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Projeto de Mestrado
simulações para cada situação, através do software R, e serão geradas tabelas com os
1. Introdução e Justificativa
maior enfoque nos estudos do componente arbóreo das florestas (Martins 1979).
foram realizados através do Instituto Oswaldo Cruz. Os estudos começaram a ter caráter
florestas tropicais. Deste estudo resultou uma publicação (Cain & Oliveira Castro apud
Ainda segundo esta publicação de Martins (1989), onde é feito um histórico dos
acabem e tentar conscientizar que é necessário preservar as que ainda restam; entender
Realçando esta preocupação com relação aos métodos, Gibbs et al. (1980) afirmam
que o método deve fornecer máxima informação, com menor tempo de trabalho no
Cottam & Curtis (1959), ao comparar os resultados obtidos aplicando uma parcela e
concluíram que o método de quadrantes é superior aos outros métodos de distância para
5cm. O tamanho e a forma das parcelas e a área amostrada também variam (Durigan &
parcelas (Heindjik & Campos apud Martins 1989). O método de quadrantes foi
Guaçu, SP, Gibbs et al. (1980) concluíram que o método de quadrantes estimou melhor
tempo necessário para a amostragem por parcelas. No entanto, um quinto das espécies
raras não foi amostrado por nenhum dos dois métodos (o número de espécies do
resultados com estudo realizado anteriormente, na mesma área, por Pagano & Leitão-
parcelas, sendo que o método de quadrantes apresenta, ainda, a vantagem de ser de fácil
completamente aleatório. Mas não se sabe a influência deste viés nos parâmetros
objetivo é amostrar riqueza e diversidade, pois este método abrange uma área maior,
elucidação das correlações espaciais da vegetação com outros fatores ambientais, tanto
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físicos como bióticos e também temporais, pela possibilidade de reavaliações
fora da área das parcelas, resolvendo assim a desvantagem de amostrar menos espécies
Vanini (1999) comparou o método de parcelas fixas com o método de parcelas variáveis
(Bitterlich), para caixetais. A autora concluiu que o método de área variável amostrou
que o método de área variável. O fato de que os caixetais não têm sub-bosque
estudo, fornecendo assim dados mais precisos na avaliação do viés de cada método.
A discussão, entretanto, não acaba com a escolha do método a ser empregado, pois a
intensidade amostral adequada para cada situação é de extrema importância, já que toda
comunidade florestal tem uma área mínima de amostragem que, abaixo dela, a
Sendo assim, uma questão importante refere-se ao tamanho amostral: que tamanho
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deve ter a amostra, de modo a fornecer um número total de indivíduos ou uma área
A curva do coletor tem sido geralmente usada para verificar a área mínima a ser
curva. Cada vez que se somam as unidades amostrais para expressar o tamanho
problemas com esse tipo de curva são muitos. Um deles refere-se à ordenação das
unidades amostrais. Dependendo da forma como elas são ordenadas, o formato da curva
Mesmo assim, a maioria dos trabalhos emprega a curva do coletor e a julga como
suficiente para indicar que os resultados provenientes daquela amostragem são livres de
incerteza. Além disso, são analisadas, geralmente, as dez primeiras espécies e famílias
com os maiores Índices de Valor de Importância (IVI). Este número (10), porém, não é
Dessa forma, este trabalho pretende responder às seguintes perguntas: até que ponto
a tabela de parâmetros fitossociológicos pode ser tomada como livre de incerteza? Isso
pode ser afirmado para algum método específico? Ou para uma certa intensidade
amostral?
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2. Objetivos
2.3. Ações
simulações ao todo;
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Gerar gráficos e tabelas e compará-los entre si.
3. Material e Métodos
Semidecidual e Cerradão), sendo que cada área possui 10,24ha de parcelas permanentes.
Para cada parcela foram alocadas 256 sub-parcelas permanentes de 400m2 cada, numa
parcela maior de 320x320m, totalizando 10,24ha de área amostrada. A parcela maior foi
que representa a formação Cerradão. A escolha desta área se deve ao fato de ser a que
Florestal 2004).
"lato sensu", sendo a forma cerradão a fisionomia predominante, com árvores de até
com maior número de espécies são Myrtaceae, Fabaceae e Lauraceae, e as famílias com
espécies que apresentam maior número de indivíduos na área são Copaifera langsdorffii
A moderado, textura arenosa média (PV-2). O tipo climático da região é definido como
Estes índices serão analisados através de simulações por computador, com o uso do
Para cada método serão testadas quatro intensidades amostrais: 1ha; 0,75ha; 0,5ha; e
cada situação, pelas parcelas, sabendo-se que na área ocorrem aproximadamente 2.200
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Tabela 3.3.1.: Situações de amostragem, para diferentes métodos de levantamento
Situação 1 2 3 4 5
Área amostrada 10.000 m2 7.500 m2 5.000 m2 2.500 m2 10.000 m2
Parcelas de 10m x 10m 100 75 50 25
Parcela única
Parcelas de 50m x 50m 4 3 2 1
Pontos quadrantes 550 413 275 138 -
Total de situações 13
Para cada situação serão feitas 1.000 (mil) simulações, totalizando, desta forma
13.000 simulações (quatro intensidades amostrais e três métodos, mais a parcela única).
Para cada simulação e para o Mapa de Árvore será gerada uma tabela com os
Estudo do viés (Vício da estimação): a média de cada índice, obtida nas 1.000
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o Gráficos de probabilidade normal – para verificar a proximidade da
1º ano 2º ano
Atividades/trimestres
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8
Checagem dos dados em campo
Revisão bibliográfica
Treinamento no uso do software R
Implementação das simulações
Análise das simulações
Redação da dissertação
6. Bibliografia
CESAR, O.; PAGANO, S.N.; LEITÃO-FILHO, H.F.; MONTEIRO, R.; SILVA, O.A.;
MARINIS, G.; SHEPHERD, G.J. Estrutura fitossociológica do estrato arbóreo de uma
área de vegetação de cerrado no município de Corumbataqí, SP. Naturalia, v.13, p.91-
101, 1988.
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GIANNOTTTI, E. Composição florística e estrutura fitossociológica da vegetação
de cerrado e de transição entre cerrado e mata ciliar da Estação Experimental de
Itirapina, SP. Dissertação de Mestrado. Campinas: UNICAMP, 1988.
GIBBS, P.E.; LEITÃO-FILHO, H.F.; ABBOTT, R.J. Aplication of the point centered
quarter methid in a floristic survey of an area of gallery forest at Mogi-Guaçu, SP,
Brazil. Revista Brasileira de Botânica, v.3, p. 17-22, 1980.
MARTINS, F.R. Critérios para avaliação de recursos vegetais. In: SIMPÓSIO SOBRE
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A COMUNIDADE VEGETAL COMO UNIDADE BIOLÓGICA, TURÍSTICA E
ECONÔMICA, São Paulo, 1978. Anais. Publicação ACIESP, v.15, p.136-149, 1978.
RODRIGUES, R.R. Análise estrutural das formações ripárias. In: SIMPÓSIO SOBRE
MATA CILIAR, 1. São Paulo, 1989. Anais. Campinas: Fundação Cargil, 1989.
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