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Anápolis
Setembro/2015
Isabela Larissa Alves Silva
CONDUTOS EQUIVALENTES
Anápolis
DEZEMBRO/2015
Sumário
1- Introdução ..................................................................................................................................... 3
2- Objetivo ......................................................................................................................................... 6
3- Materiais e Métodos .................................................................................................................... 6
4- Resultados e Discussões ........................................................................................................... 9
5- Conclusão ................................................................................................................................... 19
6- Referencias Bibliográficas ........................................................................................................ 20
1- Introdução
Fluidos são transportados através de tubulações projetadas para este fim, sendo
que as mesmas podem ser abertas para a atmosfera, sendo chamadas de canais e
transportam principalmente água. Já os condutos fechados possuem uma pressão
maior que a atmosférica, com liquido preenchendo-o totalmente, e são denominados
dutos sob pressão.
O Coeficiente de Reynolds é um número adimensional utilizado para a
determinação do regime de escoamento, ou seja, a estabilidade do fluxo de um fluido
em determinada superfície, que pode ser classificado como:
Laminar, onde o fluido escoa em blocos ou lâminas sendo a velocidade maior no
meio do tubo, decrescendo de forma parabólica ou turbulento, onde a aspereza das
paredes influência no escoamento gerando vórtices, ajudando na perda de energia.
Além do número de Reynolds outro fator que influência no coeficiente de atrito, é
a rugosidade da parede, que é definida como protuberâncias, rugas ou crateras
presentes na estrutura interna do tubo, podendo ser classificada de três formas parede
lisa, parede intermediaria e parede rugosa, de acordo com o contado da camada
laminar do fluido com a parede do tubo.
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Como na prática é difícil encontrar somente tubos retilíneos, calcula-se também a
perda de carga localizada ou acidental que ocorre sempre que há mudança no módulo
ou na direção da velocidade. A presença de peças especiais como curvas e registros
são os principais fatores causadores dessa perda, por realizarem perturbações no fluxo.
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Em cada um dos condutos paralelos a perda de carga é a mesma já a vazão se
distribui ao longo de cada uma das ramificações.
A distribuição de vazão em marcha ocorre quando a agua é distribuída por meio
de varias derivações por toda a sua extensão. A perda de carga é a mesma em todos.
Seus principais usos práticos são o abastecimento publico de agua e
sistemas de irrigação.
2- Objetivo
Determinar a vazão em cada conduto disposto em paralelo, bem como a perda
de carga total em cada conduto.
3- Materiais e Métodos
Inicialmente, foi feita a aferição do manometro. Com o auxílio de uma bancada
hidráulica, abriu-se totalmente o registro das tubulações 1 e 2; 1 e 3; 1 e 4; 1 e 5, a uma
distância de 1,5m entre eles, mantendo-se todos os outros registros fechados, acionou-
se em seguida a bomba afogada e abriu-se a válvula(0) da mesma até que o fluxo de
agua passando no conduto fosse constante, podendo ser realizada assim, a tomada de
pressão para a determinação da perda de carga distribuída. O manômetro foi colocado
nos dois pontos de cada uma das tubulações indicadas acima.
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P1 V12 P2 V22
+ + z1 = + + z2 + Hf
ɤ 2. g ɤ 2. g
Como z1 = z2 e V1 = V2, tem-se que:
P1 − P2
= Hf
ɤ
Após aplicar a equação manométrica, na perda de carga distribuída obteve-se, a
seguinte equação:
P1 + ɤH2o . H − ɤHg . H = P2
Então substituiu-se a mesma na equação de Bernoulli obtendo-se o seguinte
resultado, onde Hf é:
P1 − P2 H(ɤHg − ɤH2o )
= Hf =
ɤ ɤ
Substituiu-se então Hf na equação universal de perda de carga em condutos
fechados, obtendo assim uma forma de calcular o coeficiente de atrito dessa mesma
tubulação.
H(ɤHg − ɤH20 ) L V2
Hf = = f. .
ɤ D 2. g
A partir da descoberta de f, foi possível calcular-se Reynolds e então estimar a
rugosidade do tubo pelo diagrama de Moody.
Simultaneamente, com a ajuda de um recipiente de volume conhecido acoplado ao
equipamento, cronometrou-se o tempo de enchimento do mesmo, sendo possível assim
determinar a vazão do fluido.
Para essa determinação pelo método direto utilizou-se a seguinte formula:
Volume
Q=
tempo
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39,5 cm
31,5 cm
Figura 5 – Representação do recipiente de volume conhecido
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4- Resultados e Discussões
Para dar início ao experimento, mediu-se primeiramente, pelo método direto, as
duas vazões para a experiencia 1. O volume do recipiente, portanto, foi obtido pelas
dimensões:
Volume = Base x Largura x Altura
Volume = 31,5 x 31,5 x 39,5
Volume = 39,194 litros
Com isso, disposto do valor do volume, bem como os dois tempos gastos para
encnher o recipiente sendo eles de 15,17 segundos, como também de 24,675
segundos, em que a válvula teve aberturas distintas, foi possível calcular as vazões
reais:
Volume
Qreal1 =
tempo1
0,039193875
Qreal1 =
15,17
Qreal1 = 2,583643 x 10−3 m³/s
Volume
Qreal2 =
tempo2
0,039193875
Qreal2 =
24,675
Qreal2 = 1,58840425 x 10−3 m³/s
Logo, aferiram-se os valores das alturas manométricas em cada ponto do conduto
pelo manômetro e, por consequinte, consoante a literatura descreve foi possível
calcular a perda de carga para cada situação. Adotado, ɣágua = 10.000 N/m3 e ɣhg =
136.000 N/m3.
P1 − P0
Hf =
ɤ
H(ɤHg − ɤágua )
Hf =
ɤ
onde: H = H1 − H0
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TABELA 1 – PERDA DE CARGA
1ª Vazão
Trecho Material H1 [cm] H0 [cm] Hf [m]
1-2 Cobre 25,5 19,4 0,7686
1-3 Cobre 27,3 16,9 1,3104
1-4 PVC 24,4 19,6 0,6048
FONTE: Do autor
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de 0,005 mm é possível com o auxilo do diagrama de Rouse obter o valor de “f”.
Calculou-se:
TABELA 5 – SOMATÓRIO
1º vazão
Trecho 1-2 1-3 1-4 Total
Q(m3/s) 9,076 . 10-4 1,2176 . 10-3 1,104 . 10-3 3,229 . 10-3
𝑄𝑟𝑒𝑎𝑙 − 𝑄𝑝𝑟á𝑡𝑖𝑐𝑜
𝐸𝑟𝑟𝑜1 (%) = 𝑥 100
𝑄𝑟𝑒𝑎𝑙
TABELA 6 – SOMATÓRIO
2º vazão
Trecho 1-2 1-3 1-4 Total
Q(m3/s) 8,3235 . 10-4 1,1452 . 10-3 1,1896 . 10-3 3,1364 . 10-3
Qreal − Qprático
Erro2 (%) = x 100
Qreal
1,58840425 x 10−3 − 3,1364 x 10−3
Erro2 (%) = x 100
1,58840425 x 10−3
Erro2 (%) = 97,46 %
Volume
Qreal2 =
tempo2
0,039193875
Qreal2 =
13,30
Qreal2 = 2,94690789318 x 10−3 m³/s
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P1 − P0
Hf =
ɤ
H(ɤHg − ɤágua )
Hf =
ɤ
onde: H = H1 − H0
TABELA 7 – PERDA DE CARGA
1ª Vazão
Trecho Material H1 [cm] H0 [cm] Hf [m]
(A) 1-2 Cobre 24,0 22,0 0,2520
(B) 1-2 Cobre 23,9 22,4 0,1890
(C) 1-2 Cobre 30,5 12,1 2,3184
(A) 1-3 Cobre 30,0 12,8 2,1672
(B) 1-3 Cobre 30,5 12,0 2,3310
(A) 1-4 Cobre 31,6 10,3 2,6838
(B) 1-4 Cobre 32,0 9,50 2,8350
(C) 1-4 Cobre 33,5 7,40 3,2886
0-3 Cobre 31,6 10,3 3,6792
0-4 Cobre 32,0 9,50 4,1076
FONTE: Do autor
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TABELA 9 – VAZÃO PARA CADA TRECHO
1ª Vazão
Trecho Material L [m] Hf [m] 𝑅𝑒√𝑓 D/e f Q (m3/s)
(A) 1-2 Cobre 0,320 0,2520 11639,095 12700 0,018 1,156 . 10-3
(B) 1-2 Cobre 0,245 0,1890 11519,716 12700 0,018 1,144 . 10-3
(C) 1-2 Cobre 0,260 2,3184 39165,299 12700 0,015 4,261 . 10-3
(A) 1-3 Cobre 0,430 2,1672 29444,840 12700 0,016 3,102 . 10-3
(B) 1-3 Cobre 0,460 2,3310 29524,745 12700 0,016 3,110 . 10-3
(A) 1-4 Cobre 0,535 2,6838 29375,963 12700 0,016 3,094 . 10-3
(B) 1-4 Cobre 0,565 2,8350 29379,624 12700 0,016 3,095. 10-3
(C) 1-4 Cobre 0,625 3,2886 30085,654 12700 0,016 3,169 . 10-3
0-3 Cobre 1,850 3,6792 18496,296 12700 0,017 1,890 . 10-3
0-4 Cobre 1,955 4,1076 19011,423 12700 0,017 1,943 . 10-3
FONTE: Do autor
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Segue as comparações, por conseguinte, dos estudos teóricos analisados em
sala com os estudos práticos realizados no laboratório:
Erro1 (%) ≅ 71 %
Erro2 (%) ≅ 18 %
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Erro3 (%) ≅ 18 %
Erro1 (%) ≅ 66 %
𝐸𝑟𝑟𝑜2 (%) ≅ 29 %
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2,178 𝑥 10−3 − 2,066𝑥 10−3
𝐸𝑟𝑟𝑜3 (%) = 𝑥 100
2,178 𝑥 10−3
𝐸𝑟𝑟𝑜3 (%) ≅ 5 %
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5- Conclusão
Antes de inicar o experimento já era sabido que o equipamento poderia
apresentar vícios e, assim, comprometer os resultados, haja vista que poderia conter
resquicisos de mercúrio na tubulação. Desta forma, para dispor de uma melhor
conclusão dos fatos cada experimento foi recefeito com uma nova vazão, a fim de que
tivesse uma maior amostragem de dados.
Em virtude, portanto, dos cálculos apresentados apenas um resultado da
literatura com a prática exercida nos dois experimentos teve um erro considerado
relativamente baixo quando comparado com os demais (Comparação dos trechos [A1-2
+ B1-2 = Trecho 0-3] erro de aproximadamente 5%). Todos os outros erros permearam
a faixa de 18% a 97%, revelando assim uma imprecisão muito grande nos resultados.
Como o equipamento não recebe manutenção, não tem a água trocada
frequentimente possibilitando, assim, o aglutinamento de partículas que pode interferir
nos resultados coletados, bem como a hipótese de ainda conter metal pesado nos
condutos justifica a discrepância encontrada nos valores entre a teoria e a prática.
Não obstante, foi evidente perceber também que o erro não está justificado
apenas nos fatos mencionados no paragráfo anterior, tendo se em vista que nos
resultados do experimento dois no Trecho [A1-2 + B1-2 = Trecho 0-3] para a primeira
vazão apresentou um erro de 18%, enquanto na segunda vazão o mesmo forneceu um
erro de apenas 5% o que caracteriza a inaptidão de conduzir os teste dos operadores.
Tendo em vista os aspectos observados, conclui-se que para o próximo
semestre é recomendável que o equipamento receba uma calibração, a fim de que
conserte as imprecisões ou ate mesmo, caso seja inviável esse reparo, os próximos
alunos possam calcular uma constante que possa corrigir os erros da imprecisão do
equipamento.
Com a realização desta prática, por fim, percebeu-se a aplicação da teoria vista
em sala, bem como a importância dos diversos tipos aplicações no campo da
engenharia civil. Compreendeu-se, também, os fatores elevam os erros e possibilidades
de correções.
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6- Referencias Bibliográficas
<http://fenomenosdaengenharia.blogspot.com.br/2013/06/o-tubo-de-pitot-e-
aviacao_6.html> acessado em : 12 de setembro, 12:45;
<http://www.eq.uc.pt/~lferreira/BIBL_SEM/global/pitot/9.htm> acessado em : 12 de
setembro, 13:43;
<http://engenharia.anhembi.br/tcc-08/civil-38.pdf> acessado em : 12 de setembro, 13:02;
<http://www.dicionarioinformal.com.br/significado/pitometria/9256/> acessado em : 12
de setembro, 13:22;
<http://www.lamon.com.br/ckfinder/userfiles/files/Pitometria(5).pdf> acessado em : 12
de setembro, 14:06;
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAABMcgAC/tubo-pitot> acessado em : 12 de
setembro, 14:35;
<http://etec.com.br/anemometrodebolso.html> acessado em : 12 de setembro, 14:54;
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tubo_de_Pitot.jpg> acessado em : 13 de
setembro, 19:07;
<http://www.weblabor.com.br/home/product/bancadas/bancada-de-mecanica-dos-
fluidos-dupla > acessado em : 13 de setembro, 19:32;
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