Vous êtes sur la page 1sur 4

UNITPAC – CENTRO UNIVERSITÁRIO TOCANTINENSE PRESEIDENTE

ANTÔNIO CARLOS
PSICOLOGIA

O COMPROMISSO SOCIAL DA PSICOLOGIA


No cenário de “A Loucura Do Trabalho” de Christophe Dejours.

Isabela Gomes da Silveira


Vanessa Sousa Aires

Araguaína – TO
Junho/2019
ISABELA GOMES DA SILVEIRA
VANESSA SOUSA AIRES

O COMPROMISSO SOCIAL DA PSICOLOGIA


No cenário de “A Loucura Do Trabalho” de Christophe Dejours.

Trabalho apresentado ao curso de Psicologia do Centro


Universitário ITPAC, como requisito para obtenção de
nota na Psicologia, Modos de Produção e Subjetividade,
ministrada por Prof. Mariana Miranda Borges.

Araguaína – TO
Junho/2019
O COMPROMISSO SOCIAL DA PSICOLOGIA NO CONTEXTO DE “A LOUCURA
DO TRABALHO” DE CHRISTOPHE DEJOURS.

O presente texto tem como objetivo fazer uma ponte entre o compromisso
social da Psicologia e o primeiro capitulo “As estratégias defensivas”
especificamente da primeira parte “As "ideologias defensivas" (o caso do
subproletariado)” da obra A Loucura do Trabalhoi, do doutor em medicina, e
especialista em medicina do trabalho e psiquiatria, Christophe Dejours. Queremos
refletir sobre texto de Dejours, ao passo que ele nos mostra quadros que se
caracterizam como partes do compromisso social da psicologia, e visam entender o
individuo que está sujeito a condições de vida do subproletariado.

Ao analisar a realidade existencial no campo do subproletariado, é adquirido


informações relacionados à visão que os próprios membros dessa comunidade tem
consigo mesmo, a vergonha e o sentimento de insuficiência com ele próprio. Um
exemplo aparente para isso é relacionado ao comportamento e a atitude tida quando
posto em debate sobre suas reações quando estão adoecidos, principalmente
quando afeta de forma significante o corpo físico. O sentimento já referenciado é que
há uma interpretação feita por eles mesmos de que o corpo adoecido não têm mais
serventia, não produz, não trabalha, tornando assim, portanto, um homem e uma
mulher – na visão deles – descartáveis.

Em consequência disso, vê-se que na prática do subproletariado o indivíduo


que não trabalha fora, para trazer o mantimento da família, e que também não está
ocupado trabalhando em casa, seja cuidando dos filhos ou uma outra atividade,
esse indivíduo é visto pelos terceiros como um alguém fracassado, sendo
desnecessário para sua própria família e para a comunidade ao qual pertence.

Entretanto, a Psicologia Social busca trazer um olhar de reversibilidade para


que o cidadão consiga se alto perceber além de um corpo trabalhador, não sendo
apenas um operário, mas uma pessoa com capacidade para evoluir, com condições
de contribuir para o próprio desenvolvimento mediante a si mesmo e ao outro. O
social tenta mostrar para esse sujeito uma perspectiva além de sua dura realidade,
tornando-o assim parte do processo de socialização.

Mas por que a Psicologia deve ter um compromisso social com o


desenvolvimento pessoal do subproletariado? BOCK (1999)ii responde uma
pergunta semelhante a essa em seu artigo “A Psicologia a caminho do novo século:
identidade profissional e compromisso social”:

Nós, profissionais da vida, não podemos deixar de considerar este quadro,


porque é dele e nele que podemos caracterizar as necessidades e
demandas para nossa profissão. Não podemos mais nos pensar como
profissionais que, em consultórios particulares ou escritórios, oferecemos
nossos serviços acreditando que estamos tendo alguma contribuição ou
interferência para a melhoria das condições de vida. (BOCK, 1999, p. 323).

Bock está certava, a psicologia precisa pensar na profissão no contexto


apenas da clinica, se em 1999, quando o artigo de Bock foi escrito já se sabia dessa
necessidade hoje ela se mostra ainda mais emergente do que há 20 anos atrás,
apesar das politicas publicas que temos hoje no Brasil é preciso que sejam
lembrados três pontos fundamentais, o primeiro diz da superlotação nessas politicas,
e o atendimento que é ofertado nesse lugar, o segundo ponto é a resistência do
subproletariado ao negar sua própria condição de saúde, e por ultimo o terceiro
ponto sendo a forma como a psicologia já foi usada para ocultar desigualdades
sociais.

REFERÊNCIAS:

i
DEJOURS, Christophe. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do
trabalho. Cortez Editora, 5ª ed. 2003

ii BOCK, Ana Mercês Bahia. A Psicologia a caminho do novo século: identidade


profissional e compromisso social. Estudos de psicologia, v. 4, n. 2, p. 315-329,
1999.

Vous aimerez peut-être aussi