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UNISALESIANO

CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM

BIOMEDICINA

Ana Helena Pereira

Ana Carolina Reche

Gabrieli Alves do Nascimento

Nathally Ciocca Brinks

Melissa Iandara de Carvalho Silva

Seminário de Farmacologia: Antibióticos

Professora: Luciana Marcatto Lhamas

LINS – SP

2019
INTRODUÇÃO

Antibióticos são compostos naturais ou sintéticos capazes de inibir o


crescimento ou causar a morte de fungos ou bactérias. Podem ser classificados
como bactericidas, quando causam a morte da bactéria, ou bacteriostáticos, quando
promovem a inibição do crescimento microbiano.As bactérias são organismos
unicelulares, identificados pela primeira vez por van Leeuwenhoek por volta dos
anos 1670, após a invenção do microscópio. Porém, somente no século XIX a
possibilidade destes micro-organismos serem causadores de processos infecciosos
começou a ser aventada. Esta hipótese surgiu após os elegantes experimentos de
Louis Pasteur, que demonstrou que algumas linhagens de bactérias eram
importantes para processos de fermentação e, também, que as bactérias eram de
ampla distribuição pelo meio ambiente. Após a segunda metade do século XIX,
cientistas como Robert Koch identificaram micro-organismos responsáveis por
doenças como tuberculose, cólera e febre tifoide. Nessa época, as pesquisas eram
conduzidas na busca de agentes químicos que apresentassem atividade antibiótica.
O pesquisador Paul Ehrlich, conhecido como o pai da quimioterapia - uso de
substâncias químicas contra infecções - foi responsável pelos conceitos primários de
que uma substância química poderia interferir com a proliferação de micro-
organismos, em concentrações toleráveis pelo hospedeiro. Em 1910, Ehrlich
desenvolveu o primeiro antibiótico de origem sintética, salvarsan, usado contra sífilis.
Poucos progressos foram conseguidos nos 20 anos seguintes para o
desenvolvimento de antibióticos, até a introdução da proflavina, em 1934, agente
amplamente utilizado na Segunda Guerra Mundial, principalmente contra infecções
de feridas profundas. Entretanto, este composto era muito tóxico para ser usado em
infecções bacterianas sistêmicas, o que evidenciava a necessidade de agentes mais
eficazes. Em 1935, um marco na quimioterapia antibacteriana ocorreu com a
descoberta de Gerhard Domagk de que o corante vermelho prontosil apresentava
atividade in vivo contra infecções causadas por espécies de Streptococcus. O
prontosil é um pró-farmaco que originou uma nova classe de antibióticos sintéticos,
as sulfas ou sulfonamidas, que constituem a primeira classe de agentes efetivos
contra infecções sistêmicas introduzida no início dos anos 1940.Entretanto, as sulfas
apresentam espectro de ação limitado e são pouco usadas atualmente.

Apesar destes avanços, o grande marco no tratamento das infecções bacterianas


ocorreu com a descoberta da penicilina, por Alexander Fleming, em 1928. A
atividade da penicilina era superior à das sulfas e a demonstração que fungos
produziam substâncias capazes de controlar a proliferação bacteriana motivou uma
nova frente de pesquisas na busca de antibióticos: a prospecção em culturas de
micro-organismos, especialmente fungos e actinobactérias.

A penicilina G, ou benzilpenicilina, foi descrita em 1929 como agente antibiótico,


porém somente foi introduzida como agente terapêutico nos anos 1940. Após o
processo de industrialização da penicilina, especialmente em consequência da
Segunda Guerra Mundial, foi observado um rápido crescimento na descoberta e
desenvolvimento de novos antibióticos.

Entre os anos 1940-1960 vários antibióticos foram descobertos através de triagens


de produtos naturais microbianos, sendo a maioria deles eficazes para o tratamento
de bactérias Gram positivo: β-lactâmicos (cefalosporina), aminoglicosídeos (
estreptomicina), tetraciclinas (clortetraciclina), macrolídeos (eritromicina), peptídeos (
vancomicina) e outros ( cloranfenicol, rifamicina B, clindamicina e polimixina B).
Neste período apenas três derivados sintéticos foram introduzidos no mercado:
isoniazida, trimetropim e metronidazol.

Entre os anos 1960-1980 foram introduzidos no mercado antibióticos semi-sintéticos


eficazes para o tratamento de patógenos Gram positivo e Gram negativo, análogos
aos antibióticos naturais já existentes. A maioria deles foi obtida a partir de
protótipos naturais microbianos, como derivados β-lactâmicos (análogos de
penicilina e cefalosporina, ácido clavulânico, aztreonam), análogos da tetraciclina,
derivados aminoglicosídicos (gentamicina, tobramicina, amicacina).

Entre os anos 1980-2000 as principais ferramentas utilizadas para a busca de novos


antibióticos foram a genômica e as triagens de coleções de compostos, em
detrimento às triagens de produtos naturais microbianos. Porém, houve uma
redução dramática na identificação de novos protótipos antibióticos, ao mesmo
tempo em que ocorreu um aumento na incidência de resistência bacteriana. Este
período é marcado pela modificação do mercado de antibióticos pela introdução da
classe das fluoroquinolonas sintéticas na metade dos anos 1980, desenvolvidas a
partir do ácido nalidíxico. Alguns antibióticos baseados em protótipos naturais, como
imipenem (derivado β-lactâmico) e análogos da eritromicina ( derivado macrolídeo)
também foram introduzidos neste período. A combinação de dois derivados semi-
sintéticos de produtos naturais microbianos, quinupristina e dalfopristina , foi
aprovada para uso em infecções causadas por Enterococcus faecium resistente à
vancomicina em 1999 pelo FDA (Food and Drug Administration).

A partir de 2000, poucos antibióticos foram introduzidos para a terapêutica


antimicrobiana. Em 2001, apenas um antibiótico de origem sintética da classe das
oxazolidinonas foi introduzido no mercado farmacêutico, a linezolida . Os programas
de descoberta de antibióticos de fontes naturais têm sido retomados em algumas
indústrias farmacêuticas, levando à aprovação do lipodepsipeptídeo natural
daptomicina pelo FDA em 2003. O derivado semi-sintético glicopeptídico
dalbavancina encontra-se em fase III de triagens clínicas pelo FDA.
ANTIBIÓTICOS

Os antibióticos podem ser definidos como compostos naturais quando produzidos


por fungos ou bactérias sintéticos capazes de interferir no crescimento bacteriano ou
causar a morte desses seres. Quando causam a morte das bactérias, são chamados
de bactericidas, mas quando apenas inibem seu crescimento, recebem o nome
de bacteriostáticos.
Os antibióticos são um grupo de medicamentos prescritos que são usados para
tratar uma grande variedade de infecções causadas por bactérias sem danificar as
células. Eles não são eficazes contra infecções fúngicas ou virais, como
um resfriado ou a gripe. Existem outros tipos de drogas destinadas a tratar essas
infecções.Alguns antibióticos são bactericidas, o que significa que eles matam
bactérias, enquanto outras são bacteriostáticas, o que significa que impedem a
reprodução de bactérias.
Por exemplo, penicilinas, cefalosporinas e aminoglicosídeos são bactericidas,
enquanto macrólidos, tetraciclinas e sulfonamidas são bacteriostáticos.

FUNCIONAMENTO DOS ANTIBIÓTICO


Bactérias invadem o corpo do hospedeiro e utilizam os recursos do corpo para se
reproduzir, dobrando em quantidade a cada ciclo de reprodução, que pode durar
algumas horas ou poucos minutos.
Quando chegam em certo número, começam a danificar o corpo, modificando o
ambiente a seu redor. O sistema imunológico então é ativado e trava uma batalha
com as bactérias, buscando eliminar a infecção.
Muitas vezes, a batalha pode durar dias e nem sempre o corpo é capaz de vencer.
Quando isso acontece, as bactérias matam o hospedeiro.
Às vezes o corpo pode até conseguir eliminar as bactérias, mas dependendo de
quão forte o sistema imunológico ou as bactérias são, podem haver sequelas no
corpo. É aí que entram os antibióticos: eles servem para ajudar o corpo.
Cada tipo de antibiótico tem um efeito diferente e nem toda bactéria é sensível a
todo antibiótico. Alguns tipos funcionam matando as bactérias e alguns impedem a
reprodução delas, evitando que se multipliquem e conquistem o corpo. O sistema
imunológico então consegue finalizar as poucas bactérias sobreviventes e as que
não estão mais se reproduzindo.

TIPOS DE AÇÃO

Os antibióticos modernos podem ser divididos em dois tipos, dependendo de como é


seu funcionamento. São eles:
BACTERICIDAS

Os bactericidas são os antibióticos que matam as bactérias. Eles podem fazer isso
de diversas formas, reduzindo seus números drasticamente e facilitando tudo para o
sistema imunológico.
Existem diversos jeitos de um antibiótico matar uma bactéria. A penicilina, por
exemplo, o faz destruindo a parede celular das bactérias e impedindo sua síntese,
matando-as. Outra maneira usada por antibióticos para matar as bactérias é a
inibição da produção de ácido fólico. Sem essa substância, a bactéria morre.

BACTERIOSTÁTICOS
Bacteriostáticos são antibióticos que impedem as bactérias de se reproduzir. Assim,
o número de bactérias para de crescer, para então passarem a morrer naturalmente
e serem mortas pelo sistema imunológico, sem sobrecarregá-lo.
Os bacteriostáticos impedem que as bactérias se multipliquem. Eles podem inibir a
síntese de proteínas das células, o que as impede de se dividir. Ainda podem
impedir a duplicação do DNA da bactéria, o que faz com que parem de se
multiplicar, deixando que o sistema imunológico as elimine de maneira eficiente.
Alguns desodorantes utilizam químicos bacteriostáticos, evitando que bactérias que
podem estar presentes no suor se multipliquem e emitam odores.

TIPOS DE ANTIBIÓTICOS

Existem diversas variedades de antibióticos que são usados para diferentes tipos de
infecção.
Os antibióticos são separados de acordo com suas estruturas químicas e
mecanismos de ação. As classificações são as seguintes:
Aminoglicosídeos
Usado para tratar infecções severas por bactérias gram-negativas como
a Escherichia coli. Pode causar toxicidade do nervo vestibulococlear. Antibióticos
aminoglicosídeos penetram na bactéria e inibem a síntese de proteínas dela,
matando-a. Um dos representantes é a neomicina.

Ansamicinas

Este antibiótico foi desenvolvido para a redução de células tumorais. Apesar de


antibióticos agirem em bactérias, este ataca tumores usando o mesmo mecanismo
usado para eliminar os micróbios.
Ainda está em fase experimental. Pode causar toxicidade do fígado, dos rins e do
sistema gastrointestinal. Um dos representantes é a herminicina.

Carbacefem

Usado para infecções respiratórias e urinárias. Pode ser representado


pela loracarbefe.
Carbapenem
Um antibiótico de amplo espectro, é usado tanto para bactérias gram-positivas
quanto para gram-negativas. Ele previne a divisão celular da bactéria ao inibir a
produção da parede celular. Um dos representantes é o meropeném.

Cefalosporinas (primeira a quinta geração)

As cefalosporinas são divididas em diversas gerações. Cada uma possui algumas


diferenças em relação a anterior, frequentemente em sua eficácia contra
resistências.
As cefalosporinas de terceira geração, por exemplo, são eficazes em bactérias
gram-positivas e gram-negativas e são frequentemente utilizadas em infecções
hospitalares, que costumam ser resistentes a diversos antibióticos devido a seu
lugar de reprodução.
As de quarta geração possuem o mesmo efeito, mas são mais eficazes ainda contra
bactérias gram-positivas e mais eficazes contra bactérias resistentes a terceira
geração.
As cefalosporinas podem ser representadas pela cefalexina, da primeira geração.

Glicopeptídeos

Utilizados em pacientes em estado grave e com hipersensibilidade a antibióticos


betalactâmicos, como as penicilinas e as cefalosporinas. Um glicopeptídeo é
a teicoplanina.

Macrolídeos

Usados contra infecções pela Doença de Lyme e sífilis. Alguns macrolídeos podem
ser usados contra pneumonia. A azitromicina é um dos representantes.

Monobactamas

Usadas contra bactérias gram-negativas aeróbias, como enterobactérias. São


inativas contra gram-positivos e bactérias anaeróbicas. O aztreonam representa
uma monobactama.
Penicilinas
Penicilinas são usadas contra muitos tipos de infecções. Foram os primeiros
antibióticos e possuem um amplo espectro de ação. A amoxicilina faz parte deste
grupo.
Antibióticos polipeptídicos

Pode ser usado em casos de infecções oculares e urinárias. A colistina, que


pertence a este grupo, é usada para combater infecções hospitalares pois, devido a
seu pouco uso, poucas bactérias desenvolveram resistência a ela.

Quinolonas

Usados em infecções do trato urinário, diarreia bacteriana, prostatites causadas por


bactérias e gonorreia, entre outros. Representado pelo ciprofloxacino.

Sulfonamidas

Este tipo de antibiótico é usado contra infecções urinárias e por salmonela.


A sulfadimetoxina faz parte deste grupo.

Tetraciclinas

Infecções por de clamídia, sífilis e acne podem ser tratadas pelas tetraciclinas, entre
outras. A tetraciclina faz parte deste grupo e é o antibiótico que dá seu nome.

Lincosamidas

Usado para prevenir infecções após a realização de cirurgias e para o tratamento de


acne. A lincomicina faz parte deste grupo.

Como saber qual o antibiótico mais indicado?

Apenas o médico será capaz de indicar qual o antibiótico mais adequado para o seu
caso. Contate seu médico caso você acredite que está lidando com uma infecção
bacteriana.
Um dos principais métodos para a escolha do antibiótico que será usado em cada
bactéria é a técnica de Gram, mas também pode ser necessária uma cultura
bacteriana para determinar o medicamento adequado.
Antibióticos de emergência
Antibiótico engorda?
Não! Antibióticos não engordam. O que acontece é que alguns antibióticos podem
causar excesso de gases durante o tratamento, o que pode dar a sensação e
aparência de barriga inchada. Isso é passageiro e assim que o tratamento for
concluído, o excesso de gases também irá embora.

Fiquei melhor, e agora?

Continue tomando o medicamento até o fim do tratamento. É extremamente


importante que não se pare de tomar o antibiótico quando os sintomas forem
embora. Quando seus números caem, as bactérias param de causar sintomas, mas
várias delas ainda estão presentes.
Se você parar com o antibiótico, as chances de elas voltarem a se reproduzir são
altas, e pior, elas podem desenvolver resistência ao medicamento já que apenas as
mais fortes sobreviveram até aquele ponto.
Frequentemente, a quantidade de doses de um tratamento antibiótico combina com
a quantidade de doses nas caixas do medicamento, e chegar ao fim da caixa é
necessário.

O que fazer com as sobras?

É possível que sobrem doses de antibiótico ao fim do tratamento. Eles devem


ser descartados. Guardar antibióticos para uso posterior pode facilitar a criação de
bactérias resistentes, já que a quantidade que sobra não deve ser o bastante para
um tratamento.
É importante que o descarte seja feito de maneira correta. Jogar antibióticos no
esgoto através do vaso sanitário ou no lixo comum pode expôr bactérias destes
lugares ao medicamento, o que também pode causar resistências que podem se
espalhar.
Diversas farmácias, além de postos de saúde, recebem medicamentos vencidos e
sobras de tratamento para descarte adequado.
Você pode procurar por pontos de descarte em sua cidade.

Efeitos Secundários Gerais dos Antibióticos

Embora a maioria das pessoas possa tomar antibióticos com sucesso,


os possíveis efeitos colaterais dos antibióticos incluem diarreia, dor de estômago,
sensibilidade ao sol, infecção por fungos, gosto metálico na boca, alergia ao
medicamento (resultando em erupções) e inflamação severa com risco de vida
devido à sensibilidade do fármaco, denominada anfilaxia.
No entanto, em alguns casos mais graves, alguns antibióticos – como Augmentin
(amoxicilina e clavulanato) e clindamicina – podem causar uma forma muito grave
de diarreia, caracterizada por episódios frequentes de fezes suaves e aquosas com
um odor forte que é muito mais desagradável do que o normal.Se isso acontecer,
pare de tomar o antibiótico imediatamente e entre em contato com seu médico
imediatamente. Você pode precisar tomar um antibiótico diferente.Certos antibióticos
podem causar efeitos colaterais, como descoloração dos dentes nos dentes do leite,
perda auditiva ou problemas renais.

Interações Medicamentosas dos Antibióticos

Os antibióticos como a maioria das drogas, podem interagir com outras

drogas. Alguns como Zithromax ou Z-Pak (azitromicina), geralmente não possuem

muitas interações medicamentosas.

Mas outros antibióticos, como fluoroquinolonas e tetraciclinas, também não


funcionam se tomados ao mesmo tempo em que cálcio, ferro, antiácidos como Tums
ou Maalox, ou alimentos como leite, queijo ou nozes.

Se você está tomando medicamentos ou suplementos que contêm cálcio ou ferro,


ou comendo lácteos ou nozes, tente tomar seus antibióticos algumas horas antes de
consumir qualquer um desses itens.

DIVERSOS ANTIBIÓTICOS

Cada uma dessas classes possui diversos antibióticos diferentes. Eles agem de
maneira parecida dentro de sua própria classe, mas cada classe age de maneira
diferente da outra. Algumas são mais agressivas e causam efeitos colaterais
diferentes ou são, até mesmo, capazes de causar danos no corpo.
Existem ainda os antibióticos que não se encaixam em nenhuma destas
classificações, como é o caso do etambutol, um antibiótico utilizado para o
tratamento de tuberculose e que age através da inibição da formação da parede
celular das bactérias.
Os mais usados
Os antibióticos mais utilizados são os seguintes:
Ciprofloxacino;
Amoxicilina;
Ampicilina;
Azitromicina;
Cefalexina;
Tetraciclina
Para lidar com bactérias resistentes, utilizam-se diversos tipos diferentes de
antibióticos, além de alguns que são controlados para uso específico contra
bactérias resistentes a vários antibióticos. Existem regras para a utilização deles,
para evitar a criação de uma super bactéria que seja imune.
Colistina

A colistina é um antibiótico de emergência que foi descoberto em 1959, mas pouco


utilizado por causar danos no fígado. Por isso, poucas bactérias possuem
resistência a ela, e em casos de bactérias imunes a diversos antibióticos,
frequentemente contraídas em hospitais, a colistina era utilizada.
Porém, em 2015, descobriu-se que existem bactérias que desenvolveram resistência
à colistina na China. Isso aconteceu pois o medicamento é dado há anos, de
maneira preventiva, a porcos, para evitar que as criações fiquem doentes.
Contudo, as bactérias nesses animais desenvolveram resistência à droga e se
espalharam para os humanos.

TEMPO DE TRATAMENTO

O tempo de tratamento e a dose dependem de dois fatores: tempo de circulação da


droga no sangue e perfil de resistência da bactéria. Uma mesma infecção pode ser
tratada por tempos diferentes dependendo do antibiótico prescrito.

Por exemplo, uma faringite pode ser tratada com:

 Uma dose intramuscular única de penicilina benzatina.


 3 dias de Azitromicina 1 comprimido por dia.
 10 dias de Amoxicilina 1 comprimido de 8/8h.

Algumas infecções são facilmente tratadas com curtos cursos de um único antibiótico,
como gonorréia, clamídia ou cistites. Outras, como a tuberculose, precisam de 3
antibióticos e um tratamento de pelo menos 6 meses para serem curadas.Nas
infecções mais brandas, a escolha do antibiótico é empírica, baseada no conhecimento
prévio de sensibilidade. Nos casos mais graves ou nas infecções que não respondem
inicialmente aos antibióticos prescritos, uma cultura de material apropriado deve ser
feita para melhor guiar a escolha do antibiótico.

TRATAMENTO COM ANTIBIÓTICO EM CASA


De forma geral, os antibióticos são tomados por via oral e a duração do tratamento
não implica qualquer problema. No entanto, algumas infecções, como as que afetam
os ossos (osteomielite) ou o coração (endocardite), requerem a administração de
antibióticos por via intravenosa durante muito tempo, geralmente 4 a 6 semanas. Se
a pessoa não sofrer de outros distúrbios que requeiram hospitalização e se se sentir
relativamente bem, é possível administrar-lhe o antibiótico por via intravenosa (IV)
em casa. Quando os antibióticos têm de ser administrados por um longo período, os
pequenos cateteres IV que são introduzidos em um veia pequena do braço ou da
mão (como os que se utilizam na maioria dos processos hospitalares rotineiros)
podem não ser desejáveis. Esses cateteres duram somente até 3 dias. Em vez
disso, pode ser inserido um tipo especial de cateter IV em uma veia central grande,
geralmente no pescoço ou tórax.
Alguns dispositivos para infusão de antibióticos são de tal forma simples que as
pessoas e seus familiares podem aprender por si mesmos a usá-los. Em outros
casos, uma enfermeira visitante pode vir à residência para administrar cada dose.
Em qualquer situação, as pessoas são cuidadosamente supervisionadas para se ter
certeza de que o antibiótico está sendo dado corretamente e para observar
possíveis complicações e efeitos colaterais.
Se for usado um cateter IV para administração dos antibióticos em casa, corre-se um
risco mais alto de contrair uma infecção no local onde o cateter é inserido e na
corrente sanguínea. O aparecimento de dor, vermelhidão e pus no local de inserção
do cateter, bem como arrepios e febre (mesmo sem problemas no local de inserção)
podem indicar uma infecção relacionada ao cateter.

DOSES E HORÁRIOS

Cada antibiótico tem seus horários e doses específicas para fazer efeito e eliminar
as bactérias de maneira eficaz. Se você deixar que a concentração de medicamento
no corpo fique baixa demais, as bactérias podem ter chance de se reproduzir
novamente.
Entretanto, você não deve tomar mais do que a dose receitada pelo médico, já que
isso pode trazer efeitos colaterais indesejados e perigosos.
Em caso de esquecimento de uma dose, tome o medicamento assim que puder e
lembrar. Mantenha o espaçamento entre as doses.
Se você precisava tomar uma dose a cada 8 horas, mas esqueceu de uma e só se
lembrou quatro horas depois, tome uma dose assim que lembrar e a dose seguinte
deve ser tomada 8 horas depois.

Como ultilizar o antibiótico ?

Utilize-os apenas se houver recomendação pelo médico ou dentista. Não aceite as


indicações de amigos, parentes ou de balconistas de farmácia;

Se um antibiótico foi utilizado por um amigo que apresentava sintomas semelhantes


aos que você apresenta, isso não quer dizer que o medicamento terá o mesmo
efeito em você;

Obedeça rigorosamente aos horários de ingestão dos antibióticos;

Obedeça à dosagem recomendada pelos médicos e dentistas. Doses maiores não


garantem um cura mais rápida;

Ao se sentir melhor, não interrompa o tratamento. A ingestão do antibiótico deve


durar o tempo determinado pelo médico ou dentista, mesmo que os sintomas já
tenham acabado. Esse ponto é extremamente importante, pois, ao interromper o
tratamento, o paciente deixa vivas as bactérias mais resistentes, contribuindo para
selecionar essas cepas;

Não faça uso simultâneo de bebidas alcoólicas e antibióticos. Alguns desses


medicamentos, tais como o metronidazol e o tinidazol, podem causar vômitos,
náusea, dores de cabeça e até a morte caso sejam utilizados juntamente ao álcool;

Não utilize antibióticos ou qualquer outro medicamento que esteja com a data de
validade vencida;

Doenças virais não são curadas com o uso de antibióticos, sendo assim, esse
medicamento não é recomendado para gripe, por exemplo.

Quando não devo tomar antibiótico ?

Se está tomando antibiótico, o melhor é não consumir bebida alcoólica pois o álcool
pode comprometer a ação do medicamento ou interagir com ele, causando efeitos
colaterais indesejados. O álcool inibe a ação do hormônio antidiurético, o que faz
com que a pessoa elimine mais urina. Isso pode acelerar a eliminação do antibiótico,
tornando o intervalo prescrito do medicamento inadequado.

Por exemplo, se o paciente estiver tomando um antibiótico a cada 8 ou 9 horas e


consumir bebidas alcoólicas, pode ser que antes de chegar a hora de tomar a outra
dose, ele já não tenha uma quantidade suficiente de antibiótico na corrente
sanguínea, comprometendo o seu efeito.

Além disso, alguns antibióticos como metronidazol, tinidazol, cetoconazol,


nitrofurantoina, rifampicina e isoniazida, podem interagir com o álcool e causar dor
de cabeça, aumento da frequência cardíaca (palpitação), vômitos, queda da pressão
arterial e até mesmo desmaios.

O consumo de bebidas alcoólicas com antibióticos também pode diminuir o tempo


de metabolização do álcool pelo fígado, aumentando a sua permanência e
toxicidade no cérebro, fígado e trato digestivo.

Outro motivo para evitar a combinação de álcool com antibiótico é que ambos são
metabolizados no fígado, o que não só prejudica o processamento do medicamento
como sobrecarrega o órgão.

Resistências das bactérias aos antibióticos

Antibióticos são eficazes no tratamento de infecções por bactérias, mas sem


nenhuma utilidade nas doenças causadas por vírus. Mesmo assim, muita gente
recorre aos antibióticos nos quadros de dengue, catapora, sarampo, gripes,
resfriados, todas elas doenças virais que não respondem aos princípios ativos dos
antibióticos.

Por possuírem grande capacidade de adaptação, as bactérias podem sofrer


processos de mutações. À medida que utilizamos inadequadamente antibióticos, os
microrganismos vão criando resistência aos mecanismos de ação desses
medicamentos, porque as bactérias que continuam vivas aprendem como se
defender do antibiótico. Quando reutilizamos a medicação, as bactérias estão
preparadas efazem com que o medicamento não faça mais o efeito esperado. Aí
você muda para outro antibiótico e o ciclo se repete até que não sobre mais
opções de tratamento.Segundo o relatório global sobre a resistência bacteriana,
publicado pela OMS, para evitar que isso aconteça, é preciso investir em múltiplas
providências, que incluem: medidas de prevenção das infecções pela lavagem das
mãos, produção de medicamentos mais eficazes e a preços acessíveis; testes
rápidos para identificar o agente infeccioso como forma de impedir prescrições
desnecessárias. Acima de tudo, é fundamental alertar as pessoas sobre os perigos
da automedicação e de interromper o tratamento ao primeiro sinal de melhora.No
Brasil, algumas providências já foram implantadas. Os antibióticos só podem ser
vendidos mediante a apresentação de receita médica especial, em duas vias, uma
das quais fica retida na farmácia. Essa medida, de certa forma, dificulta a
automedicação e o uso desnecessário do medicamento, mas não basta para evitar o
desenvolvimento de bactérias multirresistentes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) promove no mês de novembro, a Semana


Mundial do Uso Consciente de Antibióticos (World AntibioticAwareness Week). O
objetivo da campanha é conscientizar a população, os profissionais de saúde e
gestores públicos sobre a resistência. A cada ano, morrem cerca de 700 mil pessoas
em todo o mundo por infecções causadas por bactérias resistentes. Segundo um
estudo encomendado pelo governo britânico, a partir de 2050, esse número poderá
chegar a dez milhões por ano. A OMS trabalha com países e parceiros para
melhorar a prevenção e controle de infecções e para promover o uso adequado de
antibióticos existentes e futuros. Além disso, está desenvolvendo orientações para
uso responsável de antibióticos nos setores humanos, animal e agrícola.
Mecanismo de ação dos antibióticos ?

O funcionamento dos mecanismos de ação de um antibiótico é variado de


substância para substância e atuando de maneira diferente dependendo do
microrganismo o que deve ser combatido.

 O antibiótico impede a reprodução do microrganismo, impossibilitando que a


bactéria ou vírus continua a se multiplicar no corpo;
 O antibiótico também pode impedir a formação completa do peptidoglicano, uma
substância que deixa a estrutura celular da bactéria muito mais rígida. Desse modo
os anticorpos e até mesmo outras substâncias do mesmo antibiótico pode eliminar
os microrganismos nocivos;
 Um antibiótico também pode inibir a síntese de proteínas bacterianas, impedindo a
produção das proteínas da bactéria causadora da doença. Sem as proteínas as
bactérias não podem mais se reproduzir;
 Alguns agentes químicos imitam os metabólitos das células bacterianas, se
ligando as suas enzimas e a impedindo de se reproduzir ou se alimentar, que por
ventura também impede sua multiplicação;
 Outros antibióticos atuam modificando a membrana plasmática da bactéria. Ao
ter sua estrutura modificada a bactéria acaba perdendo os metabolitos, também
inibindo sua ação no organismo.

Normalmente os resultados positivos na saúde pelo uso do antibiótico são bem


rápidos, pois as substâncias são realmente agressivas. Porém é importante ressaltar
o fato de que o ciclo de remédio (período de tratamento) deve ser completado
conforme orientações médicas.

Antibióticos produzidos por microrganismo.


Os antibióticos são substâncias químicas que inibem o desenvolvimento de
microrganismos (bactérias e fungos). Muitos antibióticos são naturais – ou seja, são
produzidos naturalmente, por diversos organismos vivos: plantas, animais e
microrganismos. Vários antibióticos são produtos do metabolismo secundário de
organismos vivos. O metabolismo secundário é constituído por vias metabólicas que
são particulares a indivíduos de uma determinada espécie, ou gênero. Sendo assim,
organismos “parentes” costumam produzir substâncias parecidas. Estas substâncias
podem exercer as mais variadas funções, dentre as quais de inibir o
desenvolvimento de microrganismos. Os antibióticos naturais são alguns dos mais
importantes antibióticos utilizados para o tratamento de infecções bacterianas ou
fúngicas. Alguns exemplos de antibióticos naturais são as penicilinas (de fungos do
gênero Penicillium), os aminoglicosídios como a estreptomicina (produzidos por
bactérias do gênero Streptomyces) e os antibióticos poliaromáticos como as
antraciclinas e tetraciclinas (produzidos principalmente por fungos e também por
bactérias). Mais da metade de todos os antibióticos conhecidos são produzidos por
bactérias do solo, e estas substâncias exercem funções extremamente importantes
na manutenção da população de microrganismos. Associados à presença de
antibióticos, muitos microrganismos desenvolveram resistência a estas substâncias,
de maneira a poderem sobreviver na presença destas. Ou seja, no ambiente existem
tanto microrganismos sensíveis como resistentes a antibióticos.
O surgimento de rotas metabólicas que levaram à formação de determinados
antibióticos é fruto de pressões seletivas ao longo da evolução. Além disso, a
persistência de uma rota metabólica em um determinado microrganismo deve ser
decorrente de seus produtos conferirem algum tipo de vantagem adaptativa. No
entanto, sabe-se que muitos antibióticos não são persistentes no ambiente – sofrem
mudanças, em decorrência de estarem expostos a fatores como variação de pH,
irradiação UV e até mesmo degradação por outros microrganismos.
Os antibióticos originalmente produzidos por microrganismos sofrem vários
processos de mudanças, em diferentes taxas de transformação, originando misturas
complexas que exercem diferentes padrões de ação antibiótica. Um determinado
antibiótico produzido por um determinado microrganismo resulta de um longo
processo de seleção natural para sua biossíntese. Porém a persistência da rota de
produção deste antibiótico será também função dos produtos de degradação do
mesmo, que também conferem vantagens adaptativas ao microrganismo que produz
o antibiótico original.

Quais consequências os antibióticos trás ao organismo do ser


humano se utilizar de forma indevida?
O uso excessivo dos antibióticos pode ocorrer o risco, das bactérias se
tornarem resistentes ao medicamento, o que pode causar infecções graves. Pode
provocar lesões no fígado, órgão que metaboliza a medicação, além de enfraquecer
as defesas naturais do organismo, aumentando o risco infecções.
 Nas crianças, o uso indiscriminado de antibióticos pode prejudicar o seu
sistema imunológico, favorecendo o aparecimento de doenças no futuro.

 O antibiótico pode passar a fazer menos ou até mesmo nenhum efeito;


 Pode ser necessário tomar doses superiores do antibiótico para curar a
doença;
 Eventual necessidade de toma de um antibiótico diferente, mais “forte”, para
obter o mesmo efeito;
 Possível propagação a outras pessoas das bactérias resistentes quer no meio
hospitalar quer na comunidade;
 Maior dificuldade em identificar antibióticos capazes de eliminar estas
bactérias;
 Poderem voltar a surgir doenças graves já consideradas controladas, como a
tuberculose e em formas mais graves e difíceis de tratar.
Conclusão

Podemos concluir que a ação dos antibióticos frente a atividade bacteriana,


representa a importância destes para a sociedade, com suas vantagens no
combate de infecções, impedindo o desenvolvimento ou causando a morte, e
utilizando diferente classes de antibióticos anulando o desenvolvimento da
parede celular, e desvantagens se usado de forma indevida. Concluimos
também que a muito tempo se vem utilizando os antibióticos, e neste meio
tempo de uso que as pessoas fazem muitas bactérias vem se fortalecendo ou
seja criando resistência e desenvolvendo diferentes mecanismos de
resistências a antibacterianos, assim sendo de suma importância alguns
novos estudos e pesquisas para o controle destes mecanismos, para evitar o
possível aparecimento de novas resistências bacterianas, pois muitas
pessoas desconhecem esses fatores.
Referencias
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SANTOS, Vanessa Sardinha Dos. "O que é antibiótico?"; Brasil Escola. Disponível
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