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DISCIPLINA:DIREITO CIVIL

PROFESSOR: BRUNO ZAMPIER


MATÉRIA: CONTRATOS

Indicações bibliográficas:

 Manual de Direito Civil – Flávio Tartuce

Leis e artigos importantes:

 Art. 421 a 480 do CC

Palavras-chave: Princípios, regras, contratos, liberdade, obrigatoriedade, relatividade

TEMA: TEORIA GERAL DOS CONTRATOS

PROFESSOR: BRUNO ZAMPIER

CONTRATOS.

Código Civil -

Teoria Geral dos Contratos - Título V - art. 421 a 480.

- Princípios contratuais

- Regras gerais

Contratos em Espécie - Das Várias Espécies de Contrato - Título VI - art. 481 a 853.

- Compra e venda 481

- Do compromisso 851

20 contratos em espécie.

*Teoria Geral dos Contratos - cai mais em provas.

TEORIA GERAL DOS CONTRATOS

Princípios Contratuais

O direito civil contemporâneo surge após a revolução francesa que desencadeou a acessão da
burguesia e sua ideologia liberal, assim, no âmbito dos contratos o Estado não deveria intervir
deixando assim as partes com extremada autonomia para definir de acordo com as suas

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manifestações de vontade seus interesses. Todavia ao longo do século XIX percebeu-se que este
ambiente de extremada liberdade acabava por conduzir os contratantes a uma igualdade
meramente formal, ou seja, o contratante mais forte acabava por oprimir e dominar aquele que no
caso concreto se apresentava como mais fraco. A fim de se buscar uma verdadeira igualdade
(isonomia substancial ou material) os contratantes mais fracos se organizaram e solicitaram a
intervenção do Estado nos contratos (dirigismo contratual) (entre o forte e o fraco o contrato
oprime e a lei liberta). Foi neste ambiente oitocentista do séc. XIX que fora construída a máxima
da autonomia da vontade, ou seja, as partes poderiam livremente construir sua norma privada
lastreada na sua manifestação de vontade.

Autonomia da vontade VS Autonomia privada

Autonomia da vontade

Dessa autonomia da vontade surgem três princípios contratuais clássicos ou tradicionais:

1- Liberdade contratual
2- Obrigatoriedade dos contratos (pacta sunt servanda)
3- Relatividade dos seus efeitos

Liberdade contratual -

Os sujeitos podem escolher se contratam ou não.

O sujeito poderia ter a liberdade de escolher o conteúdo do contrato.

Poderia escolher a pessoa com quem contratar.

Obrigatoriedade dos contratos -

Os contratos nascem para serem cumpridos, ou seja, é uma verdadeira lei entre as partes (norma
cogente) não sendo assim possível que ocorra qualquer tipo de alteração unilateral.

Relatividade dos efeitos contratuais -

Os contratos nascem para terem efeitos apenas inter partes não podendo em tese alcançar
terceiros que dele não fizeram parte.

Os princípios podem ser aplicados integralmente à sociedade atual?

Críticas:

A sociedade atual não mais contempla a aplicação pura destes princípios contratuais por uma
série de razões:

A vida moderna nos impõe uma série de necessidades as quais em sua maioria serão supridas
por contratações que farão com que o sujeito alcance bens e serviços tidos como essenciais.
Tais contratos são denominados contratos cogentes.

Nos contratos cogentes tem que haver intervenção para proteção.

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Quanto à escolha do conteúdo do contrato há que se recordar que a sociedade moderna,
urbana e de massas estabelecem que a maior parte dos contratos pela via da adesão, ou seja,
através de estipulação unilateral de cláusulas que também serão uniformes.

Assim, a escolha do conteúdo é restrita.

Quanto à escolha do parceiro há que se recordar que grande parte dos contratos são ofertados
por um único sujeito inviabilizando tal eleição, tal escolha.

Quanto à obrigatoriedade hoje a legislação traz uma série de hipóteses nas quais esses
poderão ser revistos.

Ex.: Excessiva onerosidade, art. 479 (teoria da imprevisão).

Quanto à relatividade, vários contratos terão efeitos para além das partes contratantes podendo-
se afetar interesses de terceiros ou mesmo interesses difusos.

Os princípios tradicionais são insuficientes no mundo moderno.

Releitura do conceito de autonomia da vontade.

A autonomia privada reconfigura o conceito de autonomia da vontade.

A autonomia privada seria o poder concedido ao indivíduo para que ele possa realizar as suas
escolhas de vida criando suas próprias normas desde que sejam respeitados os limites
estabelecidos pelo ordenamento jurídico.

A substituição portanto, da autonomia da vontade pela autonomia privada já é a toda evidencia


uma marca do dirigismo contratual que é espécie do dirigismo estatal que é espécie da
intervenção do Estado no âmbito privado

Autonomia privada - Séc. XX.

Na contemporaneidade mais importante que definir estrutura de um contrato será buscar qual é a
sua função, ou seja, sai da pergunta “o que é?” para “para que serve?”.

O contrato serve para? Três funções:

1- Função ética  Princípio da boa-fé objetiva


2- Função social - Princípio da função social dos contratos
3- Função econômica  Princípio da justiça contratual - equilíbrio contratual.

Os princípios modernos não revogaram os tradicionais (mesmo porque em sede de princípios não
há que se falar em revogação o mais acertado é dizer que os novos princípios mitigaram a força e
relevância dos princípios tradicionais, ou seja, todos os princípios conviverão harmonicamente no
momento atual.

Os novos princípios contratuais como retrato de um dirigismo contratual, estatal, devem ser
reconhecidos como normas de ordem pública, ou seja, de aplicação imperativa não podendo ser
afastados pela manifestação de vontade das partes e por essa mesma razão podem ser aplicados
de oficio pelo juiz

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