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Expansão Harmônica:

Uma Questão de Timbre

Arno Roberto von Buettner


Prefácio
Esse livro é o resultado de anos de trabalho com alunos particulares e também como professor
de piano e harmonia (de 1995 a 1999) na Universidade de Campinas no Departamento de Música.
Na verdade, as idéias harmônicas desse livro começaram a aparecer muito antes do meu trabalho
como professor. Estava influenciado nessa época pela sonoridade da música de Debussy (1862-
1918), Scriabin (1872-1915) e Schöenberg (1874-1951).
Debussy pelos seus acordes alterados; dominantes com nona (9ª) e décima primeira aumentada
# #
( 11), acordes maiores com décima primeira aumentada ( 11), por exemplo, o que acarretava uma
sonoridade parecida com a que eu estava ouvindo e praticando profissionalmente como pianista
de jazz e de música brasleira.
Scriabin a partir do opus 52 passou a utilizar em suas composições acordes de dominante bastante
alterados, cuja melodia e harmonia formavam um só conjunto. O acorde de dominante e suas
alterações (tensões) representam o seu motivo musical básico.
Exemplo 1 – “Dois Poemas” op. 69 (N° 1)
3


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retrógrado do
motivo 2 #œ
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(#11)
(7MI)
bœ œ
(13) œ
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(1)
2
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Esse é um acorde de dominante com 7MI, 11 e 13 = C7/( 11)/13 (no primeiro motivo existem seis
notas sem repetição).

3
Introdução
Esse livro é direcionado aos instrumentistas em geral e para os que trabalham como arranjadores
em música popular.
Contém cinco capítulos, todos com muitos exemplos e com a proposta de ampliação harmônica
(ver prefácio). Cada capítulo teórico se junta aos restantes com o propósito de ajudar o estudante
a conseguir que cada nota de uma determinada melodia tenha o seu próprio acorde (Ampliação
Harmônica).
Isso é apenas uma possibilidade, não significa uma necessidade, sempre serão importantes a poética
e a estética de cada música.
No sexto capítulo existem duas versões de uma mesma música. A primeira é a versão original e
a segunda versão torna-se ampliada pelo uso dos conceitos dos cinco capítulos. Isso só foi feito
(segunda versão), para mostrar a eficiência desses conceitos.
É evidente que se o músico desejar maior densidade num determinado momento de uma música,
as teorias do livro poderão ajudá-lo a resolver esta questão.
Uma outra possibilidade das teorias do livro dos cinco capítulos é, por exemplo, quando uma melodia
é suportada por apenas um acorde durante algum tempo, sem rearmonizar o trecho musical em
questão, o uso parcimonioso desses conceitos apresentados nesse livro resolverão a estaticidade
harmônica desse trecho.
As duas razões (preocupações) colocadas no prefácio, maior número de vozes no acorde e a não
dobra de vozes (notas), também estarão resolvidas através dos inúmeros exemplos práticos contidos
nesse livro.

7
Capítulo 1 - Blocos Abertos
Blocos abertos é uma técnica que possibilita ampliações harmônicas, principalmente em melodias
“diatônicas” e distribuições informativas em seqüências melódicas ascendentes ou descendentes,
pertencentes a um mesmo acorde.
Exemplo 1

D MI 7
3 œ œœ
& 4 œœ œ
œœ œœ
? 3 œœ
4
Para ser realizada, essa técnica depende primeiramente, dos blocos fechados. Para realizá-los,
inverte-se o acorde dado, até chegar à nota pretendida, que será a voz principal (soprano).
Exemplo 2

D MI 7

& w w

Para chegar-se à primeira nota do compasso (a nota fá), faz-se duas inversões:

D MI 7 1ª inversão 2ª inversão

& www ww ww
w
ww ww
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8
Capítulo 2 - Substituições da Dominante Original
2.1 – Introdução
A dominante original, ou seja, o V7 da tonalidade em questão, pode ser substituída por outras dominantes.
Uma pergunta se faz necessária : porque substituir uma dominante por outra?
Para ampliar a informação da cadência original, dentre outras possibilidades.
Exemplo 1

C 9 sus F
2
&4 ˙ ˙˙
b ˙˙
?2 ˙ ˙˙
4 ˙

No exemplo 1 não existe a possibilidade de usar a dominante original. Isto se deve à nota Fá da
voz principal (V.P) do acorde C9 sus, pois contraria em termos de resolução a função da
dominante do acorde de Fá.
Pode-se então tornar essa cadência com mais informações em termos de vozes, se usarmos por
exemplo a dominante substituta um tom abaixo da tônica.
Exemplo 2

B b MI 7/9 b
E 7 F

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œ b œœ
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No exemplo 2, foi também utilizado o IIMI7 sub.

17
Capítulo 3 - Interpolação Harmônica
A interpolação acontece quando, numa cadência, o V7 torna-se IIMI7. O acorde interpolado está
situado entre duas dominantes.
Exemplo 1

AMI7 D7 DMI7 G7

a) C maior é a tonalidade;
b) AMI7 – VI grau de C maior, tem função de II para G7;
c) D7 – é a dominante secundária de G7;
d) DMI7 – é o II grau de C maior, e está interpolado entre D7 e G7,
e) G7 – dominante original de C.
Exemplo 2

IIMI7 V7 IIMI7 - - - - - V7

AMI7 D7 DMI7 G7

IIMI7 - - - - V7

A interpolação representa uma cadência de atraso.


Às vezes, o V7 aparece numa cadência sem a presença do IIMI7.
Exemplo 3

V7 V7 V7 I

G7 C7 F7 Bb

V7 V7

31
Capítulo 4 - Clichês do Modo Menor
4.1 – Introdução
São chamados de clichês porque funcionam no campo da tonalidade. Muitos compositores
utilizaram essas relações em suas músicas.
Esse capítulo pretende demonstrar esses clichês e a possibilidade de variá-los, tornando-os
funcionais para outras relações harmônicas, inclusive para o modo maior.
A maioria dos exemplos estão na tonalidade de Sol Menor. Por isso, os clichês serão analisados
nessa tonalidade.O algarismo romano colocado sobre o acorde significa o grau correspondente à
tonalidade em questão e abaixo, à sua função nas relações harmônicas.
4.2 – Clichê n° 1

IMI7 IVMI7 IIIMA7 VIMA7 IIMI7( b5) V7

G MI7 C MI7 F7 Bb MA7 Eb MA7 AMI7( b5) D7

IIMI7 V7 IMA7

Os teóricos da harmonia argumentam que a cadência mais precisa, tanto no modo maior como no
menor, seria a seguinte...

I VI II V I

podendo ser também...

III VI II V I

A precisão dessa cadência se deve ao encadeamento do baixo com o acorde subseqüente. Quando
a fundamental do acorde antecedente for o V grau do acorde subseqüente, a relação harmônica
será mais precisa (série harmônica). Ciclo de quintas justas ou diatônicas.

39
Capítulo 5 - O Acorde Diminuto
5.1 – Origem
O acorde diminuto decorre do acorde de dominante com sétima e nona menor, sem a fundamental.
Exemplo 1

b
G 7 ( 9)
L
B 7
L
D 7
L
F 7 A b L7
b ww b ww w
w ww b www b wwww b www
& ww w
5.2 – Características
- Simétrico : composto por três terças menores.
- O acorde diminuto possui três funções:
1) Ascendente : resolve um semitom acima. Tem função de dominante.
Exemplo 2
L
B 7 C

& b www
w www
b b
Nesse caso, se o tempo melódico permitir, é preferível usar o IIMI7( 5) eV7( 9), pois ganha-se
informação harmônica.
2) Descendente: resolve um semitom abaixo, não exercendo função de dominante, e sim, de acorde
de passagem.
L
Eb 7 DMI

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Capítulo 6 - Rearmonização e Ampliação
Harmônica da Peça “Canção que Morre no Ar”
(duas versões)
A – “Canção que Morre no Ar” – Carlos Lyra/Ronaldo Bôscoli – Versão original

F # MA 7 E MI 7/9 A 7/9 D MA 7 G # # #
MI 7 C 7 ( 9)
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#
G 7 ( 11)
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