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Um dia Venusiano tem 243 dias Terrestres e é mais longo que o seu ano de
225 dias. Curiosamente, Vénus gira de leste para oeste. Para um observador
em Vénus, o Sol nasceria a oeste e teria o seu ocaso a leste.
Estatísticas de Vénus
Massa (kg) 4.869e+24
Massa (Terra = 1) .81476
Raio equatorial (km) 6,051.8
Raio equatorial (Terra = 1) .94886
Densidade média (gm/cm^3) 5.25
Animações de Vénus
• Filme da rotação de Vénus.
• Animação da Topografia de Vénus.
• Vista artística de Vénus.
• Filme da rotação Terra/Vénus.
• Magalhães - Mapeando o planeta Vénus.
• Voo sobre Atla Regio Ocidental.
• Voo sobre Artemis.
• Voo sobre Alpha Regio.
• Voo sobre Eistla Regio Ocidental.
• Visão dramática da Lua com Vénus à distância.
Vistas de Vénus
Imagem de Vénus pela Mariner 10
Esta bonita imagem de Vénus é um mosaico de três imagens tiradas
pela Mariner 10 em 5 de Fevereiro de 1974. Mostra-nos a espessa cobertura
de nuvens que impede a observação óptica da superfície de Vénus. Somente
através do mapeamento por radar é que a superfície se revela. (Copyright
Calvin J. Hamilton)
Vénus
Esta é uma vista global da superfície de Vénus, centrada a 180 graus longitude
Este. A cor simulada serve para evidenciar estruturas de pequena
escala. (Cortesia NASA/JPL)
Mapa Venusiano
Esta imagem é uma projecção Mercator da topografia Venusiana. Foram
atribuídos nomes a muitas das diferentes regiões. O mapa estende-se de -66,5
a 66,5 graus em latitude e começa a 240 graus longitude. (Copyright Calvin J.
Hamilton)
Topografia Venusiana
Esta imagem é uma projecção de Mercator da topografia Venusiana das
regiões montanhosas, tais como Ishtar Terra, Aphrodite Terra, Alpha Region e
Beta Regio, mostradas em amarelo e laranja. As regiões baixas estão
representadas em azul. (Courtesy NASA/JPL)
Eistla Regio
Uma parte de Eistla Regio é mostrada nesta imagem tridimencional, em
prespectiva, da superfície de Vénus. O ponto de vista está localizado a 1.100
quilómetros a Noroeste de Gula Mons, numa elevação de 7,5 quilómetros.
Correntes de lava estendem-se por centenas de quilómetros pelas planícies
fracturadas, em primeiro plano, até à base de Gula Mons. Esta imagem mostra
o Sudoeste com Gula Mons aparecendo à esquerda, logo abaixo da linha de
horizonte. Sif Mons aparece à direita de Gula Mons. A distância entre Sif
Mons e Gula Mons é de, aproximadamente, 730 quilómetros. (Cortesia
NASA/JPL)
Planalto Lakshmi
As escarpas sul e enseadas Ocidentais de Ishtar Terra são mostradas nesta
imagem tridimensional, em prespectiva. Ishtar Terra Ocidental é,
aproximadamente, do tamanho da Austrália, e é um dos maiores focos de
investigações da Magalhães. A região montanhosa está situada entre 2,5 e 4
quilómetros de altitude, no centro de um planalto chamado Planalto Lakshmi
que pode ser visto à distância, à direita. Aqui, a superfície do planalto cai
precipitadamente para as planícies limítrofes, com declives cuja
inclinação excede os 5% em 50 quilómetros. (Cortesia NASA/JPL)
Arachnoids
Arachnoids são uma das mais espantosas formações encontradas em Vénus.
Elas são vistas, no radar, como planos escuros na imagem da Magalhães, num
mosaico da região de Fortuna. Tal como o nome sugere, Arachnoids são
formações ovais, com anéis concentricos e uma complexa rede de fracturas
estendendo-se para fora. Os Arachnoids variam em tamanho de,
aproximadamente, 50 a 230 quilómetros de diâmetro. Arachnoids são
similares em forma, mas geralmente menores, que as Coronae (estruturas
vulcânicas circulares cercadas por cordilheiras e sulcos, bem como linhas
radiais). Uma teoria, no que diz respeito à sua origem, diz que elas são
precursoras da formação Coronae. As linhas brilhantes, que o radar mostra,
estendendo-se por muitos quilómetros, podem ter resultado da magma elevado
do interior do planeta, e que empurrou a superfície para cima formando
"fendas". Correntes de lava brilhantes, no radar, estão presentes na 1. e 3.
imagens, e também indicam actividade vulcânica nesta área. Algumas das
fracturas atravessam estas correntes, indicando que as correntes ocorreram
antes das fracturas surgirem. Tal relação entre diferentes estruturas fornecem
boas evidências para uma relativa datação dos eventos. (Cortesia NASA/JPL)
Linhas Paralelas
São visíveis dois grupos de formações paralelas que se intersectam quase em
ângulos rectos. A regularidade deste terreno fez com que os cientistas o
alcunhassem de terreno papel gráfico. Os fracos delineados são espaçados em
intervalos de 1 quilómetro e estendem-se além dos limites da imagem. Os
mais brilhantes e mais dominantes delineados, são menos regulares e
frequentemente parecem iniciar e terminar onde interceptam os
delineados mais fracos. Ainda não é claro onde os dois conjuntos de
delineados representam falhas ou fracturas porém, em áreas fora da
imagem, os delineados brilhantes estão associados com crateras e outras
formações vulcânicas. (Cortesia Calvin J. Hamilton)
Galileu foi o primeiro a observar que Vénus apresenta fases, como a Lua (e, aliás, como
Mercúrio). Na verdade, todos os planetas apresentam a fase gibosa, mas só Mercúrio e Vénus
podem apresentar as fases falcadas. A observação, por Galileu, das fases de Vénus foi um dos
principais suportes do heliocentrismo.
A razão por que Vénus tem um albedo tão alto (é tão brilhante) é que este planeta se encontra
coberto por uma espessa e densa camada quase uniforme de nuvens, compostas
predominantemente por ácido sulfúrico e dióxido de carbono, que reflectem a luz solar (Figura
1).
A espessa camada de nuvens que cobre todo o planeta levou a que só em 1962 se
conhecessem as características da sua rotação, por observação de ecos radar a partir da
Terra. Descobriu-se, com surpresa, que Vénus roda no sentido retrógrado (o Sol nasce a
ocidente) e que o dia venusiano é mais extenso que o ano (243 contra 224 dias terrestres).
Apesar destas condições quase “infernais”, Vénus é o planeta mais semelhante à Terra: tem
uma atmosfera, tem cerca de 95% do diâmetro da Terra e 80% da sua massa - o que indica
uma composição semelhante, que foi confirmada pelas sondas soviéticas Venera. Além disso,
ambos os planetas têm poucas crateras de grande dimensão, um sinal de superfícies
relativamente jovens. A técnica de contagem de crateras na superfície venusiana, e a
comparação desses dados com contagens de crateras e datações radiométricas da Lua,
sugerem que os terrenos mais antigos de Vénus não terão mais de 800 MA (milhões de anos).
Isto só é explicável por um extenso vulcanismo e, de facto, as imagens da sonda Magellan
(Magalhães) mostraram inúmeros vulcões, de tipos distintos. Encontram-se grandes vulcões-
escudo, como o Monte Sif (Figura 2), semelhantes aos do Havai, na Terra ou o monte Olimpo e
os montes Tharsis, de Marte, associados a vulcanismo basáltico. Muito interessantemente,
também se encontram vulcões-panqueca, por vezes em alinhamentos, (Figura 3) que
aparentam ter tido expulsão de lavas viscosas, o que indica serem de composição intermédia a
ácida. Este tipo de vulcanismo muito diferenciado associa-se na Terra a limites convergentes
de placas tectónicas. Pode-se inferir, portanto, que Vénus já deve ter tido uma tectónica activa.
Dados recentes indicam que pode haver ainda vulcanismo activo em Vénus.
Figura 2 – O monte Sif, em imagem de cores falsas, obtida pela sonda Magellan.
NASA.
A estrutura interna de Vénus também deve ser análoga à da Terra: uma crosta, por vezes
espessa (da ordem dos 100 km), um manto silicatado parcialmente fluído e um núcleo metálico
sólido, com cerca de 6000 km de diâmetro (Figura 4).
Esta estrutura é a necessária para haver um campo magnético dipolar mas a verdade é que
Vénus não o possui; a baixa velocidade de rotação tem sido apontada como a causa desta
ausência de magnetismo.
VÉNUS
Dados Astronómicos
Orbita Sol
Data -