguns deles provocados por seus próprios meios-irmãos. Seus sonhos proféticos,
pois, penetravam por muitos anos futuro adentro.
2.1. A conspiração dos irmãos de José (Gn 37.20-24).
Os irmãos de José o odiaram mais ainda após José ter declarado o seu sonho. Então seus
irmãos se aproveitaram de uma oportunidade em que estavam a sós com José; e o pegaram para
tentar dar fim a sua vida. Mas um de seus irmãos intervém e impede que matem José, fazendo com
que apenas o jogassem numa cisterna e posteriormente o vendendo para uma caravana de
comerciantes que iam em direção ao Egito.
2. O projeto de Deus para abençoar a família da aliança por meio de José (Gn. 39.1 − 41.57).
As reações de José ao estresse e infortúnio foram notadamente diferentes das expressadas
pelos seus irmãos quando enfrentaram situações difíceis. Eles tinham reagido com fortes
sentimentos negativos, envolvendo ciúme, concupiscência e ódio que resultaram em assassinato
(34.25), incesto (35.22), tramas de morte seguidas da venda à escravidão (37.20- 28), empedernido
logro de seu pai (37.31-33) e imoralidade irresponsável (38.15-26).
Em contraste com os irmãos, José era jovem de extraordinária força moral, que não se entregou à
amargura, autopiedade ou desespero. Venceu as dificuldades com corajoso senso de
responsabilidade e altos valores morais. Em toda a situação, demonstrou confiança em Deus,
sabedoria bondosa em seus procedimentos com os outros e honestidade concernente a toda
confiança nele depositada.
2.1. O reconhecimento do trabalho de José.
O novo senhor egípcio de José, Potifar, logo notou as qualidades incomuns do caráter do
escravo e cada vez mais foi lhe confiando às tarefas domésticas. O testemunho do texto é que o
Senhor estava com José, e que até o senhor pagão percebia este fato. Em consequência disso, a
Palavra diz que José achou graça a seus olhos. Esta expressão significa que Potifar reagiu com
benevolência e bondade para com José e o elevou a uma relação serviçal mais pessoal nos afazeres
da casa. Com a promoção houve aumento de responsabilidade, condição que José lidou com
destreza, de forma que, por José, o Senhor abençoou a casa do egípcio, ou seja, os negócios de
Potifar prosperaram.
2.2. José é acusado falsamente e vai parar na prisão.
A mulher de seu senhor era pessoa mal acostumada e impulsiva, sem ter o que fazer.
Faltavam-lhe padrões morais, e quando o marido se ausentava procurava outros homens

37
encantadores e atraentes. Logo José se tornou alvo de suas atenções e na primeira oportunidade fez
uma proposta indecorosa.
Em contraste com Judá (38.16), José resistiu ao convite. Explicou racionalmente que sua posição,
com a pertinente carga de responsabilidade, tornaria tal ato uma violação de confiança. Acima de
tudo, como faria José este tamanho mal e pecaria contra Deus? A mulher não via as coisas desse
modo, por isso continuou importunando e convidando-o. Por fim, num momento favorável, agiu
com insistência: Ela lhe pegou pela sua veste para puxá-lo para si. José se libertou e fugiu da casa,
deixando para trás a sua veste, a qual ela usou eficazmente contra ele. Quando chamaram os
homens de sua casa, ela acusou o hebreu (servindo-se totalmente do preconceito racial) de
investidas indecorosas e afirmou que ela resistiu gritando com grande voz. Repetiu a acusação ao
marido que, por esta causa, mandou prender José. O fato de José não ter sido imediatamente
executado sugere que o senhor, ainda que enfurecido, não estava plenamente convencido da
inocência da esposa.
3. Deus eleva a José a uma posição de honra.
O controle que José mantinha de suas atitudes era importante. Mas o escritor desta história
entendia que a boa harmonia com o carcereiro-mor, era por causa da benignidade ou misericórdia
do Senhor. Fica claro que José foi o escolhido por Deus como sucessor de Jacó na Aliança de Deus
com os Patriarcas. Logo José estava a cargo de muitos detalhes dos procedimentos prisionais. Este
fato se deu por que o Senhor estava com ele; e tudo o que ele fazia o Senhor prosperava. Havia mais
que controle de atitude e trabalho eficiente. Na vida de José, existia mais uma importantíssima
vantagem: a preocupação ativa e a benignidade de Deus.
Certa noite, cada um dos dois prisioneiros teve um sonho que os confundiu e os deprimiu.
Cada um conforme a interpretação do seu sonho fica melhor como “cada sonho com a sua própria
significação”. Contaram o sonho a José que, por sua vez, ofereceu ajuda, dizendo: “Não são de
Deus as interpretações?”. Diante desta oferta, cada um contou-lhe o sonho.
3.1. Deus usa José para revelar os sonhos do copeiro e do padeiro do Rei.

O copeiro-mor disse que sonhou com uma vide que tinha três sarmentos, ou ramos, cujos
cachos amadureciam em uvas. O chefe dos copeiros pegou o copo de Faraó, espremeu o suco das
uvas no copo e o pôs na mão de Faraó. A interpretação de José foi que os três sarmentos seriam três
dias, e que dentro desse prazo o copeiro seria restaurado ao seu antigo trabalho. Levantará a tua
cabeça é melhor “te libertará” ou “te chamará”.

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José se aproveitou do momento para fazer um apelo pessoal, dizendo que, quando fosse
restaurado, o copeiro usasse de compaixão e mencionasse a Faraó as injustiças que tinham posto
José na prisão do Egito. Ele esperava que isto o levasse à libertação.
Em seguida, o padeiro-mor contou seu sonho, no qual ele estava levando três cestos brancos.
Brancos é uma boa tradução deste termo se entendermos que se refere a pães brancos, mas a mesma
frase pode significar “cestos de vime”. Novamente o número três designava três dias. Mas este
homem não seria restaurado ao cargo. Também seria chamado por Faraó (Faraó levantará a tua
cabeça sobre ti), mas como diz outra versão: “Faraó te tirará fora a cabeça”. As aves bicando os
pães assados deu este mau-agouro, porque elas comeriam a carne do padeiro, enquanto o corpo
estivesse pendurado num madeiro. A expressão levantou a cabeça é empregada pela terceira vez
para denotar libertação da prisão. O destino de cada homem foi como José havia predito. Porém,
para desapontamento de José, o homem cuja vida foi poupada não se lembrou de José.
3.2. Deus exalta a José perante os olhos do Rei.
O caso de José parecia não ter solução até que se passaram dois anos inteiros. Faraó teve um
sonho que desafiou a perícia interpretativa dos melhores adivinhos do Egito. O impasse levou o
copeiro-mor a se lembrar de José que, quando levado à presença de Faraó, revelou com precisão o
segredo do sonho. Foi recompensado não apenas com a libertação da prisão, mas com a ascensão à
posição de poder ao lado do próprio Faraó.
O Faraó teve um sonho enigmático, sonhando com 7 vacas gordas pastando junto ao rio e
sendo devoradas depois, por 7 vacas magras. Logo em seguida o Faraó sonha com 7 espigas boas
que nascem de um mesmo pé, sendo devoradas por 7 espigas feias e queimadas.
O Faraó ficou perturbado, pois nenhum dos seus adivinhos poderia trazer a interpretação. É
ai que o copeiro do rei se lembra de José e este é chamado à corte do Rei para lhe trazer a
interpretação. José então declara que o único Deus verdadeiro é que tem o poder de revelar o
significado dos sonhos e diz que o Senhor iria operar na terra do Egito. José declara que as 7 vacas
magras e as 7 espigas boas, são um período de 7 anos de bonança e fartura na terra do Egito, e as 7
vacas e espigas magras, feias e queimadas; são os 7 anos de miséria e fome que vão assolar o Egito
e toda a vizinhança após os primeiros 7 anos.
3.3. Deus usa José com sabedoria para preservar o Egito (Gn. 41.37-45).
José reparou que, visto que ambos os sonhos significavam a mesma coisa, a situação era
urgente, porque a coisa era determinada de Deus e logo aconteceria. José passou a dar a Faraó
alguns conselhos práticos que não faziam rigorosamente parte da interpretação. Sugeriu que um
varão entendido e sábio fosse incumbido com a responsabilidade de juntar e armazenar todo o

39
excesso das colheitas durante os sete anos de fartura para que houvesse alimento durante os sete
anos de fome.
Em reunião deliberativa, Faraó e seus servos chegaram à conclusão de que a interpretação e
os conselhos de José eram excelentes. Faraó o caracterizou varão em quem há o Espírito de Deus, e
informou a José que resolveram que ele seria o homem indicado para supervisionar o plano de
armazenamento de colheitas. Seu cargo estaria ao lado do próprio Faraó em termos de poder e
autoridade.
Para simbolizar o novo ofício de José, Faraó lhe deu o anel que usava, no qual estava estampado o
selo de autoridade, vestiu-o de vestes de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço. Deu-lhe
um carro, no qual desfilou publicamente com a proclamação de que ele deveria ser honrado pela
populaça. Em seguida, mudou- lhe o nome para Zafenate-Paneia, que quer dizer “abundância de
vida ou o deus fala e vive”. Por fim, José se casou com uma moça de família de alta posição da
cidade sacerdotal de Om. O nome da moça era Asenate, que significa “alguém pertencente à deusa
Neith”. José foi lançado em estreito contato com o paganismo do Egito, mas não foi vencido por
ele.

III. O TRATAMENTO DE DEUS PARA COM A FAMILIA DE JACÓ.


1. Os irmãos de José vão parar no Egito.
Os sonhos de Faraó se cumprem e começam os 7 anos de fartura e José traz prosperidade ao
Egito, mas findado os 7 primeiros anos, a fome assola todo o território do Egito e suas
proximidades. Não foi diferente onde habitavam Jacó e seus filhos, e Jacó dá ordens aos seus filhos
de que vão comprar alimento no Egito, ele separa 10 dos seus filhos, pois não permite a ida de
Benjamim, filho mais novo de sua amada Raquel, irmão de José.
1.1. O duro tratamento de José para sensibilizar seus irmãos.
Chegando ao Egito, os irmãos de José devem pedir autorização do encarregado pelos
suprimentos para poderem comprar. É então que José se depara com eles, porém eles não o
reconhecem. José nesse momento os aflige, dando a eles um tratamento áspero e duro. José os
acusou de serem espias, com o intuito de invadir o Egito. Eles tentaram se defender, mas José os
interrogou sobre a verdade do que estava falando. Tudo não passava de um plano de José para que
eles fossem provados; devido o pecado que cometeram contra ele. José os pressiona e os seus
irmãos, contam da existência de um irmão mais novo (Benjamim), que José manda ir buscar, mas
como garantia, manda prender a Simeão.

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Os irmãos voltam a sua terra em busca de Benjamim, o que deixa Jacó muito mais
angustiado, além disso, José arma uma cilada para eles, devolvendo o pagamento que eles deram no
Egito, colocando em seus sacos de alimentos. Tudo parecia ficar pior cada vez mais para eles, que
compreendiam e se angustiavam, reconhecendo que a Justiça pelo que fizeram com José, havia
chegado.
Para José todo o propósito de causar neles essa aflição, após as acusações de roubo e
espionagem, serviu para que José percebesse que seus irmãos haviam sido redimidos e reconheciam
o erro que cometeram no passado.
1.2. O fim da inimizade entre os irmãos.
José resolve dar um banquete e perdoar seus irmãos (sem que ainda o reconhecessem), mas,
tinham que deixar Benjamim como servo. Isso causou uma angústia ainda maior aos filhos de Jacó,
pois eles não poderiam suportar ir até seu pai com essa noticia, pois Jacó morreria ao saber disso.
Então se lançaram a implorar pela vida de Benjamim e sua libertação, ao ver o clamor e a
intercessão de Judá (aquele que tinha planejado sua venda), José não se conteve e se revelou aos
seus irmãos.
Anunciou dramaticamente: Eu sou José, e perguntou novamente pelo pai. Os irmãos ficaram
mudos, incapazes de acreditar no que tinham acabado de ouvir. Se este fosse José, com certeza ia
castigá-los. Mas José os tranquilizou, pedindo que não se repreendessem pelo que lhe haviam feito,
porque, para conservação da vida, Deus me enviou diante da vossa face.

2. Deus usa o Egito como providencia para a preservação da Família da Aliança.


José entendeu então que Deus invalidou a intenção má dos seus irmãos e tornou possível ele
ser alto funcionário no Egito. Nessa condição, abriu caminho à mudança da família de Canaã,
atingida pela falta de chuva, para a terra onde ele havia armazenado alimentos contra a fome. Os
irmãos pensaram que tinham se livrado dele vendendo-o como escravo. Mas Deus o usou para
salvá-los do período de fome em que não haverá lavoura nem sega. Deus me tem posto por pai de
Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e melhor Deus “me fez primeiro-ministro de Faraó, chefe de
todo o seu palácio”. Transformando a má intenção em bem e dando força durante tempos de
angústia, Deus mostrou que seu propósito último é redentor e que suas relações com os homens são
fomentadas pelo amor.
2.1. Deus autoriza Jacó a ir para o Egito e lá ser protegida sua família (Gn. 46.1-
47.31).

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Apesar da notícia de que José estava no Egito, não era fácil para Jacó sair de Canaã, pois era
a Terra Prometida. Mas com a permissão divina, Jacó fez a mudança com todo o seu considerável
séquito, recebeu acolhimento alegre de José e viu sua família ser instalada em região bem irrigada e
produtiva do delta do Nilo. Era a conclusão feliz de uma vida repleta de enganos, aventuras,
momentos de tensão, adversidades, tristezas e alegrias e, acima de tudo, uma vida recheada das
misericórdias de Deus.
Jacó e sua família habitavam em Hebrom (Gn. 37.14). Ao saber das espantosas notícias de
que José estava vivo e era alto funcionário no Egito, Israel (Jacó) partiu imediatamente para o Egito.
Enquanto viajava em direção a Berseba, Jacó provavelmente se lembrou de que o avô Abraão teve
uma experiência desagradável no Egito (Gn. 12.10), e que Deus disse a Isaque para não ir ao Egito
(Gn. 26.2). Deve também ter se lembrado de que Deus falou a Abraão que seus descendentes iriam
habitar naquele país por certo período (Gn. 15.13-16).
Com pensamentos em ebulição, Jacó adorou, oferecendo sacrifícios ao Deus de Isaque, seu
pai. Embora não haja registro, claro que fez orações por orientação e proteção. A resposta de Deus
chegou somente ao anoitecer, mas a palavra foi positiva: Não temas descer ao Egito. A mensagem
também continha promessas. A família de Jacó se tornaria uma grande nação; Deus faria Jacó tornar
a subir e estaria sempre com ele; e José poria a mão sobre os teus olhos, ou seja, estaria presente na
hora da morte de Jacó.
Jacó levantou-se daquele lugar com todas as dúvidas dirimidas. Este não era outro Deus,
mas o único Deus verdadeiro que apareceu a Isaque, seu pai.
3. Jacó abençoa seus filhos (Gn. 49. 1-28).
A bênção patriarcal profética de Jacó a seus filhos define o futuro daquele grupo na história
e na geografia de Israel (49.1-28).
1. Jacó convoca todos os seus filhos para receber sua bênção e seu testamento (49.1, 2).
2. Rúben perdeu o direito de primogenitura por buscar seus direitos de forma ilícita (49.3, 4).
3. Simeão e Levi seriam dispersos em razão de sua violência contra os siquemitas (49.5-7).
4. Judá recebe a promessa de autoridade e honra entre seus irmãos (49.8-12).
5. Zebulom viverá junto ao mar e se envolverá no comércio (49.13).
6. Issacar terá vida tranqüila, mas finalmente será sujeito a trabalhos forçados (49.14, 15).
7. Dã trará livramento na batalha apesar de seu tamanho pequeno (49.16-18).6
8. Gade será atacado, mas contra-atacará (49.19).
9. Aser terá uma terra agradável e produtiva (49.20).
10. Naftali desfrutaria liberdade e agilidade (49.21).

42
11. José será próspero e valente, um príncipe entre seus irmãos, graças à bênção do Deus de seu pai
(49.22-26).
12. Benjamim será valente e conquistará vitória (49.27)
3.1. A morte de Jacó e a esperança de herdar a terra da promessa.
Tendo distribuído suas bênçãos, Jacó mencionou seu desejo já revelado a José (47.29- 31).
Ele deveria ser sepultado na cova que está no campo de Macpela (29,30), que foi comprada por
Abraão (23.1-20). Era a sepultura dos seus antepassados e de Léia, sua esposa. Jacó queria ter
certeza de que na vida e na morte seus filhos manteriam os olhos voltados para Canaã como sua
verdadeira casa.
Tendo tratado do último detalhe, não havia mais necessidade de delongas. Jacó foi congregado ao
seu povo, como aconteceu com Abraão e Isaque.

CONCLUSÃO
Finalizamos a última lição deste período que trata dos princípios do povo de Deus e da
história dos Patriarcas. Nela nós aprendemos temas importantes como Providência divina,
misericórdia, justiça, benção, herança e promessa.
Aprendemos como Deus tem seu trabalhar e sua forma de moldar a vida humana, seu
espirito e caráter e como Ele sabe o que é melhor para nós.
A partir da História de Jacó e José, nós muitas vezes somos levados a pensar que o objetivo
de toda história foi a exaltação destes dois personagens bíblicos. E muitas vezes tendemos a nos
inspirar com essas histórias como promessas que servem para um dia provar que nós seremos
exaltados entre os nossos irmãos. Mas não é esse o objetivo da Palavra de Deus. O que a Bíblia quer
nos mostrar é como Deus usou de benignidade e bondade ao preparar com que todas as
circunstâncias, preparassem o caminho para um dia na história da humanidade a Redenção do
Homem pudesse vir. A história de José e Jacó é apenas um preparativo, para mostrar como um dia o
Povo de Israel surgiu, povo este que foi escolhido por Deus para serem aqueles que receberiam a
Aliança e Revelação de Deus e suas Leis, e dessa forma abençoar a toda a Humanidade.

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