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EBOOK

STOP BULLYING

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INDICE

INTRODUÇÃO 04

BULLYING- VIOLÊNCIA ASSISTIDA, BRINCADEIRA DETURPADA 05

A GRAVIDADE DO BULLYING 07

TIPOS DE BULLYING 09

BULLYING NO LOCAL DE TRABALHO 10

MUITO ALÉM DA BRINCADEIRA 11

BULLING, A MATÉRIA MAIS DIFÍCIL DA ESCOLA 12

SINAIS DO BULLYING 13

QUEM SÃO OS AGRESSORES? 15

A POSIÇÃO DA ESCOLA DIANTE DO BULLYING 16

BULLYING EM NÚMEROS 17

INFOGRÁFICO 20

COMO AJUDAR AS VÍTIMAS E COMBATER O BULLYING 23

VÍTIMA X AGRESSORES 24

COMO PROCEDER CONTRA O BULLYING CORPORATIVO 27

COMO OS PAIS E A FAMILIARES PODEM AJUDAR 28

O COMBATE AO BULLYING, É RESPONSABILIDADE DE TODOS 31

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INTRODUÇÃO
Na década de 701, o psicólogo sueco Dan Olweus determinou que o termo
Bullying, seria usado para definir qualquer tipo de agressão física, verbal
entre outros tipos de agressões de crianças, jovens ou adultos, contra seus
semelhantes.

Em 20122, o jovem Cade Poulos se matou na escola que estudava em


Oklahoma nos Estados Unidos por conta do Bullying que sofria; Audrie
Pott foi embebedada e estuprada, além de ter fotos tiradas pelos
agressores e postadas na internet...Audrie se matou 1 semana depois.

Uma jovem brasileira de apenas 12 anos, sofria Bullying dos colegas da


escola por ser negra e adotada, e por vezes tentou o suicídio. Hoje não
consegue mais estudar, precisando de auxílio psicológico intenso. Um
jovem gay3 do Rio de Janeiro, aos 9 anos foi arremessado contra uma
carteira. Até hoje ele carrega a cicatriz do fato.

Todos esses casos no Brasil e do mundo, são apenas alguns exemplos de


como o Bullying pode ser perigoso. Além de degradar emocionalmente,
ainda deixa marcas profundas no psicológico e no corpo de suas vítimas,
sendo que em muitos casos, é possível que estes nunca se recuperem.

Neste e-book, trataremos sobre o que é Bullying, os tipos, qual a


porcentagem do problema em nossa sociedade, além do papel da escola e
da família no processo de cura das vítimas. Além disso, trataremos
também sobre o Bullying corporativo, que afeta muitos trabalhadores e
igualmente trás prejuízos a vida pessoal e profissional.

1
https://www.todamateria.com.br/bullying/
2
https://www.fatosdesconhecidos.com.br/7-casos-em-que-o-bullying-passou-dos-limites-e-acabou-em-
tragedia/
3
https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/violencia-relacionada-identidade-de-genero-
orientacao-sexual-faz-alunos-abandonarem-escola-21415872

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´´Jerry Mitchell é um pacato estudante do ensino médio e precisa fazer


uma entrevista com o valentão da escola Buddy Revell, que se irrita com
ele e marca uma briga para as 3 horas, onde ele deseja bater em Jerry e
mostrar a todos o quanto é forte e viril.``

A história acima é a sinopse do filme americano de 1987 ´´Te pego lá


fora``, grande sucesso da época e que retratava as horas intermináveis
que Jerry busca para fugir do encontro com o aluno novo mais forte e
mais velho, que desejava constrange-lo diante de toda escola.

Mas apesar de tudo estar aparentemente contra Jerry, no final ele


consegue vencer Buddy e se tornar o mais popular da escola...porém a
realidade nem sempre é assim.

O Bullying, segundo o dicionário Michaelis4 é ´´Ato agressivo sistemático,


envolvendo ameaça, intimidação, praticado contra alguém, por um
indivíduo ou um grupo de pessoas. Ocorre geralmente em escolas, porém
pode ser praticado em qualquer outro local. Trata-se de ação verbal que
pode, em situações extrema, evoluir para agressão física.``

O termo é derivado do inglês e significa cruel, bruto e tirano. Os sinônimos


de Bullying é opressão, agressão física e/ou verbal, ameaça, tirania,
humilhação, coação e intimidação.

4
http://michaelis.uol.com.br/busca?id=Vxme

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O Bullying acontece quando alguém que se julga mais inteligente, forte


fisicamente ou que possua status financeiro e classe social superior, se
colocando acima de outras pessoas que este julga inferiores, humilhando
e subjugando.

Como no exemplo do filme, Buddy acredita ser melhor que Jerry por
julgar-se mais forte e poderoso, usando a violência para impor esse poder.
Na maioria dos casos de Bullying, o agressor utiliza a violência física para
provar sua superioridade sobre o outro.

Os comportamentos mais comuns5 para determinar que um


comportamento é Bullying contra outra pessoa são:

 Ameaças;
 Calúnias e difamações;
 Boatos e fofocas;
 Bater;
 Roubar;
 Xingar de nomes depreciativos e pejorativos;
 Cuspir;
 Zombaria;
 Convencer outros a não manter amizade e nem proximidade.
Segregar.

A GRAVIDADE DO BULLYING

Mas o que leva uma pessoa a


agir desta forma contra outro
ser humano? Existem vários
motivos, porém os mais comuns
e que acontecem em pessoas
jovens em idade escolar, é a
inveja do agressor pelo

5
https://www.msn.com/pt-br/estilo-de-vida/other/5-ind%C3%ADcios-de-quem-sofre-bullying/ar-
BBH2zks

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agredido, o se achar inferior e portanto busca demonstrar a força para se


autoafirmar e relacionamentos amorosos com terceiros, onde o ciúme
impera.

Mas apesar de todos os motivos serem de fato algo forte e que possa
levar alguém a se sentir inferior e desprezado, chegar ao ponto de ferir
outra pessoa, seja com palavras e pior, com atitudes que prejudiquem a
vida, é passar dos limites e deve ser considerado até como um problema
legal/jurídico.

Os agressores usam palavras pejorativas, debocham e conforme se


sentem mais seguros, começam a usar palavras depreciativas de baixo
calão, ao nível de começar a tocar na vítima, com empurrões por exemplo.

Com o tempo, a violência fica mais evidente com socos, tapas e cuspes e o
grande problema do Bullying é que ele tende a se tornar um
comportamento que se desenvolve e toma cada vez mais violento.

Conforme se desenrola o problema, mais a vítima se sente oprimida,


crendo que não pode contar com ninguém e que como não tem forças de
sair dessa situação, doenças físicas podem se desenvolver a partir daí, tais
como problemas gastrointestinais, doenças no coração e transtornos
psicológicos como a depressão.

Mas com certeza a maior preocupação atualmente é com o aumento no


número de suicídios, que nos jovens que sofrem algum tipo de Bullying é
bastante evidente. Pesquisas afirmam que entre 2002 e 20176, houve um
aumento de 10% em suicídios de jovens em idade escolar, sendo que a
grande maioria passava constantemente por essa situação..

A série 13 Reasons Why7, mostra o caso de uma jovem que se matou por
conta do Bullying, um dos motivos do crime. Séries como essa, assim
como filmes e livros sobre o assunto, retratam uma realidade que muitas
vezes não estamos vendo, ou apenas evitamos enxergar.

6
http://www.bbc.com/portuguese/brasil-39672513
7
https://pt.wikipedia.org/wiki/13_Reasons_Why

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TIPOS DE BULLYING

Existem basicamente 48 tipos de Bullying:

 Físico- Mais evidente de todas as formas de Bullying, o físico é


quando a vítima sofre agressões como socos, pontapés, empurrões,
isso vindo de uma pessoa ou grupo;

 Social- Quando um grupo de pessoas segrega, estão cometendo o


Bullying Social. Em geral, este tipo de Bullying começa quando
alguém conta um boato e calunia a vítima como o autor. Este sem
ter como se defender, acaba sendo tratado com desprezo;

 Psicológico- Quando a vítima sofre intimidação, ameaças,


chantagem emocional ou manipulação de algum tipo, este é o
Bullying psicológico;

 Virtual- O CyberBullying é o termo mais usado para identificar o


Bullying Virtual. Neste caso, a vítima é afrontada nas redes sociais e
por email, tendo suas fotos pessoais expostas de forma agressiva ou
pejorativa, além de receber ofensas.

Além dessas, podemos também frisar mais 5 como o Bullying Material,


Verbal, Moral, Sexual e Escrito. No material, a vítima vê seus pertences
serem destruídos; no Verbal sofre ofensas e xingamentos;

No moral, seu caráter e personalidade são destacados e negativados; no


Sexual, a pessoa é constrangida e chantageada, sofrendo abusos sexuais e
no escrito, desenhos e frases são redigidas para ridicularizá-la.

8
https://saude.abril.com.br/bem-estar/os-8-tipos-de-bullying/

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BULLYING NO LOCAL DE TRABALHO

Apesar do Bullying sempre ser referido a escola, na vida adulta o problema


também acontece, principalmente dentro dos locais de trabalho.
Diferente do que acontece na infância e adolescência, o Bullying é muito
mais sutil e infame.

Na grande maioria dos casos, o Bullying no mundo corporativo9 acontece


quando líderes ou mesmo funcionários na mesma posição, começam a
humilhar, repreender e inferiorizar outro colega.

O Bullying nas empresas tem relação direta com o Assédio Moral10. Forma
de humilhar outro profissional, com julgamentos e colocações que visam
constrange-lo e ridiculariza-lo, não somente a pessoa em si mas
principalmente sua capacidade e desempenho no trabalho.

Ainda que o Assédio Moral e o Bullying sejam muito parecidos, no


Assédio, geralmente a imposição e conduta degradante e humilhante é
dado a uma equipe como um todo, e não somente a uma determinada
pessoa.

Existe muitos casos onde empresas que precisam bater determinadas


metas, ridicularizam seus funcionários, ao ponto de constrangê-los,
provocando problemas de saúde como depressão e ansiedade.

9
http://www.administradores.com.br/noticias/carreira/bullying-qual-o-perfil-do-agressor-no-ambiente-
corporativo/42662/
10
https://jus.com.br/artigos/36781/assedio-moral-cobranca-e-punicao-nas-empresas-com-politica-de-
metas

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Ou seja, nas empresas, o Bullying Psicológico é o tipo mais comum de


humilhação. Além dele, também podemos dizer que o CyberBullying se
intensifica nesse ambiente, já que as redes sociais é um palco onde
postamos desde fotos até opiniões pessoais e pode se tornar o início de
humilhações online, que passam para o dia a dia empresarial.

MUITO ALÉM DA BRINCADEIRA

Como o título deste capítulo, a violência é em geral assistida, pois outras


pessoas tem o conhecimento do que acontece, porém no início, acredita-
se que seja apenas uma brincadeira, nada sério a ponto de ser
considerado um abuso.

Mas a brincadeira é deturpada, ou seja, nada se assemelha com algo


divertido, já que a vítima de Bullying em geral não compactua com essas
atitudes, antes se sente triste, calada e arredia, buscando se esquivar de
todas as humilhações, desenvolvendo baixa autoestima e pouca
comunicação.

Em todo mundo, leis estão sendo criadas para combater os atos de


violência e humilhação que o Bullying causa. Além disso, já é conhecido e
provado que muitos casos apurados tanto em escolas como empresas,
tem relação direta com Bullying.

Portanto o Bullying não é apenas um problema social mas algo que pode
envolver vários fatores como doenças físicas, psicológicas e
principalmente emocionais. O Bullying é de longe, uma das maiores causas
de suicídio entre jovens no mundo.

Portanto é fundamental que as vítimas se sintam abraçadas e protegidas,


entendendo que possuem voz e podem pedir ajuda. Que não estão
sozinhas e que os países estão se mobilizando em prol de um futuro sem
Bullying.

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O Bullying pode acontecer em qualquer esfera da sociedade. Onde exista


relacionamento interpessoal, o problema pode acontecer. Na escola em
especial, o ambiente é propício para o desenvolvimento dessa prática, já
que envolve pessoas em formação e que necessitam de orientação para
viverem em sociedade.

Apesar de sabermos que somos todos diferentes, associamos as


diferenças como algo ruim. O julgamento se torna mais importante que
conhecer as pessoas e por vezes, podemos perder a oportunidade de fazer
amizades para toda vida, em prol de um julgamento infundado.

Mas quem parte para violência11, seja ela física ou verbal, não está em
busca de amizades, mas de se autoafirmar e assim ter segurança em si,
acreditando ser superior e desta forma, atingí-lo negativamente.

SINAIS DO BULLYING

Para se perceber quando acontece o Bullying, é preciso que pais e


professores estejam atentos a vida acadêmica da criança e se atentar
para comportamentos diferentes como:

11
https://br.guiainfantil.com/violencia-escolar/48-o-agressor-e-a-vitima-da-violencia-escolar.html

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 Medo- O medo é um gatilho natural do organismo humano frente


às situações de perigo. Jovens que passam por Bullying na escola,
sentem medo constantemente, tanto de serem alvo todos os dias
dos agressores, assim como o receio dos pais saberem e
enfrentarem represálias;

 Ansiedade- O jovem que sofre Bullying, em geral fica mais ansioso e


quase não se concentra no que antes recebia total atenção. Sua
percepção fica limitada e sente insegurança deixando-o cada vez
mais tenso;

 Introspecção- Crianças e jovens vitimas de Bullying, em geral são


mais tímidos do que jovens que não passam pelo problema. Evitam
locais com muita gente e até mesmo o relacionamento familiar fica
prejudicado. Se isolam na escola, fazendo poucos ou nenhum
amigo;

 Rendimento escolar em queda- Crianças e jovens que sofrem


Bullying, não se concentrar nas aulas, tem mais faltas e
consequentemente seu rendimento escolar cai.
É muito comum que jovens que tenham sempre boas notas, quando
passam por Bullying, acabam por não manterem a mesma
qualidade e faltam mais vezes. Nos casos mais graves, abandonam a
escola;

 Baixa autoestima- Um dos sinais claros das vítimas, é sua


autoestima extremamente baixa. Evitam se arrumar, a cuidar da
aparência e procuram não serem notados.
Além disso, se acham feios, se sentem deslocados no mundo e
inferiores ao agressor;

 Ataques de fúria- Eis um dos graus mais sérios e um dos sinais mais
característicos de quem sofre Bullying. Com o passar do tempo, as

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agressões podem ficar mais evidente e ir aumentando em


intensidade.
Por conta disso a vítima se sente constantemente pressionada,
levando a agir com familiares de forma agressiva e desrespeitosa.
Em geral, jovens que passam por isso sofrem de depressão e em
muitos casos, já tentaram o suicídio.

QUEM SÃO OS AGRESSORES?

Quando pensamos em Bullying, a


primeira coisa que nos vem a
mente são dois meninos, um
mais magro e menor e o outro
mais forte e alto, batendo e
zombando do mais fraco.

Mas nem sempre o Bullying tem


esta face estereotipada pela
sociedade. Como foi dito no
12
tópico anterior, segundo o IBGE , 30% de alunos brasileiros na faixa etária
dos 13 aos 15 anos, vivenciam o Bullying, sendo que desses, apenas 9,2%
são vítimas, enquanto o restante, 20,8% é formado pelos agressores.

Ou seja, vemos que o número de jovens que zombam e ferem seus


colegas é muito maior do que se acreditava. Mas ao contrário do que se
acredita, nem sempre o agressor é um jovem alto, forte e com ´´cara de
mau``. O perfil dos agressores pode pontuar vários aspectos:

 Sofrem violência física ou verbal em casa;


 Vivem em um ambiente hostil, com violência doméstica;
 Foram educados em um lar permissivo;
 Possuem pais ausentes;
 Gostam de subjugar alguém para impor sua sensação de poder;
 Não possuem empatia;
12
https://veja.abril.com.br/educacao/um-em-cada-cinco-adolescentes-pratica-bullying-no-brasil/

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 Sentem prazer no sofrimento alheio.

Ou seja, muitas vezes os agressores sofrem Bullying dentro de casa, mas


fora dela, buscam demonstrar uma aparência de falsa moralidade,
enquanto subjuga pessoas que julga inferiores. Por não conhecer e nem
poder associar amor com atos de carinho, se vale da violência, única
alternativa que conhece, para se auto afirmar.

A POSIÇÃO DA ESCOLA DIANTE DO BULLYING

A escola tem uma grande responsabilidade nesse aspecto, já que é dentro


de seu recinto que crianças e jovens ficam confinados por boa parte do
tempo, e portanto não devem apenas frequentar aulas e oferecem seus
deveres, mas também receber em troca a segurança e educação
necessária.

É preciso que a conscientização comece desde o mais alto escalão até o


mais baixo, pois não são poucos os casos de alunos que buscam ajuda da
direção, coordenação e autoridades dentro do centro escolar e não
recebem atenção e o cuidado necessário.

Como a grande parte dos casos de Bullying começam no ambiente escolar,


cabe a escola promover eventos que transmitam desde os mais pequenos
até os jovens mais maduros, que eles precisam aprender a lidar com as
diferenças.

Quanto mais jovem for a criança, maiores as chances desta absorver o


ensino correto e lidar corretamente com as diferenças de seus
semelhantes. Assim, saberá reconhecer que também possui diferenças, e
que elas não podem ser motivo de qualquer tipo de chacota ou violência.

Cabe a escola aproximar os pais da vivência escolar dos filhos, Por isso a
escola tem um importante papel em mostrar como se aproximar dos filhos
e garantir não só a integridade física e mental deles, mas a segurança que
precisam, para que o Bullying não seja mais tolerado, mas combatido.

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Segundo a ONU, depois de uma pesquisa feita com mais de 100 mil jovens
em 18 países13, constatou-se que a metade deles já enfrentou algum tipo
de Bullying na vida. Os dados espantosos, preocupam os médicos, pais e
professores, já que o Bullying não afeta apenas o jovem enquanto aluno,
mas pode se tornar um problema psicológico grave para toda vida.

No Brasil por exemplo, 43%14 dos jovens entrevistados, afirmaram serem


vítimas de Bullying, e pelo que se apurou, é uma média entre todos os
países sul americanos como Argentina (47,8%) e Colômbia (43,5%). Nos
números brasileiros, podemos afirmar que 1 em cada 10 estudantes, sofre
algum tipo de Bullying.

No país, os números mostram que 17,5%15 dos alunos sofrem alguma


forma de Bullying várias vezes no mês; 9,3% são ridicularizados com
piadas e chacotas; 7,8% são excluídos dos grupos e 7,9% são caluniados e
sofrem boatos maldosos.

9% dos jovens, passam diariamente por algum tipo de Bullying e 3,2%


afirmaram ser alvo de Bullying físico, ou seja, sofrem agressões de vários
aspectos. Apesar dos números alarmantes, o Brasil não é considerado um
dos países com mais casos do problema.

Segunda o relatório da OCDE- Organização para Cooperação e


Desenvolvimento Econômico, na pesquisa feita em 53 países, o Brasil
aparece no ranking 43, ou seja, muito abaixo de países mais desenvolvidos
e que lideram o ranking como Portugal.

Atualmente, Portugal16 é um dos países com mais problemas de Bullying


escolar, ficando à frente dos Estados Unidos, conhecido por casos de
Bullying nas escolas. Na média mundial, enquanto 44% dos jovens
estudantes brasileiros afirmam que gostam da vida que tem, no mundo, a
média é de 34%.
13
http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2017-04/um-em-cada-dez-estudantes-no-brasil-e-
vitima-frequente-de-bullying
14
https://claudia.abril.com.br/sua-vida/metade-criancas-jovens-do-mundo-sofrem-bullying-pesquisa-
da-onu/
15
https://educacao.uol.com.br/noticias/2017/04/19/quase-18-dos-alunos-dizem-sofrer-bullying-no-
brasil-diz-estudo.htm
16
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/violencia/portugal-com-mais-relatos-de-bullying-do-que-os-eua

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Quanto ao gênero17, existe uma diferença do tipo de Bullying mais usado.


Por exemplo, os meninos são os alvos mais comuns e atualmente 15%
deles passam pelo Bullying físico. Já entre as meninas o Bullying
compreende apenas 9% dos casos, porém o que predomina é o tipo
psicológico.

Outro ponto que não pode ser ignorado é quanto ao Bullying direcionado
a um grupo especificamente. Pessoas com orientação sexual18 e
identidade de gênero, são os alvos mais claros dos vários tipos de
humilhação nas escolas e em vários moldes da sociedade.

73% dos jovens LGBT já sofreram algum tipo de ofensa verbal e 60% por
conta de sua identidade de gênero. Além disso, existem casos onde a
ofensa verbal migrou para agressões físicas e 60% dos alunos LGBT, se
sentiam inseguros na escola, assim como 43% de pessoas por sua
identidade de gênero.

17
https://epoca.globo.com/educacao/noticia/2017/04/meninos-sofrem-mais-bullying-fisico-meninas-
moral.html
18
http://educacaopublica.cederj.edu.br/revista/artigos/diversidade-sexual-e-bullying-na-escola-
desafios-e-possibilidades

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No mundo corporativo19, o Bullying também possui números


preocupantes quanto a forma como profissionais são tratados por seus
colegas e superiores. Num estudo da Robert Half, concluiu que 13% dos
trabalhadores que passaram pelo problema, pediram demissão por não
suportar a pressão.

Dos profissionais que se mantiveram na empresa, 32% conseguiram


continuar por que confrontaram seus algozes. 17% preferiram não se
defender e buscaram outras formas de evitar as ofensas, mas 27%
preferiram reportar a seus superiores o que acontecia.

A pesquisa também conversou com gestores e 62% deles afirmaram


perceber casos de Bullying nas equipes que lideravam, porém preferiram
não intervir. Um dado surpreendente, é que 50,2% dos líderes que fazem
Bullying com seus funcionários, são mulheres. Os homens abrangem
apenas 44,7%.

Com esses valores reais, é possível que tanto escolas como empresas,
consigam ter uma base do quanto o Bullying é real e precisa ser evitado. A
sociedade deve analisar cada dado e perceber definitivamente que os
casos de humilhação devem ser aniquilados, se quisermos viver em um
mundo mais justo e melhor para todos.

19
https://www.roberthalf.com.br/blog/tendencias/voce-ja-sofreu-bullying-no-trabalho

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Diálogo, eis a máxima que falta para que o Bullying possa ser combatido.
Nas famílias, nas escolas e no trabalho, o assunto polêmico deve ser
debatido, se quisermos uma sociedade mais correta, principalmente
pensando nas próximas gerações.

Brincar, ´´tirar o sarro`` de forma divertida e não depreciativa, ter atitudes


que num âmbito da amizade seja natural não é problema, mas quando a
brincadeira passa dos limites, com ofensas, humilhações e zombarias, o
Bullying se revela.

Tanto para a vítima como para o agressor, é preciso que a sociedade se


preocupe. Por que em muitos casos, o agressor também é vítima e em
100% dos casos, a vítima não tem condições físicas, emocionais ou
psicológicas de se defender.

VÍTIMA X AGRESSORES

Durante anos, acreditava-se que uma pessoa vítima de Bullying, era


alguém fraco, assim como o estereótipo do agressor, como alguém forte e
superior.

Ou seja, sempre é levado em conta a vítima e isso é o correto. Porém o


agressor também pode estar vivendo momentos em sua vida que de tão

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infelizes, provocam nele um ódio tal, que o faz projetar em outra pessoa
que ele julga inferior, todas as suas frustrações.

É comum que aquele que comete Bullying, use desses artifícios violentos,
por que é o que ele conhece, é a forma como ele cresceu vendo as
pessoas próximas agirem. A falta de amor e respeito pode ser o ponto
chave que falta na vida delas, levando a atitudes insanas e impensadas.

Portanto, aos agressores20 é preciso também que haja uma atenção, já


que muitos passam por Bullying pela família, e quando encontram pessoas
que eles julgam inferiores, acreditam que podem subjugar como ele é
subjugado. Com os agressores, é preciso levar em consideração:

 O agressor precisa entender que suas ações estão erradas e podem


causar prejuízos tanto físicos quanto emocionais e psicológicos em
outras pessoas;
 Deve haver diálogo com quem comete Bullying, para que este saiba
o que é e que não é correto agir desta forma contra ninguém;
 Quem estiver ajudando um agressor a mudar, deve conhecer a
família e entender possíveis problemas de relacionamento, como
pais muito ocupados, uso de drogas ou alcoolismo, além de abusos
físicos e sexuais;
 Nesse último caso, o agressor precisa de atenção e cuidado tanto
como suas vítimas, já que suas atitudes são a resposta daquilo que
ele presencia diariamente;
 Tratamento psicológico com terapeutas e até uso de
medicamentos, pode ajudar a jovens que agridem, a tornarem-se
pessoas melhores;
 Quem comete Bullying, não pode jamais crer que ficará impune.
Deve não só reconhecer seus atos, como saber que cada um tem
uma consequência;
 A prática da empatia, pode transformar agressores em pessoas que
sentem a dor do outro e não agem mais por impulsos;

20
http://www.ipcdigital.com/colunistas/rachel-matos/conheca-o-perfil-os-motivos-de-quem-faz-
bullying-e-como-evitar-que-voce-ou-seu-filho-seja-um-agressor/

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 Apesar de se sentir auto confiante, o agressor no fundo, é uma


pessoa tão inferiorizada, quanto a pessoa que ele humilha. Ao invés
de insultos, ele precisa aprender que todos são iguais,
independente das diferenças físicas e que o respeito deve
prevalecer acima de tudo.

Se as famílias e as escolas, agirem de forma a investirem tempo e recursos


na educação sobre o assunto, veremos o Bullying onde ele existir. É
importante frisar que qualquer agressor não pode jamais ficar impune,
acreditar que não precise responder por seus erros.

Como foi enfatizado nos marcadores, existem consequências para nossos


atos e quem fere alguém, seja com palavras ou fisicamente, será
responsável. Sua agressão não pode ser aceita e nem tolerada, mas o
agressor precisa ser tratado para evitar novos eventos.

Por isso é preciso que para o Bullying seja combatido21, a vítima aja,
mostrando que não irá deixar que essa situação continue se repetindo e
esteja disposto a evitar que outras pessoas passem pela mesma situação:

 Busque o diálogo. 15 minutos de conversa, pode ser o suficiente


para que o que incomoda, seja falado e tenha mais ajuda em menos
tempo;
 Se aproximar de pessoas que transmitam segurança. Essas pessoas
darão proteção e não irão ignorar ou repreender;
 Denunciar sempre as tentativas e ocorrências do Bullying;
 Manter uma postura ereta e confiante, mostrar ao agressor que ele
não tem mais poder sobre a vítima;
 Chorar. o choro não é sinal de fragilidade mas de maturidade.
Pessoas que choram mostram não só que tem sentimentos, mas
que através do choro, conseguem forças para superar as lutas;
 Evitar as agressões com outra agressão não é aceitável. Só haverá
reforço da violência e não promoverá o combate dela;
 Se a situação não evoluiu para um Bullying mais sério e são apenas
ofensas verbais por exemplo, a estratégia de ´´levar na esportiva``
21
https://www.colegiosaojudas.com.br/6-dicas-de-como-acabar-o-bullying-na-escola/

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pode ser a solução. O agressor percebendo que não atinge mais a


vítima, desiste do Bullying.

Além disso, existem Leis que garantem a integridade das vítimas, como a
Lei nº13.185 Programa de Combate a Intimidação Sistemática (Bullying). A
lei estabelece que:

´´Considera-se intimidação sistemática (Bullying), todo ato de violência


física e psicológica intencional e repetitivo, que ocorre sem motivação
evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas,
com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à
vítima em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes
envolvidas.``

Em todo mundo, o dia 20 de Outubro é o dia Mundial de Combate ao


Bullying, e no Brasil a data escolhida, segunda a Lei nº 13.277 é 7 de Abril,
Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola.

Em todos os casos, seja agressor ou vítima, é fundamental que a família


esteja atuante para evitar que mais casos ocorram e a terapia psicológica
é outra grande aliada, para que ambos os lados recebam uma melhor
atenção e possa haver a resolução dos problemas.

COMO PROCEDER CONTRA O BULLYING CORPORATIVO

Assim como todas as


formas de Bullying,
inclusive em ambiente
escolar, o Bullying nas
empresas22 também é
um assunto que não
pode ser deixado de
lado. Muitas empresas e
funcionários, passam

22
http://www.administradores.com.br/noticias/carreira/nao-e-brincadeira-como-o-bullying-
corporativo-destroi-profissionais-e-empresas/94988/

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anualmente por problemas de relacionamento entre empregados, o que


fere não só a política da corporação, mas principalmente os profissionais
inseridos nela.

Não deve ser apenas do funcionário, a responsabilidade de evitar tais


situações, ainda que existam aquelas que são impossíveis de ignorar e não
ser atingido.

Porém, é imprescindível que a empresa busque travar um diálogo aberto


com todos os departamentos, e exemplificar da importância de evitar que
o problema se prolifere.

Cabe as empresas não ignorar as reclamações dos funcionários23,


analisando se realmente o problema é real e tomando medidas
socioeducativas para que o comportamento repreensível continue.

Em casos mais sérios, demissões devem ser aceitáveis como punição,


principalmente quando a situação já foge do controle. Quanto mais uma
empresa busca manter a harmonia e ouve seus funcionários com suas
queixas, mais essa empresa cresce e se torna um ambiente agradável de
trabalho para todos.

COMO OS PAIS E A FAMILIARES PODEM AJUDAR

A família é quem mais deveria participar ativamente da vida escolar de


seus filhos. Quantas coisas acontecem nas escolas e os pais24 são os
últimos a saber? Filmes e séries no mundo, retratam casos de filhos que
sofrem repetidamente o Bullying, mas sem o conhecimento da família.

É fundamental a família no processo de tratamento de vítimas de Bullying,


e não apenas das vítimas, também dos agressores. Fazer lição para casa,
observar o lanche, o material e se o uniforme está impecável, são algumas
das responsabilidades dos pais, mas conversar com os filhos e saber como

23
http://www.administradores.com.br/noticias/carreira/bullying-qual-o-perfil-do-agressor-no-
ambiente-corporativo/42662/
24
http://escolasaudavelmente.pt/pais/comunicar-com-os-filhos/falar-sobre-o-bullying

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foi a aula, como anda o relacionamento com os amigos, é onde é possível


interpretar sinais de que algo não vai muito bem.

Se os pais perceberem que algo acontece, uma conversa com o professor


pode ser reveladora. Procure saber se existem faltas que são
desconhecidas de você e se alguma vez o professor percebeu a criança ou
adolescente assustado com algo ou alguém.

Além disso, saber se o aluno melhorou e não foi percebido qualquer outro
tipo de desvio de conduta e comportamento. Muitas vezes, a própria
criança consegue se desvencilhar dessas situações de Bullying, ainda que
seja uma condição rara.

Algumas atitudes dos pais, podem ser benéficas para os filhos que passam
por situações de Bullying25:

 Incentive seu filho a evitar as situações que possam causar o


Bullying, como ir aos locais onde ele possa ter sofrido alguma
agressão por exemplo;
 Encoraje-o a sempre contar para os inspetores, professores e
coordenação, o que está acontecendo, além de dar nomes ou
indicar os causadores da situação;
 Ensine-o a não ter medo mas a superá-lo, pois quanto mais medo
ele mostrar para seus agressores, mais força estes sentirão e
continuarão com as agressões;
 Ainda que ensinar defesa pessoal para uma criança seja importante,
não incentive que ela use mais violência para combater a violência
que sofre. Incentive e explique que o melhor é evitar, contar para os
pais ou informar na escola, mas jamais que a criança use de
artifícios negativos para responder contra outro evento negativo;
 Fortaleça o diálogo com seus filhos todos os dias. Tire tempo para
dar a eles a atenção que necessitam e assim, transmitir amor e
proteção.

25
https://pt.wikihow.com/Combater-o-Bullying

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Como pais, não é fácil acreditar que seu filho está passando por agressões
na escola. No momento pode-se se sentir desesperado, se culpar por algo
que tenha feito errado ou ficar irado contra o agressor, porém nada disso
irá solucionar o problema se ao invés de se irritar, você não passar
segurança para seu filho.

A criança precisa sentir que você a entende e não deixará que ela continue
sofrendo Bullying. Que irá acionar todos os órgãos competentes e
possíveis para resolver a questão, e se for necessário, conversar com os
pais dos agressores e entender o que faz com que outra criança seja tão
violenta.

Portanto é responsabilidade dos pais garantir a segurança e a sensação


dela a seus filhos, porém não enclausurando em uma redoma, mas
mostrando que é especial, que existe uma vida inteira de felicidade para
ele explorar e que essa situação será vencida, o tornando mais maduro e
preparado para vida.

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O COMBATE AO BULLYING, É RESPONSABILIDADE DE TODOS

Com todas as informações ditas neste material, como etimologia, casos de


Bullying e os números que abrangem o problema, chegamos ao fim deste
e-book com a conclusão de que estamos enfrentando um problema que
vai além da sala de aula e abrange toda a sociedade, e não somente um
grupo isolado.

Quantas pessoas incríveis o suicídio não levou, só por que elas tinham
algum comportamento ou dificuldade física, que acabou se tornando o
motivo de ofensas horríveis e situações constrangedoras, levando a vítima
a não encontrar outra saída, se não a morte.

É obrigação nossa, da sociedade como um todo, que o Bullying seja


combatido fortemente. As brincadeiras precisam ter limites e é preciso
que cada um de nós entenda até onde é possível brincar com alguém. A
partir do momento que ela não está interagindo com a mesma emoção
em relação a ´´brincadeira``, é por que os limites foram ultrapassados.

Respeite seus semelhantes, ainda que suas diferenças firam seus


conceitos do que é aceitável. Se este se comporta e vive de um
determinado modo, deixe-o viver e ser ele mesmo e foque em si. Se for
possível, se aproxime e absorva o que a pessoa tem de melhor a oferecer.

A tolerância precisa ser o que une as pessoas, de tal maneira que depois
delas aprenderem a conviver, não precisem mais serem toleradas mas
queridas.

O amor não deve ser mais apenas uma palavra dita superficialmente, ele
deve ser o elo que une pessoas com histórias e pensamentos diferentes,
buscando a harmonia e um relacionamento cada vez mais verdadeiro e
com amizades fortes e brincadeiras saudáveis.

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