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CASO CLÍNICO:
GONARTROSE
FORTALEZA
2019
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INTRODUÇÃO
valgo geralmente são acometidas por artrose femorotibial externa (70% dos casos), já os que
possuem o tipo varo, acabam tendo a face femorotibial interna acometida. Mulheres também
são mais propensas a desenvolver artrose herdada de suas mães. Indivíduos com excesso de
peso podem ocasionar a degradação articular, devido a forte pressão exercida sobre o joelho
(SOUZA; MEJIA, 2010).
Entre os sintomas mais comuns da gonartrose estão a dor relacionada ao exercício
físico, dor ao repouso, dor noturna, esforço físico ao subir e descer escadas ou carregar peso,
rigidez 7 após a inatividade, que desaparece com o movimento, sensação de instabilidade ou
insegurança, incapacidade e limitação funcional, que se estende também com a dificuldade
durante a marcha, especialmente nas fases tardias (PINHEIRO; MARQUES; SERRANO,
2011).
À medida que a articulação se movimenta, a dor incômoda pode diminuir, porém pode
voltar e com mais intensidade se o movimento foi prolongado. De forma geral, a dor depende
da fase da doença, sendo de intensidade variável, geralmente fraca quando se acorda e
aumentando de intensidade com as atividades diárias, o que a caracteriza como dor mecânica
que aparece e aumenta com o início do movimento, especialmente se esse for rápido e não
controlado, e com a sustentação de peso, vindo a desaparecer com o repouso (ALCALDE;
MUNIZ; BALDON, 2009).
Na maioria das vezes, no início da doença, a dor ocorre ao movimentar a articulação e
alivia com o repouso, já numa fase mais avançada, a dor pode ocorrer mesmo com esforço
mínimo ou até mesmo em repouso. A dor relatada na artrose está associada a outras estruturas
que constituem a articulação, uma vez que a cartilagem articular não possui sensibilidade a
dor por ser desnervada (ALCALDE; MUNIZ; BALDON, 2011).
Já os sinais são: atrofia muscular periarticular, crepitações, derrame intra-articular,
enrijecimento da articulação, inchaço articular, movimentos restritos e dolorosos, pontos
doloridos nas margens da articulação, sensibilidade articular aumentada e a palpação pode ter
a consistência dura devido a presença de osteófitos. Os músculos quadríceps e isquiotibiais
podem sofrer hipotrofia por desuso, devido ao quadro álgico, que provoca a limitação do
movimento e da função (FARIA, 2013).
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AVALIAÇÃO
Paciente M.F.S.L, 67 anos de idade, casada e aposentada. Paciente relata sentir uma
dor no joelho esquerdo há 15 dias, era praticante de caminhada, mas teve que interromper a
pratica por conta de edema no joelho. Procurou o serviço médico e foi solicitado raio-x e
ultrassonografia, nos exames de imagens foi diagnosticada com gonartrose. Médico solicitou
que fizesse uso de gelo por 10 dias e pomada anti-inflamatória (acheflan) e encaminhou para a
fisioterapia.
No exame físico, não apresentou alteração de sensibilidade, nem alteração na marcha,
sente dor na palpação nos músculos tensor da fáscia lata e vasto medial. Na gôniometria de
flexão do joelho foi medido 135º no esquerdo e 140º no direito. A perimetria da perna sendo
de proximal para distal com distância entre as medições de 10cm, mediu 34-25,5-20 na
esquerda e 32-25-20 na direita, apresentando uma diferença de 2cm na medida mais proximal.
O teste de cacifo deu positivo e quando solicitado o grau de dor de acordo com a escala de
EVA, paciente numerou como 7.
OBJETIVO DE TRATAMENTO
CONDUTA FISIOTÊRAPEUTICA
Para tratamento dos sinais inflamatórios do joelho com gonartrose pode ser utilizado o
ultrassom no modo pulsado, liberação miofascial de toda a musculatura da perna,
alongamento de isquiostibiais e a estimulação elétrica nervosa transcutânia (TENS).
Posteriormente é trabalhado exercícios para ganho de amplitude movimento, força muscular,
reeducação da marcha caso o paciente esteja com alterações, reprogramação da postura e os
treinos de propriocepção.
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EVOLUÇÃO
Paciente foi avaliado (20/05) e em seguida foi realizado o primeiro atendimento, onde
foi utilizado primeiramente um ultrassom no modo pulsado de 3MHz com 0,7Hz de
frequência na região medial do joelho, logo após foi feita uma liberação miofascial,
mobilização da patela e realizado músculo energia para flexão de joelho com a paciente em
decúbito ventral, exercícios ativos utilizando minitheraband para realizar adução e abdução e
master cooper para flexão e extensão, treino de propriocepção com disco.
No segundo atendimento (21/05) foi mantido todo o protocolo do primeiro, porém no
final do atendimento paciente relatou está com dor após os exercícios, foi aplicado o TENS no
modo convencional 100Hz de frequência e 80µs de largura de pulso.
REFERÊNCIAS
FARIA, P.H. Avaliação do nível de atividade física e sua correlação com a dor e com o grau
de comprometimento em pacientes com gonartrose. Rev. bras. Fisioter, v. 10, n. 1, p. 75-81,
2013.