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1. Definições
1.1. Idoso
1.2. Envelhecimento
1.3. Autonomia x independência
1.4. Senescência x senilidade
1.5. Geriatria x gerontologia
2. Interdisciplinaridade x multidisciplinaridade no cuidado com o idoso
3. Cuidados para o bom envelhecimento
3.1. Princípios do cuidado com o idoso
4. Escalas de independência do idoso
4.1. Escala de Katz
4.2. Escala de Lawton
4.3. Escala de Barthel
5. Transição demográfica
6. Transição epidemiológica e padrões de doença do idoso
7. Reforma previdenciária
8. Políticas de saúde voltadas ao idoso
1. DEFINIÇÕES
IDOSO
Idade biológica/cronológica
o OMS
Países em desenvolvimento: 65 anos
o Constituição Brasileira
65 anos
o Estatuto do idoso
60 anos
AUTONOMIA
o Capacidade de decisão, de comando sobre tudo que envolve a sua vida;
o Ex. uma senhora que, por acidente, necessitou de cadeira de rodas ficou dependente, mas ainda
assim, manteve sua autonomia.
INDEPENDENCIA
o Capacidade de realizar algo com seus próprios meios, sem ajuda de pessoas ou equipamentos
para realização de atividades diárias;
o Uma relação social de um individuo em relação ao outros;
O que se procura manter é a manutenção da autonomia e o máximo de independência possível > por meio de uma
avaliação gerontológica.
1. SENESCENCIA X SENILIDADE
Ambos são ligados ao envelhecimento, no entanto, são quadros com impactos muito diferentes sobre a
saúde.
“A senescência abrange todas as alterações produzidas no organismo de um ser vivo – seja do reino
animal ou vegetal – e que são diretamente relacionadas a sua evolução no tempo, sem nenhum
mecanismo de doença reconhecido”
o São, portanto, as alterações pelas quais o corpo passa e que são decorrentes de processos
fisiológicos, que não caracterizam doenças e são comuns a todos os elementos da mesma
espécie, com variações biológicas.
o São exemplos de senescência a queda ou o embranquecimento dos cabelos, a perda de
flexibilidade da pele e o aparecimento de rugas. “São fatores que podem incomodar algumas
pessoas, mas nenhum deles provoca encurtamento da vida ou alteração funcional;
o Normal e comum a todos da mesma idade;
Já a senilidade é um complemento da senescência no fenômeno do envelhecimento. O geriatra define
como “condições que acometem o indivíduo no decorrer da vida baseadas em mecanismos
fisiopatológicos”.
o São, dessa forma, doenças que comprometem a qualidade de vida das pessoas, mas não são
comuns a todas elas em uma mesma faixa etária. “Assim são a perda hormonal no homem que
impede a fertilidade, a osteoartrose, a depressão e o diabetes, entre outros comprometimentos;
o Todas essas circunstâncias não são normais da idade e nem comuns a todos os idosos, por isso
são caracterizadas como quadro de senilidade.
o Nem sempre é ta o fácil diferenciar... “A alteração de memória, quando se esquece dos fatos
mais recentes e lembra-se bem dos antigos, por exemplo, é frequente com o avançar da idade
para todos os idosos, por isso é parte da senescência”, afirma. “No entanto, há alterações de
memória que caracterizam doenças, como o Alzheimer, por exemplo”. Nesse caso, seria um
quadro de senilidade.
o É difícil uma pessoa apresentar apenas senescência.
o O que se observa mais é um quadro prevalecer sobre o outro. “Se tudo o que um idoso tem
como características são cabelos brancos, rugas, mas vitalidade, autonomia e independência, a
senescência está prevalecendo”. Ao contrário, se um indivíduo de 60 anos tem um evento como
um AVC (acidente vascular cerebral) com sequelas e já não se move sozinho, apesar da idade
pouco avançada, há um predomínio da senilidade.
Ambos relacionados ao ENVELHECIMENTO!!! Ex. AVC = não esta necessariamente ligado
ao envelhecimento, pode acontecer num jovem e tal...
2. Geriatria x Gerontologia
GERIATRIA:
o É a especialidade médica (parte biológica da gerontologia) que se integra na área da
Gerontologia com o instrumental específico para atender aos objetivos da promoção da saúde,
da prevenção e do tratamento das doenças, da reabilitação funcional e dos cuidados paliativos.
o Abrange desde a promoção de um envelhecer saudável até o tratamento e a reabilitação do
idoso.
o Geriatra é o médico que se especializou no cuidado de pessoas idosas. Ele se torna especialista
após ter feito residência médica credenciada pela Comissão Nacional de Residência Médica e/ou
ter sido aprovado no concurso para obtenção do Título de Especialista em Geriatria da
SBGG/AMB.
GERONTOLOGIA:
o É o estudo do envelhecimento nos aspectos – biológicos, psicológicos, sociais e outros. Os
profissionais da Gerontologia têm formação diversificada, interagem entre si e com os geriatras.
o É, por esta natureza, multi e interdisciplinar. Na área profissional, visa a prevenção e a
intervenção para garantir a melhor qualidade de vida possível dos idosos até o momento final da
sua vida.
o Dividi-se em: básica, social, geriatria, geriatria preventiva, clinica e paliativa
Básica: a nível celular e do metabolismo celular, para saber pq e como envelhecemos;
Social: estuda as mudanças que correm a nível psicilogico, sociológico e
psicossociologico
Geriatria: saúde do idoso por prevenção, clinica, terapêutica, de reabilitação e de
vigilância continua;
Geriatria preventiva: inicio nos primórdios do desenvolvimento do ser humano,
inclusive no período de vida uterina e se prolonga por toda existência; tenta
retardar o processo de envelhecimento..
Geriatria clinica: diagnostico, tratamento e reabilitação das doenças das dos
idosos
Paliativa: cuidados com os pacientes crônicos e terminais.
ESPECIALISTA EM GERONTOLOGIA
o É o profissional com formação de nível superior nas diversas áreas do conhecimento (Psicologia,
Serviço Social, Nutrição, Terapia Ocupacional, Direito etc
o A SBGG confere, através de concurso, o Título de Especialista em Gerontologia.
Os profissionais da Gerontologia tem uma ampla área de atuação, podendo abranger, entre outras, as
seguintes:
• Ensino
• Pesquisa
• Educação comunitária
• Promoção de saúde
• Controle e tratamento de doenças
• Reabilitação
• Apoio psicológico
• Manutenção e promoção da autonomia e independência
• Adaptação ambiental
• Reinserção no contexto social
• Atividades corporais e comportamentais
• Segurança e defesa de direitos
• Antropologia
• Educação
3. Multidisciplinaridade e interdisciplinaridade
MULTIDISIPLINARIDADE:
o Processo diagnóstico multidisciplinar planejado para abordagem de problemas médicos,
psicossociais e funcionais da pessoa idosa, com objetivo de desenvolver um plano amplo de
tratamento e acompanhamento a longo prazo.
o Atua de maneira independente, e tem suas atuação somadas, como camadas no
tratamento/acompanhamento do pcte.
INTERDISCIPLINARIDADE:
o Diálogo entre diferentes disciplinas antes de tomar alguma decisão de tratamento ou
acompanhamento.
ESCALA DE KATZ
ESCALA DA LAWTON- ve a independencia
Equilibrio e mobilidade
Redução da amplitude de movimentos
Alteração da marcha
Passos mais curtos e lentos, arrastar pé, brasços próximos ao corpo
Alteração do centro da gravidade
Testes
POMA
TIME GET UP AND GO
Saúde mental
Identificar as principais alterações da saúde mental do idoso
Quadros de demência
Mini exame do estado mental
Quadro depressivo
Escala de depressão geriátrica = escala abreviada de Yesavage
Mini mental
Avaliação Nutricional
- Desnutrição
- Obesidade
Medidas antropométricas, informações sobre perda de peso, estilo de vida
IMC
Normal 22-27
Sobrepeso 27 29,9
Obesidade =>30
- Avaliação da massa muscular e sarcopenia
- Perda da massa muscular
- Normalmente multifatorial
- Associada a maior mortalidade
REFORMA DA PREVIDENCIA
o A mudança na legislação só afeta quem se aposentar depois que a reforma entrar em vigor – e
quem, até a data de promulgação da reforma, não tiver preenchido os requisitos de
aposentadoria pelas regras atuais.
Como é?
Três modalidades:
1. 1) Aposentadoria por idade: Aos 60 anos (mulheres) e 65 anos (homens), com mínimo de 15 anos de contribuição.
Valor do benefício: 70% da aposentadoria integral mais 1% por ano de contribuição. Com isso, 30 anos de serviço
dão direito à aposentadoria integral
2. 2) Por tempo de contribuição: 30 anos (mulheres) e 35 anos (homens). Valor do benefício: O valor da aposentadoria
integral é multiplicado pelo fator previdenciário, que varia conforme a idade e o tempo de contribuição do segurado.
Nessa modalidade, um trabalhador de 61 anos consegue aosentadoria integral se somar 40 anos de contribuição, por
exemplo
3. 3) Regra 85/95: Soma-se idade e anos de contribuição. No caso da mulher, se o resultado for 85 ela receberá
aposentadoria integral. Para o homem, a soma tem de ser de 95. Esses requisitos serão elevados a cada dois anos a
partir do fim de 2018, chegando a 90/100 do fim de 2026 em diante
Como fica
Modalidade única:
Aposentadoria aos 65 anos para homens e 62 para mulheres, com mínimo de 15 anos de contribuição.
Valor do benefício: 60% da média salarial para quem contribuiu por 25 anos , mais:
1) 1% a cada ano que superar 15 anos, até 25 anos. Assim, q uem contribuir por 20 anos terá 65% da média
2) 1,5% a cada ano que superar 25 anos, até 30 anos. Assim, quem contribuir por 30 anos terá 77,5% da
média
3) 2% para o que superar 30 anos, até 35 anos. Quem contribuir por 35 anos terá 87,5% da média
4) 2,5% para o que superar 35. Com isso, 40 anos de contribuição dão direito à aposentadoria integral
(100% da média) eu terei que trabalhar ate 71 anos para ter minha aposentadoria integral .... na modalidade
antiga eu terei a posentadoria integral com 60 anos!
Regra de transição
O trabalhador terá de contribuir por um tempo adicional de 30% em relação ao que falta para completar 30
anos (mulheres) ou 35 anos (homens) de contribuição. A idade mínima será a vigente no ano em que a
pessoa terminar de cumprir esse pedágio, partindo de um mínimo de 53 anos para mulheres e 55 para
homens. A partir de 2020, a idade mínima subirá um ano a cada dois anos, conforme tabela, até chegar a
62 anos para mulheres em 2036 e 65 para homens em 2038.
PORTARIA Nº 2.528 DE 19 DE OUTUBRO DE 2006
Concomitante à regulamentação do SUS, o Brasil organiza-se para responder às crescentes demandas de sua
população que envelhece. A Política Nacional do Idoso, promulgada em 1994 e regulamentada em 1996, assegura
direitos sociais à pessoa idosa, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na
sociedade e reafirmando o direito à saúde nos diversos níveis de atendimento do SUS (Lei nº 8.842/94 e Decreto nº
1.948/96).
Em fevereiro de 2006, foi publicado, por meio da Portaria nº 399/GM, o documento das Diretrizes do Pacto pela
Saúde que contempla o Pacto pela Vida. Neste documento, a saúde do idoso aparece como uma das seis
prioridades pactuadas entre as três esferas de governo sendo apresentada uma série de ações que visam, em última
instância, à implementação de algumas das diretrizes da Política Nacional de Atenção à Saúde do Idoso.
A heterogeneidade do grupo de idosos, seja em termos etários, de local de moradia ou socioeconômicos, acarreta
demandas diferenciadas, o que tem rebatimento na formulação de políticas públicas para o segmento .
REFERENCIAS
http://sbgg.org.br/espaco-cuidador/o-que-e-geriatria-e-gerontologia/ - SITE da Soc. Brasil. De Geriatria e
Gerontologia
http://www.sbgg-sp.com.br/pub/senescencia-e-senilidade-qual-a-diferenca/
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estatuto_idoso_2ed.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt2528_19_10_2006.html Biblioteca Virtual da
Saúde - MS
Como envelhecer com saúde – Luiz Bodachne – editora de Curitiba – PUC?
Tratado de geriatria e gerontologia –Elizabete Freitas e Ligia Py – 4° ed.
IBGE
ANVISA
PORTARIA Nº 2.528 DE 19 DE OUTUBRO DE 2006