QUESTIONÁRIO SOBRE CRUSTÁCEOS: ORIENTAÇÃO SOBRE O

CONTEÚDO DA PROVA DE ZOOLOGIA

1. Panarthoropoda: definição e grupos. Pancrustacea: definição e grupos
irmãos de Pancrustacea, relação entre Remipedia e Cephalocarida com
Hexapoda. Relação de malacostracos, branquiópodos e maxilópodos e
ostrácodos entre si, considerando Pancrustacea e o Subfilo Crustacea
com 5 ou 6 classes.
Panarthropoda: unidos pela a-quitina e ecdise. Formado pelos
grupos Onychophora, Tardigrada e Arthropoda
Crustacea:
 Remipedia – “Remos”
 Cephalocarida – Filopódios
 Branchiopoda – Filopódios
 Malacostraca
 Maxillopoda → Ostracoda (pode ser 6ª classe ou dentro da
Maxillopoda)
o Copepoda
o Cirripedia
o Branchyura
o Pentastomida
Xenocarida (Cephalocarida e Remipedia), grupo irmão de Hexapoda
Myriapoda: grupo irmão de Pancrustacea

2. Características exclusivas do Subfilo Crustacea.

Apêndices birremes (ou polirramificados’); dois pares de antenas com o
segundo par de antena contendo dois ramos; dois pares de maxila; larva
náuplio.

3. Quais características em crustáceos são consideradas ancestrais? Qual

idade (milhões de anos) dos primeiros registros fósseis de crustáceos?
Corpo segmentado, apêndices articulados, crescimento por ecdise ou
muda, tagmatização, protostômios, simetria bilateral, exoesqueleto de
quitina e carbonato de cálcio.

4. Quais as funções dos seguintes apêndices e qual a sua localização no plano

de corpo dos crustáceos: telson, pleiopodos, pereiopodos, maxilipedes,
maxilas, mandíbula, antenas. Nos apêndices locomotores, cite também as
funções relacionadas ao dimorfismo sexual. Cite as funções exercidas na
fase larval e nos adultos. Cite funções exclusivas de alguns táxons.
Télson (não é apêndice) Abdômen Propulsão, escavação
(tatuíras)
Urópodo Abdômen Proteção, natação,
escavação (tatuíra),
Pleópodo Abdômen Natação (Malacostraca)
Dimorfismo sexual no 1º
ou no 2º par, ou no 1º e
no 2º. Na fêmea prende
a massa ovígera
Andar (adulto), Nadar
Pereiópodo Tórax (Larva Malacostraca),
Filtração
Manusear o alimento,
Maxilípede Tórax circulação de água para
as brânquias
Maxila Cabeça Alimentação
Alimentação, Fixação
Mandíbula Cabeça em hospedeiros
(parasitas)
Sensoriais, Nadar
(Náuplio), segurar a
Antenas Cabeça fêmea na cópula,
fixação no substrato
(Craca)

5. Explicação para o sucesso evolutivo dos crustáceos. Explique a morfologia

genérica de um apêndice de crustáceo.
Diversidade de tagmas e apêndices, possibilitando a ocupação de vários
nichos. Apendice birramificado com endopodito e exopodito
6. Descreva o ciclo de ecdise ou muda dos crustáceos, dividindo em pre muda,
muda, pos muda e inter muda.
Pré-muda: Secreção de enzimas, absorção da endocuticula, de parte do Ca e
quitina da exocuticula, formação do fluido da muda entre a cutícula antiga e a
epiderme, formação de novas cutículas (epi, endo e exo).
Muda: Saída do animal da cutícula antiga pela linha de muda, entre o
cefalotorax e abdômen, absorção de água
Pós-muda: Secreção de tanino, enrijecimento da cutícula nova, excreção da
água absorvida
Inter muda: Fase de aumento de peso
7. Tipos de desenvolvimento em crustáceos com exemplos de táxons onde
ocorrem.
Anamórfico: Sem mudança de forma → Náuplio + Juvenil (Copepoda, Artemia)
Metamórfico: Longa Série larval → Náuplio + ... + Pós-larva + Juvenil (Camarão
do mar)
Metamórfico: Curta série larval → Larva carnívora + Pós-larva + Juvenil
(Caranguejo, lagosta)
Direto: Já eclode juvenil (Cladocera, Peracarida (larva-manca))
8. Descrição do aparelho digestivo e reprodutor. Qual a relação do
hepatopâncreas com a reprodução e com o ciclo de muda?

Aparelho digestório completo: tubo digestório com regiões distintas,

hepatopâncreas e cecos.
PORÇÃO ANTERIOR: Adaptações morfológicas que trituram o alimento, é onde
ocorre a digestão mecânica, é contínua com o exoesqueleto.
PORÇÃO MÉDIA: Possui cecos digestivos, é onde ocorre a digestão enzimática
e absorção de nutrientes.
PORÇÃO POSTERIOR: É onde ocorre a absorção de água, é contínua com o
exoesqueleto.
Aparelho reprodutor: a maioria é dióica (cracas são monóicas), mas apresentam
variações para a cópula entre os diversos grupos. Alguns realizam reprodução
partenogênica. Possuem algum cuidado parental: câmaras incubatórias
(cladócera), sacos anexos a abdômen (copépodes) ou carregam os ovos ou
juvenis nos apêndices.
Machos podem ter apêndices abdominais modificados para segurar a fêmea.
Hepatopâncreas: relacionado ao estágio de maturação sexual e ao ciclo de
muda.
Fornece energia com a quebra do glicogênio, assim favorecendo o
desenvolvimentos das gônodas. Realiza a absorção de cálcio da exocutíula, a
fim de fornecer cálcio pra a nova cutícula.
Hepatopâncreas: Realiza absorção de cálcio da exocuticula afim de fornecer
cálcio para a nova cuticula
9. Caracterização morfológica da Classe Malacostraca.
Malacostraca – 19 a 20 segmentos
10. Como diferenciar machos e fêmeas de crustáceo Malacostraca ? Cite
também as particularidades do dimorfismo sexual em camarões e
caranguejos.
Fêmea: 6º segmento – Tórax
Macho: 8º segmento – Tórax
Caranguejo: Macho – Quelípodos bem desenvolvidos e desproporcionalmente
grandes, abdômen estreito
Femea: Quelípodos pequenos e simétricos, abdômen largo
Camarão:

11. Dentro dos crustáceos da Classe Malacostraca como diferenciar

Stomatopoda, Euphausiacea e Decapoda.
Leptostraca: 7 segmentos Abdômen, Filopódio, carapaça cobre 1º abdômen.
Stomapoda: 5 maxilípedes, 3 pereiópodos, brânquias externas nos pleiópodos
Euphausiacea: 8 toracópodos, brânquias externos pereiópodos
Decapoda: 3 maxilipedes, 5 pereiópodos, Brânquias internas pereiópodos
Peracarida: 1 maxilípede, 7 pereiópodos
12.Quais são os três planos de corpo de crustáceos decápodes, em relação
A posição do abdômen sob o tórax, número de pleopodos e/ ou uropodos, a
função dos pleópodos nos adultos em cada plano de corpo.
Estendido com todos os apêndices
Intermediário: com redução de número de pleopodos
Abdômen flexionado sobre o tórax: com redução de número de pleopodos e
ausência de uropodos
13.Quais são as duas estratégias reprodutivas de decápodes? Inclua na
resposta as vantagens e desvantagens da produção de larvas de cada
estratégia.
Dendrobranchiata: Com exceção de 1 gênero, ocorre liberação de ovos na
água e eclosão como nauplio. Estratégia r – Sem cuidado maternal, mais ovos;
vantagem: + ovos, + filhotes, + chances de algum sobreviver
Pleocyemata: Incubação de ovos, larvas eclodem em estágio avançado.
Estratégia K – Cuidado maternal, menos ovos. -ovos, porém com cuidado
maternal tem mais chances de sobreviver até a fase adulta
14.Características comuns a anfípodos, misidáceos e isópodos que os unem
dentro dos Peracarida.
Desenvolvimento direto (Larva manca), marsúpio, mandíbula diferenciada
15.Características adaptativas de isópodos terrestres.
Retirar água do solo por capilaridade e distribuir pelo corpo
E quando tem muita água no ambiente o animal toca o solo com o urópode
para retirar o excesso de água
Capacidade de se enrolar pra reter água
A presença do marsúpio fechado possibilitou aos isópodos terrestres a total
independência do meio aquático para a reprodução, permitindo aos mesmos a
colonização de habitats terrestres variados
16. Classe Branchiopoda: Plano de corpo de Anostraca (Artemia spp.)., citando
as diferenças de machos e fêmeas. Ciclo de vida, citando as condições
ambientais que levam ao aparecimento do nauplio ou cisto.
Ambiente muito salgado, eclode um cisto ao invés de um náuplio, se o
ambiente voltar as condições normais, o Náuplio eclode
Macho antenas longas, fêmeas antenas curtas
17.Classe Branchiopoda: Plano de corpo de Diplostraca (Cladocera, Daphnia)
citando as condições ambientais que levam ao aparecimento do macho e
efipios (ovos de resistência). Importância de cladóceros em águas
continentais.
Depende do estresse ambiental, condições normais apenas fêmeas
partenogenéticas, estresse ambiental macho formado e se reproduz com a
fêmea
18.Classe Maxillopoda: Qual hipótese de origem das espécies da classe?
Características básicas para suportar essa hipótese?
Talvez a origem dessa classe seja uma pedomorfose produzida pelo
retardamento do desenvolvimento somático, de maneira que a maturidade
sexual é atingida em um organismo que retém características juvenis.
Originalmente, agrupar os crustáceos que tivessem maxílulas e maxilas bem
desenvolvidas, bem como apêndices torácicos que não desempenhassem
nenhum papel no processo mastigatório.
Característica principal o tronco curto que apresenta no máximo 10
segmentos, excluindo o télson, resultando em um tórax com 6 ou 7 segmentos
e um abdome de 3 ou 4 segmentos

19.Plano de corpo de cirripédios de vida livre e ciclo de vida. Ciclo de vida de

cirripédios parasitas.
Os cirrípedes são organismos sésseis que vivem fixos a um substrato, em geral em
zonas entre-marés. Os cirrípedes têm um desenvolvimento em três estágios:
Na primeira fase larval fazem parte do plâncton e vivem à deriva nas correntes
oceânicas. No segundo estágio larval, os cirrípedes procuram um substrato adequado
à fixação e em condições de vida. Uma vez encontrado o local ideal, estas larvas
desenvolvem-se para o adulto, que se fixa ao substrato diretamente por cimentação ou
através de um pedúnculo carnosos

Vida livre: hermafroditas. Ocorre a cópula, ambos liberam os ovos, dos ovos
eclode o nauplio, do nauplio a pós larva, a pós larva se fixa pela cabeça e vira
adulto
Parasita: Nauplio na agua, se transforma em pós larva essa pós larva se fixa
pela antena e everte o tubo digestivo pra dentro do caranguejo, esse tubo pode
se externalizar pelos poros genitais, depois ocorre a cópula com algum macho
que esteja na agua.
20.Plano de corpo e ciclo vida de copépodes de vida livre e copépodes
parasitas. Importância de copépodes no ecossistema marinho.
Plano de corpo: Cabeça fundida com o primeiro segmento torácico.
-O tórax possui 6 segmentos e o primeiro par de apêndices torácicos é modificado em
maxilípedes para alimentação.
-Abdômen composto de 5 segmentos, sem apêndices abdominais, exceto um par de
ramos caudais no télson.
-Sua extremidade anterior é arredondada ou pontiaguda.
Vida livre: desenvolvimento anamórfico
Parasita: a fêmea quando fecundada sofre modificação no corpo muito grande
e ela se fixa no hospedeiro, quando não é uma modificação muito grande, o
macho e a fêmea se fixam no hospedeiro
21.Ostracódes eventualmente são considerados uma classe externa à
Maxillopoda. Plano de corpo geral. Quando inicia-se o registro fóssil, qual
importância para paleontologia, quais ambientes pode ser encontrado, como
a bioluminescência é usada pelos ostrácodos marinhos planctônicos ?
Os Ostracodes são artrópodes crustáceos diminutos, essencialmente aquáticos,
vivendo em águas doces, salobras e marinhas e até supersalinas ou em outros tipos de
ambientes, incluindo solos de floresta (húmus).
-Entre os crustáceos, os ostracodos são aqueles mais extensamente distribuidos no
planeta.
O corpo tem segmentação reduzida e com 6 a 8 pares de apêndices, incluindo um
apêndice existente no macho com função de copulador. Seu tronco não tem divisão
nítida e divide-se em tórax e abdômen que contém 1 a 3 pares de apêndices com
estruturas varáveis, os ramos caudais estão presentes.
A carapaça é bivalve (semelhante a alguns moluscos), são variáveis: na ornamentação
e na forma.
Presença de olho naupliar simples mediano na maioria de seus representantes e em
alguns casos ocorre a presença de olhos compostos sutilmente pedunculados.
-Os ostracodos surgiram no Câmbriano inferior com a ordem Archaeocopida ,
caracterizada por carapaças pouco calcificadas e de morfologia simples, que vivia em
mares pouco profundos e bem iluminados.
-Ostracodos usam da bioluminescência para atrair parceiros para reprodução.

22.Estude o cladograma do Brusca.