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ÉÉ uma realidade que pode ter natureza tripla: (bem) coisa; valor; finalidade, tem
eé de ser ué til a uma de duas coisas, ao desenvolvimento da personalidade de cada
pessoa ou aé manutençaõ o da proé pria existeê ncia de coesaõ o social.
Retendo a definiçaõ o do professor Figueiredo Dias naõ o anda muito longe disso: “O
direito penal soé deve intervir onde se verifiquem lesoõ es
Insuperaé veis da condiçaõ o social ao livre desenvolvimento e realizaçaõ o da
personalidade de cada homem ou da proé pria sociedade”.
Alguns autores tendem a responder a esta questaõ o com a CRP, como criteé rio que
pode esclarecer dué vidas acerca do facto de uma determinada realidade dever ser
ou naõ o elevada aé categoria de bem juríédico fundamental.
Os bens juríédicos que a CRP refere, tais com direitos, liberdades e garantias, saõ o
sem dué vida, nessa perspectiva bens juríédicos fundamentais.
A CRP eé o instrumento praé tico atraveé s do qual noé s passamos de um conceito
abstracto de bem juríédico para a decisaõ o concreta sobre se um determinado bem
juríédico eé ou naõ o fundamental.
Naõ o basta a demonstraçaõ o de que o comportamento eé lesivo de bens juríédicos
fundamentais, para que seja legíétima a intervençaõ o do Éstado, criminalizando esse
comportamento.