Maio 2019 / Natureza Mais 1

NATUREZA MAIS+

COMÉRCIO ILEGAL
DE AVES SILVESTRES
NA FEIRA DO
CORDEIRO
2 Natureza Mais / Maio 2019

NATUREZA MAIS+ SUMÁRIO

Diretor e Editor-chefe
Naná Francisco
4. Flores no Pátio - Por Antônio Nascimento
Editor de Arte
Airton Vasconcelos

Revisão e diagramação
Airton Vasconcelos 6. Dejetos de esgoto jogados no Rio Capibaribe -
Gestão Administrativa
Por Severino Alves
Antônio Nascimento

Natureza Mais® é uma

publicação da Disciplina de 8. Comércio ilegal de aves silvestres na feira do cordeiro
Edição Gráfica Avançada
em parceria com a Uninas- - Por Antônio Nascimento
sau.

Rua Guilherme Pinto, 400

4ºandar, Graças, Recife-PE.
52010-210 9. Desconto na conta de luz - Por Antônio Nascimento
Tel. 3471-7848
natureza+@gmail.com

Impressão
10 .Você sabe o que é feito com o óleo automotivo
Kraft Gráfica
usado? - Por Severino Alves
Distribuição
TPP - Teresa Poças Publicações

11. Abreu e Lima desenvolve ações para desenvolvimento

Natureza Mais®
do meio ambiente e sociedade - Por Naná Francisco
Fundador:
Naná Francisco

Presidente e Diretor de
redação:
Antônio Nascimento
12. Rio Paratibe sofre consequências de problemas
Redator-Chefe:
com esgoto e infraestrutura - Por Naná Francisco
Severino Alves
Maio 2019 / Natureza Mais 3
4 Natureza Mais / Maio 2019
FLORES NO PÁTIO
Feira de flores e produtos derivados é atração no centro do
Recife
Por Antônio Nascimento
S egue até a próxima segunda-
-feira (12) o festival de flores
de Holambra (Cidade do interior
de São Paulo e grande produtora
de plantas ornamentais.).
O pátio do Carmo região central
do Recife mais uma vez é palco do
evento,que chega a sua 13° décima
terceira edição.
De forma bem informal os visi-
tantes podem contemplar mais de
150 espécies, com preços que vão
de R$ 5, as mais simples e a R$
150 outras mais sofisticadas.Tudo
isso de forma gratuita.
O local funciona das 8h às 18h
todos os dias, lá as pessoas po-
dem ver e comprar várias espécies
como: Orquídeas, tuias, begônias
.bonsais, etc. A aposentada Janete
Moura - 65 anos, não perdeu tem-
po e foi conferir:
“Venho todos os
anos”
“Venho todos os anos, gosto
muito de plantas. Aproveito para
levar algumas que não tenho no
jardim de casa, conto os dias para
que chegue logo o festival. Além
de ter informações sobre plantas,
conheço muitas que são bem ra-
ras de se ver.”, disse mostrando as
plantas que comprou.
Outro que também veio foi o
vendedor Álvaro Fonseca - 29
anos ‘’Vim no ano passado e gostei
muito. No começo resisti para não
levar, mas aos poucos fui me en-
cantando, não me contive e acabei
levando umas. Apesar de dar tra-
balho, vale à pena ter plantas em
casa” finaliza o rapaz.
O organizador da feira, Gilberto
Gomes, dá mais detalhes:
‘’O evento surgiu com a necessi-
dade de escoar a produção de flo-
res da cidade de Holambra, onde
tivemos a ideia de criar o festival
de flores intinerante que percor-
re as grandes cidades do Brasil.
A feira conta com pessoas devi-
damente treinadas e orientadas a
dar todo suporte em relação ao
cultivo e manejo dos produtos. O
diferencial deste ano foi as plantas
frutíferas, que antes eram cultiva-
das apenas em solo. E hoje, com
a versão em miniatura, podem ser
cultivadas em vasos.
Esperamos até o final da feira,
que até hoje já teve um público
estimado em cerca de 80 mil pes-
soas, antingir a marca de 150 mil,
ou seja, já somos um sucesso. Con-
clui em tom otimista.
O evento que começou na se-
gunda (01), já é uma atração do
calendário da cidade, levando
amantes e curiosos a desfrutarem
um verdadeiro jardim ao ar livre.
Este ano o evento contou com
uma oficina de plantio e cultivo de
Orquídeas, ministrada pelo cole-
cionador Lindon Barros, membro
da Associação de Orquidofilos de
Pernambuco (ASSOPE) e também
com um número maior de funcio-
nários para atender melhor a de-
manda.
 Maio 2019 / Natureza Mais 5

Feira de Flores de Holambra - Foto: Reprodução Diário de Pernambuco

6 Natureza Mais / Maio 2019

DEJETOS DE ESGOTO
JOGADOS NO RIO
CAPIBARIBE
Ribeirinhos e grandes empreendimentos estão contribuindo
para a poluição do rio.
Por Severino Alves

O Rio Capibaribe banha 42 cidades do estado de Pernambuco. Em seu

curso de 240 quilômetros de extensão, os problemas são visíveis. A
falta de políticas públicas que mantenham atividades permanentes de cons-
para serem apresentado no site da página: www.cprh.pe.gov.br. Todos os
dados encontrados lá, são dos anos anteriores de 2016”, fecha.

cientização da população ribeirinha para não poluir o rio faz as demandas
aumentarem a proporção. No Capibaribe, a presença de baronesas chamam
a atenção, o verde que se forma nas paralelas dos manguezais passa um
alerta de que a natureza precisa ser preservada. Os dejetos encontrados
alimentam as baronesas como também prejudicam a oxigenação da água,
necessária a peixes e plantas.
Moradores do bairro do Parnamirim denunciam que prédios existentes
no entorno do rio naquela área podem estar despejando lixo diretamente
no rio, provocando mal cheiro, insetos, ratos, quantidades elevadas de gar-
rafas plásticas, além de inúmeros objetos que são jogados no rio, prejudi-
cando a saúde da população.
A proprietária do Lojão das Plantas, Josilene José Barbosa, trabalha há 14
anos na Rua Leonardo Bezerra Cavalcante. Ela afirma que os prédios exis-
tentes atrás e nas laterais de seu estabelecimento tem sua rede de esgotos
voltadas para o canal que está diretamente ligado ao rio, ali são despejados
excrementos com frequência, de acordo com ela. “Antigamente o rio Capi-
baribe era limpo, hoje é muita sujeira, as pessoas não respeitam, os prédios
despejam esgoto no rio, isso é muito errado. Reconheço que antes jogava
lixo no canal, hoje eu limpo, retiro as garrafas pet reciclando para plantar
mudas de plantas. O rio está morrendo cada vez mais, não são os pobres
que estão matando o rio e sim os ricos”, frisou Josilene, ela também cobra
a presença da fiscalização.
Ainda é afirmado pelo órgão que na bacia hidrográfica do Rio Capibaribe
foram monitoradasw no mês de abril de 2016 dez estações, a partir dos
dados de qualidade da água conclui-se que na bacia hidrográfica do rio
Capibaribe é observado o comprometimento da qualidade da água, com-
provado por 88,8% dos valores de OD desconformes (< 5mg/L) em relação
à classe 2 de água doce, indicado na resolução: Resolução CONAMA Nº
357/2005 para toda a bacia. Diante do exposto, evidencia-se a necessidade
de controle e fiscalização ao longo de todo o trecho monitorado.
A autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), por
ser o órgão responsável regulamenta e realiza a manutenção das áreas, não
se posicionou diante das ligações da redação. O Rio Capibaribe por ser um
dos cartões-postais do Recife, em 2013 iniciava-se um projeto que previa
requalificação de navegabilidade, hoje máquinas se amontoam nos canteiros
de obras, a dragagem que teria se iniciado foi paralisada por motivo de
investigação dos Tribunais de Contas da União (TCU), e de Pernambuco
(TCE). Não se tem definição de quando serão retomados os projetos, por
enquanto barcos particulares e de pescadores navegam pelo rio, diante da
visão poluída, desaguando na Bacia do Pina e no Oceano Atlântico.

‘‘Antigamente o Rio
Capibaribe era limpo... as
pessoas não respeiram...
O rio está morrendo cada
vez mais...”
O que dizem os órgãos responsáveis

A Agência Estadual de Meio Ambiente - CPRH, há 34 anos, vêm realizando

o monitoramento sistemático da qualidade da água nas bacias hidrográficas
do Estado de Pernambuco. Segundo Maria das Graças Cruz Mota, engenhei-
ra química da CPRH, eles realizam ações constantes: “Isso que dizer que no
período de 2018 os técnicos estão trabalhando nas amostras recolhidas, Rio capibaribe - Foto: Severino Alves
 Maio 2019 / Natureza Mais 7

Rio capibaribe - Foto: Severino Alves

Rio capibaribe - Foto: Severino Alves

8 Natureza Mais / Maio 2019

COMÉRCIO ILEGAL
DE AVES SILVESTRES
NA FEIRA DO
CORDEIRO
As feiras livres da Região Metropolitana do Recife estão na rota
criminosa da venda de pássaros.
Por Antônio Nascimento

D esde a madrugada do sá-

bado (22), para o domingo
(23), a movimentação de criado-
res de aves é significativa na feira
do Cordeiro, Zona Oeste do Re-
cife. As Aves são transportadas e
expostas de forma irregular para
serem comercializadas, movimen-
tando o comércio ilegal na região.
De acordo com a Lei 9.605/98 de
Crimes Ambientais com combina-
ção ao decreto n° 6524/2008, a
multa para quem for flagrado com
pássaros silvestres sem autoriza-
ção é de R$ 500 por espécie, se
estiver fora da lista de extinção e
se estiver dentro é de R$5 mil por
animal.

Mediante as penalidades da lei, o

criador Sr. João Barbosa - 71 anos,
relata: ‘’Crio pássaros desde quan-
do eu era criança, já tive: Patativas,
Azulão; Galo de Campina e Caná-
rios da Terra. Como sou do Inte-
rior de João Alfredo e lá existiam
esses pássaros em abundância, eu
criava muito. Hoje quando visito
meus familiares, por lá já não se
vê quase nenhum. Quando fiquei
sabendo que não podia criar mais
essas aves, abri as gaiolas e soltei
todos. Mas como sempre gostei
de criar, passei a ter aqueles que
são permitidos’’, fecha. Ele também
aproveitou a ocasião para mostrar
seu casal de Periquitos Australia-
nos e seu Canário do Império, que
ostenta com orgulho.
Apesar do exemplo de seu João,
diversas pessoas ainda continuam
Apreensão de pássaros sendo comercializados ilegalmente - Foto: Polícia Militar de Pernambuco / Divulgação
a prática, que é ilegal,como já foi
explicado, movimentando o co-
mércio negro. Outra pessoa que
também mudou os seus atos foi à
comerciante de rações Margarida
Alves - 58 anos, há mais de 20 anos
de comerciária no cordeiro:
‘’Antes da lei eu comecei com
essas aves silvestres, mas deixei
de vender, desde que a lei entrou
em vigor. Eu prefiro ganhar menos
vendendo Periquitos; Canários do
Império; Calopsitas e outros que
são permitidos, do que ir contra a
lei’’, concluiu apontando sua mu-
dança de hábito.
É por esse motivo que existem
órgãos no estado que são respon-
sáveis pela fiscalização, prisão de
envolvidos com crimes ambientais,
reabilitação e análises, como: CI-
POMA, IBAMA E CPRH.
Em conversa com o Sargento
Castro, que faz parte da 1ª Com-
panhia Independente de Polícia do
Meio Ambiente (CIPOMA), deve-
-se ter cuidado na obtenção des-
ses animais, e lembra que eles po-
dem ser adquiridos de forma legal:
“O interessado deve adquirir os
animais em criadouros legalizados,
onde os animais são reproduzidos
em cativeiro de forma legal, com
autorização dos órgãos ambien-
tais”, também reforçou que quem
compra, pratica crime de recep-
tação de produto proibido para a
venda e, se for pego, será interpe-
lado sob as penas da lei.
 Maio 2019 / Natureza Mais 9

DESCONTO NA CONTA
DE LUZ
A Celpe através do projeto Vale Luz, está trocando materiais
recicláveis por descontos na conta de energia.
Por Antônio Nascimento

O projeto da Celpe “Vale

Luz” criou uma moeda de
troca “merreca” onde a população
de Recife e Região Metropolitana
através da troca de materiais re-
cicláveis obtêm descontos na sua
conta de energia, diminuindo ou
até mesmo zerando valor que
seria pago no final do mês. Cada
material tem um determinado va-
lor, como por exemplo: latinhas de
220 ml a 329 ml têm o valor de
0,75 merrecas a unidade, ou seja,
acumulando 78 o cliente troca por
R$ 4,05 em desconto na conta de
energia.
tizar os consumidores residências
e condomínios a praticar a recicla-
gem. Todos os materiais arrecada-
dos são doados e encaminhados
às cooperativas credenciadas pela
Celpe, gerando renda e emprego.É
através do aplicativo Vale Luz e
pelo site da empresa que a popu-
lação fica sabendo os dias e locais
da coleta’’, finaliza.
Atendendo várias localidades
com caminhões e postos de co-
letas localizados nos principais
shoppings de Recife, a população
pode se programar para fazer suas
trocas nos locais de sua preferên-
cia. Onde, com o projeto não só a
população é beneficiada, mas prin-
cipalmente o meio ambiente com
a destinação certa dos materiais
recicláveis arrecadados.
Entrevista: Rodrigo Cardoso -
Assessor de Imprensa da Celpe
Antônio Carlos: Olá, Rodrigo. É
um prazer conversar com você e
tirar algumas dúvidas sobre esse
trabalho que a Celpe desenvolve.
Começo perguntando a respeito
de qual é público alvo do projeto?
Rodrigo Cardoso: Antônio, aten-
demos a todos os públicos. Atual-
mente, atuando mais nas comuni-
dades.
Antônio Carlos: Todos podem
participar?
Rodrigo Cardoso: Sim, todos
aqueles classificados como resi-
dencial ou residencial baixa renda,
que estejam com o fornecimento
normal.
O aplicativo Vale Luz está dispo-
nível no PlayStore e na AppStore.

Uma que aderiu a Ideia foi a dona

de casa Silva Meneses - 56 anos
‘’Toda semana espero ansiosa-
mente caminhão da coleta chegar.
Junto minhas latinhas e papelões,
onde conto com a ajuda de amigos
e vizinhos e consigo ter um bom
desconto em minha conta de luz.
Com o que economizo, já compro
ou pago outra coisa”, sorri.

Outro que também faz as suas

trocas é o desempregado João da
Silva - 35 anos: “Para nós aqui da
Bomba do Hemetério esse projeto
é maravilhoso, pois, sem trabalhar,
fica difícil pagar as contas de ener-
gia. Peço ajuda ao pessoal da rua
que moro para juntar um número
maior possível de material reciclá-
vel. Já teve mês que consegui ze-
rar minha conta, o que me deixou
muito feliz.” Termina mostrando
uma conta com valor zerado.

O projeto atende comunidades

e condôminos com um trabalho
de conscientização ambiental e
econômica, como explica o asses-
sor de imprensa da Celpe Rodrigo
Cardoso: ‘’ Vale Luz é um projeto
do grupo Neoenergia que une
sustentabilidade e economia. Sur-
giu como uma forma de conscien-
Foto: André Nery/Acervo JC Imagem
10 Natureza Mais / Maio 2019

VOCÊ SABE O QUE É

FEITO COM O ÓLEO
AUTOMOTIVO
USADO?
Segundo Agencia Nacional de Petróleo, 30% do óleo retirado
das oficinas não retorna para o reaproveitamento nas
refinarias.
Por Severino Alves

Q uando se fala de reciclar, se

pensa na importância de
efetuar o descarte correto, assim
dos, lembramos que somos gera-
dores de óleo e por consequên-
cia somos poluidores, no entanto
tos fazem outros tipos de óleo, no
qual chamamos o lubrificante fino
que são revendidos em conta no
na rede de esgotos, denuncie. A
denúncia pode ser anônima e você
estará prestando um serviço à co-
pode-se evitar riscos à saúde e ao revertemos esse quadro, quando mercado”. Ainda faz um alerta ao munidade. Denuncie para a ANP
meio ambiente. Uma das empre- um cliente for fazer qualquer ou- consumidor; “Caso venha ter co- (telefone: 0800 970 0267), ou para
sas que realiza troca de óleo nos tra troca de óleos exija os certifi- nhecimento de que alguém esteja o IBAMA (telefone: 0800 61 8080)
carros da região metropolitana do cados de coletas que são emitidos agindo em desacordo com a legis- ou para seu estado (81) 3201-
Recife, Mercadão do Óleo, que fica por colaboradores e autorizados. lação, contaminando ou lançando 3800, 3201-3802 e 3201-3834 ou
na Avenida Beberibe, nº 1678 em Todo óleo recolhido volta para este resíduo em cursos e corpos pelo e-mail: supes.pe@ibama.gov.
Água Fria, encontramos Valdecir refinaria e esses reaproveitamen- d’água, no solo, na rede pluvial ou br”.
Simões - Terapeuta, perguntado a
ele para onde era destinado o lu-
brificante usado: “Os mecânicos
recolhem para um recipiente para
depois que uma empresa passa e
recolhe provavelmente. Agora, sa-
ber ao certo, não sei o que fazem,
disse. O importante é que se tenha
uma destinação apropriada, desse
modo reduz o impacto para a saú-
de e o meio ambiente. Segundo a
Resolução nº 362/2005 do Con-
selho Nacional do Meio Ambiente
– CONAMA, quando é despejado
no solo, a substância pode atingir o
lençol freático, danificando os po-
ços da região do entorno.

Mário José Fonseca, Mecânico do

posto de combustível em Beberi-
be diz: “Em qualquer posto de ser-
viço e/ou troca de óleo, eles têm
um reservatório de óleos usados e
periodicamente uma empresa cre-
denciada e regularizada passa para
coletar e dar o destino correto,
conta Mário.

Por e-mail, a Agencia Nacional

de Petróleo e gás (ANP), diz: “A
nossa responsabilidade é de to- Foto: Severino Alves
 Maio 2019 / Natureza Mais 11

ABREU E LIMA
DESENVOLVE AÇÕES PARA
DESENVOLVIMENTO
DO MEIO AMBIENTE E
SOCIEDADE
A área central da cidade recebe moradores e visitantes para
desfrutar das áreas verdes.
Por Naná Francisco

tal importância, a ideia de fazer bretudo nas escolas, é o que diz

com que as crianças deficientes e
adolescentes possam brincar com
harmonia e é uma área bastante
verde, que temos o objetivo de
torná-la mais verde ainda’’, fecha o
secretário.
Além dessa proposta, a cidade
recentemente conseguiu coibir
ações de desmatamento ilegal jun-
tamente com a CPRH e a CIPOMA,
que é a Companhia Independente
de Polícia do Meio Ambiente, da
Polícia Militar. E outra ação que é
memorável, é a questão de inicia-
tivas de preservação do meio, so-
Fernando Matheus, secretário de
Meio Ambiente de Abreu e Lima:
‘‘Nós estamos com um avanço
muito grande na parte ambiental,
com as cooperativas de coleta se-
letiva, além disso temos os traba-
lhos nas escolas com a educação
ambiental, a questão do melhora-
mento do entorno da cidade, com
participação e fiscalização de irre-
gularidades, em parceria com a CI-
POMA e a CPRH, ressalta.

Praça de São José, área central de Abreu Lima, com área verde de lazer. Foto: Naná Francisco

A cidade de Abreu e Lima, que

faz divisa com Paulista, é um
município que integra a Região
Metropolitana do grande Recife.
E atualmente realiza ações para o
desenvolvimento ambiental da ci-
dade. É possível visualizar lixeiras
ecológicas, plantação de mudas e
áreas arborizadas.
No último dia (5) de outubro, no
período da tarde, foi inaugurado
um balanço acessível para pessoas
com deficiência física, equipamen-
to que irá unir responsabilidade
social com o meio ambiente. O
objeto foi entregue pelo secretá-
rio de meio ambiente da cidade,
Fernando Matheus, juntamente
com o prefeito Pr. Marcos José, e
demais secretários.
Segundo Washington Tavares, se-
cretário de assistência social do
município, a instalação de mais uma
opção de lazer, juntamente com a
ideia ambiental, tem o objetivo de
fazer com que as pessoas se sin-
tam mais à vontade, para trazer
suas famílias e poder desfrutar do
objetivo proposto: ‘‘Como você
mesmo frisou, é um equipamento
de inclusão social, aqui na Praça
de São José, que é de fundamen- Balanço acessível instalado na praça. Foto: Naná Francisco
12 Natureza Mais / Maio 2019
RIO PARATIBE SOFRE
CONSEQUÊNCIAS
DE PROBLEMAS
COM ESGOTOS E
INFRAESTRUTURA
Uma obra de alargamento das margens e estrutura do entorno
foi feita, mas os moradores criticam.
Por Naná Francisco
O Rio Paratibe é situado no
município do Paulista, pró-
ximo ao centro da cidade. Já era
utilizado pela população que habi-
tava o lugar no século XX, quando
as indústrias têxteis faziam parte
da rotatividade econômica da re-
gião.Hoje, é possível observar o
estado degradante no trecho que
fica em Arthur Lundgren 1, onde
uma obra de restauração da ponte
que liga o espaço ao pólo comer-
cial central. Os moradores dizem
que a água do rio é inutilizável,
além de que depois dos reparos
não conseguem ver nenhum ani-
mal na área, coisa que era possível.
Alguns moradores do perímetro
denunciam a falta de educação de
outros, que pela carência de um
sistema de esgotamento, jogam
dejetos sanitários no próprio rio,
e isso já dura anos. Além disso, a
obra iniciada pela Prefeitura do
Paulista no início do ano, objetiva
desassorear o leito e as margens
do rio para que seu fluxo não seja
interrompido e também para que
não hajam cheias. 3 km já foram
completos, o lugar da restauração
da ponte é o Banheiro do Soldado,
próximo ao centro. O investimen-
to é de 28 milhões, que é uma par-
ceria do Ministério da Integração
Nacional e a Prefeitura do Paulista.
Também é denunciado que os ani-
mais e as plantas do rio sofreram
consequências expressivas depois
do conserto. Segundo João Lucas,
residente da área diz, antes con-
seguia-se observar a presença de
animais, mesmo com a poluição,
mas depois das obras, não conse-
gue mais. 
Em matéria publicada no blog ofi-
cial da prefeitura, a mesma explica
que: O serviço está beneficiando
quase 100 mil moradores das áre-
as ribeirinhas. O desassoreamento
vai livrar muitas comunidades dos
constantes alagamentos. Algumas
localidades, inclusive já estão sen-
tindo os efeitos positivos da obra.
Sobre as denúncias ambientais, a
prefeitura não atendeu as ligações
feitas pela equipe do Natureza
Mais.
Malu Ribeiro, especialista em
água do SOS Mata Atlântica diz:
Temos uma política pública com
espaço de participação, como nos
comitês de bacias hidrográficas, no
Conselho Nacional de Recursos
Hídricos, no gerenciamento cos-
teiro e no Zoneamento Econômi-
co Ecológico, mas a sociedade não
tem capacidade adequada para
isso, fecha. A fala foi durante o 3º
Fórum de Economia Limpa, reali-
zado pela Folha de São Paulo.
O morador da área, João Lucas,
passa diariamente para ir ao tra-
balho, pois mora por trás do rio, e
reitera a preocupação com a fauna
e flora da região: ‘‘Já era poluído,
mas antes nós víamos os animais,
atualmente não vemos mais, con-
clui.