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Indicações bibliográficas:
CONTRATOS.
Código Civil -
- Princípios contratuais
- Regras gerais
Contratos em Espécie - Das Várias Espécies de Contrato - Título VI - art. 481 a 853.
- Do compromisso 851
20 contratos em espécie.
Princípios Contratuais
O direito civil contemporâneo surge após a revolução francesa que desencadeou a acessão da
burguesia e sua ideologia liberal, assim, no âmbito dos contratos o Estado não deveria intervir
deixando assim as partes com extremada autonomia para definir de acordo com as suas
Autonomia da vontade
1- Liberdade contratual
2- Obrigatoriedade dos contratos (pacta sunt servanda)
3- Relatividade dos seus efeitos
Liberdade contratual -
Os contratos nascem para serem cumpridos, ou seja, é uma verdadeira lei entre as partes (norma
cogente) não sendo assim possível que ocorra qualquer tipo de alteração unilateral.
Os contratos nascem para terem efeitos apenas inter partes não podendo em tese alcançar
terceiros que dele não fizeram parte.
Críticas:
A sociedade atual não mais contempla a aplicação pura destes princípios contratuais por uma
série de razões:
A vida moderna nos impõe uma série de necessidades as quais em sua maioria serão supridas
por contratações que farão com que o sujeito alcance bens e serviços tidos como essenciais.
Tais contratos são denominados contratos cogentes.
Quanto à escolha do parceiro há que se recordar que grande parte dos contratos são ofertados
por um único sujeito inviabilizando tal eleição, tal escolha.
Quanto à obrigatoriedade hoje a legislação traz uma série de hipóteses nas quais esses
poderão ser revistos.
Quanto à relatividade, vários contratos terão efeitos para além das partes contratantes podendo-
se afetar interesses de terceiros ou mesmo interesses difusos.
A autonomia privada seria o poder concedido ao indivíduo para que ele possa realizar as suas
escolhas de vida criando suas próprias normas desde que sejam respeitados os limites
estabelecidos pelo ordenamento jurídico.
Na contemporaneidade mais importante que definir estrutura de um contrato será buscar qual é a
sua função, ou seja, sai da pergunta “o que é?” para “para que serve?”.
Os princípios modernos não revogaram os tradicionais (mesmo porque em sede de princípios não
há que se falar em revogação o mais acertado é dizer que os novos princípios mitigaram a força e
relevância dos princípios tradicionais, ou seja, todos os princípios conviverão harmonicamente no
momento atual.
Os novos princípios contratuais como retrato de um dirigismo contratual, estatal, devem ser
reconhecidos como normas de ordem pública, ou seja, de aplicação imperativa não podendo ser
afastados pela manifestação de vontade das partes e por essa mesma razão podem ser aplicados
de oficio pelo juiz