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Ministério da Educação
Trabalho de Química
Tema: Chuvas Ácidas
r
2019,Luanda
Índice
1...Introdução
1.1 História
1.2 Causas e Consequências da Precipitação Ácidas
1.2.1
1.3 Amónia
1.3.1 Os óxidos de enxofre
1.3.2 Óxidos de azoto
1.3.3 Mecanismos de precipitação
2...Desenvolvimento
2.1 Efeitos da precipitação ácida
2.1.1 Efeitos sobre os solos e as águas
2.1.2 Efeitos sobre as florestas e as culturas
2.1.3 Efeitos sobre a saúde humana
3...Conclusão
3.1 Aumento da corrosão atmosférica
3.2 Regiões mais afectadas
3.3 Soluções
Introdução
História
As emissões de dióxido de enxofre e de óxidos de azoto têm crescido quase continuamente
desde o início da Revolução Industrial. Robert Angus Smith, num estudo realizado em
Manchester, Inglaterra, fez em 1852 a primeira demonstração da relação entre a acidez da
chuva e a poluição industrial, cunhando em 1872 a designação chuva ácida.
Apesar da relação entre precipitação ácida e poluição do ar ter sido descoberta em 1852, o
seu estudo científico sistemático apenas se iniciou nos finais da década de 1960. Harold
Harvey, professor de Ecologia na Universidade de Toronto, publicou em 1972 um dos
primeiros trabalhos sobre um lago "morto" em resultado da acidificação das suas águas pela
deposição ácida, trazendo a questão da chuva ácida para a ribalta da política ambiental.
O interesse público pelos efeitos da chuva ácida iniciou-se na década de 1970, a partir dos
Estados Unidos, quando o New York Times publicou os resultados obtidos em estudos feitos
na Hubbard Brook Experimental Forest (HBES), em New Hampshire, que demonstravam os
múltiplos danos ambientais que a acidez da precipitação estava a causar.
Ao longo das últimas décadas têm sido reportadas leituras de pH na água de gotas de chuva
e em gotículas de nevoeiro, colhidas em regiões industrializadas, com valores inferiores a
2,4 (a mesma acidez do vinagre).
A precipitação ácida com origem industrial é um sério problema em países onde se queimam
carvões ricos em enxofre para gerar calor e electricidade, como a China e a Rússia. Embora
com outras origens, com destaque para o tráfego automóvel, o problema afecta vastas
regiões da Europa e da América do Norte.
Em resultado dessa acidez natural, o limite para se considerar a precipitação como ácida
é em geral um pH inferior a 4,5 (a 20 °C), o que corresponde a precipitação que contém
concentrações mensuráveis de um ou mais ácidos fortes e que pela sua acidez causa
comprovados efeitos negativos sobre as plantas, os organismos vivos aquáticos e as
estruturas construídas e equipamentos com os quais entre em contacto.
Quando a chuva ácida cai sobre os rios e torna seu pH mais ácido, provocando alterações
relacionadas com o metabolismo de organismos com fecundação tipo externa. O
desenvolvimento de embriões fecundados na água é todo mediado por enzimas-
substâncias que facilitam todas as reações no interior dos seres vivos.
As principais fontes humanas dos gases poluentes primários são as indústrias, as centrais
termoelétricas e os veículos de transporte motorizado. Os gases libertados podem ser
transportados na circulação atmosférica por muitos milhares de quilómetros antes de
reagirem com gotículas de água, originando então os compostos que acidificam a
precipitação.
Amónia
Embora a amónia e os compostos orgânicos voláteis, com destaque para o dimetilsulfureto (DMS)
de origem oceânica e o ácido fórmico em algumas regiões de floresta tropical, contribuam para a
acidez da precipitação, os dois principais grupos de compostos que geram a acidez da precipitação
são os óxidos de azoto e os óxidos de enxofre, com predominância para estes últimos, os quais
são esmagadoramente de origem antrópica.
Os óxidos de enxofre
A principal causa de acidificação da precipitação é a presença na atmosfera de óxidos de
enxofre (SOx), com destaque para o dióxido de enxofre (SO2), um gás proveniente da
oxidação de compostos de enxofre (S) contidos nos combustíveis fósseis e na matéria
orgânica que é queimada. Outra importante fonte de gases contendo enxofre são as
emissões dos vulcões.
Na fase gasosa o dióxido de enxofre é oxidado por adição do radical hidroxilo via uma
reacção intermolecular:
Óxidos de azoto
Apesar do azoto (N2) ser o gás mais abundante na composição da atmosfera da Terra,
aquele elemento na sua forma diatómica é muito pouco reactivo. Para reagir com o
oxigénio gasoso precisa de grande quantidade de energia sob a forma de altas
temperaturas e pressões ou uma via catalítica adequada. Para além da conversão
bioquímica que ocorrem em organismos especialmente adaptados à fixação do azoto, na
natureza a oxidação do azoto apenas ocorre nas descargas eléctricas das trovoadas,
fazendo dos óxidos de azoto compostos em geral pouco comuns. Esta situação alterou-se
profundamente nas regiões industrializadas com a introdução dos motores a explosão.
Naqueles motores, as pressões e temperaturas criadas no interior dos cilindros levam à
oxidação do azoto do ar ali injectado, formando uma complexa mistura de óxidos de
azoto, em geral designados por NxOx, que é libertada para a atmosfera com os gases de
escape. São estes gases que, reagindo com os componentes da atmosfera, em particular
com a água, formam ácido nitroso (HNO2) e ácido nítrico (HNO3), ácidos fortes que
contribuem poderosamente para a acidificação da precipitação.
Mecanismos de precipitação
A deposição da precipitação ácida ocorre essencialmente pela via úmida, tendo a
deposição seca um papel secundário (excepto nas proximidades de instalações industriais
que emitam grandes volumes de partículas para o ar).
A deposição pela via úmida ocorre quando alguma forma de precipitação (chuva, neve,
granizo ou outra) remova os compostos ácidos da atmosfera depositando-os sobre a
superfície. Este tipo de precipitação pode resultar na precipitação das gotículas onde se
formaram os ácidos ou do arraste pela precipitação de aerossóis existentes nas camadas
atmosféricas atravessadas pela precipitação em queda.
Apesar de menos significativa, a deposição a seco, isto é aquela que ocorre na ausência
de precipitação, representa cerca de 20 a 40% da deposição ácida total nas regiões
industrializadas. Para além da deposição de material sólido em suspensão no ar, este tipo
de deposição também inclui a aderência e adsorção de partículas e gases na superfície da
vegetação, nos solos e materiais geológicos e nas estruturas construídas.
Mecanismos de precipitação
A deposição pela via úmida ocorre quando alguma forma de precipitação (chuva, neve,
granizo ou outra) remova os compostos ácidos da atmosfera depositando-os sobre a
superfície. Este tipo de precipitação pode resultar na precipitação das gotículas onde se
formaram os ácidos ou do arraste pela precipitação de aerossóis existentes nas camadas
atmosféricas atravessadas pela precipitação em queda.
Apesar de menos significativa, a deposição a seco, isto é aquela que ocorre na ausência
de precipitação, representa cerca de 20 a 40% da deposição ácida total nas regiões
industrializadas. Para além da deposição de material sólido em suspensão no ar, este tipo
de deposição também inclui a aderência e adsorção de partículas e gases na superfície da
vegetação, nos solos e materiais geológicos e nas estruturas construídas.