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Universidade Tecnológica Federal do Paraná

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PATOLOGIAS DAS CONSTRUÇÕES

AMAURI ROBINSKI
DANILO PAIVA CARVALHO
FERNANDA MIRON DE MIRANDA
GRACIANO MACHADO PINEZI
PETER ZAHLE LARSEN

ANÁLISE DOS ASPECTOS TÉRMICOS DE CONSTRUÇÕES COM


CONTÊINERES, COM FOCO NO DESEMPENHO DOS SISTEMAS DE VEDAÇÃO
VERTICAIS EXTERNOS

CURITIBA
ABRIL DE 2016
TÍTULO DO ARTIGO EM LÍNGUA PORTUGUESA TÍTULO DO ARTIGO EM
LÍNGUA PORTUGUESA

RESUMO

O objetivo do artigo é fazer uma análise dos aspectos térmicos de construções com
contêineres, com foco no desempenho dos sistemas de vedação verticais externos.
A análise de desempenho é baseada nos requisitos indicados pelas normas NBR
15.575 e NBR 15.220. Os parâmetros de desempenho determinados segundo
indicações das normas mencionadas, são avaliados em relação ao atendimento aos
respectivos requisitos normatizados e fazendo comparativos entre os desempenhos
térmicos de combinações dos materiais mais utilizados nesse tipo de construção,
comparando-as entre si e em relação ao desempenho de um contêiner sem
intervenção.

Palavras-chave: Conteiner. Conforto térmico. NBR 15.575. NBR 15.220.

1 INTRODUÇÃO

Os contêineres foram inventados por volta do ano 1955, pelo empresário


Mclean, com o objetivo de otimizaro transporte de carga, que até essa invenção
eram feito de maneira manual. Sua implantação logo trouxe resultados, uma
redução de aproximadamente 25% do tempo para carga e descarga. Logo caiu no
uso do setor de transportes, o que exigiu que fosse criado normas que
padronizassem seu uso e fabricação, foi então que em 1968, saíram as ISSO 338,
ISSO 790, ISSO 1987; já nesse período as características dos contêineres eram
iguais aos atuais modelos “STANDART”.
Devido ao logo tempo de vida útil, se comparado com o tempo de uso para o
transporte, bem como o grande custo de transporte sem carga, acaba gerando uma
grande quantidade de lixo. Porém devido à facilidade de adaptação dos módulos
para outros usos, isso tem sido cada fez mais comum. Em 1991, durante a guerra do
golfo, já tinha sido usado como abrigo temporário dos refugiados da guerra, com o
mesmo objetivo foi usado após o terremoto do Haiti. Durante o século XXI com a
tendência do ambientalmente correto tem se propagado o uso para habitações
permanentes, o que tem gerado diversos estudos volumétricos e de materiais para
essa adaptação.

1.1 Característica dos conteineres

O principal material na fabricação do contêiner é o aço, que faz com que a


estrutura seja resistente e leve. A vida útil fora do mar é de 120 anos, já como
cargueiro tem vida de trabalho de 10 anos em média. Os tamanhos são
padronizados, seguem a tabela a baixo:
Figura 1 – Tipos e tamanhos dos conteineres

Fonte: parpyman438.blog.com, 2015.


1.2 Adaptação para o uso residêncial

Quando se pega um contêiner, com o objetivo de usa-lo para fins residenciais


é necessária mão de obra especializada, uma vez que os cortes feitos nos módulos
precisam de um reforço com steel frame. As fundações dessas construções são
sapatas isoladas e rasas. Ainda antes do uso, deve-se jatear um abrasivo, para
retirar as toxinas da extrutura, e pintar com tinta não tóxica, como à base d’água. Ele
é facilmente agrupado a outros contêineres, por poder se retirar laterais, piso ou
cobertura para a ampliação dos ambientes, só tem que se ter ciencia de que essas
subtrações enfraquecem a estrutura. Devido a Carga do uso residêncial, o máximo
de contêineres empilhados para esse uso, sem reforço externo, é de 5 unidades.

1.3 Exemplos

1.3.1 Testris container hostel

O hostel, que leva o nome Tetris Container Hostel, chama a atenção por ser
construídos com containers e está localizado no principal corredor turístico de Foz
do Iguaçu, a Avenida das Cataratas.
O projeto possui um grande apelo sustentável e tem como foco reduzir o
impacto no meio ambiente se baseando na proposta do 3R’s: Reduce, Reuse,
Recicle. Além dos próprios containers utilizados para dar forma ao empreendimento,
que são reutilizados, o mobiliário e decoração terão uma proposta jovem e urbana,
reciclando e reaproveitando materiais.
O telhado verde do hostel tem finalidade de manter uma temperatura interna
mais fresca e contribui com uma melhor qualidade de vida da cidade como um todo.
Já os pisos externos terão drenantes escoar a água para os lençóis freáticos. Além
do mais terá uma cisterna de 15 mil litros para captar e armazenar a água da chuva,
sistema de tratamento de esgoto com a utilização de raízes para fazer a reciclagem
dos resíduos e tornando o restante limpo para irrigação de jardins.
A piscina também foi feita a partir de um container e será aquecida com o
sistema de aquecimento solar, evitando dessa forma a utilização de energia elétrica,
e possibilitando que os visitantes possam utilizá-la em todos os períodos do ano.

1.3.2 Bar do porto

Para construir o Bar do Porto foram utilizados nada mais nada menos do que
15 containers High Cube de 40 pés cada!
Estes 15 containers juntos totalizam um espaço interior de 529 m².
A partir da ideia do bar até o a execução e a entrega do projeto foram
aproximadamente 5 meses de trabalho!
A grande economia de 50% comparado a uma obra de alvenaria se deu por
dois motivos:
 A utilização de containers;
 Decoração do Bar.
O custo dos containers é bastante interessante quando comparamos à obras
de alvenaria.
Por ser um Bar que tem como objetivo divertir as pessoas com shows de
músicas ao vivo, a acústica do ambiente é de extrema importância, pensando nisto
tudo o isolamento termo acústico do local foi feito com lã de rocha.
Já no piso do estabelecimento foi utilizado compensado naval;
A partir da escolha dos containers a temática do bar foi nascendo
naturalmente, por isto o nome Bar do Porto, pois em portos marítimos os containers
fazem parte do cenário natural.
2 OS MATERIAIS COMO ISOLANTES TÉRMICOS

2.1 EPS - poliestireno expandido – isopor

O EPS é a sigla internacional do Poliestireno Expandido. Foi descoberto na


Alemanha pelos químicos Fritz Stasny e Karl Buchholz em 1949. No Brasil é
popularmente conhecido como ISOPOR – marca registrada da empresa Knauf.
É um isolante derivado do petróleo e do gás natural do qual se obtém o
polímero plástico do estireno na forma de grânulos.
Possui baixo peso específico: podem ser obtidas densidades ao redor de 9
kg/m³ podendo chegar até mais de 40 kg/m³. Atinge um bom comportamento térmico
em densidades que vão de 12 kg/m³ a 30 kg/m³. Tem um coeficiente de
condutividade térmica de 0,04 a 0,03 W/m.K, que depende da densidade (por regra
geral, uma maior densidade implica menor o coeficiente e, portanto, melhor é o
isolamento).
Outras propriedades do material:
 Facilmente atacável pela radiação ultravioleta pelo que deve ser
protegido da luz do sol;
 Alta resistência à compressão: normalmente varia de 7000 kgf/m² até
14000 kgf/m², maior que a resistência de muitos solos.
 Baixa condutibilidade térmica
 Estabilidade térmica
 Baixa absorção de água e umidade
 Inodoro

2.2 Lã de Rocha

Encontrada, normalmente, em forma de placa ou manta, é feita de fibras


minerais de rocha vulcânica (rochas basálticas especiais). O material não retém
água, por causa de sua estrutura não capilar, e não sofre alterações diante de
eventuais condensações.
Por suas características, é excelente para isolamento térmico e acústico, e
ainda é incombustível e imputrescível, com um ponto de fusão superior aos 1.200
°C.
Aquecidos à cerca de 1,5 mil °C, são transformados em filamentos que,
aglomerados com soluções de resinas orgânicas, permitem a fabricação de produtos
leves e flexíveis até aqueles mais rígidos, dependendo do grau de compactação.
As principais aplicações são o isolamento de forros, tanto inclinados como
planos (forro europeu tradicional, com lâmina impermeabilizante autoprotegida),
fachadas ventiladas, isolamento de pisos. Também usada como proteção passiva de
estruturas e como isolamento térmico de tubulações de seção circular.

2.3 Espuma de Poliuretano

Em 1937, o professor Otto Bayer e sua equipe desenvolveram um processo


que, a partir da reação de dois compostos, resultava em produto de estrutura
macromolecular. Eles são normalmente produzidos pela reação de poliadição de
um poliisocianatos (no mínimo bifuncional) e um poliol.
Os produtos do poliuretano têm muitos usos. Mais de três quartos do
consumo global de poliuretano são na forma de espumas, com os tipos flexível e
rígido. Em ambos os casos, a espuma está geralmente escondida por trás de outros
materiais: as espumas rígidas estão dentro das paredes metálicas ou plásticas da
maioria dos refrigeradores e freezers, ou atrás de paredes de alvenaria, caso sejam
usadas como isolamento térmico na construção civil; as espumas flexíveis, dentro
dos estofados dos móveis domésticos, por exemplo.
Outros usos: fabricação de verniz, cola, pneus rígidos, mobílias, colchões,
assentos de automóveis, preservativos, calçados, etc.

2.4 Madeira

A madeira é de origem orgânica, apresentando um conjunto de características


físicas e mecânicas dificilmente encontradas em outros materiais. Uma das
características físicas da madeira é apresentar baixa capacidade para conduzir
calor.
A condutividade térmica para qualquer espécie depende do peso específico e
do teor de umidade contido na peça. Quanto mais alto o peso específico e a
umidade, maior será a capacidade da madeira em conduzir calor. Madeiras secas a
um teor de umidade constante, apresentam melhor desempenho como isolante.
A respeito do posicionamento geográfico em que a madeira será utilizada
como elemento estrutural visando conforto bioclimático, o seu uso em regiões frias
está associado à retenção de calor no ambiente e em regiões de clima quente, o seu
uso visa uma menor absorção de calor para o interior das construções.

2.5 Gesso acartonado

O gesso é um dos mais antigos materiais de construção produzidos pelo


homem e remonta ao oitavo milénio AC na Síria e Turquia. Devido à extraordinária
resistência ao fogo, às propriedades térmicas e acústicas, aliadas à facilidade de
obtenção, estima-se que compõe, em toda a Europa mais de 80% dos acabamentos
interiores dos edifícios.
A placa de gesso acartonado comum é formada por uma mistura de gesso
(gipsita natural) em sua parte interna, revestida por um papel do tipo “kraft” em cada
face. Existem outros tipos de placas especiais para usos específicos, como para
áreas úmidas (banheiros e cozinha) e para proporcionar maior resistência ao fogo. O
que diferencia essas placas são aditivos incorporados ao gesso com o objetivo de
melhorar a propriedade específica a que se destina.
Há que acrescer ao valor de isolamento térmico dado pelo sistema de PGL
(placas de gesso laminado) o valor de qualquer outro elemento onde esta se
aplique, sobretudo em revestimentos de elementos existentes, e assim obter o valor
do conjunto. Esta alta prestação a nível térmico deve-se, por um lado, ao λ
(coeficiente de condutibilidade térmico) ser inferior ao dos rebocos correntes, à
elevada R (resistência térmica) da câmara de ar entre placas, que ainda poderá ser
preenchida com um material com maiores características de isolamento, ou seja,
com isolantes térmicos, tipo mantas de lã mineral, permitindo resistências térmicas
que resultam embaixos valores de U (coeficiente de transmissão térmico) dos
conjuntos em que se integram.

2.6 Aço

O aço é uma liga metálica formada essencialmente por ferro e carbono, com
percentagens deste último variando entre 0,008 e 2,11%. As propriedades do aço
podem variar de acordo com sua composição química e teor de carbono, garantido
uma grande diversidade de aplicações práticas.
O aço apresenta um comportamento dúctil com regimes de deformação
elástica e plástica.
Até certo nível de tensão aplicada, o material trabalha no regime elástico-
linear, onde a constante de proporcionalidade é denominada módulo de deformação
longitudinal ou módulo de elasticidade. Ultrapassado o limite de proporcionalidade,
tem lugar a fase plástica, na qual ocorrem deformações crescentes sem variação de
tensão (patamar de escoamento). O valor constante dessa tensão é a mais
importante característica dos aços estruturais e é denominada resistência ao
escoamento. O valor máximo da tensão antes da ruptura é denominado resistência à
ruptura do material.

3 METODOLOGIA DE ANÁLISE

As avaliações propostas neste trabalho seguem as prescrições da norma de


desempenho NBR 15575-4 que em seu ítem 11, apresenta os requisitos e critérios
para verificação dos níveis mínimos de desempenho térmico de vedações verticais
externas, que seguem definições, símbolos e unidades das normas ABNT NBR
15220-1 e ABNT NBR 15220-5.
Como indicado no item 11.1 da ABNT NBR 15575-4, os sistemas de vedação
vertical externa (SVVE) podem ser avaliados, primeiramente, de acordo com os
critérios de desempenho desta parte desta norma, considerando os procedimentos
simplificados que, segundo os ítens 11.2.1.1 e 11.2.2.1, são apresentados pela
ABNT NBR 15220-2.
Caso o SVVE não atenda aos critérios analisados conforme o procedimento
simplificado, a ABNT NBR 15575-4 em seu item 11 indica que é necessário aplicar o
procedimento de análise de acordo com a ABNT NBR 15575-1, considerando o
procedimento de simulação do desempenho térmico ou o procedimento de
realização de medições em campo.
Seguindo a ordem indicada pela norma ABNT NBR 15575-4 primeiramente
são apresentadas, no item 3.1, as avaliações segundo o procedimento simplificado
que é realizado seguindo as indicações da ABNT NBR 15220-2.
Em uma segunda análise são apresentadas, no item 3.2, as avaliações
desenvolvidas seguindo as indicações da ABNT NBR 15575-1, considerando o
procedimento de simulação do desempenho térmico através da utilização de
softwere.
Neste estudo não são apresentadas avaliações baseadas em medições de
campo.
Por simplificação e por ser a proposta do trabalho focada no desempenho de
composições para as vedações verticais externas, neste trabalho não estão sendo
consideradas, nas avaliações, a existentências de aberturas para ventilação e
componentes de fechamentos horizontais de piso e cobertura.

3.1 Análise pela ABNT NBR 15.220-4

A norma ABNT NBR 15575-4 apresenta em seu item 11.2.1 os valores


máximos admissíveis para transmitância térmica (U) e no item 11.2.2 os valores
mínimos admissíveis para a capacidade térmica (CT), nos quais indica que que os
respectivos cálculos devem ser realizados conforme os procedimentos apresentados
na ABNT NBR 15220-2.
Primeiramente, para identificar os requisitos a serem atendidos, deve-se
determinar a qual zona bioclimática está referenciada a edificação a ser estudada,
sendo que para as análises deste trabalho é considerada a localização na cidade de
Curitiba que pertence à zona bioclimática 1 segundo a norma ABNT NBR 15220-3.
Considerando pertencer à zona bioclimática 1, os parâmetros requeridos segundo a
NBR 15575 para serem atendidos na presente avaliação são:
 Transmitância Térmica: U ≤ 2,5 (W / m².K)
 Capacidade Térmica: CT ≥ 130 (KJ / m².K)
As formulações utilizadas para se obter os valores dos parâmetros
necessários, segundo a NBR 15220, são:
 Transmitância Térmica (U):

= espessura de cada componente (m)

= condutividade de cada componente (W/m.K)

= Resistência superficial externa ((m².K)/W) *

= Resistência superficial interna ((m².K)/W) *

* (tabela A.1 - Anexo A – NBR 15220 -2)


 Capacidade Térmica (CT):

= Área de cada componente (m²)

3.1.1 Propriedades dos materiais

Unidad Lã de Espuma de
Propriedade Aço EPS Gesso Madeira Ar
e Rocha Poliuretano
Condutividade
W/m.K 52,90 0,032 0,040 0,027 0,350 0,130 0,023
Térmica ()
Densidade () kg/m³ 7860 60 25 50 750 600 1,2
Calor específico (c) J/kg.K 486 720 1550 1045 1090 1700 717
Absortancia solar
- 0,7
(Considerado)
Espessura (e) m 0,002 0,025 0,025 0,025 0,012 0,012 0,025
Tabela 1 – Propriedade dos materiais utilizados nos cálculos e simulações
3.1.2 Composições Estudadas

Para análises foram definidos os seguintes conjuntos de materiais que


formam composições de revestimentos internos, adicionados ao material natural do
contêiner que é o Aço, considerando os tipos de materiais apresentados na Tabela 1
do item 3.1.1 e que, para referências, estão numerados de 1 a 8, a seguir:

1) Aço (2mm)+EPS (25mm)+Gesso (12mm)


2) Aço (2mm)+EPS (25mm)+Madeira (12mm)
3) Aço (2mm)+Lã de Rocha (25mm)+Gesso (12mm)
4) Aço (2mm)+Lã de Rocha (25mm)+Madeira (12mm)
5) Aço (2mm)+Poliuretano (25mm)+Gesso (12mm)
6) Aço (2mm)+Poliuretano (25mm)+Madeira (12mm)
7) Aço (2mm)+AR (25mm)+Gesso (12mm)
8) Aço (2mm)+AR (25mm)+Madeira (12mm)

3.2 Análise pela ABNT NBR 15.575 PARTE 1 – Requisitos gerais

A ABNT NBR 15575-1 item 11.1 permite a avaliação do desempenho térmico


de edificações por simulação computacional como substituto de dos procedimentos
simplificados estabelecidos nas ABNT NBR 15575-4 e ABNT NBR 15575-5.
Para elaboração da simulação computacional foi seguido os preceitos
estabelecidos no ABNT NBR 15575-1 item 11.2, conforme abaixo.
 Simulação utilizando o software EnergyPlus da GARD Analytics;
 Utilizado geometria do contêiner 40 pés sem aberturas;
 Alinhamento do eixo maior na direção Leste-Oeste;
 Utilizado dados climáticos da INMET para a cidade de Curitiba para o dia
10/12 obtidos por intermédio do Labortório de Eficiencia Energetica em
Edificações da UFSC para o dia 10/12;
 Simulado diversas os materiais acima e combinações destes. As
propriedades consideradas para elaboração da análise estão apresentadas
no item 3.3 do presente trabalho;
 Simulado somente o dia de verão comparando os resultados com o critério
em ABNT NBR 15575-1 item 11.3.1, ficando o item 11.4 além do escopo do
presente trabalho.
 Resultados apresentados para faces externas e internas da parede oeste do
contêiner, bem como a temperatura do ar internamente no contêiner.

A temperatura máxima do ambiente externa para o dia simulado é de 27,3°C.

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

4.1 Resultados dos cálculos segundo a ABNT NBR 15.220-2

A seguir são apresentadas tabelas com os valores de algumas variáveis


determinantes nos cálculos e com os resultados dos parâmetros que devem ser
confrontados com os requeridos pelas normas conforme descrito no item 3.1.
Para o cálculo da Transmitância Térmica (U), foram considerados os valores
de Rse = 0,04 (m².K)/W e Rsi = 0,10 (m².K)/W extraídos da ABNT NBR 15220-2,
tabela A1, que apresenta valores médios recomendados.

Espessura
MATERIAL Rti Ui CTi
e (m)

Aço 0,002 0,00004 26450,00 7639,92


Lã de Rocha 0,025 0,78125 1,28 1080,00
EPS 0,025 0,62500 1,60 968,75
Espuma de Poliuretano 0,025 0,92593 1,08 1306,25
Gesso 0,012 0,03429 29,17 9810,00
Madeira 0,012 0,09231 10,83 12240,00
Ar 0,025 1,08696 0,92 21,51
Tabela 2 – Valores dos cálculos individualizados por tipo de material considerado
TRANSMITÂNCIA
CAPACIDADE
COMPOSIÇÃO Considerando
TÉRMICA
Resistências Superficiais
N° DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES Rti+Rse+Rsi U CT
1 Aço (2mm)+EPS (25mm)+Gesso (12mm) 0,80 1,25 1429,02
2 Aço (2mm)+EPS (25mm)+Madeira (12mm) 0,86 1,17 1441,85
3 Aço (2mm)+Lã de Rocha (25mm)+Gesso (12mm) 0,96 1,05 1583,23
4 Aço (2mm)+Lã de Rocha (25mm)+Madeira (12mm) 1,01 0,99 1598,99
5 Aço (2mm)+Poliuretano (25mm)+Gesso (12mm) 1,10 0,91 1891,02
6 Aço (2mm)+Poliuretano (25mm)+Madeira (12mm) 1,16 0,86 1913,55
7 Aço (2mm)+AR (25mm)+Gesso (12mm) 1,26 0,79 33,51
8 Aço (2mm)+AR (25mm)+Madeira (12mm) 1,32 0,76 33,52
Tabela 3 – Valores dos cálculos para as composições analisadas

4.2 Resultados pela ABNT NBR 15.575 PARTE 1 – Requisitos gerais

Grafico 1 – Simulação de Aço (2mm)+EPS (25mm)+Gesso (12mm)


Grafico 2 – Simulação de Aço (2mm)+EPS (25mm)+Madeira (12mm)

Grafico 3 – Simulação de Aço (2mm)+Lã de Rocha (25mm)+Gesso (12mm)

Grafico 4 – Simulação de Aço (2mm)+Lã de Rocha (25mm)+Madeira (12mm)


Grafico 5 – Simulação de Aço (2mm)+Poliuretano (25mm)+Gesso (12mm)

Grafico 6 – Simulação de Aço (2mm)+Poliuretano (25mm)+Madeira (12mm)

Grafico 7 – Simulação de Aço (2mm)+AR (25mm)+Gesso (12mm)


Grafico 8 – Comparativo entre as solições simuladas

Grafico 9 – Comparativo das temperaturas máximas atingidas e a temperatura máxima do


ambiente externo

5 CONCLUSÃO

Embora que o contêiner marítimo não é projetado para fins habitacionais, a


vasta disponibilidade destes, combinado com o custo relativamente baixo de
aquisição deste o torna atrativo como alternativa aos métodos tradicionais de
construção.
Como pode ser observado nos resultados obtidos através dos cálculos
utilizando os procedimentos indicados pela ABNT NBR 15220 e apresentados no
item 4.1 acima, todas as composições, números 1 a 8, atendem ao requisito de
Transmitância Térmica U ≤ 2,5, porém algumas composições, especificamente as de
números 7 e 8 não atendem ao requisito de Capacidade Térmica CT ≥ 130.
A norma ABNT NBR 15.575 prescreve como critério para atendimento das
exigências de desempenho no verão “O valor máximo diário da temperatura do ar
interior de recintos de permanência prolongada [...] deve sempre ser menor ou igual
ao valor máximo diário da temperatura do ar exterior”.
Sendo assim fica demonstrado através dos cálculos, considerando o
procedimento de simulação do desempenho térmico através da utilização de
software o atendimento à norma ABNT NBR 15575 no requisito de desempenho
térmico nas situações simuladas para as soluções compostas por:
 Aço 2 mm + Lã de Rocha 25mm + Gesso 12mm
 Aço 2 mm + Lã de Rocha 25mm + Madeira 12mm
 Aço 2 mm + Poliuretano 25 mm + Gesso 12mm
 Aço 2 mm + Poliuretano 25 mm + Madeira 12mm

Como pode ser observado nos cálculos desenvolvidos considerando o


procedimento de simulação do desempenho térmico através da utilização de
software o atendimento à norma ABNT NBR 15575 fica demonstrado para as
composições de números 3, 4, 5 e 6, e demonstra que as composições de números
1 e 2 apesar de apresentarem valores de transmitância e capacidades térmicas
atendendo aos requisitos estabelecidos não apresentaram, na análise por
simulação, a capacidade de manter a temperatura interna dentro dos limites
estabelecidos pela norma ABNT NBR 15575.
Demonstra-se claramente que as maiores influências na temperatura das
faces externas do contêiner provem da irradiação solar, e assim há risco de ocorrer
temperaturas elevadas internamente, mesmo que a temperatura ambiente externa
venha a ser somente mediana, considerando também que este trabalho apresenta
apenas uma avaliação simulada sem levar em conta todos os componentes da
edificação que podem contribuir com uma melhoria do desempenho térmico e assim
como as combinações propostas não são as únicas possíveis.
Com os resultados acima expostos é evidenciada a sensibilidade dos
parâmetros que compõe as avaliações de desempenho térmico para as edificações,
o que torna evidente o risco de ocorrência de patologia referente ao conforto térmico
do ambiente interno caso não haja avaliação técnica adequada da solução de
isolamento a ser implantada.
REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15220: Desempenho térmico de


edificações. Parte 1: Definições, símbolos e unidades. Rio de Janeiro: ABNT, 2003. 7 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15220: Desempenho térmico de


edificações. Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância térmica, da capacidade térmica e do fator
solar de elementos e componentes de edificações. Rio de Janeiro: ABNT, 2003. 21 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15220: Desempenho térmico de


edificações. Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações
unifamiliares de interesse social. Rio de Janeiro: ABNT, 2003. 23 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Edificações habitacionais —


Desempenho
Parte 1: Requisitos gerais. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. 71 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Edificações habitacionais —


Desempenho
Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas — SVVIE: ABNT,
2013. 63 p.

AMBIENTEBRASIL, portal focado em meio ambiente. Disponível em:


www.ambientebrasil.com.br/residuos/isopor/isopor_caracteristicas.html. Acesso em 07/04/2016

EPSBRASIL, Comissão Setorial do EPS no Brasil. Disponível em:


www.epsbrasil.eco.br/eps/index.html. Acesso em 07/04/2016

WIKIPEDIA, a enciclopédia livre. Disponível em www.wikipedia.org. Acesso em 07/04/2016

CONSTRUCLIMA Engenharia e Instalações LTDA, Coeficientes de condutibilidade térmica.


Disponível em www.construclima.com.br. Acesso em 07/04/2016

Michele M. Xavier, MINHA CASA CONTAINER. Disponível em http://minhacasacontainer.com.


Acesso em 14/04/2016

HostelWorld, HOSTELWORLD. Disponível em http://www.hostelworld.com. Acesso em 14/04/2016

Miranda Container. Disponível em http://mirandacontainer.com.br/historia-completa-containers.


Acesso em 04/04/2016

Portal Metalica, Conteiner City. Disponível em http://wwwo.metalica.com.br/container-city-um-novo-


conceito-em-arquitetura-sustentavel. Acesso em 05/042016

HomeTeka, 8 dicas de arquitetura e construção com containers. Disponível em


www.hometeka.com.br/inspire-se/8-dicas-de-arquitetura-e-construcao-com-containers. Acesso em
05/04/2016

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