AUDIÊNCIA SIMULADA: PONTOS CONTROVERTIDOS DA INICIAL E DA CONTESTAÇÃO

1. Mark Sloan e Leonina se encontraram em 10/02/2016 para realizar cirurgia plástica

com o objetivo de se parecer ainda mais com Kim Kardashian.
2. Leonina pretendia afinar o nariz, as bochechas, aumentar os lábios e fazer lifting nas
coxas.
3. Acertado valor de R$25.000,00 e agendamento para 02/03/2016.

PETIÇÃO INICIAL CONTESTAÇÃO

Nada consta.
Nada consta.
Nada consta.
Nada consta.
Nada consta.
Nada consta.
Nada consta.
Leonina achou que havia algo estranho. Seus
olhos estavam enfaixados, apesar de não ter
solicitado nenhum tipo de intervenção no
lugar. Desesperada, chamou o médico, que
disse se tratar de um grande presente. A
cereja do bolo. Durante a cirurgia, Dr. Sloan
decidiu que também daria a Leonina olhos
puxados.
Leonina sabia que não poderia mais realizar
nenhum tipo de intervenção em seus olhos e
3 consultas médicas para avaliação pré-
operatória.
Esclarecimento dos riscos das intervenções.
Em 15/02/2016, Leonina marcou nova
consulta informando o interesse na
realização de procedimento estético nos
olhos.
Dr. Sloan informou que a intervenção em
seus olhos somente seria possível se
houvesse repouso absoluto e
acompanhamento específico no pós-
operatório, prestando-lhe todas as
informações inerentes, assinando, inclusive,
o protocolo de risco cirúrgico.
Leonina informou que iria refletir e que
entraria em contato para informar eventual
contratação. Entretanto, nunca mais
manifestou interesse neste sentido, salvo no
dia da cirurgia, quando questionou à
enfermeira Clara sobre a possibilidade de
realização do procedimento no mesmo ato,
tendo em vista que gostaria de evitar futuros
custos com anestesia e ambulatório.
Clara disse à Leonina que não poderia tratar
deste assunto e que repassaria ao Dr. Sloan
para esclarecimentos. Mark Sloan, desta
forma, afirmou que não havia impedimento,
tendo em vista já ter realizado todas as
análises necessárias e a paciente estar ciente
dos riscos e cuidados necessários.
Desta forma, por não haver tempo suficiente
para a realização de aditamento contratual,
restou combinado que a assinatura do termo
ocorreria em momento posterior. Assim, o
médico procedeu com todas as intervenções
cirúrgicas contratadas, inclusive, com a
cirurgia na região dos olhos e pálpebras.
Leonina, diante dos olhos enfaixados,
manifestou arrependimento e questionou ao
médico sobre a possibilidade de reversão do
procedimento. Quando o médico salientou a
irreversibilidade, Leonina arrancou as faixas
que protegiam seus olhos.
pálpebras, que já contavam com a pele
bastante esticada. Explicou aos berros que
não havia pedido, muito menos contratado
essa cirurgia.
Nada consta.
Liberada mesmo sem conseguir fechar os
olhos, sendo informada que essa situação
era provisória e em alguns dias tudo voltaria
ao normal.
Procurou diversos cirurgiões que garantiram
que não há como corrigir o procedimento
feito, sendo possível apenas a realização de
fisioterapia para que a pele da pálpebra
volte a se esticar, o que também não é
garantido.
Passados 4 meses da cirurgia, Leonina
permanece sem conseguir fechar os olhos, o
que lhe causa imensa dor, além de um
severo abalo psicológico.
Leonina passou a ter fobia de sair de casa e
manteve-se reclusa por aproximadamente
um mês. Até os dias de hoje não se encontra
recuperada. Tem crises de choro constantes
e sono bastante inquieto. Está fazendo uso
de medicamentos para dormir e para seu
estado de depressão profunda.
Muito agitada, Leonina arrancou as faixas
que protegiam seus olhos.
Os resultados da cirurgia eram os esperados:
pouca dor e média sensibilidade ao fechar os
olhos.
O médico plantonista orientou Leonina a
realizar o retorno em 15 dias e reforçou
novamente os cuidados pós-operatórios.
Ocorre que, passados 15 dias, Leonina não
retornou. Assim, Dr. Sloan entrou em
contato com a paciente, conforme e-mails
trocados entre as partes, quando a mesma
informou que realizaria o acompanhamento
pós-operatório com outros cirurgiões, dada a
negativa do Dr. Sloan de realizar nova
intervenção cirúrgica para a reversão o que
na concepção de Leonina seria absurdo.
A cliente se negou a realizar o pós-
operatório sob sua orientação.
O que se pode perceber das redes sociais de
Leonina é sua constante presença em festas
e eventos sociais nos dias seguintes à
cirurgia (em verdade, por vários meses após
a intervenção), enquanto a orientação era de
absoluto repouso.
Portanto, além da existência da contratação,
verifica-se que Leonina não vem seguindo
com as orientações do pós-operatório,
dando causa às lesões existentes. Ademais,
se estivesse em estado de depressão
profunda não estaria frequentando eventos
e realizando alta exposição m redes sociais.
Deste modo, sequer há que se falar em
imensa dor e severo abalo psicológico.