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Índice
Introdução
Erro 1
Erro 2
Erro 3
Primeiro dilema
Segundo dilema
Terceiro dilema
Quarto dilema
Solução 1
Solução 2
Solução 3
Solução 4
= valor da sessão
nº de atendimentos
Está errado! E se você não estiver gerando renda suficiente para cobrir seus
custos? E se seu lucro desejado hoje for inatingível? Ou se sua meta for
superada? E se você tiver menos atendimentos do que previsto, o resto dos
seus clientes terá que pagar um reajuste para compensar ou você sairá no
prejuízo?
Não podemos ter uma visão simplista. Essa fórmula não funciona no mundo
dos negócios. As chances de ficar no vermelho seguindo uma lógica falha
são altas. Mas e agora, como acertar? Temos alguns dilemas para considerar.
Quando você começar a ter mais lucro, aí sim pode reinvestir seu dinheiro e
ir aumentando seus custos fixos, a medida em que o valor da sua sessão for
crescendo também.
Uma boa estratégia utilizar técnica do cliente oculto, que consiste em ligar
para alguns consultórios de psicologia perguntando o preço da sessão. Nem
sempre é possível fazer o levantamento do valor das sessões apenas por
telefone, internet ou mesmo sem passar por uma consulta de anamnese
antes. Se você não conseguir descobrir valores suficientes para calcular uma
média ou ter uma noção realista do mercado, também pode perguntar para
amigos, familiares e colegas de profissão para conseguir essas informações.
Essa definição deve ser pensada desde o início, porém também precisa ser
reanalisada com certa frequência. Isso porque ela influencia a sua relação
de quantidade versus qualidade. Ou seja, quanto mais clientes pagando
valores mais altos por seção, menos sessões você precisa realizar todos os
dias para ter um lucro semelhante. 20 clientes que pagam R$ 100 ocupam
muito mais espaço na sua agenda, demandam muito mais esforço, estudo e
dedicação do que 10 clientes que pagam R$ 200, porém o lucro é o mesmo.
Isso não quer dizer que você deva atender apenas a clientes que pagam
caro. O ideal é saber dosar os diferentes tipos de clientes e organizar a
sua agenda de modo economicamente estratégico, sabendo tirar a melhor
compensação financeira de todos os tipos. Falaremos sobre isso nos tópicos
de soluções.
Mas agora vamos falar do micro: do seu negócio. Enquanto existir muito
mais espaço livre na sua agenda do que espaços preenchidos, quer dizer
que a sua oferta está maior com a demanda. Com isso seus preços devem
ser mais baratos. Já quando sua carteira de cliente estiver cheia e houver
poucos horários disponíveis, sua demanda está maior que a oferta, portanto
você pode cobrar mais dos seus novos pacientes.
Tenha isso em mente para a próxima etapa deste e-book, em que vamos
finalmente chegar nas soluções para lidar com esses dilemas e corrigir
aqueles erros lá do começo.
Analise a sua concorrência, observe o seu público alvo e seja realista com a
sua demanda. Qual preço profissionais equivalentes e você estão cobrando
e quanto seus clientes andam pagando por uma sessão como a sua? Pela
sua demanda, quanto você é capaz de cobrar nesse primeiro momento?
Cinquenta reais? Oitenta reais? Cem? Lembre-se que clientes diferentes
podem pagar preços diferentes, então leve essas variações em conta. Esse é
um conjunto de fatores, definido pelo seu mercado.
A intersecção desses três conjuntos é onde você deve decidir o preço da sua
sessão, e só então calcular qual o teto dos seus custos fixos.
Meta de
Mercado
Faturamento
Meta de Valor da
Clientes Sessão
O mesmo vale para quando você tiver 50 clientes pagando R$ 200: você
pode aumentar seus custos operacionais, mas não pode ultrapassar os R$
10.000. Sua meta de faturamento também aumenta, claro.
Ou seja, o segredo para fugir do maior erro cometido por psicólogos iniciantes
é definir o preço da sessão e só então calcular os seus custos operacionais.
Esqueça aquela fórmula matemática que, além de não se aplicar à realidade,
aumenta as suas chances de levar prejuízo. A decisão do valor da sua sessão
deve ser tomada na forma da união de conjuntos, e não através de uma
fórmula aritmética.
Essa estratégia evita que você se desloque até o seu consultório por uma
sessão que não compense seus gastos com gasolina, energia elétrica, tempo,
entre outros. Colocando o horário do paciente mais barato entre dois outros
pacientes que pagam mais, o valor obtido com a consulta dele não precisa
cobrir com esses custos, ou ao menos vai arcar com uma parte menor.
Seu paciente pode estar acostumado a pagar um valor, porém se ele não foi
reajustado pode ser que o preço do atendimento já não pague mais seus
custos. Uma boa maneira de resolver essa questão é a elaboração de um
contrato já no começo do atendimento. O ideal é que o valor da sessão
seja negociado na primeira sessão, possivelmente após a anamnese. Nesse
momento você pode informar a duração do acompanhamento psicológico,
o número de sessões e o preço. Após definir estes aspectos, ofereça um
contrato. Não precisa ter vergonha de falar em contrato. Ele é vantajoso
para as duas partes e essencial para sua empresa. Uma das vantagens do
contrato é que facilita que o psicólogo trate de valores, aumentos e outros
fatores financeiros, pois pode escrever tudo ao invés de falar.
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