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WELLINGTON LIMA AMORIM é Filósofo, Doutor em Ciências Humanas (UFSC) e
docente na Universidade Federal do Maranhão. E-mail: wellington.amorim@gmail.com
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EVERALDO DA SILVA é Cientista Social, Doutor em Sociologia Política (UFSC). E-mail:
prof.evesilva@gmail.com
1. Introdução comportamentos devido à positividade
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do Deus cristão.
Este ensaio tem a pretensão de analisar
o conceito de trabalho e técnica e as Na modernidade, o desaparecimento
suas diversas consequências geradas por gradual da centralidade do Deus cristão,
uma sociedade que se move a partir do fêz com que a razão passasse a ocupar
conceito de positividade, elemento seu espaço, exigindo luminosidade
central que perpassa tanto o trabalho sobre todos os cantos escuros que a vida
quanto a técnica na modernidade. privada possa a ter: “Assim, a sociedade
da negatividade dá espaço a uma
Uma das exigências da sociedade na qual vais se
contemporaneidade é a exigência de desconstruindo cada vez mais a
transparência. Ela permeia o discurso negatividade em nome da positividade”.
público e privado na atualidade. Ao (HAN, 2017, p.9). Isto se chama
contrário da antiguidade, espaço público iluminismo. É neste sentido que se pode
e privado eram considerados distintos. dizer que o movimento iluminista é
Igualdade entre os indivíduos era pornográfico. Para isto é preciso definir:
somente para aqueles que eram o que é isto – a pornografia? O discurso
considerados cidadãos, nascidos em da pornografia é extremamente
Atenas, homens e com a maioridade, transgressivo, busca a máxima
todos os demais, crianças, mulheres e visibilidade, consiste em jogar luz sobre
estrangeiros (metecos) não tinham o tudo o que está fora de cena, ou melhor,
direito a participação política e não obsceno, ele exige o direito de mostrar,
eram considerados cidadãos. A ágora explicitar, colocar tudo nú, exigindo que
era o único lugar onde se era possível todos testemunhem diante de seus olhos
ser explícito. Sendo respeitada a a verdade do homem:
obscuridade e sombra, ou ainda, a Para além da prática a qual ela
nebulosidade no espaço privado. remete, a obscenidade exige
Mesmo os deuses, seu território de testemunhas, uma presença exterior
atuação e presença, somente se davam exigida, uma exibição, uma espécie
no espaço público. de encenação destinada a tornar
particular sua percepção por um
Todavia, uma mudança radical ocorreria olhar exterior convidado,
com o surgimento do pensamento certamente, mas que permanece
judaico-cristão. Na antiguidade greco- estranho. Ela pode ser relacionada
romana o mundo era encantado, deuses com o teatro, do qual deriva em
e homens caminhavam lado a lado. De muitos aspectos. (GOULEMOT,
1991, p.127).
acordo com esta perspectiva, o Deus
único, onipresente no espaço público e E ainda: “a atividade sexual que é
privado, coloca luz sob a vida no oikos mostrada deve, de uma maneira ou de
e passa a legislar naquele espaço que outra, ser espetacular”.
antes era dominado pelo poder do pai: (MAINGUENEAU, 2010, p. 40). Quem
pátria potestas. A filosofia cristã exige pode duvidar de que a modernidade
transparência, luminosidade na vida inaugura e se consolida a partir de
privada, antes obscura e impenetrável. movimentos espetaculares? Exibindo de
Desde então, a transparência passou a forma explicita corpos enfileirados e
ser exigida não somente no espaço profanados? Não há como negar como é
público, mas também no espaço espetacular a produção em série
privado, regulando costumes e realizada pelo fordismo no século XIX e
a esteira de defuntos nos campos de religião e a arte, de tudo o que
merece o nome de conhecimento, e 34
concentração de Auschwitz:
nisso como em outras coisas revela
No Terror, sob a Revolução seu parentesco com o positivismo
Francesa, 10 mil vítimas pereceram. moderno, a escória do
Entre maio e junho de 1793, mas de esclarecimento. (ADORNO;
1,3 mil pessoas foram HORKHEIMER, 2006, p. 78).
guilhotinadas. Sob o nazismo, mas
de 1,3 milhão de judeus foram Para Sade (2006), o esclarecimento é o
executados por meio de longo e interminável processo de
fuzilamentos e tiros na nuca” (...) destruição e construção civilizacional,
prisioneiros “eram infectados com um progresso que se autodesenvolve-se
gangrena, com tifo, alvejados com
por etapas, uma arquitetura onde a
balas de veneno, forçados a saciar a
sede com água salgada. Para serem
atividade é intensa, sem ociosidade ou
enviados às câmeras de gás e inatividade, uma odisseia do espirito
crematórios”. (PINHEIRO, 2001, p. que parte do mais primitivo a magia, do
192). matriarcado ao patriarcado, politeísmo
ao monoteísmo, substituindo antigas
Se a pornografia exige mitologias por novas, sempre buscando
espetacularização. A modernidade é em com isso a objetividade, fundamentação
si mesma um movimento pornográfico, última da realidade que a luz da razão
pois exige o “entendimento sem a seria capaz de fornecer. Como
direção de outrem”, isto é o sujeito consequência tudo tem a tendência a ser
burguês liberto de toda tutela” tornar transparente, raso, plano e
(ADORNOH; HORKHEIMER, 2006, operacional, tudo é fruto do cálculo e
p. 75). O princípio central da controle, em um tempo presentificado,
modernidade é a positividade/atividade sem grandes dramatizações ou
constante e ininterrupta. Para que este capacidade interpretativa, enfim:
empreendimento tivesse sucesso, a pornográficas. O trabalho do espirito na
razão moderna buscou colocar a nú toda modernidade iguala tudo, homogeneíza,
e qualquer forma de figura que se passando a ser precificado, onde a
apresentasse obscura ou subjetiva, se transparência coage a tudo e a todos,
fez necessário, profanar e liberar o exigindo aceleração e modificação
homem de qualquer influência da sistêmica da vida social:
superstição popular ou da religião do
antigo regime. A luta que se seguiu foi A pressão pelo movimento de
entre sádicos e masoquistas, aceleração caminha lado a lado com
reacionários românticos que se a desconstrução da negatividade. A
expressaram no maniqueísmo dos comunicação alcança sua
contrarrevolucionários católicos e velocidade máxima ali onde o igual
responde ao igual, onde ocorre uma
esclarecidos.
reação em cadeia do igual. A
Se a grande Filosofia, representada negatividade da alteridade e do que
por Leibniz e Hegel, descobrira é alheio ou a resistência do outro
também uma pretensão de verdade atrapalha e retarda a comunicação
nas manifestações subjetivas e rasa do igual. (BYUNG, 2017, p.
objetivas que ainda não são 11).
pensamentos (ou seja, em
sentimentos, instituições, obras de O totalitarismo na modernidade se
arte), o irracionalismo de seu lado apresenta na imposição da
isola o sentimento, assim como a homogeneização e quantificação dos
corpos, transparentes e expostos, sem raciocínio é um ato de violência, sempre
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ambivalências. Logo, é um mundo de com rigor, serenidade, calma, que nos
informações obscenas, não havendo coloca diante da onipotência e da
mais espaço para o conhecimento ou a perfeita solidão que somente a razão é
paciência necessária a reflexão capaz de proporcionar. O que quer o
espontânea do ser humano, onde o sádico? Afastar qualquer forma de
mesmo somente pode ser concebido desamparo que possamos vir a ter diante
como simples funcionalidade. No das contingências da vida. Desde que
entanto: “Só a máquina é transparente; a nascemos se experimenta a sensação de
espontaneidade – capacidade de fazer ser lançado ao mundo, que se expressa
acontecer – e a liberdade, que perfazem nas marcas deixadas no corpo e pela
com tal a vida, não admitem carbonização da alma e no burnout
transparência”. (BYUNG, 2017, p. 13). psíquico que se experimenta
A vida privada é exposta nas redes na diariamente.
busca desesperada através de um fluxo
comunicativo de total transparência. A frustração e o desamparo surgem na
mesma tenra idade. Na separação entre
O tipo ideal na contemporaneidade é a a mãe e o filho e com a presença da lei
Juliette, a heroína de Sade. Ela é que o pai invoca. Da mesma forma que
pedagogicamente formada para recusar o Pai, no exercício legal de suas funções
a qualquer forma de superstição que divinas, expulsa Lúcifer do paraíso, ele
seja proveniente do pensamento judaico (o filho) decai, experimentando a
cristão. Exige a exposição, explicitação. exclusão, sendo constrangido a estar só.
A vida da personagem é o exemplo Deus é sádico, indiferente, apático ao
máximo daquele que rasga todos os sofrimento de Lúcifer, seu filho que
contratos que fundamenta a civilização perdeu sua integralidade, unicidade,
ocidental, seu instrumento é o sacrilégio comunhão, enfim, se fez homem. Da
e a bestialidade, a consequência deste mesma forma que ao nascer somos
ato se expressa na profanização: “o jogados em um mundo que se expressa
gosto intelectual pela regressão, amor ou se desenvolve, a partir de principios
intelectualis diaboli, o prazer de derrotar opostos e ambivalentes, que se
a civilização com suas próprias armas”. interpenetram, longe da segurança
(ADORNO; HORKHEIMER, 2006, p. oferecida intrauterinamente. Não existe
81). A vida passa a ser exigência de nascimento ou amadurecimento sem
apatia, indiferença, uma sabedoria sofrimento, que precisa ser superado e
estoica e demonstrativa que normaliza a guardado, Aufheben, em uma
nudez e a desinibição. Qualquer espaço consciência infeliz.
protegido pela discrição é profanado,
jogado luz sobre, conquistado e Este é o desejo estoico que se expressa
saqueado. Esta indiferença e apatia é a na certeza da consciência de si em
principal característica da modernidade Hegel, e na exigência de contenção dos
sádica. seus desejos. É a expressão do desejo
contido e recalcado que não exige mais
É na obra 120 dias em Sodoma (2006) reconhecimento, de Deus, grande Pai,
que Sade demonstra um projeto onde a ou do outro, que está diante de si. O
vida é sistemático-demonstrativa, sádico inaugura uma guerra contra
sempre em um tom professoral e qualquer dispositivo que venha se
acadêmico, ele apresenta, a partir da colocar como substituto da lei e busca
faculdade de demonstração, que seu viver sem a necessidade psicológica de
colocar algo no lugar simbólico do Pai. presente:
Qual pomba, abrindo as asas 36
Daí porque Freud (2013) irá dizer que
Deus e as religiões são ilusões criadas poderosas,
pelo ser humano para suprir a Pairaste sobre a vastidão do
necessidade psicológica do desamparo. Abismo
E com almo portento o fecundaste:
Legendre (1983, p. 88) mostrará, por
Da minha mente a escuridão
exemplo, como o Estado e o juiz dissipa,
ocupam o vazio do corpo psíquico Minha fraqueza eleva, ampara,
deixado pelo Pai fundador, sempre esteia,
ausente: Para eu poder, de tal assunto ao
nível,
Do homem primeiro canta, empírea
Justificar o proceder do Eterno
Musa,
E demonstrar a Providência aos
A rebeldia – e o fruto, que, vedado,
homens.
Com seu mortal sabor nos trouxe
ao Mundo Dize primeiro, tu que observas tudo
A morte e todo o mal na perda do No Céu sublime, no profundo
Éden, Inferno,
Até que Homem maior pôde remir- Dize primeiro a causa irresistível
nos Que mover pôde os pais da prole
E a dita celestial dar-nos de novo. humana,
Em tão próspera sina, ao Céu tão
Do Orebe ou do Sinai no oculto
caros,
cimo
A apostatar de Deus que o ser lhes
Estarás tu, que ali auxílios deste
dera
Ao pastor que primeiro aos
E a transgredir a lei que lhes ditara,
escolhidos
Sendo só num objeto restringidos,
Ensinou como do confuso Caos
No mais senhores do universo
Se ergueram no princípio o Céu e a
Mundo:
Terra?
Quem lhes urdiu a sedução
Ou mais te agrada Sião e a clara
malvada
Síloe
Que os lançou em tão feia rebeldia?
Que mana ao pé do oráculo do
O Dragão infernal. Com torpe
Eterno?
engano,
Lá donde estás, invoco o teu
Por inveja e vinganças instigado,
socorro
Para este canto meu que hoje Ele iludiu a mãe da humana prole,
aventuro, Lá depois que seu ímpeto soberbo
Decidido a galgar com voo inteiro O expulsara dos Céus coa imensa
Muito por cima da montanha turba
Aônia, Dos rebelados anjos, seus
De assuntos ocupado que inda o consócios.
Mundo
Tratados não ouviu em prosa ou Confiado num exército tamanho,
verso. Aspirando no Empíreo a ter assento
De seus iguais acima, destinara
E tu mais que ela, Espírito inefável, Ombrear com Deus, se Deus se lhe
Que aos templos mais magníficos opusesse,
preferes E com tal ambição, com tal insânia,
Morar num coração singelo e justo, Do Onipotente contra o Império e
Instrui-me porque nada se te trono
encobre. Fez audaz e ímpio guerra, deu
Desde o princípio a tudo estás batalhas.
Mas da altura da abóbada celeste assumir como processo, por outro, seu
Deus, coa mão cheia de fulmíneos 37
projeto é se fundir com o negativo que
dardos, se apresenta como a mais pura
O arrojou de cabeça ao fundo contradição, onde a desordem é apenas
Abismo, outro lugar, onde possui uma nova
Mar lúgubre de ruínas insondável,
ordem e leis próprias. Atingir tal estágio
A fim que atormentado ali vivesse
Com grilhões de diamante e intenso do negativo somente pode se dar
fogo afirmando a máxima positividade: “Por
O que ousou desafiar em campo o isso a natureza original é,
Eterno. necessariamente, objeto de uma Ideia,
sendo a pura negação um delírio, mas
Pelo espaço que abrange no orbe
humano
um delírio da razão como tal. O
Nove vezes o dia e nove a noite, racionalismo não está absolutamente
Ele com sua multidão horrenda, “cravado” na obra de Sade; ele precisou
A cair estiveram derrotados ir até a ideia de um delírio próprio da
Apesar de imortais, e confundidos razão”. (DELEUZE, 2009, p. 28-29). Se
Rolaram nos cachões de um mar de estivermos corretos nesta especulação,
fogo. na modernidade este projeto somente é
Sua condenação, porém, o guarda possível porque se realiza através do
Para mais fero horror: e vendo conceito de saber e desenvolvimento do
agora espirito que busca a universalidade. A
Perdida a glória, perenal a pena,
heroína de Sade representa o
Este duplo prospecto na alma o
punge (MILTON, 2014, p.3).
desenvolvimento moderno na expressão
da técnica e Ciência que se move sem se
Enfim, a violência na obra de Sade importar com o sofrimento humano. Sua
(2006) tem a função de criar uma defesa crença é a Ciência. Seu meio uma razão
físico-psíquica em relação ao demonstrativa que se move através da
sofrimento e o desamparo: lógica, coerência, o princípio da não-
[...] o elemento impessoal do contradição, e que se expressa na mais
sadismo e identifica essa violência moderna e nova administração que
impessoal com uma idéia da razão surgirá no século XIX denominada
pura... É a famosa apatia do positivismo: ordem e progresso. E para
libertino, o sangue-frio do que este processo desenvolvimentista
pornologista que Sade opõe ao atinja seu objetivo é preciso evocar um
deplorável “entusiasmo” do perfil funcionalista, transparente,
pornográfico. O entusiasmo é apático, indiferente, frio e cruel diante
precisamente o que ele critica em
do sofrer do outro. E por isso Nietzsche:
Rétif de La Bretonne; ele não deixa
de ter razão ao dizer (como sempre
insistiu em suas justificativas celebra os poderosos e sua
públicas) que ele, Sade, pelo menos crueldade exercida “para fora, onde
nunca mostrou o vício sob forma começa a terra alheia”, quer dizer,
agradável nem alegre: mostrou-o perante tudo o que não pertence a
apático. (DELEUZE, 2009, p. 22- eles próprios. “Eles gozam aí da
30-31). liberdade de toda coerção social,
eles buscam nas regiões selvagens
O que está em jogo no pensamento de uma compensação para a tensão
Sade é olhar e imergir na mais pura provocada por um longo
negatividade. Se por um lado, o encerramento e clausura na paz da
negativo ou a contradição, pode se comunidade, eles retornam à
inocência moral do animal de modernidade a sociedade é inimiga do
rapina, como monstros a se 38
prazer, uma vez que se recusa ao
rejubilar, talvez saindo de uma série mistério, véu, ocultação. A coação
horrorosa de assassinatos, pornográfica destrói qualquer
incêndios, estupros, torturas, com a capacidade de sedução e tudo vira
insolência e a serenidade de quem
procedimentos e funcionalidades fonte
cometeu apenas uma travessura de
estudantes convencidos de que os de sofrimento psíquico.
poetas terão agora e por muito
tempo algo a cantar e celebrar...
Essa audácia de raças nobres, louca, Referências
absurda, súbita, tal como exprime, o ADORNO, Theodor W; HORKHEIMER, Max.
próprio caráter imprevisível e Dialética do Esclarecimento. Rio de Janeiro,
improvável de seus Zahar Editores, 2006.
empreendimentos... sua indiferença DELEUZE, Gilles. SACHER-MASOCH: o
e desprezo por segurança, corpo, frio e o cruel. Zahar. 2009.
vida, conforto, sua terrível
FREUD, Sigmund. O futuro de uma ilusão.
jovialidade e a profundidade do Porto Alegre: L&PM, 2013.
prazer em destruir, do prazer que se
tira de todas as volúpias da vitória e HAN. Byung-Chul. Sociedade da
da crueldade” essa audácia que Transparência. Petrópolis-RJ: Editora Vozes.
2017.
Nietzsche proclama, também
arrebatou Juliette. “Viver GOULEMOT, J. M. Prefáce, in Cahiers d’
perigosamente” é também sua historie culturelle, nº5, p.5.
mensagem: “ousar tudo doravante LEGENDRE, Pierre. O Amor do Censor:
sem medo. (ADORNO; ensaio sobre a ordem dogmática. Tradução
HORKHEIMER, 2006, p. 83) Aluísio Pereira Menezes. Rio de Janeiro:
Forense Universitária: Colégio Freudiano, 1983.
Uma sociedade com máxima
positividade é uma sociedade infeliz! MAINGUENEAU. Dominique. O discurso
pornográfico. Editora Parábola. 2010.
Uma vez que a felicidade provém do
vocábulo oco, ou ainda, fortuna. Enfim, MILTON, John. Paraíso Reconquistado.
uma sociedade que não admite a Tradução de Guilherme Gontijo Flores, Adriano
Scandolara, Bianca Davanzo, Rodrigo Tadeu
fortuna, contingência ou a negatividade Gonçalves, Vinicius Ferreira Barth; ilustrações
é uma sociedade que não pressupõe a de William Blake. São Paulo: Cultura, 2014.
felicidade. E neste sentido que o
PINHEIRO, Paulo Sérgio. Estado e Terror.
trabalho, Ciência e a técnica moderna, Ética. Companhia das Letras. 2001.
não é causa, mas um fim do longo
processo de racionalização que não dá
espaço para a negatividade e a Recebido em 2018-10-16
contingência. E por isso na Publicado em 2018-12-06