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PRINCIPAIS PONTOS DO LIVRO “CONTROLE DO PATRIMÔNIO PÚBLICO: Comentários à Lei de

Improbidade Administrativa” Martins, Fernando Rodrigues.

Síntese feita pelo Professor Renato Bretz Pereira.

1) Conceito de Patrimônio Público:

17
5:
O conceito desenvolvido na obra leva em conta não só o acervo patrimonial, corpóreo e

:2
incorpóreo, da administração pública, mas sobretudo alguns valores morais e sociais (v.g.

11
7
cultura, honestidade, probidade) cuja preservação seja de interesse público ou difuso.

01
/2
05
Síntese do conceito do autor = Bens, dinheiro, valores, créditos e direitos inclusive morais e

6/
sociais, cuja conservação seja de interesse público ou difuso, ainda que se encontrem na posse

-2
de particulares.

m
co
l.
ai
MARTINS desenvolve ainda a idéia de que o patrimônio público e a moralidade são espécies de

gm
direitos fundamentais *, na medida em que tutelados especificamente pela C.F., bem como

s@
espécies de direitos humanos, ou seja, direitos inerentes à pessoa humana,

ae
independentemente da nacionalidade ou ordenamento jurídico ao qual se encontra vinculada.
ar
m
Esta última assertiva é reforçada pelo autor com o argumento de que o Brasil é signatário da
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.g

Comissão Interamericana de Combate à Corrupção (aprovada pelo Dec. Legislativo 152/02) e


er
zf

da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção (aprovada pelo Dec. Legislativo 348/05).
ui
-l
2

* Classificados ainda como de terceira dimensão = direitos difusos ou de solidariedade. Para o


-4
86

autor a malversação do erário implica desapropriação de verbas lesiva à sociedade como um


.5
41

todo, a qual se vê privada de recursos que deveriam ser revertidos em seu favor.
.1
94
-0
da

2) Administração Pública:
ei
m
Al

Neste capítulo, o autor reitera conceitos clássicos de direito administrativo (v.g.


de

desconcentração e descentralização), analisa a Emenda Constitucional 19/98 (inserção


s
ae

Princípio da Eficiência, acesso de estrangeiros a cargos públicos, percentual de


ar
m

servidores de carreira ocupando cargos em comissão, teto remuneratório, contrato de


ui
G

metas com a administração pública, estabilidade após 3 anos, possibilidade perda


do

cargo ), aborda as privatizações de empresas estatais, as agencias reguladoras e suas


an

relações com concessionárias e permissionárias de serviços públicos. Fala do controle


rn
Fe

popular (audiências públicas e consultas populares para controle da qualidade do


iz
Lu

serviço prestado), legislativo (tribunal de contas) e jurisdicional das agências


reguladoras.

Adverte aos órgãos de controle sobre a necessidade de observância das seguintes


diretrizes nas Parcerias Público-privadas: observância do Princípio da eficiência,
respeito aos interesses do usuário do serviço público, impossibilidade de delegação do
poder de polícia, cumprimento de metas, publicidade, divisão dos riscos entre os
parceiros e vantagem econômica e social para o poder público.
Define as Organizações Sociais como Pessoas Jurídicas de Direito privado que
preenchem os seguintes requisitos: ausência de fins lucrativos; objetivo social
consistente no ensino, pesquisa, desenvolvimento tecnológico, meio ambiente,
cultura e saúde; existência de órgão de controle interno (conselho gestor); aprovação
e reconhecimento pelo ministro ou órgão regulador da atividade desenvolvida.

Uma vez reconhecida como Organização social, a mesma poderá firmar contrato de
gestão com a Adm. Pública.

17
5:
:2
Define também as OSCIPs (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público):

11
Pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, com objetivos de inclusão

7
01
social idênticos aos do poder público. Para ser reconhecida, deve passar por avaliação

/2
05
do Ministério da Justiça.

6/
-2
Conclui que nos dois casos - Organizações Sociais e OSCIPs - é necessária a licitação

m
co
prévia e que os contratos com a administração pública devem se limitar á atividade de

l.
ai
fomento, a qual não pode redundar na delegação indiscriminada de serviços públicos.

gm
Sustenta ainda que cabe ao MP exercer papel fiscalizatório propondo, nos casos em

s@
que verificadas irregularidades, ação para extinção da fundação (art. 69 do CC 2002)

ae
ar
ou associação (Dec.-Lei 41/1966) ou mesmo ação de improbidade administrativa.
m
ui
.g
er
zf
ui

3) Diretores e presidentes de concessionárias cometem Improbidade:


-l
2
-4

- Co-participação com o agente público nos atos de enriquecimento ilícito e prejuízo ao


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erário = sim (v.g. doação à campanha + favorecimento em concessões de serviço


.5
41

público)
.1
94
-0

- Omissão no cumprimento do dever de eficiência:


da
ei

Se a concessionária recebe benefícios ou incentivos do poder público (v.g. empréstimo


m
Al

subsidiado BNDS) = sim, art. 1º, parágrafo único c/c art. 11, ambos da 8429
de
s

Se não recebe incentivo fiscal ou creditício, NÃO, mas cabível são os pedidos de dano
ae
ar

moral coletivo (previsão no art. 1º, 7347 e fundamentação com base no dever de
m

eficiência previsto no art. 22 do CDC) e de resolução do contrato pelo cumprimento


ui
G

imperfeito do mesmo.
do
an

Conclui que nesta hipótese – improbidade cometida por diretor de concessionária –


rn
Fe

como nas demais, o Princípio da Eficiência funciona como elemento balizador para auferir o
iz
Lu

ato de improbidade.

4)Alienação de bens públicos:

Os de uso comum do povo e de uso especial são inalienáveis. Os dominiais podem ser
alienados. No caso de bens dominiais imóveis, devem ser observados os seguintes
requisitos: autorização legal, interesse público, avaliação, licitação* e escritura pública.
*dispensada em algumas hipóteses pela 8666, art. 17, I (v.g. doação ou venda a outra
entidade da adm. Pública, permuta de imóveis , legitimação de terras devolutas,
programas sociais de habitação)

p.s vide item 11 deste resumo e ADIN 927-3

5) Possibilidade de bloqueio de haveres e dinheiro público:

17
Sim, observado o Princípio da Proporcionalidade, realizando-se um juízo de

5:
ponderação entre a dignidade da pessoa humana e a indisponibilidade da coisa púbica.

:2
11
Fala ainda em preponderância do interesse público primário (interesse social) sobre o

7
01
secundário (mero interesse patrimonial da fazenda).

/2
05
p.s. Farta jurisprudência do STJ admitindo o bloqueio verba pública para fins de

6/
-2
tratamentos de saúde de natureza urgente.

m
co
l.
ai
gm
6) Ética, moral e direito:

s@
ae
Distingue os dois primeiros conceitos a partir de um aspecto subjetivo. Enquanto a
ar
m
ética se consubstancia em um padrão objetivamente desejável no comportamento
ui
.g

social, a moral residiria no âmbito interno do indivíduo, correspondendo a um padrão


er

subjetivo de pensar e agir. Sustenta ainda que a moral tem inegável influência na
zf
ui

formação das normas de direito, na medida em que é absorvida pela sociedade no


-l
2

momento em que esta produz normas de conduta: leis.


-4
86
.5

Ressalta que a moralidade administrativa se incorporou ao texto constitucional (art.


41

37) e, a partir de então, a sua tutela jurisdicional se equiparou à tutela do patrimônio


.1
94

público. Nesse contexto, o agir administrativo não pode ser injusto, desonesto,
-0

praticado em desvio de poder ou com quebra de confiança, sendo certo que a


da
ei

configuração da imoralidade administrativa se encontra dissociada da noção de


m
Al

lesividade econômica.
de
s
ae
ar
m

7) Interesse Público Primário e Secundário:


ui
G
do

O primeiro visa à tutela de dos fins cuja proteção cabe ao Estado, a exemplo da saúde,
an

segurança, bem estar social.


rn
Fe

Já os interesses públicos secundários são representados pela economicidade das


iz
Lu

verbas públicas (maximizar a arrecadação e minimizar despesas).

Não fala, neste capítulo, se o MP tem ou não legitimidade para defesa de interesses
púbicos secundários. No entanto, em uma leitura sistêmica da obra, o autor parece sustentar
que sim, na medida em que correlaciona a malversação das verbas públicas (interesse público
secundário) à insuficiência de verbas para garantia de direitos sociais assegurados na C.F.
(saúde, moradia e outros interesses de natureza também difusa).
Caso o examinador questione, sugiro que o aluno sustente que a defesa de interesses
públicos secundários deverá ser feita pelo MP em casos específicos, tais como na hipótese em
que a administração pública descurar de tais interesses, quando o próprio gestor público for o
responsável pela ofensa ao interesse público secundário ou mesmo quando a lesão a um
interesse público secundário seja de grande monta (Posicionamento do T. Zavaski).

17
8) Improbidade por ofensa aos Princípios Enformadores da Administração Pública:

5:
:2
11
7
01
O termo enformadores é utilizado pelo autor para dizer que tais princípios – basicamente

/2
05
aqueles previsto no art. 37 da C.F. – mais do que princípios que devem informar a atividade da

6/
-2
administração pública, são princípios que dão forma a referida atividade, pautando-o em todos

m
os seus aspectos.

co
l.
ai
O Princípio da Moralidade administrativa implica deveres de conduta do administrador de agir

gm
s@
com lealdade, seriedade, zelo, boa-fé, sinceridade e motivação, sob pena de nulidade do ato

ae
administrativo e sancionamento nos termos do art. 12 da lei 8429/92.
ar
m
Impessoalidade: O autor cita especificamente três conseqüências de tal princípio: vedação de
ui
.g

promoção pessoal, fixação de subsídios pelo agente público no curso do próprio mandato (art.
er
zf

29, V e VI, C.F.) e nomeação de parentes para cargos em confiança.


ui
-l
2

Publicidade: Segundo o autor a publicidade que redunda em promoção pessoal (art. 37, par.
-4
86

1º) é ato de improbidade administrativa que implica enriquecimento ilícito, pois o agente
.5
41

agregou a sua imagem uma vantagem indevida. Acrescenta que o acesso às informações
.1

públicas deve ser a regra e o sigilo excepcional, que o direito à informação se estende às
94
-0

entidades privadas que exerçam funções públicas, que a informação deverá ser facilitada pela
a

administração com justificação da negativa de acesso.


d
ei
m
Al

Eficiência: Verificação da eficácia social do serviço público, a qual, nem sempre será obtida
de

através da redução de custos.


s
ae
ar

Razoabilidade: Princípio inscrito no art. 13 da Constituição do Estado de Minas Gerais e cuja


m

inobservância implica nulidade do ato e cometimento de improbidade. A razoabilidade exerce


ui
G

o controle de aplicação de leis injustas e harmoniza a norma jurídica com o caso individual,
do
an

evitando abusos.
rn
Fe

Proporcionalidade: Controle de utilização dos meios adequados e necessários para a obtenção


iz
Lu

dos fins.

p.s. Tanto a razoabilidade quanto a proporcionalidade serão utilizadas na aplicação das


sanções do art. 12 de lei 8429/92.
Conclui que os princípios supra são instrumentos de efetivação dos Direitos Fundamentais e da
dignidade da pessoa humana, na medida em que a administração pública não é dotada de
vida, ao contrário do ser humano.

9) Sujeito Ativo e Sujeito passivo da Improbidade:

17
Sujeito Ativo: reitera os termos do art. 1º, enfatizando os atos de improbidade praticados por

5:
concessionários de serviços públicos (vide item 3) e dos particulares que concorrem ou se

:2
11
beneficiam do ato de improbidade.

7
01
Critica duramente o julgamento da Reclamação 2138-6. Segundo o autor “o direito virou as

/2
05
costas para a realidade” e o Princípio da Proporcionalidade não permite a conclusão de que o

6/
-2
alto escalão da administração não está sujeito às sanções da lei 8429/92, a qual teria aplicação

m
restrita aos servidores de baixa hierarquia.

co
l.
ai
Acrescenta que a lei de inelegibilidade (LC 60/90), em seu art.1º, I, “g” prevê sanção

gm
s@
semelhante à suspensão de direitos políticos da 8429 e, ainda assim, o próprio STF a

ae
reconhece como válida, não fazendo qualquer menção a uma suposta ofensa à competência
ar
do Supremo para julgar crimes de responsabilidade (art. 102, I, c, C.F.)
m
ui
.g

Alega, por fim, que o entendimento da Reclamação 2138-6 esvaziaria as sanções do art. 73 da
er
zf

LC 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), o qual faz referência à aplicação das sanções da
ui
-l

lei 8429/92 para os casos descumprimento da LC 101.


2
-4
86

Sujeito passivo imediato: aqueles previstos no art. 1º e parágrafo único da 8429.


.5
41

Sujeito passivo mediato: o cidadão, o qual, em última instância, arca com as conseqüências do
.1
94

ato de improbidade.
-0
da
ei
m
Al

10) Elemento subjetivo da improbidade: dolo ou culpa.


de
s
ae

Alega que o art. 5º da 8429 permite a responsabilização do ímprobo por dolo ou culpa. Critica
ar

o entendimento dos tribunais que exigem dolo nos casos dos arts. 9º e 11 e dolo ou culpa no
m
ui

art. 10.
G
do

Argumenta que a prova do elemento subjetivo é praticamente impossível. Sustenta que o art.
an
rn

4º da 8429 determina a estrita observância dos princípios da legalidade, impessoalidade,


Fe

moralidade e publicidade e que o art. 3º da Lei de Introdução ao Código Civil diz que o
iz
Lu

desconhecimento da lei não serve de escusa para o seu descumprimento. Conclui, dessa
forma, que o elemento subjetivo é dispensável (p.389).

Acrescenta que o art. 136 do CTN diz que a responsabilidade tributária independe da intenção
do contribuinte (elemento subjetivo) e que uma interpretação sistêmica do ordenamento
jurídico não permitira que se dispensasse a prova do elemento subjetivo quando a
administração pública cobra tributos e, ao mesmo tempo, que se exigisse tal prova, quanto aos
atos de improbidade praticados contra a administração.
11) Atos de improbidade que causam enriquecimento ilícito:

Distingue enriquecimento ilícito do enriquecimento sem causa do Cod. Civil. O primeiro é


definido como vantagem patrimonial indevida conferida ou buscada mediante ação ou
omissão ímproba. Enfatiza o nexo de causalidade entre a vantagem e a ação ou omissão e
ressalta que a vantagem patrimonial não necessariamente se restringe à percepção de
dinheiro.

17
Sustenta que o rol de atos de improbidade é exemplificativo.

5:
:2
11
Fala sobre a inversão do ônus da prova previsto no art. 9º, VII. Sustenta que a mesma não só é

7
01
válida, como também é reforçada pelo disposto no art. 13, parágrafos 2º e 3º da 8429

/2
(obrigação do agente público de declarar bens quando toma posse no cargo e de atualizar

05
6/
anualmente tal declaração de bens).

-2
m
Dispensa a comprovação de dano para configuração da improbidade.

co
l.
ai
Aborda a possibilidade de doação de bens públicos (sobretudo imóveis), desde que atendidos

gm
s@
os requisitos legais (art. 17 da lei 8666: interesse público, avaliação prévia, autorização

ae
legislativa, escritura pública). Sustenta que a ADIN 927-3 suspendeu parte do texto do art. 17
ar
permitindo a doação de imóveis a particulares, desde que, obviamente, preenchidos os
m
ui

requisitos retro-mencionados.
.g
er
zf

12) Atos de improbidade que causam prejuízo ao erário:


ui
-l
2

Demonstra preocupação com o teor do art. 10, XIV, o qual trata dos contratos de prestação de
-4
86

serviços públicos por meio de Organizações Sociais e OSCIPS (leis 9637 e 9790). Sustenta que
.5
41

tais contratos só poderão ser celebrados, sob pena de cometimento de improbidade, caso
.1

atendidos os requisitos legais (Existência de Conselhos Fiscais e de Administração, área de


94
-0

atuação não exclusiva do Estado e especialização do prestador de serviços).


da
ei

13)Atos de Improbidade que atentam contra os princípios da Administração Pública:


m
Al

Alega que o rol do art. 11 é exemplificativo, face á expressão “notadamente” utilizada no


de
s

caput.
ae
ar
m

Princípio da Publicidade: O acesso à informação deverá ser tratado como regra, sendo o sigilo
ui
G

a exceção. O direito à informação se estende às entidades privadas que prestam serviços


do

públicos. O poder público deverá facilitar a solicitação de informações, permitindo que as


an

mesmas sejam feitas verbalmente. Todas as negativas de informação deverão ser justificadas e
rn
Fe

devem ser criados órgãos independentes (v.g. ombudsman) para o controle do fornecimento
iz
Lu

de tais informações.

Sustenta, ao final, que os arquivos do DOI-CODI deverão ser abertos.

Eficiência: Verificação da eficácia social do serviço público.

Razoabilidade: Harmoniza a norma jurídica com a hipótese individual, evitando abusos e


objetando a aplicação da lei injusta.
Salienta que o art. 13 da Constituição do Estado prevê tal princípio, estipulando inclusive a
sanção de invalidade do ato para o seu descumprimento, sem prejuízo da sanção por
improbidade.

Proporcionalidade: Atuação da administração pública de forma adequada ao cumprimento de


seus objetivos. Envolve uma relação entre meios e fins.

p.s. Sustenta que Razoabilidade e a Proporcionalidade devem ser utilizadas na fixação das

17
penas previstas no art. 12 da lei 8429.

5:
:2
11
7
01
14) Sanções do art. 12:

/2
05
6/
• Classifica-as como civis (multa e ressarcimento do dano, perda de bens),

-2
administrativas (perda do cargo) e constitucionais (suspensão dos direitos políticos)

m
co
l.
ai
Sustenta a independência de tais sanções em face de outras penalidade (penais, civis,

gm
disciplinares). Alega que a lei 8009 (bem de famíla) não se aplica caso exista sentença penal

s@
condenatória.

ae
ar
m
15) Tribunal de Contas:
ui
.g
er

a) O julgamento das contas como regular não impede o ajuizamento de ACP (art. 21, II, 8429)
zf
ui
-l

b) Decisões do Tribunal de Contas = título executivo extrajudicial, se confirmadas pelo


2
-4

legislativo. Para tanto, deve se oportunizar o direito de defesa, o qual é exercido, segundo o
86

autor, não no Tribunal de Contas, mas sim junto ao legislativo, por ocasião da confirmação ou
.5
41

não da decisão do Tribunal de Contas.


.1
94
-0

c) Legitimidade do MP para executar títulos da Corte de Contas: Cita acórdão do STF (Maurício
a

Correia/2002) concluindo pela ilegitimidade do MP. No entanto discorda pois, para o autor, o
d
ei

patrimônio público é interesse difuso (pertencente “a um sem-número de pessoas ligadas pelo


m
Al

fato danoso”) da sociedade a ser defendido pelo MP também através da execução das multas
de

da Corte de Contas. Aborda a legitimidade expressamente conferida pelo art. 25, VIII, da
s
ae

8625/93 e cita jurisprudência do STJ favorável à legitimidade ministerial (de fato a maioria do
ar
m

STJ entende que o MP pode executar).


ui
G
do

p.s.. Ainda sobre esta matéria, vide Manual de Atuação Funcional p. 524 a 528 e julgamento da
an

Corte Especial do TJMG (este último pela ilegitimidade do MP).


rn
Fe

15) Controle jurisdicional do Ato Administrativo:


iz
Lu

Admite a possibilidade de controle jurisdicional de ato administrativo discricionário, sobretudo


quando a ausência de intervenção do judiciário redundar em ofensa à cláusula da Dignidade da
Pessoa Humana. Acrescenta que o ato discricionário é passível de controle jurisdicional, na
esfera de sua conveniência e oportunidade e que tal controle deverá levar em conta a
observância da finalidade prevista em lei, a razoabilidade da decisão administrativa e os
Princípios Constitucionais.
Fala também em controle jurisdicional nos casos de ilegalidade, imoralidade (para atos
vinculados) e inobservância de motivos que determinaram a prática de ato administrativo
discricionário.

16) Inquérito Civil Público:

Sustenta a sua natureza inquisitiva (sem contraditório), uma vez que não decorre dele
qualquer sanção. Alega, no entanto, que o contraditório pode vir a ser conveniente, na medida

17
em que o investigado antecipa seus argumentos que podem ser deduzidos na defesa da ACP, o

5:
:2
que permite a produção de novas provas, na fase de inquérito, que se sobreponham aos

11
argumentos defensivos. Acrescenta que o contraditório confere maior credibilidade à prova

7
01
produzida no ICP.

/2
05
6/
Conclui que o ICP deve ser visto como instrumento hábil a evitar ACPs temerárias.

-2
m
Sustenta a possibilidade de desarquivamento do ICP caso surjam novas provas, nos termos do

co
l.
art. 12 da Res. 23/07 CNMP*

ai
gm
s@
*a obrigatoriedade de provas novas é questionada por parte da doutrina (Renato Bretz).

ae
17) Quebra de sigilo bancário e fiscal: ar
m
ui
.g

Se posiciona, inicialmente, de forma contrária à quebra de sigilo bancário diretamente pelo


er

órgão do MP. Sustenta seu posicionamento com base no art. 5, X, C.F (intimidade). Logo, a
zf
ui

quebra deverá ser pedida em cautelar de produção antecipada de provas/exibição de


-l
2

documentos ou liminarmente na ACP.


-4
86
.5

Argumenta, por outro lado, que, nos casos de investigação criminal, a LC 105/2001 permite
41

que os órgãos públicos que atuem no controle de transferências bancárias (COAF) dêem
.1
94

notícia ao MP de irregularidades. Tal dispositivo, segundo o autor, é válido somente para


-0

ilícitos criminais.
da
ei
m

Diz ainda que, nos casos de improbidade, deverá haver um exercício de ponderação entre os
Al

Princípios referentes à privacidade do cidadão e o interesse público para se decidir pela quebra
de
s

de sigilo bancário.
ae
ar
m

No que diz respeito ao sigilo fiscal, o autor sustenta que a LC 75 confere elementos para que o
ui
G

MPF acesse dados da receita federal, mas que tal instrumental não é concedido ao Ministério
do

Público dos estados, o qual deverá se valer do pedido de quebra de sigilo fiscal junto ao poder
an

judiciário.
rn
Fe
iz
Lu

18) Cautelares da 8429: indisponibilidade, seqüestro e afastamento.

Sustenta o cabimento de outras medidas cautelares que se mostrarem mais adequadas ao


caso concreto (v.g. arresto), bem como o cabimento de tais medidas, mediante justificação
prévia.
Acrescenta que, segundo entendimento jurisprudencial dominante, a cautelar de
indisponibilidade de bens alcança o patrimônio adquirido a partir da data em que se deu o ato
de improbidade.

Sustenta ainda a possibilidade de antecipação dos efeitos da tutela, com base no art. 5º, XXXV,
da CF.

17
5:
19) Limites da sentença proferida em ACP:

:2
11
7
Critica a nova redação dada ao art. 16 da 7347, a qual impede o acesso amplo à justiça

01
sobretudo em danos ambientais em que a lesão ao meio ambiente não respeita os limites de

/2
05
uma só comarca. Alega que tal raciocínio, se deslocado para o processo individual, levaria à

6/
-2
conclusão absurda de que a pessoa que se divorciou em determinada comarca não poderia se

m
casar em outra localidade, pois a sentença de divórcio só teria validade na comarca em que

co
l.
prolatada.

ai
gm
s@
ae
20) Da integração entre a lei 7347 e o Título III do CDC prevista no art. 21 da 7347 e sua
ar
m
aplicação á lei de improbidade:
ui
.g
er

Sustenta que, por ser a ação de improbidade uma espécie de ação civil pública e, levando-se
zf
ui

em conta o art.21 da lei 7347, o título III do CDC se aplica à lei 8429.
-l
2
-4

p.s. (Renato Bretz) Disso decorrem diversas conseqüências, dentre as quais: formulação de
86
.5

qualquer pedido ou uso de qualquer procedimento que propicie uma tutela efetiva e
41

adequada do direito (art. 83 do CPC); possibilidade de tutela pelo resultado prático


.1
94

equivalente, em caráter incidental ou na sentença, bem como de fixação de astreintes (art. 84


-0

do CDC)...
da
ei
m
Al
de

20) Competência na ACP de improbidade:


s
ae
ar

Local do dano.
m
ui
G

Vide súmulas 208 e 209 do STJ (verba federal sujeita a prestação de contas)
do
an

Não há foro privilegiado na improbidade administrativa: inconstitucionalidade da lei 10628,


rn
Fe

que altera o art. 84 do CPP declarada pelo STF + Recomendação do TJMG aos juízes para que
iz

se dêem por competentes para julgar prefeitos por improbidade.


Lu
21) Possibilidade de Inversão do Ônus da Prova na Improbidade:

- Aplicação do art. 6º, do CDC, desde que presentes os requisitos: verossimilhança e


hiposuficiência. Justificativa = aplicação do parte processual do CDC às ações civis públicas
(interpretação teleológica do art. 21 da 7347).

- ARt. 9º, VII, 8429 – Agente público que não consegue justificar sua evolução patrimonial.
Neste caso o juiz deverá, segundo o autor, observar o principio da proporcionalidade.

17
5:
:2
11
7
22) Outros aspectos:

01
/2
05
- Resolução 44 CNJ: cria Cadastro Nacional de Agentes Ímprobos;

6/
-2
- Legitimidade do cidadão com 16 anos, sem assistência, para propor ação popular;

m
co
l.
- Possibilidade de litispendência (não menciona as conseqüências), conexão e continência

ai
gm
(reunião de processos) entre ACP e Ação Popular;

s@
- Possibilidade que questionamento de inconstitucionalidade de lei, como causa de pedir, em
ae
ar
ação civil pública. Justifica seu posicionamento porque o pedido de tal ACP não é a declaração
m
ui

de inconstitucionalidade da lei, mas sim um pedido condenatório ou mesmo mandamental


.g
er

(obrigação de fazer ou não fazer), sendo portanto diverso do pedido da ADIN. Argumenta
zf
ui

ainda que a fundamentação da sentença – análise da inconstitucionalidade da lei – não faz


-l

coisa julgada à luz do art. 469, I, do CPC e que apenas o pedido da ACP faria coisa julgada. Se
2
-4

apenas o pedido se torna imutável (faz coisa julgada) e o pedido da ACP é diverso da ADIN, não
86
.5

há que se falar em invasão da competência do STF quando se julga ACP na qual se argui a
41

inconstitucionalidade de lei como causa de pedir. Exemplifica seu raciocínio com a


.1
94

possibilidade de ajuizamento de ACP com pedido de mandamental de obrigação de não fazer


-0

consistente em não permitir a privatização de empresa pública, o qual tem como causa de
da
ei

pedir a alegação de inconstitucionalidade da lei que autoriza a privatização.


m
Al

- Oitiva preliminar do agente ímprobo na lei 8429: Sustenta a validade de tal dispositivo,
de
s

mesmo tendo sido inserido por medida provisória. Argumenta que o mesmo evita pedidos
ae
ar

temerários, ações ajuizadas sem fundamentação probatória e desacompanhadas de


m

formalidades processuais essenciais. Conclui, ao final, que a inobservância de oitiva preliminar


ui
G

não implicará nulidade processual, caso seja observado o contraditório e não tenha havido
do
an

prejuízo à defesa.
rn
Fe
iz
Lu

BOA SORTE,

RENATO BRETZ.

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