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ricardo tolipan * joaquim de andrade wandyr hagge « carlos magno lopes 4 maria de lourdes rollemberg mollo jo&o heraldo lima * mauro boianovsky edward j. amadeo ¢ martin bes mario luiz possas ¢ joao sabéia fernando cardin de carvalho jonas zoninsein edward j. amadeo (org.) ~Ensaios sobre Economia Politica Moderna: ry teoria e historia do pensamento econémico Este livro ou parte dele nao pode ser reproduzido por qualquer meio sem autorizagao escrita do Editor Impresso no Brasil Copyright © 1989 by Edward Amadeo et alii Direitos exclusivos para esta edigdo: Ediitora Marco Zero Rua Indcio Pereira da Rocha, 273 05432 — So Paulo - SP Apoio Editorial: Editora Universidade de Brasflia Campus Universitario — Asa Norte 70910 — Brasilia, Distrito Federal Equipe Técnica Editoracdo: José Raimundo Reis da Silva 50378 LPB9 BR 44-9 APPE/O4ASOL Eco Supervisdo Gréfica: Antonio Batista Filho Elmano Rodrigues Pinheiro Capa: Maria Helena F. de Andrade ISBN 85-230-0290-1 Ficha Catalografica elaborada pela Biblioteca Central da Universidac E59s —_Ensaios sobre economia poltica moderna: teoria e hist6- tia do pensamento econémico / Edward J. Amedeo, org. — Sdo Paulo: Editora Marco Zero, 1989. 210p. 1. Amdeo, Edward J. CDU 330.8 (09) EM DIREGAO A UM PARADIGMA MICRODINAMICO: ‘A ABORDAGEM NEO-SCHUMPETERIANA® Mario Luiz Possas** | INTRODUGAO Oestudo dos processos de mudanga tecnolégica revelou-se durante muito tem- po um dos terrenos em que a andlise econémica, em suas vertentes dominantes, en- frenta obstaculos praticamente intransponiveis. Dentre as varias razdes que podem ser invocadas para este efelto, destacam-se duas que tém particular interesse neste ensaio. ‘A primeira razdo prende-se ao caréter estatico da teoria econdmica dominante, a neoclassica, cuja abordagem predominantemente atemporal, relativa a situagdes hipotéticas de equillbrio, é particularmente inadequada para lidar com processos de mudanga. Quando muito 6 capaz de focalizar duas posig6es distintas sob a ética da estética comparativa, onde o processo de transicéo é deixado de lado. Neste quadro, ndo surpreende que a mudanca tecnolégica tenha merecido quando muito referéncias secundérias, quase sempre sob 0 rétulo sugestivo de “escolha de técnicas”, em que sobressaio critério de racionalidade microeconémica otimizadora atribulda & empre- sa capitalista em face das alternativas tecnolégicas predeterminadas ou, como dizia Joan Robinson, dada “por Deus ¢ pelos engenheiros”. As abordagens que se centram no processo de mudanga técnica, pensando-o mesmo como motor da dinamica eco- nomica capitalista, so marginals em relagao aquele eixo tebrico hegemOnico. Entre estas destacam-se claramente as de Marx e Schumpeter, ndo por acaso as princi- pais referéncias tebricas para a recente retomada, no Ambito da reflexao erica em economia, da preocupagdo com a mudanga e 0 progresso tecnolégicos. Em segundo lugar, merece registro o carater até certo ponto interdisciplinar que se exige de uma andlise do processo de mudanca tecnolégica, no apenas quanto a seus efeitos, que certamente desbordam para o social, 0 institucional e o cultural, mas em funco de seus determinantes, cujos aspectos especflicos & ciéncia e a Ibgi- ca interna das trajetérias tecnolégicas os tomnam irredutfveis & pura racionalidade eco- némica. Trata-se, potanto, de um objeto particularmente avesso do tratamento preten- ‘samente auto-suficiente que a andlise econémica tem por habito dispensar, em suas vertentes ortodoxas, aos temas que lhe caem nas malhas. O estudo da natureza, dos determinantes ¢ dos efeitos da mudanca técnica requer nao simplesmente uma teoria econémica prépria, mas um corpo analttico e teérico que, respeitando suas im- * Este artigo 6 parte de um trabalho desenvolvido junto ao NPCT/IG/UNICAMP com apoio do CNPq, * Do Instituto de Economia da UNICAMP.

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