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O processo, porém, não deve ser condescendente, pois é preciso lembrar sempre que
os professores detêm o comando das ações. “Não podemos dar motivação aos nossos
alunos como presente. Devemos inspirá-los e ensiná-los a buscar sua própria
motivação para aprender, para alcançar seus próprios objetivos”. Para a
especialista, os professores atuais têm de ser vistos pelos alunos como um “guia,
alguém acessível” e não como um “sábio no palco”.
McGlynn explica que, pelas pesquisas, sabe-se hoje que a capacidade média de
atenção total dos adultos é de 20 minutos em uma sala de aula ou assistindo a uma
palestra expositiva. Portanto, o tempo deve ser utilizado de maneira mais racional
e sempre a favor da aprendizagem.
Diante de uma geração que consome informações cada vez mais audiovisuais, a
exigência de leitura de textos acadêmicos e livros é um desafio considerável. Tendo
em vista ainda a heterogeneidade entre os estudantes, McGlynn afirma que o mais
importante é ensinar os alunos a lerem com mais qualidade. “Professores têm de se
esforçar para ensinar aos alunos serem alfabetizados em termos de informação.
Talvez agora, mais do que nunca, precisamos de pensadores críticos que possam
analisar fontes de informação e discernir o que é credível e o que não é. Os
professores precisam criar tarefas que desafiam os alunos a usar pesquisa de fontes
primárias e avaliar diferentes canais de informação.”
Para a especialista, no mundo de hoje é mais importante uma pessoa que leia pouco
mas saiba separar o joio do trigo, do que outra que lê muito mas tem pouca
compreensão e não reflete sobre as informações que consome. “Aqui novamente os
professores devem usar ‘iscas’ para envolver os alunos na leitura. Questionários
surpresa que oferecem pontos extras são uma abordagem de que eu gosto, pois os
alunos vislumbram recompensas.”