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Ao longo do século XIX o liberalismo espalhou-se pela Europa e pela América.
As monarquias constitucionais consagraram nas Constituições os princípios
básicos do liberalismo:
 Respeito pelos direitos naturais (como a liberdade individual)
 Separação tripartida do poder político e a igualdade perante a lei
 Separação entre a igreja e o estado
 As liberdades políticas deviam de proteger o cidadão de qualquer forma
de opressão
 Os governos não podem impor as suas vontades nas eleições

Desta forma, as monarquias constitucionais institucionalizaram um liberalismo


moderado baseado na Carta Constitucional francesa de 1814. A soberania do
povo consagrou-se através do sufrágio censitário que distinguia cidadãos ativos
e cidadãos passivos, restringindo o voto a uma minoria da população e
favorecendo claramente as camadas burguesas.
No entanto, o povo comum começou a sentir-se esquecido pela monarquia,
traído pela burguesia e começou a opor-se ao regime.

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Direito à propriedade
- é um dos pilares ideológicos do liberalismo
- Faz parte do conceito de liberdade individual o direito ao trabalho e à plena
posse de frutos do trabalho
- a propriedade passou a ser considerada como a base de toda a riqueza
- é ela que permite ao cidadão o livre acesso a outros bens, como a instrução e
até a concretização na política
- também é a base da economia. Para o liberalismo cabia aos cidadãos gerir
livremente os seus bens e negócios, seguindo simplesmente as regras naturais
do mercado.
- a não ingerência do Estado na economia significava a abolição das múltiplas
taxas, portagens e outros impostos
- ao estado cabia proteger a propriedade, fazer reinar a segurança e a ordem e
facilitar a produção.
- este liberalismo económico teve as suas raízes no Iluminismo e no
Fisiocratismo
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Os direitos humanos: abolição da escravatura
Coube ao liberalismo, com a sua crença nos direitos naturas do Homem, lançara
questão da ilegitimidade da escravatura a nível internacional.
Os franceses, em 1974, foram os primeiros a abolir a escravatura, mas depois
Napoleão voltou a legalizá-la. Foi na América do Norte que se tomaram as
primeiras medidas legais para a abolição da escravatura.
Na Europa, a Inglaterra foi a primeira nação a acabar, legalmente, com a
escravatura. Em Portugal, a primeira lei contra a escravatura data do Governo
setembrista de Sá da bandeira, em 1836, mas só se completou em 1868.
Em 1815, o Congresso de Viena foi a favor da abolição da escravatura e iniciou
um verdadeiro movimento internacional nesse sentido.
Os interesses económicos aliados ao despertar de consciências inspiradas nos
valores liberais de liberdade e de igualdade levaram à abolição da escravatura
em quase todo o mundo ocidental.

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Novos inventos e novas tecnologias aplicadas à indústria
Com a Revolução industrial o objetivo dos empresários era produzir em maior
quantidade e diversidade, com melhor qualidade e de modo mais rápido. O
alargamento dos mercados, facilitado pela maior facilidade de transporte,
contribuiu para o aumento da produtividade.
A revolução técnica e tecnológica dependeu do desenvolvimento cientifico da
época e do surto de invenções e aperfeiçoamentos técnicos. Para solucionar ou
rentabilizar a produção nas indústrias inventaram utensílios, máquinas e
desenvolveram fontes de energia cada vez mais eficazes, estabelecendo novos
processos produtivos.
O êxito destas inovações e modernizações foram fatores decisivos para a
prosperidade das indústrias. Alguns empresários investiram na investigação
científica, criando laboratórios de pesquisa.
A dinâmica económica existente impôs um contínuo aperfeiçoamento das
técnicas, dando origem a uma série de progressos cumulativos.
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Consequências do desenvolvimento técnico e científico
A industrialização e os progressos que a acompanharam trouxeram
consequências importantes:
 Novas fontes de energia indispensáveis à mecanização da produção
 Descoberta do petróleo e seus derivados, como o gás, a gasolina e o
gasóleo, os quais permitiram o aparecimento do motor de explosão
 No final do sec. XIX difundiu-se o uso da eletricidade, a qual foi a forma
de energia mais revolucionária (podia ser levada a grandes distância, sem
grandes obras e perigos, tinha múltiplas aplicações nos transportes e nas
formas de comunicação, na refrigeração, no aquecimento, na iluminação
publica e no aparecimento de pequenos eletrodomésticos)

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A indústria metalúrgica
A industrialização permitiu o aparecimento de siderurgias que produziam
industrialmente o ferro e o aço. O crescimento destas indústrias não parou
graças às suas múltiplas aplicações quer na produção de maquinarias, utensílios
e equipamentos básicos de uso industrial público e doméstico, quer em novos
materiais de construção na engenharia civil.
Outro setor em crescimento foi o da indústria metalúrgica que produzia metais e
ligas (cobre, zinco, estanho e outros) que funcionavam como matérias-primas
para a produção de muitos objetos de uso do quotidiano.

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Novos transportes e comunicações
O comboio teve um grande impacto nos países em industrialização, pois permitia
vencer as distâncias com maior facilidade, segurança e rapidez, favorecendo a
deslocação de pessoas e mercadorias, interligando mercados abastecedores e
de escoamento, mundializando a economia.
A navegação a vapor também conheceu progressos e surgiram novos
transportes, como o automóvel e o avião. A instalação destes meios de
transporte acarretou grandes obras, como a construção de linhas férreas,
estradas e cais, dragagem de rios, abertura de canais artificiais, construção de
túneis, pontes e gares.
O telégrafo de cabo, a telegrafia sem fio, o telefone e o rádio conheceram rápida
divulgação.
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Os novos métodos de produção e organização do trabalho
As fábricas organizam-se com um propósito bem claro: o lucro. A cadeia de
produção racionaliza-se e sistematiza-se para produzir muito rápido e ao menor
custo. A ânsia pelo lucro levou os industriais a preocuparem-se com a
rentabilização do trabalho. Isto conduziu a uma racionalização cada vez mais
cuidada do processo do trabalho fabril (factory system). Foi assim que, pela
divisão do trabalho e pela especialização de tarefas, se chegou à organização,
nas fábricas, de linhas de montagem. Executando sempre a mesma tarefa, os
operários interiorizavam-na de tal modo que a realizavam mecanicamente. De
facto, fazia-os realizar mais trabalho no mesmo tempo, aumentando o lucro das
empresas, com recurso ao trabalho infantil e feminino.

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Os métodos de Taylor (Taylorismo) foram bem acolhidos pelas empresas. Henry
Ford concebeu uma linha de montagem que revolucionou o mercado de veículos
motorizados. Tratava-se da instalação de um tapete rolante que fazia chegar as
peças aos operários sem que estes tivessem de se deslocar e desperdiçar tempo
a procura-las.
O fordismo levou ao consumo em massa, pois permitia produzir enormes
quantidades e baixar radicalmente os preços, tanto do produto com dos custos
de produção.
O taylorismo ajudou a consolidar a produção em massa. A produção em massa
caminhou no sentido da uniformização e da padronização de certos artigos ou
peças produzidos em série e em grande quantidade, mas apenas determinados
tamanhos, ou calibres, preestabelecidos. Foia este processo que se deu o nome
de estandardização, o qual tornou possível novos processos de comercialização
ligados ao consumo em massas, como a venda por catálogo.

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A produção industrial e o capitalismo
Para sobreviver à concorrência, muitos industriais e empresários foram
obrigados a recorrer aos bancos e outas formas de financiamento. Esta
circunstância implicou separação entre o capital e o trabalho. Assim, o modo de
produção industrial e capitalista define-se pelas seguintes características:
- Concentração dos trabalhadores e dos meios de produção em instalações
próprias denominadas fábricas;
- Mecanização crescente do processo produtivo
- Controlo e disciplina do trabalho operário e racionalização de todo o processo
laboral, com vista à produção e ao consumo de massa e à obtenção crescente
de lucros;
- Separação progressiva entre o patronato e os trabalhadores.
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O Processo de concentração industrial
Concentração vertical: uma indústria em processo de crescimento associava a
si outras indústrias da região, ujas produções distintas concorriam para o mesmo
produto acabado. Este tipo de concentração industrial foi comum nas indústrias
siderúrgicas, nos têxteis, etc. estas associações podiam revestir a forma de
trusts e holdings.
Concentração horizontal: associação de indústrias similares que se
encarregavam da mesma fase de produção de um dado produto acabado. Em
épocas de crise, estas concentrações podiam dar origem à formação de cartéis,
tipo de associação horizontal em que as empresas associadas não perdem a
sua independência, mas possuem uma gerência comum para tomar decisões
conjuntas.
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Revolução agrícola
A industrialização da agricultura europeia só se verificou verdadeiramente no
século XIX, beneficiando de um conjunto de condições propícias:
 Os progressos cientifico-técnicos possibilitaram a melhoria da
utensilagem e a crescente mecanização do trabalho agrícola e maiores
conhecimentos sobre o processo de germinação e crescimento das
plantas.
 O alargamento dos transportes e a maior rapidez de comunicações foi
essencial na renovação da agricultura e consequentemente o
alargamento do mercados agrícolas.

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 O capitalismo rural
 O aumento da especialização agrícola exigiu a criação de uma rede de
trocas. Deste modo, o desenvolvimento dos transportes e a
industrialização da agricultura ajudaram a construir os mercados internos
ou nacionais.
 Também o capitalismo financeiro foi uma condição que favoreceu o
desenvolvimento do mundo rural, possibilitando a existência de capitais
disponíveis e instrumentos de crédito.
 Ao abolir as antigas hierarquias sociais e os impostos feudais, liberalizou
igualmente a mão-de-obra, permitindo a sua crescente mobilidade,
facilitando o seu despedimento ou a sua contratação avulsa.
 Foram todas estas condições que levaram ao capitalismo rural.

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A hegemonia económica inglesa
A hegemonia económica de Inglaterra foi possível porque:
- a Inglaterra foi pioneira na promulgação de legislação liberal que permitiu a
instalação de estruturas político-económicas e sociais modernas;
- as industrias inglesas possuíam o mais alto índice de mecanização e eram as
mais avançadas tecnologicamente;
- apostaram em setores industriais como o têxtil, a metalurgia, os caminhos de
ferro e a construção naval e, mais tarde, as indústrias químicas e os artefactos
elétricos;
- aplicou a racionalização e organização do trabalho industrial, conseguindo altos
níveis de produtividade;
- foi pioneira na modernização dos transportes e na revolução agrícola;
- expandiu o seu comércio internacional, com uma boa rede de carreiras
marítimas;
- modernizou o seu aparelho financeiro, fortalecendo a libra que se tornou a
moeda de referencia para as cotações financeiras internacionais

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A afirmação de novas potências
A expansão geográfica da Revolução Industrial realizou-se por etapas. Em cada
país o processo de industrialização obedeceu a fases evolutivas e sequenciadas
– a fase de arranque, a de maturidade e a de consumo de massas.
França: por razões estruturais e políticas avançou para a industrialização
tardiamente e a um ritmo lento. Só por volta de 1820 se notaram os primeiros
sinais de desenvolvimento industrial em torno do setor têxtil e da exploração do
carvão. Por volta de 1860, expandiram-se as linhas férreas, proporcionando a
criação do mercado interno; no fim do século XIX desenvolveram-se as
instituições financeiras e surgiram empresas ligadas ao ramo automóvel, como
a Peugeot e Renault.
Alemanha: teve o seu arranque na industrialização apenas por volta de 1840,
intensificando-se em 1871 com a estabilização interna e a vitória na guerra
Franco – Prussiana. O seu desenvolvimento foi rápido, apoiado no crescimento
demográfico, no protecionismo aduaneiro de Zollverin, no fortalecimento do
sistema financeiro e no alargamento dos mercados externos pela expansão
comercial e colonial.
EUA: arrancavam também com a sua economia industrial, atingindo o 1º lugar
na produção industrial em 1900. Este rápido crescimento justifica-se por: ter
abundância de recursos naturais, ter um rápido crescimento demográfico e
aumento do mercado interno, desenvolver o capitalismo rural, ter um clima social
e politico aberto, ter pautas aduaneiras protecionistas.
Japão: em 1868, Mutsu – Hito iniciou uma época de liberalização “à
ocidental”,marcada pelo crescimento demográfico e pelo expansionismo político
e económico. Esse progresso resultou da política cultural e económica posta em
prática pelo imperador, cativando capitais estrangeiros e atraindo técnicos
ocidentais para formar os empresários japoneses, criando empresas,
concedendo subsídios e exclusividades. O forte crescimento demográfico e o
imperialismo militarista proporcionaram o alargamento dos mercados e os
estímulos necessários à grande produção. A industrialização do Japão iniciou-
se pelo setor têxtil e, mais tarde, surgiram novos setores de ponta como a
construção naval, a siderurgia, a industria de armamento a as industrias
químicas.
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A especialização do trabalho
Uma outra característica que marcou o comércio internacional foi a tendência
para a formação de zonas económicas especializadas e complementares, da
qual adveio uma espécie de repartição mundial da economia.
A especialização resultou da adequação das potencialidades naturais de cada
região à procura existente nos mercados e às leis da livre concorrência.
Quanto à repartição mundial do trabalho, ela era vidente entre os países ricos,
onde se situavam as indústrias de ponta e onde a maior parte da população ativa
já trabalhava na indústria e nos serviços, e os países pobres ou menos
desenvolvidos, cuja vida económica repousava nas atividades primárias de
exploração da natureza e no trabalho não especializado. Os primeiros situavam-
se principalmente na Europa do Noroeste e na América do Norte; no segundo
grupo estavam incluídos os países da Europa mediterrânica e de Leste, as zonas
coloniais, os velhos países da Africa e da Asia e ainda os novos países da
América Latina e da Oceânia.
O comércio internacional do século XIX atuou como um poderoso fator do
estímulo ao progresso económico das nações, exercendo efeitos de
arrastamento sobre os países menos desenvolvidos.
Com efeito, se os países em vias de desenvolvimento começaram por depender
dos produtos manufaturados, das maquinarias, das tecnologias e dos
financiamentos dos países industrializados.

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