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Modelos da Revelação, segundo Avery Dulles

(Brandon Wilkins, pastor da Igreja Presbiteriana Ortodoxa, USA)

Modelo um: Revelação como Doutrina.


Deus se revela na natureza, mas não o suficiente para a salvação. A Revelação sobrenatural/especial
é dada para ser conhecimento salvífico de Deus. Esta revelação foi originalmente dada através de
teofania e profecia (e, finalmente, em Cristo). À medida que a história da salvação progrediu, ela
tomou cada vez mais a forma de doutrina e foi escrita por homens santos. Por meio da inspiração do
Espírito Santo, a Escritura é a revelação objetiva de Deus. A natureza dessa revelação nas Escrituras
é proposicional e racional (sendo comunicada do intelecto divino para o intelecto humano pela
fala). A resposta a essa verdade proposicional é o assentimento.

Encontra precedência histórica em: antigas teorias rabínicas da inspiração, alguns antigos Padres da
Igreja, abordagens medievais silogísticas à teologia, crítica textual humanista, batalhas
conservadoras com o liberalismo.

Defensores protestantes: Gordon Clark, J. I. Packer, John Warwick Montgomery, Carl Henry, e são
articulados na Declaração de 1978 sobre a inerrância.

Defensores católicos romanos: Reginald Garrigou-Lagrange, Christian Pesch, Herman Dieckmann e


vários documentos conciliares surgidos do Vaticano I (Além disso, os proponentes católicos
romanos dessa visão argumentam que essa revelação proposicional é encontrada na Tradição).

Méritos: fiel à história dogmática Cristã, se encaixa com a linguagem bíblica das Escrituras como
"palavra de Deus", incentiva a lealdade à confissão e tradição, e preserva a singularidade e
superioridade da revelação Cristã.

Críticas: reducionista demais - ignora como o gênero literário informa o significado dos versículos
da Bíblia e exagera o papel das proposições na transmissão da verdade (cf. teoria do Discurso-Ato),
inadequado para nossa experiência da verdade e da realidade.

Modelo dois: Revelação como História.


A Bíblia não é primariamente a palavra de Deus, mas o registro (relativamente fiel) dos atos
objetivos e reveladores de Deus na história. A Bíblia é um recital confessional do povo de Deus,
enquanto refletem sobre esses grandes feitos. Esses eventos revelam o plano de Deus para a
redenção do mundo (assim, a interpretação está ligada ao evento). A resposta a essa revelação
‘como ato’ é a confiança em Deus que age na história pela salvação do seu povo.

Defensores: William Temple, Ernest Wright, Oscar Cullmann, Wolfhart Pannenburg.

Méritos: Considera as ações de Deus na história como concretas, dá maior atenção aos livros e
gêneros bíblicos negligenciados (históricos, proféticos e apocalípticos), mais flexíveis do que o
modelo proposicional de revelação.
Crítica: reducionista demais - é revelação apenas em ato e não em palavra? Esse modelo encontra
pouco apoio na história da Igreja antes do surgimento da “consciência histórica”, ecumenicamente
inadequado, a ideia de um ‘ato de Deus’ não é bem definida.

Modelo três: Revelação como Experiência Interior.


Deus é transcendente e imanente, absoluto e imanente. Através de uma experiência religiosa
transformadora, é possível discernir a presença divina (esta é uma experiência da graça divina).
Rejeita a dicotomia entre revelação natural e sobrenatural; onde quer que haja religião real, existe
revelação real (o teólogo cristão não é mais privilegiado a esse respeito que o Brahmânico). A
revelação vem individualmente, mas se amplia em um contexto cultural-religioso. O critério da
verdadeira revelação é se ela produz uma vida religiosa frutífera.

A revelação é necessariamente interior porque Deus é Espírito. A revelação é uma consciência


imediata de Deus e dá um conhecimento místico que ilumina todo o resto. A revelação é Deus
comunicando a si mesmo diretamente à alma que está aberta para ele. Doutrina, confissões,
tradições são tentativas humanas de descrever uma experiência reveladora inefável. Elas são na
melhor das hipóteses descrições simbólicas, mas quando tratadas como revelação elas se tornam
idolátricas. Revelação e salvação são idênticas.

Defensores Protestantes: Friedrich Schleiermacher, Albrecht Ritschl, Wilhelm Hermann, Auguste


Sabatier, C.H. Dodd, H. Wheeler Robinson.

Defensores católicos romanos: George Tyrell, Baron Friedrich von Hügel, Karl Rahner.

Méritos: oportuna (surgiu como uma resposta à crítica do racionalismo à revelação clássica),
devocional.

Críticas: Contradiz a maior parte da Bíblia, “a revelação é para o gênio espiritual” (aqueles
disciplinados, espirituais o suficiente para perceber o divino), uma visão muito estreita da
experiência e uma visão presunçosa de “experiências religiosas”.

Modelo quatro: Revelação como Encontro Dialético.


Muito paradoxal. A revelação é um encontro salvífico com o Deus vivo. A revelação é um mistério
porque é uma revelação de um Deus que é absoluto mistério. Como resultado, até mesmo a
revelação de Deus também o oculta. Deus se revela como Juiz e Justificador em Cristo. Geralmente,
rejeita a revelação natural. A revelação de Deus não pode ser discernida dentro da história, doutrina
ou experiência, mas ainda assim acreditamos que ele está presente (ocultamente) nelas.

A Palavra de Deus é (mesmo na Igreja pós-apostólica) uma decisão livre e dom de Deus. A Bíblia, a
Igreja, pregando, testemunham a revelação, mas não são revelação; estas podem se tornar a Palavra
de Deus se aprouver a Cristo falar através delas. A Bíblia não é inerrante, porque foi escrita por
homens falíveis, mas Cristo ainda pode se agradar de falar sua Palavra através de suas palavras
falíveis. A verdade dada não é “isso-verdade” (ou seja, proposicional), mas a verdade de Deus
afirmando-se em Cristo como julgado e salvo conosco.
A revelação está acima e além da história e do homem. Por isso, não pode ser autenticada ou
provada pelo homem à parte da fé. Isso também significa que o Jesus histórico não constitui
revelação; contudo, a Palavra divina está presente na história sem ser idêntica a ela.

Defensores: Karl Barth, Rudolf Bultmann e Emil Brunner

Méritos: certas afinidades com a paradoxal “palavra da cruz” da qual Paulo (e Lutero) falou, um
baluarte contra as críticas positivistas e liberais do cristianismo, cristocêntricas e trinitárias,
ajudaram a reavivar o interesse pela teologia sistemática protestante, preservam a ideia de um
encontro com Deus sem cair em erros de modelo experiencial.

Críticas: Não muito bíblico ou de acordo com a tradição da Igreja, ele tende a ser bastante
incoerente, construído sobre fundamentos modernistas.

Modelo cinco: Revelação como nova consciência.


A revelação é uma “descoberta” na sociedade humana. A revelação está relacionada ao progresso
humano e crescimento psíquico, a convergência de muitos em um. É um reflexo de Deus em nossa
consciência; não vem de fora, mas de dentro. A revelação é um novo modo de consciência humana;
é o processo pelo qual Deus trabalha dentro da história e da tradição para levar a uma consciência
mais elevada. Como tal, a revelação sempre se correlaciona com questões humanas decorrentes de
um contexto cultural e histórico. Jesus Cristo permanece como o ponto alto dessa consciência. Deus
não é um objeto, mas um horizonte.

A razão está envolvida, não discursivamente, mas como uma tentativa de pensar em novas
possibilidades e novos significados; a verdade que a revelação dá não é proposicional, mas
pragmática. A história (e a Bíblia) é útil, pois dá testemunho de experiências de descoberta
anteriores e dá paradigmas significativos da autotranscendência humana que ainda são úteis no
presente. Toda a história humana está sob a influência da graça de Deus; esta revelação graciosa é
universal no escopo e na intenção.

Defensores Protestantes: Gregory Baum, Gabriel Moram, Paul Tillich e Ray L. Hart.

Defensores católicos romanos: Maurice Blondel, Teilhard de Chardin, Julian Huxley e Leslie
Dewart.

Méritos: Não autoritária ou reconstrutiva ou sentimental, harmoniza com a visão dominante da


história mundial (progressista-evolutiva), encoraja a ação humana e a responsabilidade na
sociedade.

Críticas: Não é fiel à história da Bíblia ou da Igreja, sua rejeição de um “Deus de fora” é muito
problemática. O hegelianismo (que é em essência o que esta visão propõe) foi profundamente
rejeitado pela teologia cristã. E aqueles que experimentam Deus entronizado acima da história?
Como não tem mensagem, não pode dar respostas.

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