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Manual de Laboratório
1o Semestre / 2019
T A C E
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QG109 – QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL
Calendário
MÊS DIA Atividade
Março 01/03 Programa de recepção de calouros
08/3 Apresentação da disciplina e segurança no
laboratório
15/3 Experimento 1
22/3 Experimento 2
29/3 Experimento 3
Abril 05/4 Experimento 4
12/4 Experimento 5
19/4 Feriado
26/4 Experimento 6
Maio 03/5 Experimento 7
10/5 PROVA 1 (exp. 1 a 6)
17/5 Experimento 8
24/5 Experimento 9
31/5 Não haverá aula
Junho 07/6 Experimento 10
14/6 Experimento 11
21/6 Feriado
28/6 PROVA 2 (Exp. 7 a 11)
Julho 05/7 Semana estudos
12/7 EXAME
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Prepare-se para o experimento que irá realizar. Leia atentamente o roteiro, consulte
a bibliografia indicada e revise os conceitos envolvidos. Faça um fluxograma, i.e., um
esquema com as operações que irá realizar no laboratório, em uma folha avulsa A4. O
fluxograma deverá ser apresentado ao docente no início do experimento, no laboratório.
Após cada experimento, cada grupo deve elaborar um relatório (de acordo com as
instruções indicadas) e entregá-lo no início da aula seguinte. Cada relatório terá uma nota,
válida para os 2 alunos do grupo presentes na aula.
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P1 P2
Pm
Média das provas: 2
Lm
T R
Média em “laboratório”: n T 11 onde nT = número de testes
aplicados
Se Pm < 5,0 ou Lm < 5,0: o aluno deve fazer o exame (mesmo se Média 5,0).
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Frequência*: o aluno com frequência inferior a 75% das aulas ministradas será
considerado reprovado, independentemente da média final. * O abono de faltas será
considerado dentro do previsto no capítulo VI, seção X, artigo 72 do Manual do Aluno.
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A) SEGURANÇA
Procure agir sempre com bom senso, para sua própria segurança e para a segurança de
todos os outros. Porém, acidentes podem ocorrer. Tenha sempre em mente os procedimentos
1
Normas de gerenciamento de resíduos químicos do IQ disponíveis em
http://www.iqm.unicamp.br/csea/docs/normas/normasresiduos.pdf (em particular p. 1 e 2)
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Coscione, A.R.; Almeida, A.M.; de Andrade, J.C.; Custódio, R.; Segurança no Laboratório
Químico, 2000, 03 p.p. - Disponível em http://chemkeys.com/br/2000/03/24/seguranca-
no-laboratorio-quimico/
NA DÚVIDA, PERGUNTE
ACIDENTES NÃO ACONTECEM. ACIDENTES SÃO CAUSADOS
Ao sentir o odor de uma substância não se deve colocar o rosto diretamente sobre o frasco
14 que a contém. Desloque com a mão, para sua direção, os vapores que se desprendem do
frasco.
1. Cada aluno deve manter um caderno de laboratório, para uso exclusivo desta disciplina.
Neste caderno devem ser registrados todos os detalhes da realização dos experimentos,
dados e resultados obtidos. O caderno poderá ser verificado pelos professores durante as
aulas.
2. Materiais como mochilas e outros objetos pessoais não devem ser trazidos para o
laboratório. Devem ser mantidos nos armários pessoais disponíveis fora do laboratório.
3. Materiais necessários para os experimentos estarão nas bancadas no início das aulas.
Confira antes do início e após o término do trabalho. Comunique qualquer irregularidade
aos técnicos do laboratório ou ao professor.
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4. Todos os reagentes e equipamentos devem ser utilizados com muito cuidado e devolvidos
ao local apropriado, imediatamente após o uso. Qualquer equipamento extra só pode ser
utilizado com a aprovação do professor.
6. Tenha muito cuidado no uso das balanças e limpe imediatamente qualquer derramamento
de reagentes. Em caso de dúvida sobre algum reagente ou equipamento, consulte com
antecedência um dos professores responsáveis.
8. Danos e quebras de material por uso indevido, desleixo ou negligência devem ser repostos
pelo aluno. O julgamento sobre a origem de quebras e danos é de responsabilidade dos
professores.
9. Observe os horários de entrada e saída das aulas para evitar problemas de frequência.
C) RELATÓRIOS
Cada grupo deverá elaborar um relatório sobre cada experimento, que será entregue
no início da aula seguinte. A não entrega no prazo acarretará em uma penalidade de dois
pontos na nota do relatório para cada dia de atraso. Os relatórios de QG109 deverão ser
apresentados em, no máximo, 5 (cinco) páginas e deverão ser feitos usando redator de texto
(documento word). Se o seu professor pedir para entregar o relatório impresso, pense em
imprimir frente e verso para economizar papel. Embora, outros itens possam fazer parte
de um relatório (Introdução, parte experimental), os relatórios de QG109 devem apresentar:
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Conclusão (meia página). Deve apresentar uma síntese dos resultados mais
importantes, numéricos e fenomenológicos, e a conclusão geral do experimento. Esta seção
não é um resumo do relatório. Devem ser destacados os resultados importantes e de forma
objetiva, p.ex., “obteve-se 80 % de rendimento na síntese do ácido acetilsalicílico, com pureza de
96 ± 2 %, e o produto final não apresentou a presença de fenol residual”.
Respostas às perguntas que serão disponibilizadas via Google Classroom para cada
experimento.
Referências (meia página). A indicação das referências no texto e a forma como devem
aparecer em um documento pode variar de acordo com o estilo do autor ou com exigências
relacionadas à natureza do documento ou com as instruções da Editora. O mais importante é
que o estilo adotado seja coerente no documento específico. O leitor, com base na sua notação,
deve estar habilitado para saber de qual livro ou revista você está se referindo. Numere e
relacione (na sequência que aparece no texto) todas as referências bibliográficas que você
consultou para elaborar o relatório. Estas referências podem ser livros-texto ou periódicos
(revistas e jornais científicos). Não serão aceitas citações de documentos eletrônicos e de
livros ou apostilas do ensino médio.
Em QG109, será usada a seguinte convenção: a indicação da citação no texto deve ser
feita logo ao final da sentença citada e numerada sucessivamente. (Por exemplo, “a Bayer é a
maior produtora mundial de ácido acetilsalicílico1”) e as normas para citação serão as da
revista Química Nova. Basicamente, estas normas são as seguintes:
No caso de revistas:
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No caso de livros:
Veja também:
Etapas óbvias não devem ser descritas, como p.ex., “os tubos de ensaio foram lavados”
ou “o frasco de reagente foi aberto e, então, foram retirados 5 mL de acetona”.
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Figura 1. Efeito da adição de uma solução NaOH 0,1 mol L-1 em uma solução tampão pH
= 3,0.
A identificação “Figura 1”, por exemplo, será utilizada ao longo do texto na discussão
toda vez que você se referir a este conjunto de dados.
A maioria dos experimentos em cursos práticos é uma proposta para ilustrar alguma
tendência. As tendências, em geral, não são indicadas ligando-se os pontos de um gráfico. Por
exemplo, uma curva analítica ou “curva de calibração” é, em geral, uma reta num determinado
limite (Figura 2). A linha desenhada no gráfico tem um significado que depende da teoria ou
modelo envolvidos.
O título das tabelas deve ser escrito acima delas (fonte menor) e, como para os
gráficos, deve ser numerado, por exemplo: “Tabela 1. pH de diversas amostras de bebidas”.
Precisão e Exatidão: a exatidão exprime até que ponto uma medida se aproxima do
valor verdadeiro (ou aceito). Uma medida pode ser reprodutível (fornece o mesmo resultado
todas as vezes que é obtida), mas não representar o valor esperado. Neste caso, a exatidão do
resultado é baixa.
A precisão ou reprodutibilidade exprime a variação encontrada quando se repete o
mesmo experimento usando sempre o mesmo método. Toda grandeza tem uma incerteza
resultante das limitações do aparelho de medida e da habilidade do experimentador.
Valores Médios: quando é possível, faz-se uma série de medidas de uma grandeza
para se ter maior confiança nos resultados obtidos. Um dado importante de uma série de
medidas é o seu valor médio, ou simplesmente a média, que é definida por:
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A precisão de uma série de medidas pode ser avaliada de várias formas. Três
parâmetros são os mais utilizados: o desvio médio, o desvio padrão e a estimativa do desvio
padrão.
O desvio médio (d) é calculado por:
di
d
i n
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1/2
( )
s
i
n 1
d 2i
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Tabela 2 - Principais materiais de laboratório. (Abaixo de cada figura deve ser escrito o nome do material).
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Referência Bibliográfica
1. Andrade, J.C., Química Analítica Básica: Os instrumentos básicos de laboratório,
www.chemkeys.com.
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Introdução
Os refrigerantes existem da forma como a gente conhece há mais de 120 anos e, no
Brasil, segundo o IBGE, está entre os cinco alimentos mais consumidos do país, à frente de
qualquer tipo de carne, fruta ou verdura. Tanto tempo no mercado foi o suficiente para o
surgimento de mitos sobre a ingestão da bebida doce borbulhante, mas há pelo menos uma
grande unanimidade entre especialistas em nutrição: “ao contrário de um suco de laranja,
refrigerante tem valor nutritivo insignificante”.
Nos anos 1970 e 1980, uma garrafa de um litro de refrigerante servia uma família de
quatro pessoas por um fim de semana. De acordo com Rosely Sichieri, especialista em
nutrição em saúde pública do Instituto de Medicina Social da UERJ, levantamentos nacionais
indicam que o consumo da bebida aumentou 500% em relação aos níveis dos anos 70. Nesse
intervalo surgiram as embalagens de dois litros ou mais.
Só de refrigerante, segundo a mais recente Pesquisa de Orçamentos Familiares do
IBGE, de 2009, são consumidos cerca de 100 mL por pessoa todos os dias, pouco menos de um
terço de uma latinha. Steve Jobs, o empresário fundador da Apple, morto em 2011, fez uma
descrição bastante objetiva sobre os refrigerantes ao tentar convencer John Sculley, então
CEO da Pepsi, em 1983, para chefiar a empresa de tecnologia: "Você quer vir mudar o mundo
ou continuar a vender água com açúcar?" Exageros à parte, água e açúcar são os dois
ingredientes mais importantes da bebida, e o objetivo deste experimento é determinar a
quantidade de açúcar numa amostra de refrigerante. Por exemplo, quantos gramas de açúcar
estão contidos num volume de 350 mL de Coca Cola. A Coca Cola contém outras substâncias
(aromatizantes, cafeína, extrato de noz moscada, corante caramelo IV, ácido fosfórico), mas
em quantidades muito menores do que o açúcar. INS significa International Numbering
System ou Sistema Internacional de Numeração de Aditivos Alimentares.
O experimento se baseia na preparação de uma solução aquosa estoque de açúcar de
concentração definida (m/v = massa/volume) e determinação da sua densidade. A partir da
solução estoque de açúcar serão preparadas soluções de diferentes concentrações e, portanto,
de diferentes densidades. Neste experimento, consideramos que a pequena quantidade de
outras substâncias na Coca Cola, comparativamente à quantidade de açúcar, não afeta
significantemente a densidade.
Experimental
Preparação de 100 mL de uma solução (m/v) 25% de açúcar - Solução Estoque
Calcule a quantidade de açúcar que deve ser pesada para preparar uma solução 25 %
(m/v). Coloque um béquer seco na balança, tare a balança e pese a quantidade calculada de
açúcar. Retire o béquer da balança e adicione aproximadamente 50 mL de água destilada e
agite com uma bagueta até a completa dissolução do açúcar.
Pese na mesma balança um balão volumétrico de 100 mL limpo e seco e anote a sua
massa. Em seguida, utilizando um funil de vidro adicione cuidadosamente no balão
volumétrico a solução de açúcar contida no béquer. Em seguida, adicione no béquer 10
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mL de água destilada, agite com a bagueta e volte a adicionar no balão volumétrico. Repita
esta operação mais duas vezes. Quando o nível da solução dentro do balão estiver perto da
marca de calibração, adicione água destilada lentamente utilizando uma pipeta de Pasteur
completando o volume do balão de 100 mL. Por último, pese o balão volumétrico contendo a
solução, anote a sua massa e calcule a densidade da Solução Estoque em g/mL. Em seguida
adicione a Solução Estoque na bureta de 50 mL deixando o nível da solução na marca zero da
bureta.
Prepare quatro soluções de açúcar de volume 25 mL com as seguintes concentrações:
20, 15, 10 e 5 % m/v de açúcar. Para cada uma destas soluções, calcule o volume que você
deve tomar da Solução Estoque. A seguir, observe o procedimento para a preparação destas
quatro soluções.
Pese um balão volumétrico de 25 mL limpo e seco e anote a sua massa. Utilizando a
bureta, adicione cuidadosamente no balão volumétrico o volume calculado da Solução
Estoque e complete com água destilada até a marca do balão. Pese o balão, anote a sua massa
e calcule a densidade da solução em g/mL. Repita este procedimento para a preparação das
quatro soluções.
Calcule a densidade da água destilada. Para isto utilize um balão volumétrico de 25 mL
limpo e seco. Pese este balão e anote a sua massa. Preencha o balão com água destilada até a
sua marca. Lembre-se de utilizar a pipeta de Pasteur para preencher o balão volumétrico até a
sua marca de calibração. Por último, pese o balão volumétrico com água, anote a sua massa e
calcule a densidade da água em g/mL. Esta é a solução com 0% de açúcar.
Bibliográficas Referências
1. Cavagis, A. D. M.; Pereira, E. A.; Oliveira, L. C.; Quim. Nova Esc. 2014, 36, 241.
2. Henderson, S. K.; Fenn, C. A.; Fenn, Domijan, J. D.; J. Chem. Ed. 1998, 75, 1122
3. Lima, A. C. S.; Afonso, J. C. ; Quim. Nova Esc. 2009, 31, 210-215
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Introdução
Neste experimento serão tratadas as reações químicas, mais especificamente, as
reações em meio aquoso, que representam um conjunto abrangente e importante de reações
ligadas a processos industriais e bioquímicos.
As reações químicas são processos em que uma ou mais substâncias, denominadas
reagentes, são convertidas em produtos. A ocorrência de reações químicas pode ser indicada
por evidências que permitem distinguir os estados final e inicial de um sistema, tais como
formação de precipitado, mudança de cor, desprendimento de gases, liberação ou absorção de
calor, entre outras. Portanto, a leitura cuidadosa dos dados experimentais e a sua anotação
correta e adequada são essências para a interpretação
Experimental
Sobre a bancada há uma série de materiais disponíveis para o seu grupo de trabalho.
Você deve lavá-los com água de torneira e depois com água destilada contida nos
reservatórios sobre as pias. Guarde bem esta relação: para cada litro de água destilada gastam-
se 70 litros de água tratada, embora o IQ esteja recuperando esta água. Gasta-se, também, uma
considerável quantidade de energia. Sempre pense nisto ao fazer sua limpeza.
Para um conjunto de 9 soluções, conforme anotado em sua bancada, você deve
combiná-las, duas a duas, utilizando um volume aproximado de 1 mL de cada. Observe
atentamente o que ocorre em cada caso (evidências de reações químicas; formação e tipo de
precipitado, absorção ou liberação de energia, turvação, formação de gases, mudanças de cor,
aparecimento de odores etc.), e anote adequadamente seus resultados em uma tabela.
Anotar adequadamente significa escolher uma forma que facilite a visualização dos dados e a
sua posterior utilização. Pense nisso e discuta com seu colega de grupo a melhor forma de
fazer isto.
Na segunda parte do experimento, você receberá uma amostra “não identificada”, mas
que é uma das 9 anteriores e terá que identificá-la utilizando um procedimento parecido ao
utilizado anteriormente. A comparação dos resultados da primeira e segunda parte do
procedimento possibilitará a identificação da sua amostra problema.
Ao final da aula você receberá a relação dos 9 reagentes, mas você não saberá “quem é
quem”. A partir de seus conhecimentos prévios, dos resultados obtidos no laboratório e por
consulta da literatura você deverá identificar cada um dos números dos rótulos dos frascos
com o respectivo reagente.
Relatório
Redija o relatório conforme especificações da apostila, não se esquecendo de
apresentar todos os seus dados e resultados de maneira adequada.
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Referências Bibliográficas
1. Vogel, A.I. ; Química Analítica Qualitativa; Editora Mestre Jou, São Paulo, 1981.
2. Alexéev, V.; Análise Qualitativa; Edições Lopes da Silva, Porto, 1982.
3. Baccan, N.; Introdução à Semi-Microanálise Qualitativa; Editora da UNICAMP,
Campinas, 1990.
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Introdução
A aspirina é o nome comercial, registrado pela Bayer, para o ácido acetilsalicílico (AAS).
É o analgésico mais consumido no mundo, possuindo propriedades analgésica, antitérmica e
antiinflamatória. Até por volta de 1763, dores de cabeças e febres eram curadas com chá de casca
de uma árvore (Salix sp), o salgueiro ou com um chá das flores de um arbusto (Spiria sp). Mais
tarde, isolou-se da casca de Salix, o glicosídio do ácido salicílico (daí o nome), que é a substância
responsável pela ação terapêutica do chá.
O ácido salicílico é uma substância que irrita a mucosa gástrica, e por isso, Félix Hoffmann,
um químico da Bayer em 1893, decidiu acetilar o ácido salicílico, produzindo a aspirina (a de acetil
e spirin de Spirea) que é o ácido acetil salicílico. No organismo, tanto a aspirina, quanto o glicosídio
do ácido salicílico, produzem o ácido salicílico.
A síntese da aspirina se faz hoje, como há 100 anos, por acetilação do ácido salicílico. A
reação da acetilação consiste na esterificação da função fenol do ácido salicílico com anidrido
acético, em presença de gotas de ácido sulfúrico como catalisador.
Experimental
Síntese
Pese 2,0 g (0,015 mol) de ácido salicílico e coloque em um erlenmeyer de 125 mL. Adicione
5 mL (0,05 mol) de anidrido acético e 5 gotas de ácido sulfúrico concentrado (CUIDADO !!! Use a
capela). Agite o frasco lentamente, até que o ácido salicílico seja dissolvido completamente. Em
seguida, aqueça o frasco levemente em um banho de água (~40oC) por, pelo menos, 10 minutos.
Deixe o frasco esfriar à temperatura ambiente. Durante este tempo o ácido acetilsalicílico começará
a cristalizar a partir da mistura reacional. Se isto não acontecer, raspe as paredes do erlenmeyer com
um bastão de vidro e resfrie a mistura em um banho de gelo até que ocorra a cristalização. Não
adicione água até que a formação dos cristais seja completa. Provavelmente, o produto aparecerá
como uma massa sólida quando a cristalização24for completa. Adicione 15 mL de água gelada ao
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erlenmeyer. Colete o precipitado por filtração a vácuo em um funil de Büchner, até que os cristais
estejam secos.
2. Purificação do AAS por recristalização
É comum obter o produto impuro, contendo resíduos de ácido salicílico e sub-produtos, tais
como polímeros. Por esta razão, faz-se necessária a purificação do AAS utilizando a técnica de
recristalização.
Transfira o AAS bruto do papel de filtro para um béquer de 150 ml, com o uso de uma
espátula. Adicione sobre o AAS, uma solução saturada de bicarbonato de sódio e agite até a
dissolução completa. Adicione o mínimo necessário de solução de bicarbonato. Filtre a solução
obtida em um funil de Büchner, para remover os sub-produtos sólidos (2a filtração). Use 5 a 10 ml
de água para lavar o béquer, ajudando assim a transferir toda a solução para o funil (o filtrado é o
que interessa). Transfira o filtrado do kitassato para um béquer de 100 mL. Coloque o béquer em
um banho de gelo e adicione a solução de HCl lentamente e sob agitação constante. O AAS deve
precipitar. Se isso não ocorrer, verifique se a solução está ácida usando um papel de tornassol. Pese
uma folha de papel de filtro e anote a massa. Depois, você terá que descontar esta massa para
calcular a massa do AAS purificado e seco. Filtre o AAS precipitado novamente a vácuo em um
funil de Büchner (3a filtração). Lave o AAS purificado com duas porções de aproximadamente 5
mL de água destilada gelada. Deixe o AAS purificado secar no funil de Büchner por cerca de 15
min e transfira-o para um vidro de relógio, e leve-o a uma estufa a 80 C por 20 min para secagem.
Pese o produto após a secagem e calcule o rendimento da reação.
Referências Bibliográficas
1. Pavia, D. L.; Lapman, G. M.; Kriz, G. Z.; Introduction to Organic Laboratory: Techniques a
Contemporary Approach, 2º ed., Saunders, London, 1982.
2. de Andrade, J.C.; César J.; Material Instrucional de Química Geral Experimental para a
Universidade Aberta do Brasil, Cap. 5, p. 95, 2009; Versão on-line disponível em
http://www.chemkeys.com/pdf/material-instrucional-de-quimica-geral-experimental-para-a-
universidade-aberta-do-brasil.pdf
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Introdução
Neste experimento, várias reações serão estudadas para avaliar diferentes equilíbrios
químicos.
Muitas vezes, reações em equilíbrio podem ser estudadas quanto à predominância do(s)
reagente(s) ou do(s) produto(s), observando-se mudanças de cor ou aparecimento de um
precipitado. Por exemplo, em solução aquosa, os íons cromato CrO42- podem ser convertidos em
íons dicromato Cr2O72- ou viceversa, variando o pH da solução, pois a extensão em que esta reação
ocorre depende da concentração de íons H+, de acordo com o equilíbrio:
Experimental
1. Adicione a um tubo de ensaio 2 mL de uma solução de K2CrO4 1 mol L-1. Junte 5 gotas de uma
solução de HCl 6 mol L-1. Agite e anote as eventuais mudanças observadas. Em seguida,
adicione gotas de uma solução de NaOH 6 mol L-1, com agitação, até ocorrer alguma alteração.
Posteriormente adicione outra vez solução de HCl 6 mol L-1 (cerca de 10 gotas).
2. Em um tubo de ensaio, adicione 2 mL de solução de K2CrO4 1 mol L-1 e 10 gotas de solução
BaCl2 1 mol L-1. Agite e observe. Anote as eventuais mudanças observadas. A seguir adicione,
sob agitação e gota a gota, uma solução de HCl 6 mol L-1 e continue observando as alterações
no meio. Quando nada mais ocorrer, comece a adicionar uma solução de NaOH 6 mol L-1 (gota
a gota) e observe o que ocorre. Explique as observações utilizando os conceitos de equilíbrio
químico e equações químicas.
, etc., chamados ligantes. Na Figura 1 estão ilustradas algumas estruturas que representam
complexos.
Geralmente, hidróxidos de metais de transição são pouco solúveis em água. Quando se
adiciona NaOH a uma solução contendo Zn (II) um precipitado é formado:
2
Zn(OH)2(s)+ 2OH- (aq) Zn(OH) 4 (aq)
Isto também pode ocorrer com outros ligantes e será estudado neste experimento.
2+
NH3 NH3
+
NH3 Ag NH3 Cu
NH3 NH3
2- 3-
OH CN
CN CN
Zn Fe
OH OH CN
CN
OH
CN
t et r aédr i c a oc t aédr i c a
Experimental:
Para determinar quais das espécies de NH3 presentes na solução (NH4+, OH- ou NH3) são
responsáveis pelas mudanças observadas, faça os 3 testes a seguir:
NH4+: Adicione 1 mL de NH4Cl 1 mol L-1 a 1 mL da solução de Cu (II) 0,1 mol L-1
OH-: Adicione 1 mL de NaOH 6 mol L-1 a 2 mL de solução Cu (II) 0,1 mol L-1.
NH3: Realize este experimento na capela. Coloque alguns cristais de CuSO4.5H2O num
béquer onde deve ser pendurado um pedaço de papel filtro umedecido com solução
concentrada de NH3, sem que o papel toque os cristais. Feche o béquer com vidro de
relógio e observe.
Adicione 1 gota de NaOH 6 mol L-1 a 1 mL de uma solução de Zn(NO3)2 0,1 mol L-1, sob
agitação e observe. Continue adicionando NaOH até outra mudança de destaque. Evite um
grande excesso. Agora adicione HCl 6 mol L-1, gota a gota, e anote o resultado. Continue
adicionando mais HCl. Interprete todas as mudanças em termos do Princípio de Le Chatelier.
Referências Bibliográficas
1. Kotz, J.C.; Treichel Jr., P.; Chemistry and Chemical Reactivity, 3º ed., Saunders College
Publishing: London, 1996, Cap. 16 e 17.
2. Harris, D.; Análise Química Quantitativa, 6º ed., Editora LTC: Rio de Janeiro, 2008.
3. Atkins, P.; Jones, L.; Princípios de Química, 3º ed.; Editora Bookman: Porto Alegre, 2006.
4. de Andrade, J.C.; Equilíbrios Iônicos em Solução Aquosa, 2009, 13 p.p. – Disponível em
http://chemkeys.com/br/2009/09/23/quimica-analitica-basica-equilibrios-ionicos-em-
solucao-aquosa-port/
5. de Andrade, J.C.; Os Conceitos Ácido-Base e a Escala de pH, 2010, 06 p.p. – Disponível em
http://chemkeys.com/br/2010/01/11/quimica-analitica-basica-os-conceitos-acido-base-
e-a-escala-de-ph/
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Introdução
Neste experimento você deverá observar algumas reações de oxidação e redução
envolvendo vários metais e seus íons, assim como os halogênios e seus íons. Pela avaliação dos
resultados, você poderá determinar uma série eletroquímica experimental.
Experimental
Parte A- Procedimento: Uma simples série eletroquímica para alguns metais e hidrogênio.
Use amostras dos metais: ferro, zinco, cobre, chumbo e estanho e as soluções aquosas
0,1 mol L-1 dos seus íons (exceto Fe3+ e Sn2+), além de uma solução de ácido (H+). Observe as
possíveis reações de cada um desses metais com cada uma das soluções. Para cada combinação,
use 2 mL da solução e uma pequena porção limpa do metal. Algumas das reações de metais com
ácido são lentas. Nestes casos, aqueça o tubo num banho com água quente (~60 ºC).
Faça uma tabela de todas as combinações e observe quais reações ocorreram. Baseado
nos resultados, você será capaz de colocá-los em ordem de reatividade. Compare com o esperado
pela série eletroquímica. Discuta possíveis diferenças e comente as possíveis fontes de erros.
Em tubos de ensaio coloque, separadamente, 2 mL de cada uma das três soluções dos
halogênios: no primeiro coloque água de cloro (cloro dissolvido em água); no segundo coloque
água de bromo (bromo dissolvido em água) e no terceiro, solução aquosa de iodo.
a) Adicione cerca de 1 mL do solvente orgânico (a ser indicado pelo professor) em cada tubo e
observe onde se localiza a fase orgânica e a água. Agite vigorosamente (pergunte ao
professor). Anote a cor da fase orgânica que contém o halogênio dissolvido.
b) A dois tubos de ensaio coloque, separadamente, 2 mL de Br- 0,1 mol L-1 e 2 mL de I- 0,1
mol L-1. Adicione a cada tubo 1 mL do solvente orgânico, agite o tubo e observe. Adicione em
seguida 1 mL de solução de água de cloro em cada um deles, agite e observe. Anote a cor da
fase orgânica final nos 2 tubos e compare com o que foi observado no item (a).
c) Repita o procedimento anterior usando agora soluções de Cl- e I- em cada tubo. Adicione 1
mL do solvente orgânico e cerca de 5 gotas de água de bromo em cada tubo. Agite
vigorosamente e compare a coloração da fase orgânica com a que foi observada no item (a).
d) Repita o procedimento usando as soluções de Cl- e de Br- em cada tubo. Adicione 1 mL do
solvente orgânico e cinco gotas de solução de iodo. Agite vigorosamente e compare a
coloração da fase orgânica com a que foi observada no item (a). Faça, como na Parte A, um
quadro que envolva as reações e tire conclusões sobre melhor oxidante, melhor redutor, etc.
Referências Bibliográficas
1. de Andrade, J.C.; Alvim, T.R.; O Papel da Química Analítica Clássica na Formação do
Químico, 2009, 16 p.p. – Disponível em http://chemkeys.com/br/2009/09/23/quimica-
analitica-basica-o-papel-da-quimica-analitica-classica-na-formacao-do-quimico/
2. Kotz, J.C.; Treichel Jr., P.; Chemistry and Chemical Reactivity, 3rd edition, Saunders College
Publishing. London, 1996.
3. Vogel, A.I. ; Química Analítica Qualitativa; Editora Mestre Jou, São Paulo, 1981.
4. Swift, E.H.; Schaefer, W.P.; Qualitative Elemental Analysis; W.H. Freeman & Co., San
Francisco, 1982.
5. Alexéev, V.; Análise Qualitativa; Edições Lopes da Silva, Porto, 1982.
6. Baccan, N.; Introdução à Semi-Microanálise Qualitativa; Editora da UNICAMP, Campinas,
1990.
7. Mahan, B.H.; Química Um Curso Universitário, Editora Edgard Blucher Ltda., São Paulo, 1972.
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QG109 – QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL
EXPERIMENTO 7: MEDIDAS DE pH
Introdução
A água na natureza raramente é pura. Mesmo a água da chuva contém substâncias
sólidas, líquidas ou gasosas dissolvidas em concentrações variadas. Por exemplo, em algumas
regiões, a água da chuva pode ter um caráter ácido, que pode prejudicar plantações,
deteriorar construções civis, acelerar processos de corrosão em veículos, etc. A água de chuva
tende a ter um certo carácter ácido devido à presença do ácido carbônico proveniente da
dissolução do gás carbônico existente na atmosfera. No entanto, em condições atmosféricas
normais, a concentração de ácido carbônico na água da chuva é relativamente baixa e os
efeitos desta acidez são geralmente desprezíveis.
Por outo lado, água também é o solvente onde as reações bioquímicas que sustentam a
vida ocorrem e estas reações bioquímicas são sensíveis à acidez da água. Assim, pequenas
variações na acidez podem resultar em uma modificação drástica no bioma de um ambiente,
levando à extinção de algumas espécies. Medidas da acidez da água, assim como o
conhecimento de como outras substâncias eventualmente dissolvidas ou adicionadas alteram
esta propriedade, são importantes do ponto de vista técnico e serão objetos de estudo nesta
aula.
De acordo com a definição proposta por Brønsted e por Lowry, um ácido é uma
substância capaz de doar prótons (H+) e uma base é uma substância capaz de receber
prótons. Um exemplo de um ácido de Brønsted-Lowry é o ácido clorídrico (HCl). Quando
dissolvido em água, as moléculas de HCl doam os seus prótons para as moléculas de água
vizinhas, como representado pela equação química (1):
Uma das implicações das definições de ácido e base de Brønsted-Lowry é de que uma
mesma substância pode ser anfiprótica, ou seja, pode atuar como ácido ou como base. Como é
possível notar nas Equações 1 e 2, a água é anfiprótica, pois atua como base, recebendo
prótons das moléculas de HCl e também como ácido, doando prótons para as moléculas de
NH3. Esta importante propriedade da água permite que a transferência de prótons ocorra
entre as moléculas da própria água, mesmo em água pura. Esta transferência, denominada
auto-protólise da água, pode ser representada pelo equilíbrio químico:
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QG109 – QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL
De acordo com a equação (5), o aumento da concentração de íons H3O+ pela adição de
ácido à água deve acarretar em diminuição da concentração de íons OH–, e vice-versa.
Como as concentrações molares de H3O+ e OH– variam em muitas ordens de grandeza,
os químicos e engenheiros adotam a notação logarítmica. Dessa forma, o pH e o pOH de uma
solução são definidos como:
A 25oC, a concentração molar de H3O+ em água pura é 1,0 x 10–7 mol L-1, então:
O sinal negativo na equação (6) implica que quanto maior a concentração molar de
H3O , menor o valor de pH. Assim, tem-se:
+
HO O
C O C
O
C
O C
O
Forma Ácida, Incolor Forma Básica, Rosa
Figura 1. Representações das formas ácida e incolor (à esquerda) e básica e rosa (à direita)
em solução aquosa
Experimental
gentilmente (o vidro que reveste o eletrodo é bastante frágil) com um lenço de papel,
evitando tocar o eletrodo com os dedos.
Após a lavagem, agite manualmente uma das soluções fornecidas e mergulhe o
eletrodo do pHmetro na solução evitando o contato entre o eletrodo e as paredes ou o fundo
do frasco. Uma vez que o valor de pH mostrado no visor digital do aparelho estabilize, anote
este valor e remova cuidadosamente o eletrodo da solução. Antes de realizar a medida para
outra solução, lave o eletrodo com água destilada e seque-o gentilmente com um lenço de
papel. Repita o processo de lavagem do eletrodo sempre entre uma medida e outra.
Dentre as soluções aquosas de concentração 0,1 mol L-1 fornecidas encontram-se:
ácido clorídrico, ácido láctico, carbonato ácido de sódio, cloreto de amônio, carbonato
de sódio, hidróxido de sódio e cloreto de sódio. Essas soluções não estão identificadas pelo
nome, mas sim por números. Escreva as equações químicas dos equilíbrio ácido-base dessas
substâncias em água, identificando-as como ácidos ou bases fortes, ácidos ou bases fracas e
sais que podem sofrer reações de hidrólise. A partir dessas informações e dos valores de pH
obtidos experimentalmente, identifique qual dessas substâncias está dissolvida em cada uma
das soluções fornecidas.
Referência Bibliográfica
1. Atkins, P. Jones, L. Princípios de Química. 5ª ed. Ed. Bookman. Porto Alegre, 2012.
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QG109 – QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL
Introdução
Uma técnica analítica usada rotineiramente nos laboratórios para determinar a
quantidade de uma substância presente em uma amostra é a técnica de titulação. O princípio
básico da titulação consiste em se fazer reagir a substância que se deseja quantificar, chamada
de titulado, com outra substância, o titulante, da qual são conhecidas várias propriedades,
como concentração, acidez ou basicidade, grupos químicos presentes, etc.
Na prática, a titulação é realizada com o titulante e o titulado em frascos separados em
um solvente apropriado. Na solução do titulado, é adicionada uma quantidade muito pequena
de uma terceira substância, denominada indicador, que é sensível ao progresso da reação
química entre o titulante e o titulado, mas que não interfere na reação. Como o próprio nome
sugere, esta substância indica o ponto da titulação onde o titulado foi totalmente consumido
pela reação com o titulante (chamado de ponto final). Normalmente, uma forma simples e
razoavelmente confiável de se determinar o ponto final da titulação é escolher um indicador
que mude de cor quando um pequeno excesso de titulante for adicionado ao titulado após o
ponto final.
Desta forma, conhecendo-se a concentração inicial da solução de titulante, a massa
inicial do titulado e a estequiometria da reação química entre eles, pode-se quantificar o
titulado presente na amostra, com base no volume utilizado da solução de titulante,
necessária para atingir o ponto final da titulação.
Quando o titulado contém apenas uma substância que reage seletivamente com o
titulante, a quantidade de titulado é determinada diretamente através da medida do volume
da solução de titulante adicionado até o ponto final. No entanto, em amostras mais complexas,
como em alimentos de forma geral ou em produtos naturais, mais do que uma substância
pode reagir com o titulante. Neste caso, o que se determina é a quantidade total de
substâncias presentes na amostra que reagem com o titulante.
Sucos naturais são exemplos importantes de amostras complexas analisadas
rotineiramente em laboratórios químicos. A quantidade total de ácidos presentes num
determinado suco (acidez total) deve ser determinada antes da comercialização. A acidez total
de uma fruta diz respeito a todos os ácidos presentes, os quais são majoritariamente
representados pelo ácido cítrico e em pequena parte pelo ácido ascórbico (vitamina C). Em
particular, a vitamina C é uma importante substância na dieta humana, pois é um componente
fundamental do intricado sistema enzimático que controla as reações químicas em nossas
células. Nestas reações enzimáticas, a vitamina C facilita os processos de oxidação e redução
dentro das nossas células, envolvidas na produção de energia a partir do oxigênio proveniente
da respiração.
Neste experimento utilizaremos a técnica de titulação para determinar a acidez total e
o teor de Vitamina C em amostras de suco de limão. Para a determinação da acidez total do
suco de limão, será realizada uma titulação ácido – base, com uma solução padrão de
hidróxido de sódio como titulante, e para a determinação de vitamina C será realizada uma
titulação redox, empregando-se uma solução padrão de iodato de potássio.
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QG109 – QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL
Experimental
Figura 2. Imagens da coloração levemente roxa no ponto final da titulação (final), usando
amido como indicador, e a coloração roxo escuro, quando um excesso de titulante é
adicionado (excesso).
Bibliografia
1. Stryer, L.; Biochemistry, W. H. Freeman and Company, Nova Iorque, 1995.
2. Silva, C.R.; Simoni, J.A.; Collins, C.H. and Volpe, P.L.O., J. Chem. Educ., 1999, 76, 1421.
3. Baccan, N.; Andrade, J.C.; Godinho, O.E.S.; Barone, J.S.; Química Analítica Quantitativa
Elementar, 2a ed., Editora Edgard Blucher, 1985
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QG109 – QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL
Introdução
A reação de um metal (M) com ácido (H+) em meio aquoso, produzindo gás hidrogênio
(H2) e o respectivo cátion metálico (Mx+), pode ser genericamente expressa como:
nM = mM / MM Equação 4
Experimental
Primeiramente, feche bem a torneira38da bureta e teste se esta não apresenta
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QG109 – QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL
Com o auxílio de um béquer de 100 ml, adicione cuidadosamente uma solução de ácido
clorídrico (6 mol L-1) à bureta até que o nível da solução atinja a marca de 30 ml na graduação.
Em seguida, retire a bureta da garra e, com esta inclinada, adicione água destilada com uma
pisseta, até preencher toda a bureta, como mostrado na Figura 1b. Fixe novamente a bureta
no suporte usando a garra.
Pese então entre 25 e 35 miligramas do metal desconhecido (Figura 1c) e enrole a
mesma com o pedaço de fio de cobre. Prenda o fio à rolha de borracha, deixando cerca de 5 cm
do fio de cobre entre a amostra e a rolha (Figura 1d). Coloque então a rolha de borracha com a
amostra no topo da bureta, sem permitir a formação de bolhas de ar (Figura 1e).
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QG109 – QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL
Dobre para baixo o pedaço de fio de cobre que está para fora da bureta e, USANDO
LUVAS, tape o orifício da rolha com um dos dedos. Inverta a bureta e introduza o topo da bureta
na água dentro do béquer de 600 ml.
Quando o topo da bureta estiver abaixo da superfície da
água, retire o dedo do orifício da rolha e prenda a bureta
invertida no suporte, conforme esquematizado na Figura 2.
Atenção: Nesta etapa é importante evitar a entrada de ar
na bureta através do orifício da rolha.
Como a densidade da solução de HCl é maior que da
água, ao inverter a bureta, a solução de HCl desce em direção
ao metal e dá início à reação.
Durante a reação, ocorrerá consumo do metal, formação
de bolhas e o nível da solução ácida dentro da bureta descerá.
Quando todo o metal tiver sido consumido, a reação entre o
ácido e o metal estará terminada. Uma forma prática de
determinar o fim da reação, é observar o nível da solução
ácida, que para de descer quando a reação termina. Espere Figura 2: Posicionamento da
cerca de 1 minuto para ter certeza de que o nível da solução bureta durante a reação do
dentro da bureta estabilizou. metal e o ácido
Quando o nível estiver estável, dê leves tapas na bureta para desprender eventuais
bolhas de gás. Usando luvas, tape novamente o orifício da rolha com a bureta ainda sob a água,
retire a bureta da garra e mergulhe-a, ainda invertida, em uma proveta de 2000 ml contendo
água da torneira (Figura 3a). Atenção: realize esta etapa cuidadosamente, pois é importante
evitar a entrada de ar na bureta. Segurando a bureta invertida, ajuste o nível da solução na
bureta com o nível da água na proveta, como mostrado na Figura 2b3b. Procure pensar por que
esse procedimento é necessário. Isto o ajudará a fazer os cálculos posteriores! Espere o volume
dentro da bureta estabilizar e anote este valor.
Nível
da
água
Figura 3a Figura 3b
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QG109 – QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL
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QG109 – QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL
Introdução
A cromatografia é um método físico-químico de separação de substâncias dissolvidas
em uma solução por meio da migração diferencial destas substâncias em duas fases imiscíveis
(fase móvel e fase estacionária). A grande variedade de combinações entre fases móveis e
estacionárias a torna uma técnica versátil e de grande aplicação.
A fase estacionária é onde a molécula da substância é arrastada e se fixa. No caso deste
experimento será o papel. A fase móvel é um líquido ou mistura de líquidos que arrasta as
moléculas das substâncias da mistura pela fase estacionária. Neste experimento, a fase
estacionária será a água, o álcool isopropílico e soluções aquosas de álcool isopropílico.
A cromatografia permite analisar amostras complexas através da separação de seus
componentes. Peritos criminais usam esta técnica para identificar drogas, sangue, tintas e
outros fluidos.
Experimental
Dobre a borda superior das folhas de papel cromatográfico para poder pendura-las nos
béqueres usando um “varal” de arame, de acordo com as instruções passadas na aula de
apresentação.
Use um lápis ou lapiseira para riscar uma linha horizontal próxima à borda inferior do
papel cromatográfico. Faça a linha a uma altura de cerca de um dedo da base.
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QG109 – QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL
Com as canetas fornecidas no laboratório, faça aplicações rápidas acima da linha, com
as seguintes corres: vermelha, azul, laranja e marrom (Fig. 2) Com o béquer vazio fixe o papel
no varal e certifique-se de que ele não vai tocar a parede do béquer.
Figura 2. Foto do papel cromatográfico com a aplicação das cores acima da linha traçada com
lápis.
Referências Bibliográficas
1. Ana Luiza G. Degani Quezia B. Cass Paulo C. Vieira. Cromatografia: um breve ensaio.
QUÍMICA NOVA NA ESCOLA, N° 7, 1998.
http://zeus.qui.ufmg.br/~valmir/Artigo_Cromatografia.pdf
2. Núbia Moura Ribeiro e Carolina Rodeiro Nunes. Análise de Pigmentos de Pimentões por
Cromatografia em Papel. QUÍMICA NOVA NA ESCOLA N° 29, 2008.
http://webeduc.mec.gov.br/portaldoprofessor/quimica/sbq/QNEsc29/08-EEQ-0707.pdf
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QG109 – QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL
Introdução
A energia é uma das grandezas fundamentais em nosso Universo. A energia presente
no universo não pode ser criada nem destruída, apenas transformada. O estudo destas
transformações de energia é chamado de termodinâmica. A termodinâmica explica porque
as reações ocorrem e é, portanto, essencial nos estudos de transformações químicas. Por
exemplo, a termodinâmica permite predizer o calor, que é uma forma de energia, requerido
ou produzido pelas reações químicas.
Calor é um termo usado comumente no cotidiano, mas uma definição mais técnica
encerra que o calor é a energia transferida como resultado de uma diferença de temperatura.
O calor flui de uma região de temperatura mais alta para uma região de temperatura mais
baixa. As reações químicas podem liberar ou absorver calor do meio. Quando uma reação que
libera calor para o meio acontece em um frasco reacional, este começa a ficar quente com o
desenrolar da reação. No caso das reações em que é necessário fornecer calor para que a
reação aconteça, o frasco reacional fica mais frio com o progresso da reação. As reações
químicas que liberam calor são chamadas de exotérmicas, enquanto as que consomem calor
são chamadas de endotérmicas.
As transferências de energia na forma de calor são medidas com um calorímetro. O
calorímetro é um dispositivo onde as variações de energia, como calor, são monitoradas,
observando-se mudanças na temperatura do sistema. Um calorímetro simples consiste em um
recipiente isolado termicamente, contendo água, dentro da qual outro recipiente contendo a
mistura reacional é mergulhado. O calorímetro idealmente não permite a troca de energia
(calor) do sistema vizinhança (meio ambiente) e da vizinhança sistema (parede
adiabática). A temperatura da água nesse sistema pode ser monitorada com um termômetro.
Se a reação é exotérmica, a energia transferida como calor ao calorímetro resulta em um
aumento na temperatura da água que é observada no termômetro. Se a reação é endotérmica,
a energia absorvida pela reação resulta em uma diminuição na temperatura da água,
monitorada termômetro.
De acordo com o princípio de conservação de energia (1ª Lei da Termodinâmica) a
soma do calor absorvido ou cedido pela água do calorímetro (qcal) e o calor cedido ou
absorvido pelo corpo (qcorpo) deve ser nula:
qcal + qcorpo = 0
q = m x cS x ΔT
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QG109 – QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL
Experimental
1- Determinação do capacidade calorífica específica metais
Pese o bloco de cobre fornecido em uma balança analítica. Pese uma massa igual de
água no copo plástico. Coloque o copo plástico no calorímetro de isopor e meça a temperatura
da água com um termômetro.
Coloque 150 mL de água da torneira em um béquer de 250 mL. Amarre o bloco de
metal em um barbante e mergulhe o bloco na água. Deixe a ponta do barbante fora do béquer
amarrando-a em um “varal” de arame. Aqueça a água do béquer com o bloco metálico até a
ebulição e deixe o bloco mergulhado na água nesta condição por 10 min. Meça a temperatura
de ebulição da água.
Usando o barbante, retire o bloco metálico da água em ebulição e mergulhe-o
imediatamente na água do copo de plástico no calorímetro de isopor. Feche o calorímetro e
anote o valor da temperatura máxima da água.
Repita o experimento para o bloco de alumínio vez trocando a água do copo de
plástico.
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QG109 – QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL
sublimação do gás carbônico e a notação matemática da respectiva grandeza que será medida
(entalpia).
Pese 100 g de água (medida com precisão de 0,01 g) em um copo plástico. Anote a
massa exata. Insira o copo com água dentro do recipiente de “isopor”. Adapte o termômetro à
tampa do “isopor” de modo que o seu bulbo fique bem no centro do copo com água. Leia a
temperatura da água e anote.
Leve esse conjunto para próximo da balança. Pese com a mesma precisão anterior uma
massa de 5 gramas de gelo seco, utilizando como recipiente um copinho plástico para café.
Imediatamente após à pesagem, adicione o gelo seco ao copo de plástico com água dentro do
“isopor”. Anote a temperatura a cada 60 segundos, até que todo o gelo seco tenha sublimado.
Continue anotando a temperatura por cerca de 5 minutos além deste tempo. Repita o
procedimento.
Referências Bibliográficas
1 - Simoni, J.A. , Química Nova 1989, 12(4), 376-378.
2 - Burgstahler, A.W., Bricker, C.E., J. Chem. Educ. 1991, 68, 332.
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