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ARISTOTELES METAFISICA (LIVRO | e LIVRO II) Tradugdo direta do grego por Vincenzo Coceo ‘€ notas de Joaquim de Carvalho ETICA A NICOMACO ‘Tradugdo de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da versio inglesa de W. D. Ross POETICA Tradugdo, comentérios e indices analitico e onoméstico de Enudoro de Souza Selegio de textos de José Américo Motta Pessanha 1984 EDITOR: VICTOR CIVITA LIVRO V 11298 0 1s No que toca 4 justiga e a injustiga devemos considerar: (1) com que espé- cie de ag6es se relacionam elas; (2) que espécie de meio-termo é a justiga; ¢ (3) entre que extremos 0 ato justo é inter- mediario. Nossa investigagao se pro- cessara dentro das mesmas linhas que as anteriores. Vemos que todos os homens enten- dem por justiga aquela disposi¢gao de carater que torna‘as pessoas propensas a fazer o que é justo, que as faz agir justamente e desejar o que é justo; edo mesmo modo, por injustiga se entende a disposigao que as leva a agir injusta- mente e a desejar o que é injusto. Tam- bém nds, portanto, assentaremos isso como base geral. Porque as mesmas coisas nfo sdo verdadeiras tanto das ciéncias e faculdades como das dispo- sigdes de carater. Considera-se que uma faculdade ou ciéncia, que é uma s6 e a mesma coisa, se relaciona com objetos contrarios, mas uma disposi- g&o de carater, que ¢ um de dois contrarios, nao produz resultados opostos. Por exemplo: em razao da saiide nao fazemos o que é contrario 4 satide, mas s6 o que é saudavel, pois dizemos que um homem caminha de modo saudavel quando caminha como © faria um homem que gozasse satide. Ora, muitas vezes um estado é reco- nhecido pelo seu contrario, e nao menos freqtientemente os estados sao reconhecidos pelos sujeitos que os manifestam; porque, (a) quando conhe- cemos a boa condigao, a ma condigao 121 também se nos torna conhecida; e (b) a boa condigfio é conhecida pelas coisas que se acham em boa condigio, e as segundas pela primeira. Se a boa con- digo for a rijeza de carnes, é neces- sario nao sé que a ma condigao seja a carne flacida, como que o saudavel seja aquilo que torna rijas as carnes. E segue-se, de modo geral, que, se um dos contrarios for ambiguo, o outro também o sera; por exemplo, se o “justo” o é, também o sera o “injusto”. Ora, “justiga” e “‘injustiga” parecem ser termos ambiguos, mas, como os seus diferentes significados se aproxi- mam uns dos outros, a ambigiiidade escapa A atengio e nao é evidente como, por compara¢ao, nos casos em que os significados se afastam muito um do outro — por exemplo (pois aqui é grande a diferenca de forma exterior), como a ambigiiidade no emprego de wAeic para designar a clavicula de um animal e o ferrolho com que trancamos uma porta. Tomemos, pois, como ponto de partida os varios significados de “um ‘homem injusto”. Mas o homem sem lei, assim como o ganan- cioso e¢ improbo, séo considerados injustos, de forma que tanto o respei- tador da lei como o honesto serio evidentemente justos. O justo é, por- tanto, o respeitador da lei e o probo, eo injusto € 0 homem sem lei e improbo. Visto que o homem injusto é ganan- cioso, deve ter algo que ver com bens — Nio todos os bens, mas aqueles a que dizem respeito a prosperidade e a 2 1298

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