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Marc Augé NAO-LUGARES Introdugao a uma antropologia da supermodernidade NAO-LUGARES PABTRUS MMO-LUGARES—.NTRODUCAO A UMA ANTROPOLOGIA DA SUPERMODERWDADE Mare Aug PADINUS TWAVESSIA D0 BEE fem uma relacdo diferente com nosso pas acoes contrarias dos acontec Porém, a partir de des se transformaram em revalorizados, expostos, th = dos © ruas para pedestres), enquanto desvios, rodavias, ns de alla velocidade e vias expressas nos Esse desvio, contudo, no deixa de provocar re morsos — como © comprovam as inameras indicagoes que nos convidam a nao ignorar os esplendores da terra ¢ 08 vestigios da historia, Contraste: € nas entra: das das cidades, no espago melancolico dos grandes conjuntos, das zonas industrializadas e dos supermer- cados que so p jos convidam fa visitar os monum vias, que se multiplicam as referénc Tocais que deveriam reter-nos enqu: ‘como se a alusao ao tempo € aos lugares antigos, hoje, fosse apenas uma manetra de dizer 0 espaco presente. DOS LUGARES AOS NAO-LUGARES: Presenca do passado no presente que o ultrapassit €o reivindiea: € nessa conctliagao que Jean Starobinski ve a essencia da modernidade. Ele observa, a esse propésito, numartigo recente, que autores eminentemen- te representativos da modernidade em arte deram-se "a \ possibilidade de uma polifonia onde o entrecruzamento Virtualmente infinito dos destinos, atos, pensamentos, fe reminiscéncias pode basear-se numa marcha de baixo que soa as horas do dia terrestre e que marca 0” lugar que ai ocupava (que ainda poderia ai ocupar) 0, ‘antigo ritual”, Ele cita as primeiras paginas do Utsses de Joyce, em que se fazem ouvir as patavras da Itar- ‘a: “Introibo ad altare Det": 0 inicio de Em busca do tempo perdido, em que a ronda das horas em torno do ‘campanario de Combray ordena o ritmo “de um vasto € tinico dia burgues..”; ou ainda Histoire de Claude ‘Simon, em que “as lembrancas da escola religiosa. a n

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