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Correção do 2º Teste de Avaliação 10ºB 2016-17

Grupo I Educação literária (100 pontos)

1. O trovador, dirigindo-se a Deus, pede-lhe que lhe permita ver a sua “senhor” ou então que lhe dê a morte, porque sofre
de amor e de saudade devido à sua ausência: «A dona que eu am’ e tenho por senhor /amostrade-me-a Deus, se vos en
prazer for, / se nom, dade-me a morte»vv.1-3). Na última estrofe, o pedido inclui a possibilidade desse encontro ser num
lugar onde o trovador lhe possa falar: «Ai Deus, que me-a fezestes mais ca min amar,/ mostrade-me-a u possa com ela
falar, / se nom, dade-me a morte.» (vv.10-12).

2. O sujeito poético caracteriza a personagem feminina como a «dona» e «senhor”» que ama e a quem presta
vassalagem amorosa; a que é a luz dos seus olhos; a que Deus quis que fosse única ao ”fazê-la” mais bela que todas, e a
que ele ama mais do que a si próprio: «A dona que eu amo e tenho por senhor», (v.1); «A que tenh’eu por lume d’estes
olhos meus»(v.4); «Essa que vós fezestes melhor parecer /de quantas sei…», (vv.7-8) e «… que me-a fezeste mais ca min
amar» (v.10). Na realidade, o sujeito realça o seu amor pela «dona» e caracteriza-a hiperbolicamente como a melhor
entre as melhores.

3. A apóstrofe a Deus é um dos recursos expressivos presente em todas as coblas desta cantiga: «Deus». Através deste
apelo, o sujeito evidencia o seu desespero e necessidade de recorrer a uma entidade superior para minimizar o seu
sofrimento de amor. Na caracterização da «dona» é utilizada a hipérbole, realçando a sua beleza e carácter únicos:
«Essa que vós fezestes melhor parecer/ de quantas sei …», (vv.7-8).

4. Quanto ao género, o texto é uma cantiga de amor, pois, nela um trovador nobre exprime o seu amor e o seu
sofrimento ou “coita de amor” por uma dama, a “senhor”, casada e inacessível, pertencente a um estrato superior da
nobreza. O amor cortês é idealizado e espiritual e teve origem nas cortes da Provença, num ambiente palaciano. O
trovador assume-se como vassalo e reconhece a sua dama como “senhor” ou suserano, por isso deve-lhe lealdade e
presta-lhe serviço.

5. A cantiga é constituída por três coblas de dístico e refrão monóstico. Nos dísticos predominam os versos
dodecassílabos agudos:
Ai / Deus,/ que / me-a / fe / zes / tes / mais / ca / min / a / mar/ verso dodecassílabo agudo
Mos / tra / de / -me-a / u / po / ssa / com / e / la / fa / lar/ verso dodecassílabo agudo
O verso que compõe o refrão é hexassílabo grave: se / nom,/ da / de- / me a / mor / te.

Grupo II Leitura e Gramática (50 pontos)


1. A língua muda A. por fatores internos e externos.

2. A história do português C. é feita de mudanças que se foram realizando ao longo dos tempos.

3. As circunstâncias históricas, sociais e culturais C. dão origem a novas necessidades dos falantes.

4. A língua B. envelhece mas renova-se.

5. Na frase: ”E embora a mudança linguística seja frequentemente vista como uma espécie de decadência” (ll.3-4),
indique o tempo e o modo em que se encontra o vocábulo sublinhado. B. presente do conjuntivo.

6. A frase: «Constitui-se, assim, um novo estádio de evolução da língua, cuja ‘estabilidade’ sofrerá novos e perpétuos
sobressaltos.» (ll. 28-29) significa que
B. as mudanças linguísticas são cíclicas e ininterruptas.

7. O conjunto de vestígios linguísticos deixados pela língua de um povo invasor no idioma de um determinado
território, designa-se por C. superstrato.

8. A oração «Contar a história do Português é mostrar as mudanças linguísticas que lhe foram dando forma.»
(l.1) é subordinada adjetiva relativa restritiva.
9. A função sintática desempenhada pela expressão sublinhada na frase «E embora a mudança linguística seja
frequentemente vista como uma espécie de decadência por muitos falantes» (l. 4) é complemento agente da passiva

10. Processos fonológicos


a) legere > leer > ler Síncope de g; apócope de e; crase de e
b) mais > mas. Síncope de i.

Grupo III

Escrita (50 pontos)

A poesia trovadoresca, que designa a poesia produzida por trovadores, na Península Ibérica, entre o
século XII e meados do século XIV, apresenta grande valor documental.
Esta poesia abrange as cantigas de amigo, as cantigas de amor e as cantigas de escárnio e maldizer. As
cantigas de amigo, cujo sujeito poético é uma donzela que exprime os seus sentimentos amorosos pelo
amigo, revelam o quotidiano do povo, o modo de vida, a forma como se divertia em festas e romarias. As
cantigas de amor, nas quais o trovador expressa a “coita” amorosa por uma dama idealizada, revelam a
forma de entretenimento da nobreza. As cantigas de escárnio e maldizer, de carácter satírico, são as que
revelam maior valor documental, pois e o trovador critica aspetos da vida social e cultural da época em
tom jocoso e irónico, parodiando o amor cortês, a decadência da nobreza, entre outros temas.
Concluindo a poesia trovadoresca, sobretudo a satírica, contribui para o conhecimento da sociedade
medieval.

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