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TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS
Carla dos Santos Macedo *
1. OBJETIVO
O presente trabalho tem como objetivo mostrar as tendências atuais do Estado Moderno Brasileiro,
suas características, seus objetivos e as influências das transformações mundiais nos setores econômicos,
políticos e sociais desde 1985, quando tivemos a eleição do primeiro presidente da República após a queda
do regime militar (golpe de 1964), que foi realizada de forma indireta, ou seja, a escolha se deu pelos
deputados e senadores, apesar da campanha de mobilização nacional “DIRETAS JÁ”, tendo o povo ido às
ruas pedir eleições presidenciais de forma direta.
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Aluna do 3º ano do Curso de Direito da Faculdade Moraes Júnior - e-mail: carlasan@br.inter.net
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Dias, Luiz Cláudio Portinho. Democracia Brasileira Participativa, 1998 http://www.apriori.com.br/artigos/arti_178.htm
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Dalmo de Abreu Dallari – Elementos de Teoria Geral do Estado, 1998 – 20ª edição. Rio de Janeiro, Editora Saraiva.
O povo brasileiro, em relação à formação política, aprendeu que o voto é uma obrigação do cidadão,
quando deveria ser uma afirmação de sua vontade, para atingir o bem comum.
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Luís Roberto Barroso – Constituição da República Federativa do Brasil, Anotada e Legislação Complementar, 1998 – Rio de Janeiro, Editora Saraiva.
Quando se afirma que há uma finalidade a atingir, essa afirmação pressupõe um ato de escolha, um
objeto conscientemente estabelecido.
Assim, a sociedade pretende a prática do exercício de suas vontades, porque determinar o fim social
não é apenas traçá-lo num pedaço de papel. Vai além de qualquer definição escrita, cabendo ao cidadão o
poder de iniciativa política, capaz de firmar todos os seus anseios.
Mas, para se efetivar a vontade do povo, surgem, neste momento, os instrumentos legais do
processo de legitimação do poder. No Brasil, a representação democrática é semidireta, ou seja, o povo elege
o seu representante no governo. O art. 14 da Constituição dispõe sobre esses mecanismos, com a finalidade
de fazer prevalecer a vontade popular.
Cabe salientar que poucas pessoas exercitam conscientemente esse direito como identificar a
autenticidade do processo eleitoral, a sua importância e sua finalidade. Isso implica, realmente, que o ato de
escolha do cidadão pode não resultar na escolha de um representante que atenda a seus ideais.
A definição de Estado Democrático de Direito está correlacionada à expressão de “governo do povo”.
Para que o processo democrático e o sistema eleitoral sejam eficazes na estruturação desse Estado, a
participação popular é fundamental para a constituição de seus princípios.
A democracia só existe se houver garantias da participação de todos, sem distinção, assim com está
definido em nosso art. 5º em seu caput. Confirmar a decisão da maioria é a garantia do processo democrático
e, se esta for cumprida, as propostas políticas apresentadas pelos representantes poderão ser convertidas
em melhorias nas áreas política, social e econômica do país.
A verdade é que se tem a idéia de que votar é uma obrigação, tendo como contrapartida a perda de
algum direito, por exemplo, ou vota-se ou perde-se o salário do mês, no caso de o empregado não apresentar
o comprovante de votação ao setor de recursos humanos de sua empresa.
O voto não significa que os representantes eleitos legislarão de forma a estabelecer as diretrizes e
decisões que sejam justas e estendidas a todos, conforme está estabelecido em nossa Constituição Federal.
CONCLUSÃO
O Estado Moderno necessário é aquele em que a democracia prevaleça, os projetos sejam
efetuados, os direitos sejam respeitados e, principalmente, haja uma articulação entre o governo e o povo.
Dessa forma, os representantes eleitos pelo povo poderão atingir o objetivo democrático, que é a
garantia do bem comum, sentindo-se o povo responsável em fazer parte desse processo de mudança no
país.
Pode parecer utópico, mas se a maior parte dos objetivos estabelecidos em nossa Carta Magna
fossem cumpridos, principalmente o direito à educação, teríamos cidadãos mais participativos no governo.
Se a população tivesse conhecimento sobre política, haveria análise aprofundada das questões que
mais afetam a sociedade e, com o trabalho conjunto de povo e governo, seria mais fácil e justa a tomada de
decisões, podendo avaliar-se os seus reflexos, a sua funcionalidade prática e seu controle para as devidas
correções.
BIBLIOGRAFIA
ACQUAVIVA, Marcus Cláudio. Dicionário Jurídico. Versão CD-ROM; Editora de Informática Jurídica. São Paulo, 1995.
AZAMBUJA, Darcy. Teoria Geral do Estado. São Paulo, Editora Globo, 37ª edição, 1997.
BARROSO, Luís Roberto. Constituição da República Federativa do Brasil, Anotada e Legislação Complementar. Rio de
Janeiro, Editora Saraiva, 1998.
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. São Paulo; Editora Saraiva, 20ª edição, 1998.
DIAS, Luiz Claudio Portinho. Democracia Brasileira Participativa, 1998
http://www.apriori.com.br/artigos/arti_178.htm
NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. Rio de Janeiro; Editora Forense, 7ª edição, 1992