O arquiteto através da ordenação de formas mexe com os nossos
sentidos, com nossas emoções, já o engenheiro, busca através do cálculo, atingir a harmonia. A arquitetura sempre foi necessária, pois sempre necessitamos das casas, tanto que a casa é tratada como uma espécie de religião, e ficamos infelizes se não possuímos a casa que desejamos, tentamos fugir dela indo para cafés, restaurantes. O autor traz logo no inicio do texto, o arquiteto como sendo desencantado e desocupado e o engenheiro como uteis e ativos. Existe uma crítica que os arquitetos esqueceram do passado e estão seguindo somente os conceitos industriais, seguindo a máquina, e muito disso se deve aos clientes, que sem muita noção de arte, beleza mudam os projetos dos arquitetos até se tornar algo comum, sem graça. Os subtítulos seguem, primeiro vem, “Três lembretes aos senhores arquitetos: 1. O volume”, trazendo a questão de que os arquitetos deixaram de usar formas simples, geométricas, enquanto os engenheiros as usam em seus cálculos, e que essas formas são as que mais possuem beleza, por serem mais compreensíveis. “Três lembretes aos senhores arquitetos: 2. A superfície”, o volume que é o tópico anterior, é envolvido por uma superfície, e ela é dividida conforme diretrizes e geratrizes, que são empregas pelos engenheiros, criando fatos plásticos límpidos, enquanto o arquiteto tem receio dos constituintes geométricos das superfícies. “Três lembretes aos senhores arquitetos: 3. A planta”, ela que é fundamental, uma planta bem organizada nos traz sensações coordenadas e nos da satisfação, sem ela não há ritmo nem volume, se torna uma desordem insuportável. Depois segue toda uma discussão com foco na colocação de que “a planta falhou”, e que ainda não surgiu um urbanismo moderno que resolva este problema. E os traçados reguladores, estes que proporcionam a satisfação do espirito, ela não é uma receita, é um meio, que através de suas escolhas, fazem parte da criação arquitetural. As medidas, as formas geométricas, existem e nos agradam desde o começo, onde os homens construíam suas primeiras cabanas, regulando as casas as suas necessidades. Essas 44 páginas iniciais do livro, criticam o arquiteto e exaltam o engenheiro pelo fato do uso das formas geométricas simples, por serem mais “compreensivas” e “fáceis” ao olhar humano. Por fim, na minha opinião pessoal, concordo com poucas partes do texto e discordo da maioria, claro, também acho importante os traços reguladores, o emprego das formas geométricas simples, porém, há um claro exagero do autor nesse inicio do livro, que claramente prefere construções mais “duras” sem o uso da criatividade, ele prefere uma arquitetura antiga que pode ser para alguns bela e para outros chata e ultrapassada, mas é uma discussão difícil, pois, o que é bonito para um, pode ser feio para outro, a beleza é muito relativa.