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CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
O fluxo unidirecional de energia solar proporciona condições para síntese da matéria orgânica
pelos seres autótrofos e sua decomposição e retorna ao meio como elementos inorgânicos por
meio da ação dos microconsumidores heterótrofos. Esse processo de reciclagem da matéria é de
suma importância, uma vez que os recursos na Terra são finitos e a vida depende do equilíbrio
natural desse ciclo.
Os elementos essenciais à vida participam dessa trajetória desde o meio inanimado, passando
pelos organismos vivos e retornando ao meio original. Esses elementos, em número aproximado
de 40, são incorporados aos organismos na forma de compostos orgânicos complexos ou
participam de uma série de reações químicas essenciais às atividades dos seres vivos. Um
elemento essencial disponível para os produtores, em forma molecular ou iônica , recebe o nome
de nutriente. Podemos distinguir dois grandes grupos de nutientes: os macronutrientes e os
micronutrientes.
O CICLO DO CARBONO
O CO2, liberado por todas as plantas e animais em seu processo vital de respiração, recicla-se a
uma taxa de aproximadamente uma vez a cada 300 anos (Miller, 1995 apud Braga et al, 2002).
As plantas utilizam o CO2 e o vapor de água da atmosfera para, na presença de luz solar,
sintetizar compostos orgânicos de carbono, hidrogênio e oxigênio tais como a glicose (C6H12O6).
A reação de fotossíntese pode ser expressa como:
6 CO2 + 6 H2O + Energia Solar C6H12O6 + 6 O2 (fotossíntese)
A fixação do carbono em sua forma orgânica indica que a fotossíntese é a base da vida na
Terra;
A energia solar é armazenada como energia química nas moléculas orgânicas da glicose.
Por meio da fotossíntese e da respiração, o carbono passa de sua fase inorgânica à fase orgânica e
volta para a fase inorgânica, completando assim seu ciclo biogeoquímico. Fotossíntese e
respiração são processos de reciclagem do carbono e do oxigênio em várias formas químicas em
todos os ecossistemas.
Podemos distinguir na figura um ciclo principal, por meio do qual produtores, consumidores e
decompositores participam dos processos de fotossíntese e respiração, e um ciclo secundário,
mais lento, do decaimento de plantas e animais que foram incorporados por processos geológicos
na crosta terrestre e transformados em combustíveis fósseis e calcário.
CO2 atmosférico
Esse desequilíbrio do ciclo natural pode ter implicações na alteração do chamado ‘efeito estufa’,
com conseqüente aumento da temperatura global da Terra. Aproximadamente 50% do excesso de
CO2 gerado é absorvido pelos oceanos.
Até que ponto os oceanos suportarão o aumento de CO2, diante da multiplicidade de fatores que
intervêm no mecanismo de recuperação do sistema?
O CICLO DO NITROGÊNIO
Grande parte do nitrogênio existente nos organismos vivos não é obtida diretamente da
atmosfera, uma vez que a principal forma de nutriente para os produtores são os nitratos (NO 3-).
Esses nitratos são fruto da decomposição de matéria orgânica, na qual o nitrogênio do
protoplasma é quebrado em uma série de compostos orgânicos e inorgânicos por bactérias com
funções especializadas em cada processo. Os nitratos podem ainda ser obtidos por meio da ação
das bactérias fixadoras de nitrogênio e das descargas elétricas que ocorrem na atmosfera.
O CICLO DO FÓSFORO
O fósforo é o material genético constituinte das moléculas dos ácidos ribonucléico (RNA) e
desoxirribonucléico (DNA) e componente dos ossos e dos dentes. É portanto, um elemento
fundamental na transferência de caracteres no processo de reprodução dos seres humanos.
Os meios de retorno do fosfato para os ecossistemas a partir dos oceanos são insuficientes para
compensar a parcela que se perde. Esse retorno tem por principais agentes os peixes e as aves
marinhas. Ao mesmo tempo em que reduzem a taxa de retorno, os seres humanos, agindo sobre a
natureza com a exploração da mineração, ocupação desordenada do solo, desmatamentos e
agricultura, entre outras atividades, aceleram o processo de perda de fósforo do ciclo.
A figura 3, representa o ciclo do fósforo. O ciclo é lento, passando da litosfera para a hidrosfera
por meio da erosão.
O CICLO DO ENXOFRE
O enxofre apresenta um ciclo basicamente sedimentar, embora possua uma fase gasosa, porém de
pouca importância. A principal forma de assimilação do enxofre pelos seres produtores é como
sulfato inorgânico. O processo biológico envolvido nesse ciclo compreende uma série de
microorganismos com funções específicas de redução e oxidação.
A ação do homem também interfere nesse ciclo por meio de grandes quantidades de dióxido de
enxofre liberadas nos processos de queima de carvão e óleo combustível em indústrias e usinas
termoelétricas. O dióxido de enxofre tem potenciais efeitos danosos ao organismo, além de
provocar, em certas situações, o que se denomina de ‘chuva ácida’ e o Smog industrial.
O CICLO HIDROLÓGICO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS