Vous êtes sur la page 1sur 10

CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

VEÍCULO ELÉTRICO HÍBRIDO

WELLINGTON TINOCO CARNEIRO

RECIFE
2019

WELLINGTON TINOCO CARNEIRO

1
VEÍCULO ELÉTRICO HÍBRIDO

NOME: Wellington Tinoco Carneiro

MATRICULA: 0124482

OBJETO: 4º CONGRESSO DE ENGENHARIA


UNINASSAU

LOCAL: Centro de Convenções - Recife-PE

PERÍODO: 26/04/2019 à 27/04/2019

CARGA HORÁRIA: 30 horas

MATERIA: Máquinas de Elevação

PROFESSOR: Alfredo José Batista

RECIFE
2019

2
Resumo

A ampla difusão da mobilidade individual motorizada a partir do início do século XX


até os dias atuais e o desenvolvimento urbano ensejado pela mobilidade e adaptado a ela
tornaram não apenas o veículo individual, mas também o de transporte coletivo e de cargas,
um elemento essencial para o funcionamento das sociedades modernas.
Entretanto, os problemas ambientais decorrentes do crescente consumo de
combustíveis, principalmente os fósseis, colocam em xeque a viabilidade da manutenção e,
sobretudo, da expansão da mobilidade sobre pneus nas bases tecnológicas tradicionais,
acionada por motores de combustão interna.
O acionamento elétrico, pela sua elevada eficiência e redução de emissões constitui a
forma mais efetiva de se viabilizar o potencial de aumento do número de veículos,
principalmente dos países em desenvolvimento, e preservar a mobilidade da maioria das
sociedades contemporâneas, a qual dificilmente poderá ser baseada apenas nos transportes de
massa, já eletrificados.
Nas últimas décadas ocorreram, e estão na iminência de ocorrer mudanças
importantes, decorrentes de uma nova visão do quadro energético mundial, dos avanços
tecnológicos dos sistemas de geração e controle de menor porte e de novas formas de uso de
energia pelo consumidor.
O Veículo Elétrico (VE) se destaca como um novo ator, tanto para o setor de transporte
quanto para o setor de energia elétrica, que deve ter papel decisivo nas transformações e
impactos que acarretará nos próximos anos. Esta tendência tem reflexos mundiais,
destacando-se as iniciativas nos Estados Unidos, na Europa, na China e no Japão que
apresentam uma aceleração, nos últimos doze meses, da penetração dos diferentes tipos de
veículos elétricos: híbridos e plug-in; leves e pesados; transporte individual e transporte de
massa.
A popularização de veículos elétricos dotados de bateria, contando ou não com
geração embarcada, denominado veículo elétrico híbrido, se constitui em elemento chave
desses impactos, traduzindo-se em maiores desafios para as empresas distribuidoras de
energia elétrica. O VE pode assumir o duplo papel de consumidor e gerador para o sistema
elétrico, mudando o relacionamento tradicional empresa-cliente e apresentando um novo
conjunto de requisitos a ser atendido pelas distribuidoras.

3
Palavras chave: Mobilidade individual motorizada, Bases tecnológicas tradicionais,
Veículo Elétrico, Híbrido, Plug-in

Introdução

Veículos elétricos (VE) são aqueles acionados por pelo menos um motor elétrico. A
difusão do emprego da energia elétrica no acionamento de veículos automotivos por serem
muito mais eficientes que os convencionais acionados exclusivamente por motores de
combustão interna, vem se tornando uma realidade premente.
Como há dezenas de milhões de veículos convencionais circulando no país, o VE pode
reduzir consideravelmente desperdícios evitáveis de combustíveis sobretudo de origem fóssil.
No início do século XX, circulavam muitos VEs a bateria, mas o aperfeiçoamento dos
motores a combustão interna (MCI), tornaram este o acionador padrão. A pequena capacidade
de armazenamento das baterias, seu peso e o tempo elevado para carga limitaram o uso dos
VEs ao atendimento de necessidades específicas como o transporte em áreas restritas.
No final do século, porém, observou-se um renascimento dos VEs estimulado
inicialmente por incentivos governamentais e normas que restringem emissões poluentes.
Embora o número de VEs ainda seja pequeno (300 mil a 400 mil de quatro rodas e um
número importante de biciclos), o estágio de experiências já se encontra ultrapassado e as
vendas crescem rapidamente pelas vantagens apresentadas: alta eficiência energética que
proporciona custos operacionais inferiores aos convencionais e elevado conforto, isto é, baixo
ruído e ausência de vibrações.
Os VEs podem ser classificados em cinco famílias de acordo com a forma como a
energia elétrica é disponibilizada a bordo:
 VE a bateria – VEB: A energia é fornecida por um conjunto de baterias que são
recarregadas na rede elétrica. Muitos modelos de VEB, competitivos para
determinados nichos de mercado, estão disponíveis em diversos países e são
fabricados tanto por indústrias tradicionais como novas;
 VE híbrido – VEH: A energia é fornecida por um gerador a bordo que é acionado por
um MCI. Estes veículos também usam sistemas de bateria e capacitores para acumular
energia elétrica, permitindo que o MCI. só opere nas condições ótimas ou fique
desligado. Destacam-se dois tipos básicos de VEH: O VEH "serial" onde as rodas são
acionadas apenas pelo (s) motor (es) elétrico (s) e o VEH "paralelo" onde as rodas
podem ser acionadas pelo MCI, em paralelo com o motor elétrico. Recentemente
surgiu o conceito de veículos "plug in", isto é, veículos que podem ser ligados à rede

4
elétrica para carga de baterias e dispõem de motor/gerador a bordo para carga das
baterias, extensão da autonomia e/ou adição de potência em ladeiras e arrancadas mais
fortes;
 VE de célula a combustível – VECC: Células a combustível, equipamento
eletroquímico que transforma a energia do hidrogênio diretamente em eletricidade.
Esta tecnologia é objeto de muita pesquisa na atualidade e diversos fabricantes
apostam nela como o futuro dos veículos. O hidrogênio será distribuído diretamente
ou produzido a partir do metano (Gás Natural), metanol ou etanol. O VECC também
usa a bordo importantes sistemas de acumulação de energia, sejam baterias ou
capacitores;
 VE ligado à rede ou trólebus: A energia é fornecida pela rede elétrica. Trata-se do tipo
mais presente no Brasil (estado de São Paulo). Entretanto, devido ao alto custo da rede
e dificuldades de trânsito, não há previsão de expansão;
 VE Solar – VES: A energia é fornecida por placas fotovoltaicas (FV). Restrito ao
ambiente das universidades que trabalham com as FV, é pouco provável que o VES
venha a se transformar em um veículo de uso prático pelas restrições de tamanho dos
veículos que limitam a dimensão dos painéis e consequentemente sua potência.

Veículos elétricos também podem produzir efeitos consideráveis no sistema elétrico


interligado do Brasil. O INEE tem trabalhado este tema no âmbito da geração distribuída e
enxerga um papel extremamente positivo para redução de perdas de transmissão e distribuição
no setor elétrico.
A penetração dos VEs no mercado se dará de forma espontânea, pelas suas virtudes na
medida que os consumidores percebam claramente suas vantagens. A dificuldade é que se
trata de uma mudança de paradigma, um processo de adaptação doloroso para os atores
tradicionais e que necessita superar barreiras de mercado e culturais.
Outros pontos que se destacam na avaliação da integração dos veículos elétricos com a
rede elétrica são:
 A interação do veículo elétrico com seu fornecedor de energia é bem mais complexa
do que a do veículo convencional com a rede de fornecedores do combustível que o
aciona.
 Serão necessários reforços em diversos pontos das redes de distribuição, além de
milhares de pontos de conexão, junto às residências e outros locais de estacionamento.

 Pontos de recarga rápida e/ou troca de baterias também poderão ser previstos e
implantados.
5
 Os procedimentos de conexão dos veículos à rede elétrica, de medição e cobrança do
fornecimento, bem como a padronização de seus conectores deverão se estabelecidos
de modo a permitir que um carro possa ser abastecido em qualquer localidade do país.

 Será importante explorar a interação controlada entre as baterias e as redes elétricas.


Enquanto o VE estiver ligado à rede, também poderá ceder energia de sua bateria para
contribuir para a melhoria do serviço de eletricidade prestado pela concessionária
local.

Eficiência energética

Qualquer atividade em uma sociedade moderna só é possível com o uso intensivo de


uma ou mais formas de energia. Dentre as diversas formas de energia interessam, em
particular, aquelas que são processadas pela sociedade e colocadas à disposição dos
consumidores onde e quando necessárias, tais como a eletricidade, a gasolina, o álcool, óleo
diesel, gás natural, etc.
A energia é usada em aparelhos simples (lâmpadas e motores elétricos) ou em sistemas
mais complexos que encerram diversos outros equipamentos (geladeira, automóvel ou uma
fábrica).
Estes equipamentos e sistemas transformam formas de energia. Uma parte dela sempre
é perdida para o meio ambiente durante esse processo. Por exemplo: uma lâmpada transforma
a eletricidade em luz e calor. Como o objetivo da lâmpada é iluminar, uma medida da sua
eficiência é obtida dividindo a energia da luz pela energia elétrica usada pela lâmpada.
Da mesma forma pode-se avaliar a eficiência de um automóvel dividindo a quantidade
de energia que o veículo proporciona com o seu deslocamento pela que estava contida na
gasolina originalmente.
Outra fonte de desperdício deriva do uso inadequado dos aparelhos e sistemas. Uma
lâmpada acesa em uma sala sem ninguém também é um desperdício, pois a luz não serve ao
seu propósito de iluminação.
Também um veículo parado em um engarrafamento está usando mais energia do que a
necessária por conta do tempo que fica parado no congestionamento.
Outros fatores mais sutis explicam muitos desperdícios. Um construtor barateia a
construção não isolando o "boiler" e os canos de água quente, pois quem pagará pelo
desperdício será o consumidor.
Vale notar que esses efeitos se multiplicam à medida que a energia vai migrando por
todos os setores da economia.
6
Uma lâmpada incandescente comum tem uma eficiência de 8% (ou seja, 8% da
energia elétrica usada é transformada em luz e o restante aquece o meio ambiente). A
eficiência de uma lâmpada fluorescente compacta, que produz a mesma iluminação, é da
ordem de 32%. Como o preço da lâmpada eficiente é entre 10 a 20 vezes mais caro do que a
comum, a decisão de qual delas comprar dependerá de fatores econômicos que consideram a
vida útil de cada uma e a economia proporcionada na conta de luz.
Os cálculos para tomar a decisão acima não são triviais. Exigem o domínio de
ferramentas de matemática financeira desconhecidas pela maioria dos consumidores. A
seleção de equipamentos e sistemas mais complexos pode ser mais difícil ainda. Esta é a
razão pela qual muitos consumidores usam inadequadamente todas as formas de energia.
Para se constatar se a eficiência energética é ou não obtida por uma ação é preciso
medir os resultados relacionados com a redução de consumo de energia e com os ganhos
associados. Para se garantir que os resultados obtidos se mantenham ao longo do prazo
contratual, é preciso verificar, por meio de monitoramento contínuo ou não, os seus valores.
A existência de procedimentos padronizados é especialmente importante quando há
contratos de desempenho garantido com ESCOs ou financiamentos de terceiros. Ao mesmo
tempo, a M&V é uma ferramenta muito útil para a gestão energética em geral.

Vantagens e Desvantagens do Veículo Elétrico

Veículo Elétrico é um tema muito atrativo para todas as pessoas. Desde que o
problema com a poluição se tornou mais visível, o veículo movido a combustível fóssil se
tornou um vilão e o veículo elétrico retornou como uma alternativa atraente. Lembramos que
o veículo elétrico já dominou a cena nos EUA no início do século XX, contudo, foram
suplantados pelos automóveis a gasolina produzidos pela Industria automobilística, devido ao
menor custo e desempenho aceitável para aquela época. Não se pode deixar de comentar que
os interesses e o lobby das empresas produtoras de petróleo sobre a indústria automobilística.
As principais vantagens do veículo elétrico são:
 Diminuição drástica dos resíduos poluentes: Caso a energia elétrica seja de
fonte renovável (como hidroelétrica ou eólica), a vantagem é muito grande
para o carro elétrico, contudo se a energia utilizada para carregar a bateria for
originada de uma usina termelétrica, mesmo que nesta sejam gerados menos
resíduos poluentes do que se fosse queimado o combustível fóssil para
movimentar o carro, esta vantagem é muito questionável, pois por muitos não
é considerada uma alternativa 100% renovável e ambientalmente sustentável
7
 Melhor eficiência energética: a eficiência dos motores a combustão não passa
de 40%. Com a necessidade do câmbio, a energia entregue as rodas é menor
ainda. Os motores elétricos têm mais de 90% de eficiência. Em conjunto com
um bom inversor (também 90% de eficiência), a eficiência total do conjunto
pode ser de 81%;
 Condução mais agradável: por ser bastante silencioso, a condução do carro
elétrico é bastante agradável. Caso todos os carros de uma cidade fossem
elétricos, a poluição sonora seria bem menor;
 Menor custo de manutenção e operação: o custo atual da eletricidade
comparado com o preço do combustível torna o custo do km rodado muito
mais barato com um veículo elétrico. A quantidade menor de peças móveis e de
filtragem faz com que haja menos desgaste mecânico, tornando a manutenção
simplificada.;
 No Brasil, teríamos também o benefício de não existir “energia adulterada”. A
bateria é, com certeza, o ponto fraco deste quesito. Porém, caso a mesma fosse
alugada, por exemplo, ao invés de ser comprada, o custo de operação
aumentaria significativamente, porém ainda ficaria vantajoso;

As principais desvantagens do veículo elétrico são:


 Baixa autonomia: ela não armazena tanta energia quanto um tanque de
combustível. Em outras palavras, a bateria tem densidade de energia menor do
que o tanque de combustível. Isso significa que para a mesma autonomia, o
volume da bateria seria muito maior do que o tanque, aumentando
consideravelmente o peso do veículo e, consequentemente, aumentando o
consumo. Hoje existem várias pesquisas em cima de células de carga que
armazenem uma quantidade maior de energia e ocupem menos espaço/volume,
sendo assim esta é uma desvantagem que deverá deixar de existir em
pouquíssimo tempo;
 Durabilidade da bateria: as melhores tecnologias em termos de capacidade de
carga (baterias de lítio) têm problemas de durabilidade. Elas diminuem sua
capacidade de carga com o passar do tempo (pelo menos 10% ao ano),
tornando-se inviáveis em 4 ou 5 anos;
 Segurança da utilização: não se pode desprezar o problema de segurança
trazido pelas baterias. Basta procurar no Youtube por explosão de baterias de
lítio, para ver como as mesmas podem ser perigosas no caso de uma batida

8
forte. É claro que os fabricantes têm trabalhado nesta questão para trazer a
confiabilidade e segurança para um nível aceitável. Mas, qualquer que seja a
solução adotada, ela inevitavelmente vai trazer mais complexidade para o
sistema e mais peso para o veículo;
 Tempo de recarga: As tecnologias atuais de baterias, invariavelmente, pedem
que a recarga seja lenta para otimizar a vida útil. Desta forma, a única forma de
“reabastecer” rapidamente o automóvel, seria trocar a bateria inteira. Esta é
uma técnica utilizada em alguns países da Europa. No entanto, mais peso será
adicionado ao veículo para comportar o mecanismo de travamento da bateria e
além disso, esse mecanismo nunca seria tão bom quanto a própria bateria ser
integrada ao veículo. Além do mais, no caso da bateria integrada, poder-se-ia
usá-la como elemento estrutural ou de fechamento do veículo, diminuindo
assim o peso final do mesmo.

Conclusão

Como é ter carro elétrico no Brasil? O depoimento de um BMW i3 e de um scooter


elétrico, o administrador de empresas Leonardo Celli Coelho, diz gastar apenas R$ 60 por
mês com a conta de luz da sua casa, em Jaguariúna (SP), equipada com um carregador
semirrápido "Wallbox Pro" na garagem. Sendo um dos primeiros entusiastas da tecnologia
elétrica para automóveis no Brasil, Coelho instalou células fotovoltaicas no telhado do
imóvel, que geram toda a energia de que necessita, e diz gastar R$ 0,10 por quilômetro rodado
com o carro. Para isso, investiu cerca de R$ 25 mil nos equipamentos, mais o custo dos
veículos.
O administrador explica que precisa pagar pela instalação diferenciada: as placas
solares precisam passar por uma homologação da concessionária de energia; o medidor
convencional é substituído por um de "duas vias", responsável por registrar tanto a
eletricidade consumida pelo imóvel quanto a produzida pelas células; é preciso contratar 50
kWh obrigatórios da "taxa de disponibilidade" de energia. Daí o preço fixo mensal citado.
Não fosse isso, diz Leonardo Celli, “poderia até estar recebendo dinheiro, em vez de
pagar, pois na prática, as placas geram mais energia do que gasto”. Leonardo diz ainda que
seu sistema caseiro produziu de março a abril de 2018, mais de 1,9 mil kWh, contra um
consumo de 1.789 kWh no mesmo período. No mês passado, o imóvel gerou 427,6 kWh e

9
consumiu 523 kWh, mas aí o administrador usou créditos obtidos com a produção excedente
em meses anteriores e continuou pagando a tarifa mínima. O administrador estima que o gasto
com as placas solares seja compensado em cinco anos ou menos.
A análise da fatura indica ainda que seu gasto com o carro elétrico em si é de R$ 12 a
cada recarga completa para rodar pelo menos 110 km, chegando ao custo de R$ 0,11 por
quilômetro. Vale destacar que Coelho roda cerca de 40 km por dia, a maior parte em percurso
urbano.

Referências bibliográficas

 INEE – Instituto Nacional de Eficiência Energética;


 INERGIAE - Odair J.C.
 Do UOL, em São Paulo (SP); Colaboração para o UOL - Eugênio Augusto Brito;
Alessandro Reis

10

Vous aimerez peut-être aussi