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Orientador:
Prof. Dr. André Luiz Lins de Aquino
Orientador:
Agradeço primeiramente aos meus pais, minha mãe, Maria Josiete, que sempre me apoiou
incodicionalmente e me deu todo o suporte necessário, ao meu pai, José Aílton, onde quer
que esteja essa vitória também é sua. Agradeço à minha irmã, Laila, pela paciência e ajuda
nessa caminhada e à minha namorada, Clara, por aguentar eu falando do TCC tantas vezes
e me apoiar em todos os momentos. Agradeço ao meu primo, Edávio Jr, por me ajudar em
todas as etapas do TCC. Por fim, agradeço a todos os meus amigos, familiares e aos pro-
fessores que tanto me fizeram crescer e aprender para chegar a este ponto, pessoalmente e
profissionalmente.
i
“You can’t aspire to be loved, because that isn’t going to happen, nor do you want
people to be frightened of you. Stay somewhere in the middle and have them respect
and trust and see you as fair.”
– Sir Alex Ferguson
Resumo
iii
Abstract
One of the major concerns in intensive care settings, apart from the individual monitor-
ing of each patient, is the monitoring of the environment as a whole. The humanization of
NICUs (Neonatal Intensive Care Units) is one of the main goals of hospital institutions. Inter-
national and national standards guide the parameters in which such critical environments
must be maintained. All these physical aspects of the environment can unbalance human
behavior, especially in newborns, in whom any change is capable of causing deficits in neu-
ropsychomotor development throughout their lives. Therefore, it is necessary to keep this
environment as cozy and comfortable as possible, maintaining levels of illumination, noise,
temperature and humidity with the expected quality standard, providing a safe and effective
treatment. The objective of this work is to develop and apply a "real time" passive monitor-
ing system of environmental variables in a NICU, determining noise levels in decibels, lux
illuminance, temperature in celcius and the percentage humidity in the environment. The
device generates data in real time and through a mobile application it is possible to track
such data. This system aims at a new way of control in an intensive care environment, so that
it can provide more effective planning in actions that mitigate unfavorable conditions and
outside the recommended standards of safety and quality. The monitoring was performed
at the NICU of Maternidade Escola Santa Mônica, where the devices were kept during the
period of 31 uninterrupted days.
iv
Conteúdo
1 Introdução 1
2 Fundamentação Teórica 4
2.1 A Importância das Variáveis Ambientais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.1.1 Dimensionando o ruído . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.1.2 Medindo a iluminância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.1.3 Temperatura e a umidade relativa do ar . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2 Sistemas de Tempo Real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.3 Aplicações Mobile . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.4 Computação em Nuvem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3 Materiais e Métodos 13
3.1 Arquitetura do Sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.2 Tecnologias e Ferramentas Utilizadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.3 Criação do dispositivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.3.1 Projeto de Hardware . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.3.2 Projeto de Software embarcado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.4 Criação da aplicação Android . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.5 Conexão com o Firebase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.5.1 Enviando os Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.5.2 Consultando dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
4 Resultados e Discussões 27
4.1 Posicionamento dos Dispositivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
4.2 Monitoramento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4.2.1 Iluminação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4.2.2 Temperatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
4.2.3 Umidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.2.4 Ruído . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
5 Considerações Finais 39
Referências bibliográficas 40
v
Lista de Figuras
vi
LISTA DE FIGURAS vii
viii
1
Introdução
O termo Internet das Coisas (em inglês, Internet Of Things) foi citado pela primeira vez por
Kevin Ashton em 1999 no contexto da gestão da cadeia de alimentos (Ashton, 2009). Con-
tudo, ao longo dos anos a definição se abrangeu a uma série de aplicações como saúde,
serviços públicos, transporte e várias outras (Sundmaeker et al., 2010).
O conceito IoT, portanto, visa tornar a Internet ainda mais imersiva e abrangente. Além
disso, ao possibilitar fácil acesso e interação com uma grande variedade de dispositivos
como, por exemplo, eletrodomésticos, câmeras de vigilância, sensores de monitoramento,
atuadores, displays, veículos e assim por diante, IoT formenta o desenvolvimento de diver-
sas aplicações que fazem uso da enorme quantidade e variedade de dados gerados por esses
objetos para fornecer novos serviços aos cidadãos, às empresas e às administrações públicas
(Zanella et al., 2014).
Um estudo recente de McKinsey estima que o impacto de Internet das Coisas será entre
$3.9 até $11 trilhões de doláres em 2025 (McKinsey&Company, 2015). Isso se explica pelo
fato que IoT tem se tornado cada vez mais real e aplicada graças à evolução dos meios de
transmissão e acesso à internet, aumento da capacidade para armazenamento, processa-
mento e análise de dados, somados à diminuição de tamanho e custo dos microprocessado-
res (Guardian, 2016).
Neste cenário complexo, a aplicação do paradigma de IoT para um contexto urbano é
de forte interesse, uma vez que responde à forte pressão de muitos governos nacionais para
adotar soluções de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) na gestão dos assun-
tos públicos, realizando assim o chamado conceito de Cidades Inteligentes (Schaffers et al.,
2011).
Para (Washburn et al., 2010) Cidades Inteligentes são o uso de tecnologias Smart Com-
puting para tornar os componentes e serviços de infra-estrutura críticos da cidade (que in-
cluem administração municipal, educação, saúde, segurança pública, imóveis, transporte e
utilitários) mais inteligentes, interconectados e eficientes.
1
INTRODUÇÃO 2
São várias as aplicações possíveis usando o conceito de Cidades Inteligentes, dentre elas
o monitoramento e controle de ambientes. Segundo (Aquino, 2015), o ponto chave na defi-
nição de espaços inteligentes é que eles devem possuir uma estrutura especial que permita
aos ocupantes controlarem, programarem automaticamente ou que o próprio ambiente se
adapte autonomamente ao comportamento dos ocupantes.
Todo esse impacto também atinge a medicina, sendo talvez o efeito mais importante
e pessoal. Se estima que em 2020, 40% da tecnologia relacionada à IoT será relacinada à
saúde, mais do que qualquer outra categoria, totalizando $117 bilhões de doláres (Bauer
et al., 2016). Esse casamento de medicina e TIC, comumente denominado Smart Health,
transformarão a saúde como comhecemos, reduzindo custos, ineficiências e salvando vidas.
Os ritmos biológicos são parte da fisiologia dos organismos vivos, existindo enquanto
mecanismos adaptativos ao ambiente. Diversas atividades fisiológicas apresentam compor-
tamento rítmico, sendo o ciclo sono/vigília um dos exemplos mais clássicos de ritmos circa-
dianos manifestados pelo nosso organismo (Marques and Menna-Barreto, 2003).
O período de 24 horas sobre qual se baseia o ciclo anabólico de quase todos os seres vivos
é chamado de ritmo circadiano, ele é influenciado principalmente pela variação de luz, tem-
peratura, ruídos, marés e ventos entre o dia e noite. O rompimento do ritmo circadiano por
exposição à luzes anormais pode fazer com que as várias circunstâncias metabólicas e crô-
nicas se agravem, incluindo tumores, diabetes, depressão e obesidade, como uma resposta
à dessincronização de vários processos fisiológicos.
Nesse contexto, outro fator importante são os níveis de ruído, aos quais os seres humanos
são expostos todos os dias. Os efeitos fisiológicos se iniciam a partir de 65 dB(A) quando o
eixo hipotálamo-hipófise-adrenal é sensibilizado em adultos gerando a secreção de elevados
níveis de adrenalina, noradrenalina e corticosteróides, tendo como consequência a elevação
da pressão arterial, alterações do ritmo cardíaco e vasoconstrição periférica (Oliveira et al.,
2013).
Distúrbios do ciclo sono/vigília são muito comuns em ambientes hospitalares, tanto em
pacientes internados quanto em funcionários que realizam plantões. A disrupção de sono
tem efeitos potencialmente prejudiciais à saúde, sendo que em pacientes internados pode
contribuir para aumento de tempo de internação. O ambiente hospitalar parece agir como
um dificultador da indução e manutenção do ciclo sono/vigília, na medida em que nem
sempre permite contato com a iluminação do ambiente, sujeita os pacientes e funcionários
à iluminação durante a noite e promove interrupção do sono em decorrência das avaliações
e intervenções de rotina e emergenciais (Bano et al., 2014).
A qualidade de vida das pessoas é influenciada pela qualidade do ar que respiram (Qua-
dros, 2008). No caso especifíco de unidade de saúde, a qualidade do ar pode exercer uma
influência direta e de grande significância na velocidade de recuperação dos pacientes e na
frequência de ocorrência de infecções relacionadas à assistência à saúde, nesse contexto,
temperatura e umidade são as variáveis preponderantes na qualidade do ar em ambientes
INTRODUÇÃO 3
Nesta secção é apresentada uma revisão bibliográfica sobre as variáveis ambientais medi-
das, sistemas de tempo real, dispositivos móveis e computação em nuvem, que são de suma
importância para o desenvolvimento deste trabalho.
P 2 P
NPS = 10log( ) = 20log( ) (2.1)
Po Po
onde,
• log: Base 10
4
2.1. A IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS AMBIENTAIS 5
A iluminância é uma medida do fluxo fotométrico por unidade de área, ou visível densi-
dade de fluxo. A iluminação é tipicamente expressa em lux (lumens por metro quadrado) ou
pé-velas (lumens por pé quadrado).
φ
E= (2.2)
A
onde,
• E: Iluminância, em lux
UR = 100 (2.3)
ξ
onde,
Ou a relação de mistura da massa seca real do vapor de água ω com a razão de mistura
Ω de equilíbrio (ou saturação) à temperatura ambiente e pressão.
ω
UR = 100 (2.4)
Ω
A pressão de vapor é uma propriedade física que depende do valor da temperatura, como
é visto na figura 2.3.
A Umidade relativa apresenta ainda uma peculiaridade: um ar mais quente consegue
suportar mais água na forma de vapor, assim quando a temperatura aumenta a umidade
relativa diminui, e vice versa (Guths, 2012).
2.1. A IMPORTÂNCIA DAS VARIÁVEIS AMBIENTAIS 7
Figura 2.3: Relação entre a pressão vapor com a temperatura. [Retirada de https://
commons.wikimedia.org/wiki/File:Water_vapor_pressure_graph.jpg ]
formacionais - que calculam valores de saída a partir de valores de entrada e depois termi-
nam sesus processamentos como ocorre, por exemplo, com compiladores, programas de
engenharia econômica e programas de cálculo numérico, uma grande parte dos sistemas
computacionais atuais interagem permanentemente com os seus ambientes. Estre esses,
distingue-se os chamados Sistemas Reativos que reagem enviando respostas continuamente
a estímulos de entrada vindos de seus ambientes. Sistemas de tempo real de uma forma ge-
ral se encaixam neste conceito de sistemas reativos: Um Sistema de Tempo Real (STR) é um
sistema computacional que deve reagir estímulos oriundos do seu ambiente em prazos es-
pecíficos (Farines et al., 2000).
Os STRs podem ser classificados a partir do ponto de vista da segurança em:
• Sistemas Críticos de Tempo Real: As consequências de pelo menos uma falha tempo-
ral excedam em muito os benefícios os benefícios normais do sistema. Exemplo: Um
sistema de controle de voo;
eles sejam empacotados nativamente, eles não são aplicativos nativos, eles são exe-
cutados no mecanismo da web de plataformas, Webkit no caso de Android e iOS, que
é outra camada entre o usuário e o aplicativo e, portanto, o desempenho não pode
corresponder aos aplicativos nativos (Dalmasso et al., 2012).
• PaaS: Em PaaS (Plataform as a Service), o provedor do sistema faz a maioria das es-
colhas que determinam como a infraestrutura de aplicativos opera, qual o tipo de sis-
tema operacional usado, as APIs (Application Programming Interface que significa em
tradução para o português Interface de Programação de Aplicativos), a linguagem de
programação e os recursos de gerenciamento.
Ao contrário dos serviços de PaaS, provedor faz muito pouca gestão que não seja man-
ter o data center operacional e os usuários devem implantar e gerenciar os serviços de
software da maneira que fariam em seus próprios data centers (Bhardwaj et al., 2010).
Neste projeto foi usado um serviço BaaS chamado Firebase, uma ferramenta mantida
pelo Google.
3
Materiais e Métodos
• Firebase: É uma plataforma Baas com todas as funcionalidades para a execução deste
projeto. Com ela é possível desenvolver para iOS, Android, Web e IoT já que todo o
backend será configurado e gerenciado pelo próprio (Moribe, 2016).
13
3.2. TECNOLOGIAS E FERRAMENTAS UTILIZADAS 14
• Sistema Embarcado
– Sensor de som Grove: É uma placa com microfone que detecta o som ambiente
e gera um sinal de acordo com a intensidade do som captado. A figura 3.5 apre-
senta um Sensor de Som Grove.
* Amplificador: LM386;
* Interfaces de comunicação: I2C, UART e SPI (Jiankai, 2015);
• Firebase
O Firebase possui diversos recursos, dos quais foram usados nesse projeto os seguin-
tes:
como esses dados pode ser acessados. O Realtime Database é um banco de da-
dos NoSQL e, por isso, tem otimizações e funcionalidades diferentes de um banco
de dados relacional. Também é permitido realizar backups diários dos dados
enviando-os para a Google Cloud vinculada.
• CAD
Programas CAD têm vários recursos, dentro eles gráficos vetoriais em 2D ou modela-
gem de superfícies sólidas em 3D, podendo girar o objeto em três dimensões para uma
melhor visualização de qualquer ângulo.
• KiCAD
• C++
• Arduino IDE
• Java
• Android
• Android Studio
• BitBucket
É um sistema de controle de versão distribuído que torna mais fácil para o desenvol-
vimento. Aproveita a análise do código de forma mais eficiente com solititações pull.
Usando o bitbucket o código está sempre seguro em seu respectivo repositório. Ele
também pode ser conectado diretamente com o Android Studio (Bitbucket, 2018).
Todas as análises de JSON são tratas pela biblioteca para que o deselvovedor apenas
lide com a programação do controlador.
• ESP8266WiFi: A biblioteca WiFi para ESP8266. Ela permite se conectar ao wifi com o
kit esp8266 rapidamente, apenas tendo o nome da rede e a chave de acesso.
• NTP: É a bilbioteca do NTP (Network Time Protocol). É o protocolo que permite a sin-
cronização dos relógios dos dispositivos de uma rede como servidores, estações de
trabalho, roteadores e outros equipamentos à partir de referências de tempo confiá-
veis.
Cada dado tem uma identificação onde na árvore do database há uma com o mesmo
nome, assim os dados são rotulados pelo Firebase. Na imagem 3.14 são mostradas as iden-
tificações utilizadas no projeto e a figura 3.15 se pode ver a estrutura dos dados salvos.
3.5. CONEXÃO COM O FIREBASE 25
Nesse capítulo são mostrados os resultados do estudo na UTIN da Maternidade Escola Santa
Mônica.
Utilizando os dados obtidos pela monitorização, realizou-se uma análise do comporta-
mento desses dados e a relação deles com o posicionamento de cada grupo de sensores
na UTIN. Ao todo foram captados 406027 dados ambientais, sendo 124897 de iluminância,
124916 de ruído, 78118 de temperatura e 78096 de umidade.
Todos os gráficos e tabelas foram gerados na linguagem R, usando a plataforma RStudio,
devido a sua confiabilidade e precisão ao lidar com funções estatísticas.
27
4.1. POSICIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS 28
4.2 Monitoramento
O sensores ficaram na UTIN durante 31 dias (21/06/2018 até 21/07/2018), porém devido
a queda de transmissão da internet houve alguns momentos em que a comunicação não
ocorreu ou falhou a sincronização com o protocolo NTP.
Relacionado a esses problemas o espaço amostral usado se dividiu entre os períodos
22/06 até 25/07, 28/06 até 29/06, 07/07 até 11/07, 12/07 e 17/07. Assim, os dados analisados
se espalham por 4 semanas sendo possível encontrar padrões e comportamentos peculiares
das variáveis ambientais.
4.2.1 Iluminação
No box existem duas janelas, além da iluminação artificial feita por lâmpadas fluorescentes,
como se pode ver na 4.4.
4.2.2 Temperatura
A refrigeração de toda a UTIN é feita artificialmente através de aparelhos de ar condicio-
nado. A variação da amplitude térmica ocorre devido ao fluxo de pessoas e procedimentos
médicos. Por vezes, os aparelhos de ar condicionado precisam ser desligados para que os
profissionais possam examinar os recém-nascidos, evitando o choque térmico nos bebês.
Em sua maioria, os valores de temperatura se mantiveram entre 23ºC-24ºC, nas figuras
4.8 e 4.9 é feita uma comparação entre o monitoramento no fim de semana, dos dias 07/07
e 08/07, com o início da semana, 09/07 até 11/07.
Durante o final de semana a variação de temperatura ficou entre 22ºC e 25ºC, se man-
tendo na maior parte do tempo entre 23ºC e 24ºC. Já durante o início da semana esse pico
chegou a 26ºC com uma maior instabilidade da temperatura, devido a um maior fluxo e nú-
mero de procedimentos no box da UTIN.
Os dados foram colhidos durante o inverno, de acordo com a (ABNT, 2008) a faixa reco-
mendável de operação das temperaturas de bulbo seco nas condições internas para inverno
é de 20-22ºC. Como podemos ver, através dos gráficos (4.8 e 4.9) e da tabela 4.2, os valo-
res medidos em quase toda a parte do tempo estavam acima da faixa recomendada, com os
valores mais baixos, 21-22ºC, ocorrendo nos finais de semana.
4.2. MONITORAMENTO 35
4.2.3 Umidade
A umidade, principalmente em ambientes refrigerados artificialmente por ar condiciona-
dos, está relacionada com a temperatura do ambiente. O motivo de o ar condicionado dimi-
nuir a umidade do ar é que quando o ar quente do ambiente entra em contato com a tubu-
lação do gás refrigerante o vapor de água se condença. É por isso que o ar condicionado fica
pingando do lado de fora. Como o ar perdeu água ele fica mais seco. apesar de isso não ser
desejado, acontece junto com o processo de diminuição da temperatura do ambiente.
Essa diminuição é benéfica ao ambiente hospitalar, pois com a umidade menor a proli-
feração de bactérias diminui consideravelmente. Nas figuras 4.10 e 4.11 é feita a comparação
da umidade relativa do ar no mesmo período em que foi feito o da temperatura, por estes
valores estarem diretamente relacionados
Como podemos ver, o comportamento da umidade nos dois gráficos se assemelha muito
com o da temperatura, tanto no final de semana onde a umidade tem uma estabilidade
maior, quanto no início da semana no qual os valores variam e tem uma amplitude supe-
ror.
Como na temperatura, a (ABNT, 2008) que preconiza a umidade relativa do ar em am-
bientes fechados. Os valores recomendáveis para condições internas em inverno são de 35-
4.2. MONITORAMENTO 36
65%, tais valores oscilaram mais durantes os dias úteis, já nos finais de semana os níveis
pouco variaram, porém em média estavam no intervalo recomandável pela norma.
4.2. MONITORAMENTO 37
4.2.4 Ruído
Existe um grande número de alarmes sonos (respitadores, oxímetros, berços aquecidos, mo-
nitores cardíacos e bombas de infusão) e pessoas circulando pela unidade.
O dispositivo 1 e 2, que ficaram mais próximos das incubadores e equipamentos que
emitem sinais sonoros demonstraram um comportamento similar, como é possível ver nas
figuras 4.12 e 4.13, no qual a curva de intensidade do ruído se mostrou menor durante a
madrugada e uma parte da manhã, pelo menor movimento de pessoas na área, porém no
restante do dia os níveis de variação aumentaram, chegando a mais de 60 dB(A).
Figura 4.12: Monitoramento feito pelo dispositivo 1 nos dias 12/07 e 17/07
Figura 4.13: Monitoramento feito pelo dispositivo 2 nos dias 12/07 e 17/07
Figura 4.14: Monitoramento feito pelo dispositivo 3 nos dias 12/07 e 17/07
e também da entrada do box, que tem muita passagem de pessoas resultando em ruídos en-
trando no ambiente. Os menores valores captados ocorreram na faixa da madrugada, pelo
fato do pequeno movimento no box, porém ao decorrer do dia e da noite a um aumento nos
níveis de ruído extrapolando o limiar sugerido pela regra.
5
Considerações Finais
39
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40
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