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MANUAL DAS CURVAS CARACTERÍSTICAS DA TURBINA PEL-


TON

1. INTRODUÇÃO

Devido à necessidade de movimentar os equipamentos, e as


máquinas industriais, o homem desde seus primórdios vem desen-
volvendo meio para possibilitar, promover e facilitar estas tarefas co-
tidianas. E um dos primeiros meios utilizados foi a aplicação da ener-
gia cinética da água (água corrente) para movimentar uma roda
d’água. Roda usada para mover moinhos, movimentar maquinário
industrial e mais recentemente em nossa história, para produzir
energia elétrica. Todavia, devido ao fluxo dos rios e riachos serem
muitas vezes intermitentes em funções de cheias, secas, congela-
mento, o homem percebeu que precisava descobrir um meio de ar-
mazenar esta energia para que seu consumo pudesse ser contínuo.
Para solucionar esta demanda, ele criou os reservatórios.

Reservatórios são grandes extensões de superfície que arma-


zenam enormes quantidades de água no ponto mais elevado possí-
vel. Por que no ponto mais elevado? Porque como se sabe, todos os
corpos possuem massa e por possuírem massa, são atraídos pela
força gravitacional. Para sustentá-los acima do solo, é preciso que o
corpo absorva uma quantidade de energia que é proporcional a altu-
ra na qual o mesmo se encontra, a essa energia damos o nome
Energia Potencial Gravitacional. Ou seja, quanto mais alto é o reser-
vatório, maior é a energia potencial da água contida nele. Como to-
dos os corpos buscam a condição de equilíbrio, ao abrir-se um reser-
vatório a água fluirá

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(se movimenta- rá Energia Cinética) para o ponto de menor


energia potencial possível. Pela Lei da Conservação de Energia, ener-
gia não pode ser criada e nem destruída, apenas transformada, logo,
quanto maior a energia potencial da água, maior será a energia ciné-
tica possibilitando que mais trabalho seja executado pela roda
d’água.
Rodas d’água são dispositivos constituídos de pás conectadas
a um eixo que giram proporcionalmente a velocidade e a força do rio
(Energia Cinética). As rodas d’água convencionais são dispositivos
rudimentares e de baixo rendimento, ou seja, baixo aproveitamento
do potencial energético da água. Logo, para que ocorra a geração de
energia que atenda grandes demandas, é preciso a construção de
rodas cujas dimensões seriam inviáveis. Todavia, o estudo de seu
funcionamento e a busca por melhorias no rendimento e eficiência
das mesmas não foi inócuo, pois possibilitou o desenvolvimento das
rodas atuais, as quais denominam-se: turbinas hidráulicas.

“As turbinas hidráulicas são turbinas projetadas especificamente pa-


ra transformar a energia hidráulica (a energia de pressão e a ener-
gia cinética) de um fluxo de água em energia mecânica na forma de
torque e velocidade de rotação. Sendo que, as primeiras turbinas
hidráulicas de que se tem notícia foram construídas na colônia ro-
mana de Chemtou na atual Tunísia, no Século Três ou Quatro Antes
de Cristo, para acionar moinhos. As primeiras turbinas modernas fo-
ram desenvolvidas na França e Inglaterra, no Século 18, para subs-
tituir as rodas de pás como fonte de energia mecânica para fábricas.
Nessa aplicação, as turbinas acionavam diretamente as máquinas de
fábricas próximas, através de longos eixos ou correias. Desde o final
do Século 19, elas são usadas quase que exclusivamente para acio-
nar geradores elétricos — quer isoladamente, em fazendas ou outros

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locais isolados, quer agrupadas em usinas ou centrais hidrelétricas. ”


– WIKIPEDIA, 2013.

Como existem vários tipos de turbinas, cada um possuindo suas pe-


culiaridades, o objeto de estudo deste manual refere-se a uma Tur-
bina do tipo Pelton. Uma Turbina Pelton é uma turbina de impulso
ou de ação, que aproveita somente a energia cinética da água, sen-
do que não existe diferença de pressão entre entrada e saída, e o
grau de reação é igual a zero. Foi patenteada pelo engenheiro Lester
Allan Pelton, em 1880, na Califórnia. Ele teve a ideia de desenvolver
uma roda com várias conchas na periferia para aproveitar a energia
cinética de um jato d’água, proveniente de um tubo de pressão, que
incidia diretamente sobre a mesma. Ao substituir as pás retas por
pás em forma de concha, ele aumentou a área de contato da água
sobre as pás e com isso, o aproveitamento de energia. Ao fazer uso
do tubo de pressão, denominado injetor, ele percebeu que quanto
mais pressurizada estava a água, mais força e velocidade era obser-
vada na roda. Como pressão é proporcional a diferença de altura en-
tre o injetor e o reservatório, o reservatório deste tipo de turbina
deve permanecer no ponto geográfico mais elevado possível. Gran-
des usinas hidrelétricas que utilizam este tipo de propulsor possuem
desníveis geográficos, ou quedas d’água como denominamos, da or-
dem de 200 a 300 metros de altura.

Pelton observou também que, como as pás em forma de conchas


são proporcionalmente muito menores que as respectivas pás retas,
o volume de água consumido para movimentar a roda é relativa-
mente pequeno se comparada com os demais modelos e que o au-
mento deste não representava pouco ganho no rendimento da
mesma.

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Embora seja muito eficiente, no Brasil, este modelo não é aplicado


para geração de energia hidrelétrica quando falamos em grandes vo-
lumes de energia. Isto ocorre porque, mesmo possuindo um enorme
manancial aquífero, um dos maiores do mundo, não o país não que-
das d’água com altura e volume suficiente que permitam a eficácia do
propulsor, as maiores quedas com potencial hidráulico variam entre
50 e 100 metros. Agora, no que tange a produção em pequena e mé-
dia escala para sítios e pequenas empresas, Turbinas Pelton a Fio
D’água, são utilizadas em larga escala, e com os novos programas de
incentivo a geração de energia elétrica do governo brasileiro, mais e
mais turbinas vem sendo instaladas.
Posto isso, agora, estudar-se-á as características técnicas do siste-
ma. Uma Turbina Pelton possui um rotor e um distribuidor. O rotor,
conforme figura 01, é formado por várias pás em formato de conchas
dispostas simetricamente ao redor do disco do rotor que gira, fixo ao
eixo.

Figura 01. Vista do Rotor e dos Detalhes da Concha da Turbina Pelton.

O distribuidor, do tipo injetor, difere-se dos outros modelos, por


se tratar de um bico, regulado por uma agulha, o qual incide um jato
de água cilíndrico sobre as pás do rotor, conforme ilustra a figura 02.

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Figura 02. Vista do Rotor e do Distribuidor da Turbina Pelton.

A quantidade de jatos varia podendo ser com um, dois, quatro


e seis jatos. A figura 03 apresenta uma Turbina Pelton com 2 injeto-
res.

Figura 03. Vista da Turbina Pelton com Dois Injetores.

Quando se pretende desenvolver o projeto de uma turbina to-


ma-se como ponto de partida os dados da usina hidroelétrica, ou se-
ja, a vazão aduzida (Q) e aqueda útil (H), que a máquina irá traba-

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lhar. A rotação (n) da turbina é determina-


da de acordo com o a frequência (f) da energia elétrica a ser gerada
(Hertz), e do número de pares de pólos (p) do gerador, que estará
acoplado à turbina, pois sabe-se que:

f=p.n

Onde:
f = frequência em Hz;
p= número de pares de polos do
gerador;
n = rotação em rps.

A partir dos valores estabelecidos para Q, H e n, pode-se defi-


nir o tipo de turbina mais adequada para aquela usina e calcular to-
das as dimensões do rotor, para que a turbina possa produzir, nas
condições de projeto, o seu melhor desempenho. No entanto, embo-
ra a turbina seja projetada para trabalhar em condições definidas, a
variação da demanda da energia elétrica pelo centro consumidor,
bem como as variações de nível do reservatório e da vazão aduzida,
pode exigir o seu funcionamento em condições diferentes daquelas
para as quais ela foi projetada. Daí ser de fundamental importância,
para o engenheiro, o conhecimento básico e o modo de obtenção das
curvas características de uma turbina hidráulica.

Assim, o conhecimento das variações das grandezas que inter-


vém no funcionamento da turbina e do seu correlacionamento permi-

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te, não só adequar o projeto para que a


turbina produza o melhor rendimento possível, como também ajustá-
la para que ela, depois de instalada, continue, se possível, traba-
lhando com o seu rendimento máximo, ou próximo dele.

Para se verificar o projeto da turbina ou as condições de trabalho da


turbina na usina as curvas mais importantes são:

1. Curva Nef = f (n): Variação da potência efetiva em função da


rotação para queda e vazão constantes cujo aspecto está re-
presentado na figura 04.

2. Curva ŋ= f (n): Variação do rendimento em função da rotação


para queda e vazão constantes cujo aspecto está representado
na figura 04.

3. Curva Q = f (n): Variação da vazão aduzida em função da rota-


ção para queda e vazão constantes cujo aspecto está represen-
tado na figura 04.

Figura 04. Curvas Características de uma Turbina Pelton para Queda e Va-
zão Constantes.

Se variar a abertura do distribuidor (variação da vazão), man-


tendo constante a queda e construir as curvas de isorrendimento so-

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bre as curvas de Nef = f(n), tem-se o dia-


grama topográfico da turbina, cujo aspecto está representado na fi-
gura 05.

Figura 05. Diagrama Topográfico em Função da Potência Efetiva para Tur-


bina Pelton.

1. Da mesma forma, se variar a abertura do distribuidor (varia-


ção da vazão), mantendo constante a queda, e construir as
curvas de isorrendimento sobre as curvas de Q = f (n), tem-se
o diagrama topográfico da turbina, cujo aspecto está represen-
tado na figura 6.

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Figura 06. Diagrama Topográfico em Função da Vazão para Turbina Pelton.

2. Curva ŋ = f (Nef): Variação do rendimento em função da vazão


para queda e a rotação constante cujo aspecto está represen-
tado na figura 07.

3. Curva ŋ = f (Q): Variação do rendimento em função da vazão


para queda e a rotação constante cujo aspecto está represen-
tado na figura 07.

Figura 07. Curvas Características de uma Turbina Pelton para Queda e Ro-
tação Constantes.

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Normalmente, o teste para o levan-


tamento das curvas, acima mencionadas, pode ser realizado levan-
do-se em conta as seguintes considerações:

1. Se a turbina é de pequena capacidade, compatível com os re-


cursos de que dispõe o laboratório, ela pode ser ensaiada dire-
tamente utilizando qualquer valor de queda útil na bancada.

2. Se a turbina é de pequena capacidade, compatível com os re-


cursos de que dispõe o laboratório, pode ser ensaiada direta-
mente, porém utilizando o valor de queda unitária para a ban-
cada. Para essa situação, a orientação para a interpretação dos
resultados deve seguir as leis determinadas pela teoria da se-
melhança mecânica onde:

E o aspecto do diagrama, pode ser exemplificado conforme figura 8.

Figura 08. Diagrama Topográfico de uma Turbina Pelton para Queda Unitá-
ria.

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Se a turbina é de grande capacidade e, portanto, com


dimensões que não permitem que possa ser ensaiada no labo-
ratório, recorre-se aos ensaios com o modelo reduzido da tur-
bina no laboratório utilizando-se de qualquer valor de queda
útil na bancada. A interpretação dos resultados deve seguir as
leis da semelhança mecânica:

E o aspecto do diagrama pode ser exemplificado na figura 5.

4. Se a turbina é de grande capacidade e, portanto, com dimensões


que não permitem que possa ser ensaiada no laboratório, recorre-se
aos ensaios com
o modelo reduzido da turbina no laboratório, porém utilizando-se do
valor de queda unitária na bancada. A interpretação dos resultados
também deve seguir as leis da semelhança mecânica.

O diagrama passa, então, a ter uma forma semelhante à da fi-


gura 08, conforme figura 09.

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Figura 09. Diagrama Topográfico do MODELO de uma Turbina Pelton para


Queda Unitária.

Os diagramas nos permitem ter uma visão global do desempenho da


máquina, mostrando o seu comportamento em todas as condições
possíveis.

2. ESQUEMA DA BANCADA DE TESTE DO LABORATÓRIO


A Figura 10 apresenta uma vista de frente da instalação do laborató-
rio sendo esta constituída, essencialmente das seguintes partes:

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Figura 10. HD 05 – Bancada de Turbina Pelton.

3. PARTES COMPONENTES DA BANCADA – ESPECIFICAÇÃO


TÉCNICA

01– Estrutura Metálica:


Estrutura metálica elaborada em perfis de aço SAE 1020 com 5 mm
de espessura. Estrutura com as seguintes dimensões (C x L x A) 2010
x 620 x 800 mm e revestida com pintura eletrostática. Estrutura do-
tada de 04 (quatro) rodízios com altura de 100 mm sendo dois de
ação livre e dois dotados de sistema de frenagem.

02– Tampo de Granito:


Tampo de mesa em granito cor andorinha e acabamento polido em
ambas as faces. Tampo com as dimensões (C x L x A) 2060 x 660 x
20 mm.

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03– Reservatório:
Tanque reservatório elaborado em chapas soldadas de aço INOX. Re-
servatório com dimensões (C x L x A) 1250 x 600 x 550 mm e com
capacidade volumétrica de 410 litros.

04– Bomba Hidráulica:


Bomba centrífuga da marca Schneider modelo ME-HI 5530 3 T 60 2/3
com potência de 3 CV, altura manométrica máxima de 71 m.c.a. e
vazão volumétrica máxima de 10,1 m3/h. Tubulação de sucção de 1
1/4” (32mm) e tubulação de recalque de 1” (25mm).

05– Tubulação de Sucção e Recalque:


Tubulação de sucção em PVC com 32 mm de diâmetro incluindo flan-
ge de conexão com reservatório e união.

Tubulação de recalque em PVC com 25 mm de diâmetro incluindo


joelhos de 90° e 45°, conexão “T” para instalação do medidor de
pressão (manômetro) e conexões rosqueadas para instalação do me-
didor de vazão (rotâmetro).

06– Conjunto do Rotor da Turbina Pelton:


Carcaça em aço SAE 1020 com 3 mm de espessura e revestida com
pintura eletrostática na cor preto fosco; Tampa em acrílico transpa-
rente 10 mm fixado a carcaça por parafusos 10mm e arruelas de bor-
racha nos parafusos e vedação com silicone transparente junto a car-
caça;

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Figura 11. Foto em Detalhe do Conjunto do Rotor da Turbina Pelton.

Roda Pelton com 320 mm de diâmetro externo, com peças usinadas


em alumínio e fixadas no eixo motriz através de um duplo flange ros-
queado. A roda é composta por um disco com 225 mm de diâmetro
externo e 5 mm de espessura; e 18 conchas fixadas no disco por
meio de parafusos cruzados para permitir o balanceamento do siste-
ma.

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Figura 12. Perspectiva Isométrica do Rotor da
Turbina Pelton – Conchas e Disco.

Figura 13. Detalhamento das Conchas da Turbina Pelton.

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Figura 14. Detalhamento do Disco de Fixação das Conchas da Turbina Pel-


ton.

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07 – Distribuidor / Injetor:

O distribuidor do tipo injetor trata-se de um bico regulado por


uma agulha, o qual incide um jato de água cilíndrico sobre as pás do
rotor. A vazão do jato é regulada através do deslocamento da agulha
que por sua vez é comandada por meio do parafuso regulador. Quan-
to maior o recuo do parafuso, maior a vazão disponibilizada e maior a
força impressa nas pás do rotor.

Figura 15. Desenho Esquemático do Bico Injetor.

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Figura 16. Desenho Esquemático do Bico Injetor Desmembrado (Meramen-


te Ilustrativa).

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Figura 17. Desenho Esquemático do Bico Injetor Montado (Meramente


Ilustrativa).

Figura 18. Detalhamento contendo o Bico Injetor Instalado na Carcaça em


Segundo Plano. É possível observar a Presença da Manivela de Desloca-
mento da Agulha do Bico Injetor.

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08 – Freio Dinamométrico:

Tem como função medir a força exercida pelo braço acoplado


ao freio da turbina. A variação da força aplicada no freio permitirá
simular a variação do consumo da energia fornecida ao gerador.
As figuras 19 e 20 apresentam o conjunto constituído essencialmente
das seguintes partes:
A. Disco de Freio Vicinitec acoplado ao eixo da turbina.
B. Pinça de Freio Vicinitec acoplada ao braço de contato com a célula
de carga.
C. Célula de Carga CS50 Líder com capacidade de 50 kg.
D. Comando Hidráulico Vicinitec (cilindro mestre).

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Figura 19. Detalhamento contendo o Disco de Freio e a Pinça do Freio e Cé-


lula de Carga.

Figura 20. Detalhamento Apresentando o Manete do Freio Hidráulico.

09 – Rotâmetro:

Instrumento destinado à indicação da vazão volumétrica que está


sendo aplicada na turbina. Composto de um pig (peso cônico) desli-
zante dentro tubo de acrílico transparente cônico com uma escala
graduada em m3/h. O princípio de funcionamento deste instrumento
se baseia em um deslocamento vertical do pig proporcional a vazão
volumétrica passante. Como a seção interna do rotâmetro é cônica, a
área livre entre o pig e o tubo aumenta à medida que o pig é impulsi-
onado para cima pela pressão da água permitindo a passagem de
mais água a cada momento.

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Características Técnicas:
Fabricante: Blaster Controles
Modelo: BLI - 50000
Faixa de Operação: 02 a 20 m3/h
Pressão Máx.: 10 kgf/cm2
Dimensão: 300 mm x ɸ 100 mm
Diâmetro da tubulação: 11/2 ”
Material – Tubo: Policarbonato
Conexão – Tipo: 1 ½” Rosca Fêmea BSP

A queda líquida da turbina (H) corresponde à altura manométrica da


bomba (Hman).

Na bancada, a pressão manométrica é obtida através do manômetro


de bourdon com faixa de operação de 0 a 20 kgf/cm2. Como a queda
líquida deve ser em metros, devemos utilizar a seguinte conversão:1
kgf/cm2 = 10,00 m.c.a.

4. CÁLCULO DA POTÊNCIA EFETIVA DA TURBINA PELTON


Para o cálculo da potência efetiva transmitida pelo eixo da turbina,
pode-se considerar a seguinte equação:

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Onde:
NEfet = potência efetiva transmitida pelo eixo da turbina em W;
M = torque exercido pela turbina sobre o eixo em kgf.m; .
ϖ = rotação alcançada pelo eixo da turbina em rd/s.
O valor do torque exercido pela turbina sobre o eixo é obtido pela se-
guinte equação:

Onde:
M = momento da força em kgf.m;
F = força em kgf (valor indicado pelo display indicador da balança Lí-
der instalado no painel de comando);
R = distancia que vai do centro do eixo da turbina até o centro do
acionador da célula de carga em m (na bancada foi utilizado uma bar-
ra com 0,090 m).
O valor da rotação alcançada pelo eixo da turbina é obtido atra-
vés da leitura do display indicador do tacômetro presente no painel
de comando e convertida para a devida unidade de acordo coma se-
guinte equação:

Onde:
ϖ = velocidade angular em rad/s;
n = rotação do eixo em rpm.

Efetuando os cálculos das constantes de (12) e (13) temos que:

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5. TESTE EXPERIMENTAL A SER REALIZADO

O teste consiste em simular situações na bancada que possibilitem


levantar dados de Vazão (Q), Pressão (M), Força (F) e Rotação (n)
para a obtenção das curvas características da turbina. Antes de iniciar
o teste são necessários alguns cuidados para que os valores obtidos
nos medidores sejam os mais exatos possíveis.

5.1. Procedimentos iniciais:


• Antes de LIGAR a unidade, ZERAR o controle de rotação.
• Verificar se os indicadores do painel digital estão ZERADOS.
• Verificar se a escala medidora da vazão está zerada.
• Trocar a água quando a mesma apresentar sinais de descoloração.
• Antes de começar qualquer teste, assegurar-se de que a unidade
esteja corretamente nivelada.

5.2. Realização do teste para a obtenção das curvas Nef =


f(n), ɸ = f(n)
e Q = f(n) para queda líquida (H) e abertura do distribuidor (α) cons-
tante:

5.2.1. Etapas do teste:

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• Fixar uma abertura da agulha do distribuidor de modo que esteja


assegurada a constância da vazão.
• Acionar o controle de rotação do motor até que o manômetro acuse
o valor da queda líquida desejada.
• Apertar o comando hidráulico do freio dinamométrico até que a tur-
bina pare de girar.
• Fazer as leituras da Pressão (M) em Psi e Rotação (n) em rpm.
• A vazão (Q’) será lida na escala do sensor em m3/h.
• Obtidas as leituras, fazer a anotação na folha de teste.
• Desapertar o medidor de torque de modo que a turbina tenha uma
pequena rotação.
• Repetir a experiência para cada nova posição do medidor de torque
até que a turbina gire sem nenhuma carga.
• Anotar sempre as leituras na folha de testes.
• Verificar a potência efetiva através da leitura do medidor de torque.
• Determinar a potência do jato pela expressão:

Sendo:
Nj = potência do jato em kgf.m/s;
ɣ = peso específico em kgf/m3;
Q = vazão útil em m3/h;
H = Altura manométrica em m.c.a.

Observação:

• Determinar o rendimento total da turbina pela expressão:

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• Repetir a operação para os resultados duvidosos


• Procedendo de maneira análoga à descrita, efetuar os testes para
diversas aberturas do distribuidor.

5.2.2. Construção do diagrama topográfico da turbina em fun-


ção da potência efetiva:

• Efetuados os cálculos levar os resultados para um gráfico, procu-


rando adotar escalas adequadas.
• Para construir o diagrama topográfico basta:
- Construir as curvas de Nef= f(n) e ƞ = f(n) para diversas posi-
ções da agulha do distribuidor da turbina.
- Tomar os pontos de mesmo rendimento nas curvas de ƞ=
f(n) e marca-los na curva de Nef= f(n), conforme figura 14.

Figura 22. Processo de Obtenção da Curva de Isorrendimento.

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Da união dos pontos de mesmo rendimento tem-se a curva de


isorrendimento.
5.2.3. Construção do diagrama topográfico da turbina em fun-
ção da vazão (Q):
• Para construir o diagrama topográfico basta:
- Construir as curvas de Q = f(n) e ƞ = f(n) para diversas posi-
ções da agulha do distribuidor da turbina.
- Tomar os pontos de mesmo rendimento nas curvas de Q =
f(n) e marcá-los na curva de ƞ = f(n), conforme figura 14.

Figura 23. Processo de Obtenção da Curva de Isorrendimento.

Da união dos pontos de mesmo rendimento, tem-se a curva de isor-


rendimento.

5.3. Realização do teste para a obtenção das curvas h = f(Q) e


h = f(Nef) para queda líquida (H) e rotação (n) constantes:

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5.3.1. Etapas do teste:


• Constatar se todos os cuidados enumerados no item 4.1 foram rigo-
rosamente obedecidos.
• Fixar uma pequena abertura da agulha do distribuidor de modo que
esteja assegurada a constância da vazão.
• Abrir totalmente o registro e acionar o controle de rotação do motor
até que a queda líquida acusada no manômetro seja a desejada.
• Acionar o freio dinamométrico até que a rotação da turbina seja a
desejada.
• Efetuar as leituras da força (F) e da Vazão (Q’).
• Aumentar a abertura da agulha do distribuidor e repetir a experiên-
cia acionando o controle da rotação do motor e o freio da turbina, de
modo que a queda e a rotação continuem constantes e iguais aos va-
lores anteriores.
• Efetuar todas as leituras, determinar a potência efetiva pela expres-
são do item 4.2 e a vazão em m3/s.
• Efetuados todos os cálculos levar os resultados a um gráfico.
• Repetir a experiência para os resultados duvidosos.

6. RELATÓRIO A APRESENTAR

A apresentação do relatório deve seguir o seguinte roteiro:

6.1. Introdução:

6.2. Objetivos:
• Descrever sucintamente os objetivos pretendidos na experiência
proposta.

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6.3. Conceituação Teórica:


• Apresentar os conceitos teóricos relativos aos objetivos apresenta-
dos e os conceitos envolvidos nos parâmetros utilizados no traçado
das curvas.
• Fazer uma descrição sobre a Turbina Pelton (aplicação, característi-
cas do rotor e distribuidor).

6.4. Desenvolvimento:

6.4.1. Procedimento experimental:


• Fazer uma descrição sucinta do experimento e dos processos utili-
zados na obtenção dos diagramas topográficos da turbina.

6.4.2. Equipamentos:
• Apresentar uma especificação dos equipamentos utilizados na expe-
riência e um esquema da instalação com legenda.

6.4.3. Dados Obtidos:


• Para o 1º teste: Variação da força (F) aplicada no freio mantendo
constantes a queda (H) e a abertura do distribuidor ( α ).
- Apresentar as folhas de teste preenchidas com os cálculos
efetuados.
- Fazer os gráficos: ƞt = f(n), Nef = f(n) e Q = f(n) para as di-
versas aberturas.
- Construir os diagramas topográficos em função da potência
efetiva e em função da vazão com, no mínimo, quatro curvas de isor-
rendimento.

• Para o 2º teste: Variação da abertura do distribuidor (α) mantendo


constantes a queda (H) e a rotação (n).
- Fazer os gráficos ƞt = f(Q), ƞt = f(Nef).

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6.5. Análise dos Resultados:


• Fazer uma análise dos dados obtidos, procedimentos de utilização
dos dados, exatidão dos resultados e possíveis causas de erro.
• Fazer um estudo dos diagramas analisando-se o campo de aplica-
ção da turbina.
• Verifique se está turbina poderia ser mais indicada para trabalhar
em uma usina de base ou de ponta.

6.6. Conclusão:
• Fazer um comentário claro e ordenado sobre as conclusões tiradas
dos resultados do trabalho.

6.7. Referências Bibliográficas:


• Relacionar as referências consultadas para a elaboração do relató-
rio, conforme recomendação da ABNT. (Consultar site da biblioteca).

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

AZEVEDO NETTO, J. M. de. Manual de Hidráulica. 8. ed. São Paulo:


Edgard Blücher, 669 p., 2011. ISBN 9788521202776.

BUONICONTRO, C. M. S. Laboratório de Fluidomecânicos: Aposti-


la de Práticas de Máquinas de Fluxo, Belo Horizonte: FU-
MARC/PUCMINAS, 122 p., 2010.

CARVALHO, D. F. Usinas Hidroelétricas: Turbinas. Belo Horizonte.


FUMARC/PUCMINAS, 197 p., 1982. ISBN

MACINTYRE, A. J. Máquinas Motrizes Hidráulicas. Rio de Janeiro:


Guanabara Dois S. A., 654 p., 1983. ISBN

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SOUZA, Z. de; SANTOS, A. H. M.; BORTONI, E. Centrais Hidrelétri-


cas: Implantação e Comissionamento, 2ª ed. Rio de Janeiro: Interci-
ência, 484 p., 2009, ISBN: 9788571932111.

WIKIPEDIA. Turbina Pelton. Disponível em <


http://pt.wikipedia.org/wiki/Turbina_Pelton > Acesso em 05 de Ja-
neiro de 2013.

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