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Replúbica de Angola

Ministério da Educação

Trabalho de Química
Tema: Chuvas Ácidas
r

Membros do grupo: Joarel Lemos


Bartolomeu Kalulica
Mauro Cardoso
Stelvio Paulo
Henriques Lemos

Nome do(a) professor(a): Isabel Assoureira

2019,Luanda
Índice

1...Introdução
1.1 História
1.2 Causas e Consequências da Precipitação Ácidas
1.2.1
1.3 Amónia
1.3.1 Os óxidos de enxofre
1.3.2 Óxidos de azoto
1.3.3 Mecanismos de precipitação

2...Desenvolvimento
2.1 Efeitos da precipitação ácida
2.1.1 Efeitos sobre os solos e as águas
2.1.2 Efeitos sobre as florestas e as culturas
2.1.3 Efeitos sobre a saúde humana

3...Conclusão
3.1 Aumento da corrosão atmosférica
3.2 Regiões mais afectadas
3.3 Soluções
Introdução

História
As emissões de dióxido de enxofre e de óxidos de azoto têm crescido quase continuamente
desde o início da Revolução Industrial. Robert Angus Smith, num estudo realizado em
Manchester, Inglaterra, fez em 1852 a primeira demonstração da relação entre a acidez da
chuva e a poluição industrial, cunhando em 1872 a designação chuva ácida.
Apesar da relação entre precipitação ácida e poluição do ar ter sido descoberta em 1852, o
seu estudo científico sistemático apenas se iniciou nos finais da década de 1960. Harold
Harvey, professor de Ecologia na Universidade de Toronto, publicou em 1972 um dos
primeiros trabalhos sobre um lago "morto" em resultado da acidificação das suas águas pela
deposição ácida, trazendo a questão da chuva ácida para a ribalta da política ambiental.
O interesse público pelos efeitos da chuva ácida iniciou-se na década de 1970, a partir dos
Estados Unidos, quando o New York Times publicou os resultados obtidos em estudos feitos
na Hubbard Brook Experimental Forest (HBES), em New Hampshire, que demonstravam os
múltiplos danos ambientais que a acidez da precipitação estava a causar.
Ao longo das últimas décadas têm sido reportadas leituras de pH na água de gotas de chuva
e em gotículas de nevoeiro, colhidas em regiões industrializadas, com valores inferiores a
2,4 (a mesma acidez do vinagre).

A precipitação ácida com origem industrial é um sério problema em países onde se queimam
carvões ricos em enxofre para gerar calor e electricidade, como a China e a Rússia. Embora
com outras origens, com destaque para o tráfego automóvel, o problema afecta vastas
regiões da Europa e da América do Norte.

O problema da precipitação ácida tem crescido com o aumento da população e com a


industrialização, abrangendo áreas crescentes do planeta, com destaque para a Índia e o
sudeste asiático. O uso de altas chaminés industriais para dispersar os gases emitidos tem
contribuído para aumentar as áreas afectadas, já que os poluentes são injectados na
circulação atmosférica regional, atingindo vastas áreas a sotavento do ponto de emissão.
Em resultado, é comum a deposição ocorrer a considerável distância do ponto de emissão,
com as regiões montanhosas a receberem a maior parte da acidez precipitada
(simplesmente por serem áreas de maior precipitação devido às chuvas de montanha). Um
exemplo destes efeitos é a grande acidez da precipitação na Escandinávia quando
comparada com as emissões relativamente baixas ali produzidas.

Causas e Consequências da Precipitação Ácidas


Origem da acidez acrescida
Na ausência de qualquer contaminante atmosférico, a água precipitada pela chuva é
levemente ácida, sendo de esperar um pH de aproximadamente 5,2 a 20 ºC, valor inferior
ao que resultaria se a solução ocorresse em água destilada (pH = 5,6) devido à presença
de outros compostos na atmosfera terrestre não poluída. Essa acidez natural, apesar de
localmente poder ser influenciada pela presença de compostos orgânicos voláteis e de
óxidos de azoto gerados por trovoadas, resulta essencialmente da dissociação do dióxido
de carbono atmosférico dissolvido na água, formando um ácido fraco, conhecido como
ácido carbónico, segundo a reacção:
CO2 (g) + H2O (l) ⇌ H2CO3 (aq)
O ácido carbónico sofre ionização em solução aquosa, formando baixas concentrações
acidificantes de iões hidrónio:

2 H2O (l) + H2CO3 (aq) ⇌ CO32- (aq) + 2h3O+(aq)


A ionização acima referida ocorre tanto nas gotículas de água atmosférica (nas nuvens,
nevoeiros e neblinas), na água existente na superfície de gelos ou cristais de neve e ainda
no orvalho e na água absorvida em partículas sólidas em suspensão no ar. É devido a essa
multiplicidade de vias de formação que o termo chuva ácida, apesar de muito difundido,
deve ser preferencialmente substituído por deposição ácida, já que a acidificação da
precipitação, com todas as consequências ambientais resultantes, pode ocorrer na
ausência de chuva.

Em resultado dessa acidez natural, o limite para se considerar a precipitação como ácida
é em geral um pH inferior a 4,5 (a 20 °C), o que corresponde a precipitação que contém
concentrações mensuráveis de um ou mais ácidos fortes e que pela sua acidez causa
comprovados efeitos negativos sobre as plantas, os organismos vivos aquáticos e as
estruturas construídas e equipamentos com os quais entre em contacto.

Quando a chuva ácida cai sobre os rios e torna seu pH mais ácido, provocando alterações
relacionadas com o metabolismo de organismos com fecundação tipo externa. O
desenvolvimento de embriões fecundados na água é todo mediado por enzimas-
substâncias que facilitam todas as reações no interior dos seres vivos.

Origem da acidez acrescida


A acidez acrescida que está na origem da precipitação ácida resulta na sua maior parte da
interacção dos componentes naturais da atmosfera terrestre com poluentes primários,
entre os quais avultam os óxidos de azoto e os óxidos de enxofre, os quais reagem com a
água atmosférica para formar ácidos fortes como sejam o ácido sulfúrico e o ácido nítrico.
A principal fonte desses poluente primários é a queima de combustíveis fósseis para
produção de energia térmica, energia eléctrica e para a propulsão de veículos.

Embora existam processos naturais que contribuem para a acidificação da precipitação,


com destaque para os gases lançados na atmosfera pelos vulcões e os gerados pelos
processos biológicos que ocorrem nos solos, pântanos e oceanos, as fontes antrópicas,
isto é resultantes da acção humana, são claramente dominantes. A prova dessa
predominância foi obtida pela determinação da diferença entre a acidez da precipitação
nas zonas industrializadas e em partes remotas do globo, pela comparação da acidez
actual com o registo deixado pela captura da precipitação no gelo dos glaciares ao longo
de milhões de anos e pelo registo deixado nos fundos de lagos e oceanos pela deposição
de restos orgânicos indiciadores das condições de acidez prevalecentes.
A análise das camadas de gelo depositadas em glaciares e nas calotas polares mostram
uma rápida diminuição do pH da precipitação a partir do início da Revolução Industrial,
passando em média de 5,6 para 4,5 ou mesmo 4,0 nalgumas regiões, mostrando um forte
acidificação. Igual conclusão é retirada da análise da prevalência de espécies de
diatomáceas em camadas de sedimento recolhidos do fundo de lagos, confirmando a
correlação entre a industrialização e a diminuição do pH da precipitação.

As principais fontes humanas dos gases poluentes primários são as indústrias, as centrais
termoelétricas e os veículos de transporte motorizado. Os gases libertados podem ser
transportados na circulação atmosférica por muitos milhares de quilómetros antes de
reagirem com gotículas de água, originando então os compostos que acidificam a
precipitação.

A sua natureza transfronteiriça, já que a circulação atmosférica dispersa os efeitos ao


longo de grandes áreas da Terra, leva a que também afecte as regiões sitas a jusante do
seu ponto de emissão no sistema de circulação atmosférica, levando a que áreas onde as
emissões não são significativas possam ser severamente prejudicadas pela precipitação
de poluentes gerados a montante.

Amónia
Embora a amónia e os compostos orgânicos voláteis, com destaque para o dimetilsulfureto (DMS)
de origem oceânica e o ácido fórmico em algumas regiões de floresta tropical, contribuam para a
acidez da precipitação, os dois principais grupos de compostos que geram a acidez da precipitação
são os óxidos de azoto e os óxidos de enxofre, com predominância para estes últimos, os quais
são esmagadoramente de origem antrópica.

Os óxidos de enxofre
A principal causa de acidificação da precipitação é a presença na atmosfera de óxidos de
enxofre (SOx), com destaque para o dióxido de enxofre (SO2), um gás proveniente da
oxidação de compostos de enxofre (S) contidos nos combustíveis fósseis e na matéria
orgânica que é queimada. Outra importante fonte de gases contendo enxofre são as
emissões dos vulcões.

Apesar das crescentes restrições ao consumo de combustíveis ricos em enxofre sem os


adequados mecanismos de controlo das emissões, estudos recentes estimam as
quantidades emitidas de SO2 (expresso em S elementar) em cerca de 70 000 000
toneladas/ano (70 Teragramas/ano) a partir da queima de combustíveis fósseis, 2 800 000
toneladas/ano (2,8 Tg/ano) a partir da queima de biomassa, em especial por fogos
florestais, e cerca de 8 000 000 toneladas/ano (8 Tg/ano) em resultado de emissões
vulcânicas.

Na fase gasosa o dióxido de enxofre é oxidado por adição do radical hidroxilo via uma
reacção intermolecular:

SO2 + OH· → HOSO2·


que é seguida por:
HOSO2· + O2 → HO2· + SO3
na presença de água líquida nas gotículas das nuvens, nevoeiros e outras formas de
condensação atmosférica, o trióxido de enxofre (SO3) é rapidamente convertido em ácido
sulfúrico:

SO3 (g) + H2O → H2SO4


Para além das reacções atrás apontadas verificam-se outras, em meio aquoso, as quais
levam a que o ritmo de perda de SO2 na presença de nuvens seja substancialmente maior
do que o verificado em meio gasoso. Tal deve-se à hidrólise nas gotículas de água, na
qual o dióxido de enxofre dissolvido, num processo similar ao descrito para o dióxido de
carbono, hidrolisa numa série de reacções de equilíbrio químico:

SO2 (g)+ H2O ⇌ SO2·H2O


SO2·H2O ⇌ H++HSO3-
HSO3- ⇌ H++SO32-
No meio atmosférico ocorrem numerosas reacções aquosas que oxidam o enxofre (S) do
estado de oxidação S(IV) (S+4) para o estado de oxidação S(VI) (S+6), levando à
formação de ácido sulfúrico (H2SO4), um dos mais fortes ácidos conhecidos. As reacções
mais importantes, muitas delas com uma forte componente fotoquímica, ocorrem com o
ozono (O3), peróxido de hidrogénio (H2O2) e oxigénio (O2). As reacções com o oxigénio
são catalisadas por traços de ferro e manganês presentes nas gotículas das nuvens.

Óxidos de azoto
Apesar do azoto (N2) ser o gás mais abundante na composição da atmosfera da Terra,
aquele elemento na sua forma diatómica é muito pouco reactivo. Para reagir com o
oxigénio gasoso precisa de grande quantidade de energia sob a forma de altas
temperaturas e pressões ou uma via catalítica adequada. Para além da conversão
bioquímica que ocorrem em organismos especialmente adaptados à fixação do azoto, na
natureza a oxidação do azoto apenas ocorre nas descargas eléctricas das trovoadas,
fazendo dos óxidos de azoto compostos em geral pouco comuns. Esta situação alterou-se
profundamente nas regiões industrializadas com a introdução dos motores a explosão.
Naqueles motores, as pressões e temperaturas criadas no interior dos cilindros levam à
oxidação do azoto do ar ali injectado, formando uma complexa mistura de óxidos de
azoto, em geral designados por NxOx, que é libertada para a atmosfera com os gases de
escape. São estes gases que, reagindo com os componentes da atmosfera, em particular
com a água, formam ácido nitroso (HNO2) e ácido nítrico (HNO3), ácidos fortes que
contribuem poderosamente para a acidificação da precipitação.

Pela queima de combustíveis fósseis a altas pressões e temperaturas na presença de azoto


do ar, temos que na câmara de combustão dos motores, ocorre:

N2 (g) + O2 (g) → 2 NO (g)


O óxido de azoto formado, instável nas condições atmosféricas normais, na presença do
oxigénio do ar, produz:

2 NO (g) + O2 (g) → 2 NO2 (g)


O dióxido de azoto formado, na presença de água líquida nas gotículas das nuvens,
nevoeiros e outras formas de condensação atmosférica, produz por adição do ião hidroxilo
(NO2 + OH· → HNO3):
2 NO2 (g) +H2O (l) → HNO3 (aq) + HNO2 (aq)

Mecanismos de precipitação
A deposição da precipitação ácida ocorre essencialmente pela via úmida, tendo a
deposição seca um papel secundário (excepto nas proximidades de instalações industriais
que emitam grandes volumes de partículas para o ar).

A deposição pela via úmida ocorre quando alguma forma de precipitação (chuva, neve,
granizo ou outra) remova os compostos ácidos da atmosfera depositando-os sobre a
superfície. Este tipo de precipitação pode resultar na precipitação das gotículas onde se
formaram os ácidos ou do arraste pela precipitação de aerossóis existentes nas camadas
atmosféricas atravessadas pela precipitação em queda.

Apesar de menos significativa, a deposição a seco, isto é aquela que ocorre na ausência
de precipitação, representa cerca de 20 a 40% da deposição ácida total nas regiões
industrializadas. Para além da deposição de material sólido em suspensão no ar, este tipo
de deposição também inclui a aderência e adsorção de partículas e gases na superfície da
vegetação, nos solos e materiais geológicos e nas estruturas construídas.

Mecanismos de precipitação

A deposição da precipitação ácida ocorre essencialmente pela via úmida, tendo a


deposição seca um papel secundário (excepto nas proximidades de instalações industriais
que emitam grandes volumes de partículas para o ar).

A deposição pela via úmida ocorre quando alguma forma de precipitação (chuva, neve,
granizo ou outra) remova os compostos ácidos da atmosfera depositando-os sobre a
superfície. Este tipo de precipitação pode resultar na precipitação das gotículas onde se
formaram os ácidos ou do arraste pela precipitação de aerossóis existentes nas camadas
atmosféricas atravessadas pela precipitação em queda.

Apesar de menos significativa, a deposição a seco, isto é aquela que ocorre na ausência
de precipitação, representa cerca de 20 a 40% da deposição ácida total nas regiões
industrializadas. Para além da deposição de material sólido em suspensão no ar, este tipo
de deposição também inclui a aderência e adsorção de partículas e gases na superfície da
vegetação, nos solos e materiais geológicos e nas estruturas construídas.

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